- Inicio
-
Historia dos Clubes
- Imperial Futebol Clube
- Vasco da Gama
- Flamengo
- Atlético Mineiro
- Botafogo
- Corinthians
- Fluminense
- Palmeiras
- Sport Club Internacional
- Cruzeiro de BH
- Santos
- Bahia
- Vitória
- Gremio de Porto Alegre
- Goiás Esporte Clube
- Ríver Atletico Clube
- Benfica
- Atletica Ponte Preta
- Portuguesa de Desportos de SP
- Tuna Luso Brasileira
- Boavista Futebol Clube
- Ceara Sporting Club
- Nautico Marcilio Dias
- Crato Esporte Clube do Ceara
- Taubate Esporte Clube
- A Vez
- As Batalhas
-
História
- De Portugal
- Luso-Brasileira
- Em Quadrinhos
- Cachaça Ajudou Muito
- 22 De Abril
- A Viagem Fernando Da Cunha
- Quando Chegaram os Índios à America
- As Invasões Francesas no Brasil
- As Primeiras Travessias Aéreas dos Portugueses
- Carta Testamento De Getúlio Vargas
- Da Espanha
- Da portugalidade de um general brasileiro
- Política e Economia
- O Homem e as Religiões
- As Grandes Personalidades
- Musica
- Humorismo Luso
- A História Das Famílias
- Entre em Contato
- Beleza Feminina
- Series de Vídeos do CCLB
- Dicas de Artesanato
- Literatura Luso-Brasileira
- Lugares que Você deve conhecer!
A VIDA DE CARMEM MIRANDA
Carmen Miranda
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Nome completo: Maria do Carmo Miranda da Cunha
Apelido(s): Pequena Notável - Brazilian Bombshell - Ditadora Risonha do Samba
Nascimento: 9 de fevereiro de 1909
Marco de Canaveses, Distrito do Porto, Portugal
Falecimento: 5 de agosto de 1955 (46 anos) Beverly Hills, Estados Unidos
Ocupação: atriz e cantora
Atividade: 1928-1955
Maria do Carmo Miranda da Cunha, mais conhecida como Carmen Miranda, foi uma cantora e atriz luso-brasileira. Sua carreira artística transcorreu no Brasil e Estados Unidos entre as décadas de 1930 e 1950. Trabalhou no rádio, no teatro de revista, no cinema e na televisão. Chegou a receber o maior salário até então pago a uma mulher nos Estados Unidos. Seu estilo eclético faz com que seja considerada precursora do tropicalismo, movimento cultural brasileiro surgido no final da década de 1960.
Infância
Carmen Miranda recebeu o nome de Maria do Carmo Miranda da Cunha . Era a segunda filha do barbeiro José Maria Pinto Cunha (1887-1938) e de Maria Emília Miranda (1886-1971). Ganhou o apelido de Carmen no Brasil, graças ao gosto que seu pai tinha por óperas.
Pouco depois de seu nascimento, seu pai, José Maria, emigrou para o Brasil, onde se instalou no Rio de Janeiro. Em 1910, sua mãe, Maria Emília seguiu o marido, acompanhada da filha mais velha, Olinda, e de Carmen, que tinha menos de um ano de idade. Carmen nunca voltou à sua terra natal, o que não impediu que a câmara do concelho de Marco de Canaveses desse seu nome ao museu municipal.
No Rio de Janeiro, seu pai abriu um salão de barbeiro na rua da Misericórdia, número 70, em sociedade com um conterrâneo. A família estabeleceu-se no sobrado acima do salão. Mais tarde mudaram-se para a rua Joaquim Silva, número 53, na Lapa.
No Brasil, nasceram os outros quatro filhos do casal: Amaro (1911), Cecília (1913), Aurora (1915 - 2005) e Oscar (1916).
Carmen estudou na escola de freiras Santa Teresa, na rua da Lapa, número 24. Teve o seu primeiro emprego aos 14 anos numa loja de gravatas, e depois numa chapelaria. Contam que foi despedida por passar o tempo cantando, mas o seu biógrafo Ruy Castro diz que ela cantava por influência de sua irmã mais velha, Olinda, e que assim atraía clientes.
Nesta época, a sua família deixou a Lapa e passou a residir num sobrado na Travessa do Comércio, número 13. Em 1925, Olinda, acometida de tuberculose, voltou a Portugal para tratamento, onde permaneceu até sua morte em 1931. Para complementar a renda familiar, sua mãe passou a administrar uma pensão doméstica que servia refeições para empregados de comércio.
Em 1926, Carmen, que tentava ser artista, apareceu incógnita em uma fotografia na sessão de cinema do jornalista Pedro Lima da revista Selecta. Em 1929, foi apresentada ao compositor Josué de Barros, que encantado com seu talento passou a promovê-la em editoras e teatros. No mesmo ano, gravou na editora alemã Brunswick, os primeiros discos com o samba Não Vá Sim'bora e o choro Se O Samba é Moda. Pela gravadora Victor, gravou Triste Jandaia e Dona Balbina ou "Buenas Tardes muchachos".
O início da carreira artística
O grande sucesso veio a partir de 1930, quando gravou a marcha "Pra Você Gostar de Mim" ("Taí") de Joubert de Carvalho. Antes do fim do ano, já era apontada pelo jornal O País como "a maior cantora brasileira".
Em 1933 ajudou a lançar a irmã Aurora na carreira artística. No mesmo ano, assinou um contrato de dois anos com a rádio Mayrink Veiga para ganhar dois contos de réis por mês, o que hoje equivale a cerca de R$ 1000,00. Foi a primeira cantora de rádio a merecer contrato, quando a praxe era o cachê por participação. Logo recebeu o apelido de "Cantora do It". Em 30 de outubro realizou sua primeira turnê internacional, apresentando-se em Buenos Aires. Voltou à Argentina no ano seguinte para uma temporada de um mês na Rádio Belgrano.
Em dezembro de 1936, Carmem deixou a Mayrink Veiga e assinou com a Tupi, ganhando cinco contos de réis
Carreira cinematográfica no Brasil
Em 20 de janeiro de 1936, estreou o filme Alô, Alô Carnaval com a famosa cena em que ela e Aurora Miranda cantam "Cantoras do Rádio". No mesmo ano, as duas irmãs passaram a integrar o elenco do Cassino da Urca de propriedade de Joaquim Rolla. A partir de então as duas irmãs se dividiram entre o palco do cassino e excursões frequentes pelo Brasil e Argentina.
Depois de uma apresentação para o astro de Hollywood Tyrone Power em 1938, aventou-se a possibilidade de uma carreira nos Estados Unidos. Carmen recebia o fabuloso salário de 30 contos de réis mensais no Cassino da Urca e não se interessou pela ideia.
Em 1939, o empresário estadunidense Lee Shubert e a atriz Sonja Henie assistiram ao espetáculo de Carmen no Cassino da Urca. Depois de um espetáculo no transatlântico Normandie, Carmen assinou contrato com o empresário. A execução do contrato não foi imediata, pois a cantora fazia questão de levar o grupo musical Bando da Lua para a acompanhar, mas o empresário estava apenas interessado em Carmen. Depois de voltar para os Estados Unidos, Shubert aceitou a vinda do Bando da Lua. Carmen partiu no navio Uruguai em 4 de maio de 1939, às vésperas da Segunda Guerra Mundial.
A carreira nos Estados Unidos e o começo da consagração
Em 29 de maio de 1939 Carmen estreou no espetáculo musical "Streets of Paris", em Boston, com êxito estrondoso de público e crítica. As suas participações teatrais tornaram-se cada vez mais famosas. Em 5 de março de 1940, fez uma apresentação perante o presidente Franklin D. Roosevelt durante um banquete na Casa Branca.
Em 10 de julho de 1940 retornou ao Brasil, onde foi acolhida com enorme ovação pelo povo carioca. No entanto, em uma apresentação no Cassino da Urca com a presença de políticos importantes do Estado Novo, foi apupada pelos que a consideravam "americanizada". Entre os seus críticos havia muitos que eram simpatizantes de correntes políticas contrárias aos Estados Unidos.
Dois meses depois, no mesmo palco, Carmen foi aplaudida entusiasticamente por uma plateia comum. No mesmo mês gravou seus últimos discos no Brasil, onde respondeu com humor às acusações de ter esquecido o Brasil e ter-se "americanizado".
Em 3 de outubro, voltou aos Estados Unidos e gravou a marca de seus sapatos e mãos na Calçada da Fama do Teatro Chinês de Los Angeles.
Carmen Miranda no filme Entre a Loura e a Morena (The Gang's All Here, 1943), de Busby Berkeley.
Entre 1942 e 1953 atuou em 13 filmes em Hollywood e nos mais importantes programas de rádio, televisão, casas noturnas, cassinos e teatros norte-americanos. A Política de Boa Vizinhança, implementada pelos Estados Unidos para buscar aliados na Segunda Guerra Mundial, incentivou a imigração de artistas latino-americanos. Apesar de ter chegado nos Estados Unidos antes da criação da Política de Boa Vizinhança, Carmen Miranda sempre foi identificada como a artista de maior sucesso do projeto.
Vida amorosa e casamento
Em 1946, Carmen era a artista mais bem paga de Hollywood e a mulher que mais pagava imposto de renda nos EUA. Em 17 de março de 1947 casou-se com o americano David Sebastian, nascido em Detroit a 23 de novembro de 1908. Antes, Carmen namorou vários astros de Hollywood e também o músico brasileiro Aloysio de Oliveira, integrante do Bando da Lua.
Antes de partir para os Estados Unidos e antes de conhecer o marido, Carmen namorou o jovem Mário Cunha e o bon vivant Carlos da Rocha Faria, filho de uma tradicional família do Rio de Janeiro. Já nos EUA, Carmen manteve caso com os atores John Wayne e Dana Andrews.
O casamento é apontado por todos os biógrafos e estudiosos de Carmen Miranda como o começo de sua decadência moral e física. Seu marido, David, antes um simples empregado de produtora de cinema, tornou-se "empresário" de Carmen Miranda e conduzia mal seus negócios e contratos. Também era alcoólatra e pode ter estimulado Carmen Miranda a consumir bebidas alcoólicas, das quais ela logo se tornaria dependente. O casamento entrou em crise já nos primeiros meses, por conta de ciúmes excessivos, brigas violentas e traições de David, mas Carmen Miranda não aceitava o desquite pois era uma católica convicta. Engravidou em 1948, mas sofreu um aborto espontâneo depois de uma apresentação e não conseguiu mais engravidar, o que agravou suas crises depressivas e o abuso com bebidas e remédios sedativos.
Dependência de barbitúricos
Desde o início de sua carreira americana, Carmen fez uso de barbitúricos para poder dar conta de uma agenda extenuante. Adquiria as drogas com receitas médicas pois, na época, elas eram receitadas pelos médicos sem muitas preocupações com efeitos colaterais. Nos Estados Unidos, tornou-se dependente de vários outros remédios, tanto estimulantes quanto calmantes. Por ser também viciada em cigarro e beber muito álcool, o efeito das drogas foi potencializado. Por conta do uso cada vez mais frequente, Carmen desenvolveu uma série de sintomas característicos do uso de drogas, mas não percebia os efeitos devastadores, que foram erroneamente diagnosticados como estafa (cansaço) por médicos americanos.
Foi numa tarde em 1942. A Igreja estava vazia, a não ser uma moça que rezava contritamente diante do altar de Nossa Senhora das Graças. Uma senhora havia me trazido uma criança para batizar, mas, por morar muito longe daqui, e não poder pagar as passagens para alguém vir, não trouxera madrinha para o filho. Aproximei-me, então, da moça que orava e perguntei-lhe se me faria aquele favor, de repetir, pela criança, as palavras do batismo. Ela concordou imediatamente, serviu como madrinha do bebê. Depois. mandou o seu carro branco buscar o resto da família da pobre senhora para uma festa de batizado na sua casa. Eu soube, então, que a moça era a estrela Carmen Miranda e sua simplicidade deixou-me uma profunda impressão, solidificada, depois, pelas suas constantes vindas à Igreja que se lhe tomou um segundo lar, dando-nos ela um altar novo para Nossa Senhora.
— Palavras do padre Joseph na missa do funeral de Carmen Miranda, agosto de 1955
Em 3 de dezembro de 1954, Carmen retornou ao Brasil após uma ausência de 14 anos viajando e fazendo shows pelo mundo, além de estar morando nos EUA. Ela continuava casada e sofrendo com o marido, cada vez mais alcoólatra e violento. Seu médico brasileiro constatou a dependência química e tentou desintoxicá-la. Ficou quatro meses internada em tratamento numa suíte do hotel Copacabana Palace. Carmen melhorou, embora não tenha abandonado completamente drogas, álcool e cigarro. Os exames realizados no Brasil não constataram alterações de frequência cardíaca.
A morte nos EUA
Ligeiramente recuperada, retornou para os Estados Unidos em 4 de abril de 1955. Imediatamente começou com as apresentações. Fez uma turnê por Cuba e Las Vegas entre os meses de maio e agosto e voltou a usar barbitúricos, além de fumar e beber mais do que já fumava e bebia. No início de agosto, Carmen gravou uma participação especial no programa televisivo do comediante Jimmy Durante. Durante um número de dança, sofreu um ligeiro desmaio, desequilibrou-se e foi amparada por Durante. Recuperou-se e terminou o número. Na mesma noite, recebeu amigos em sua residência em Beverly Hills, à Bedford Drive, 616. Por volta das duas da manhã, após beber e cantar algumas canções para os amigos presentes, Carmen subiu para seu quarto para dormir. Acendeu um cigarro, vestiu um robe, retirou a maquiagem e caminhou em direção à cama com um pequeno espelho à mão. Um colapso cardíaco fulminante a derrubou morta sobre o chão no dia 5 de agosto. Seu corpo foi encontrado pela mae no dia seguinte, as 10h30 da manhã. Tinha 46 anos.
Funeral e sucesso no Brasil
Aurora Miranda, sua irmã, recebeu na mesma madrugada um telefonema do marido de Carmen Miranda avisando sobre o falecimento. Aurora Miranda se desesperou por completo e passou então a notícia para as emissoras de rádio e jornais. Heron Domingues, da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, foi o primeiro a noticiar a morte de Carmen Miranda em edição extraordinária do Repórter Esso.
Em 12 de agosto de 1955, seu corpo embalsamado desembarcou de um avião no Rio de Janeiro. Sessenta mil pessoas compareceram ao seu velório realizado no saguão da Câmara Municipal da então capital federal. O cortejo fúnebre até o Cemitério São João Batista foi acompanhado por cerca de meio milhão de pessoas que cantavam esporadicamente, em surdina, "Taí", um de seus maiores sucessos.
No ano seguinte, o prefeito do Rio de Janeiro Francisco Negrão de Lima assinou um decreto criando o Museu Carmen Miranda, o qual somente foi inaugurado em 1976 no Aterro do Flamengo.
Hoje, uma herma em sua homenagem se localiza no Largo da Carioca, Rio de Janeiro.
Filmografia
Todos os títulos em Português dos filmes estrangeiros referem-se a exibições no Brasil.
* 1932 Carnaval Cantado de 1932 no Rio
* 1933 A Voz do Carnaval
* 1935 Alô, Alô, Brasil
* 1935 Estudantes
* 1936 Alô, Alô, Carnaval
* 1939 Banana-da-Terra
* 1940 Laranja-da-China
* 1940 Serenata Tropical
* 1941 Uma Noite no Rio (That Night in Rio)
* 1941 Aconteceu em Havana (Week-end in Havana)
* 1942 Minha Secretária Brasileira (Springtime in the Rockies)
* 1943 Entre a Loura e a Morena (The Gang's All Here ou The Girls He Lef Behind)
* 1944 Quatro Moças num Jipe (Four Jills in a Jeep)
* 1944 Serenata Boêmia (Greenwich Village)
* 1944 Alegria, Rapazes (Something for the Boys)
* 1945 Sonhos de Estrela (Doll Face)
* 1946 Se Eu Fosse Feliz (If I'm Lucky)
* 1947 Copacabana (Copacabana)
* 1948 O Príncipe Encantado (A Date with Judy)
* 1950 Romance Carioca (Nancy Goes to Rio)
* 1953 Morrendo de Medo (Scared Stiff)
Canções mais famosas
* As Cinco Estações do Ano (gravada com Lamartine Babo, Mário Reis, Almirante e Grupo do Canhoto em 6 de julho de 1933)
* Adeus, Batucada (gravada com Orquestra Odeon em 24 de setembro de 1935)
* Alô… Alô?(gravada com Mário Reis e Grupo do Canhoto em 18 de dezembro de 1933)
* Ao Voltar do Samba (Arlequim de Bronze) (gravado com o Grupo do Canhoto em 26 de março de 1934)
* Boneca de Piche (gravada com Almirante e Orquestra Odeon em 31 de agosto de 1938)
* Cachorro Vira-Lata (gravada com Regional de Benedito Lacerda em 4 de maio de 1937)
* Cai, Cai (gravada com Bando da Lua em 5 de janeiro de 1941)
* Camisa Amarela (gravada com Grupo da Odeon em 20 de setembro de 1937)
* Camisa Listada (gravada com Bando da Lua em 28 de agosto de 1939)
* Cantores do Rádio (gravada com Aurora Miranda e Orquestra Odeon em 18 de março de 1936)
* Chattanooga Choo Choo (gravada com Bando da Lua e Garoto em 25 de julho de 1942)
* Chegou a Hora da Fogueira (gravada com Mário Reis e Diabos do Céu em 5 de junho de 1933)
* Chica-Chica-Bum-Chic (gravada com Bando da Lua em 5 de janeiro de 1941)
* Como "Vaes" Você? (gravada com Ary Barroso e Regional de Pixinguinha e Luperce Miranda em 2 de outubro de 1936)
* Cuanto Le Gusta (gravada com Irmãs Andrews e Orquestra de Vic Schoen em 29 de novembro de 1947)
* Disseram Que Voltei Americanizada (gravada com Conjunto Odeon em 2 de setembro de 1940)
* E Bateu-Se a Chapa (gravada com Regional de Benedito Lacerda em 26 de junho de 1935)
* E o Mundo Não Se Acabou (gravada com Regional Odeon em 9 de março de 1938)
* Eu Dei (gravada com Regional Odeon em 21 de setembro de 1937)
* Eu Também(gravada com Lamartine Babo e Diabos do Céu em 5 de janeiro de 1934)
* Goodbye, Boy (gravada com Orquestra Victor Brasileira em 29 de novembro de 1932)
* I Like You Very Much (Ai, Ai, Ai) (gravada com Bando da Lua em 5 de janeiro de 1941)
* I Make My Money with Bananas
* Isto É Lá com Santo Antônio (gravada com Mário Reis e Diabos do Céu em 14 de maio de 1934)
* Me Dá, Me Dá (gravada com Regional de Benedito Lacerda em 4 de maio de 1937)
* Minha Embaixada Chegou (gravada com Grupo do Canhoto em 28 de setembro de 1934)
* Moleque Indigesto (gravada com Lamartine Babo e Grupo Velha Guarda em 5 de janeiro de 1933)
* Na Baixa do Sapateiro (Bahia) (gravada com Orquestra Odeon em 17 de outubro de 1938)
* Na Batucada da Vida (gravada com Diabos do Céu em 20 de março de 1934)
* No Tabuleiro da Baiana (gravada com Luís Barbosa e Regional de Luperce Miranda em 29 de setembro de 1936)
* O Que É Que a Bahiana Tem? (gravada com Dorival Caymmi e Conjunto Regional em 27 de fevereiro de 1939)
* O Tique-Taque do Meu Coração (gravada com Regional de Benedito Lacerda em 7 de agosto de 1935)
* Primavera no Rio (gravada com Diabos do Céu em 20 de agosto de 1934)
* Querido Adão (gravada com Orquestra Odeon em 26 de setembro de 1935)
* Rebola, Bola(gravada com o Bando da Lua em 9 de outubro de 1941)
* Recenseamento (gravada com Conjunto Odeon em 27 de setembro de 1940)
* Samba Rasgado (gravada com Grupo Odeon em 7 de março de 1938)
* Sonho de Papel (gravada com Orquestra Odeon em 10 de maio de 1935)
* South American Way (gravada com Bando da Lua e Garoto em 26 de dezembro de 1939)
* Taí (Pra Você Gostar de Mim) (gravada com Orquestra Victor em 27 de janeiro de 1930)
* Uva de Caminhão (gravada com Conjunto Odeon em 21 de março de 1939)
* Voltei pro Morro (gravado com Conjunto Odeon em 2 de setembro de 1940)
Matéria em construção...
O PROTESTANTISMO...
Protestantismo
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Protestantismo é a denominação dada a um dos grandes ramos do Cristianismo. O Protestantismo refere-se ao conjunto de igrejas cristãs e doutrinas que se identificam com as teologias desenvolvidas no século XVI na Europa Ocidental, na tentativa de reforma da Igreja Católica Apostólica Romana, por parte de um importante grupo de teólogos e clérigos, entre os que se destacam o ex-monge agostiniano Martinho Lutero, de quem as igrejas luteranas tomam seu nome. Porém, a maior parte dos cristãos europeus (especialmente na Europa meridional) se opuseram as tentativas de reforma, o que produziu um cisma no Cristianismo ocidental resultante da separação entre as emergentes igrejas reformadas e a Igreja Católica. Uma das consequências imediatas da Reforma foi a chamada Contra-Reforma, que reafirmou explicitamente todas aquelas doutrinas rechaçadas pelo protestantismo (Concílio de Trento).
Etimologia
O termo protestante é derivado (via francês ou alemão Protestant) do latim protestari. Significa declaração pública/protesto que refere-se à carta de protesto por príncipes luteranos contra a decisão da Dieta de Speyer de 1529, que reafirmou o Édito de Worms de 1521, banindo as 95 teses de Martinho Lutero do protesto contra algumas crenças e práticas da Igreja Católica do século XVI.
Igreja Luterana em Roma
O termo protestante não foi inicialmente aplicado aos reformadores, mas foi usado posteriormente para descrever todos os grupos que protestavam contra a Igreja Católica.
Desde aquele tempo, o termo Protestante tem sido usado com diversos sentidos, muitas vezes como um termo geral para significar apenas os cristãos que não pertencem à Igreja Católica, Ortodoxa ou Ortodoxa Oriental (inclusive àqueles cristãos que não pertencem à Igreja Anglicana, pois esta mesma não se auto-define como católica ou protestante).
História
Os "Reformadores" foram pessoas de vasta cultura teológica e humanista: Calvino estudou em Sorbonne e seu pai era bispo; Lutero foi monge e professor universitário da Bíblia; Zuínglio era sacerdote e humanista. De acordo com o programa dos humanistas, eles buscaram nas fontes da antiguidade cristã as bases para uma renovação religiosa. Lendo as Sagradas Escrituras e retornando aos Pais da Igreja, descobriram uma nova visão da fé e uma doutrina bíblica cristocêntrica.
Na Suíça de fala alemã, Ulrico Zuínglio, Johannes Oekolampad e outros começaram também uma tentativa de Reforma da Igreja Católica, de caráter mais urbano e enriquecida pelo humanismo de Erasmo de Roterdão. A Igreja da Inglaterra não se deixou influenciar, num primeiro momento, pelo protestantismo, mas depois de sua quebra com a Igreja de Roma, começou uma aproximação com os ideais Reformados. Atualmente a maior parte das Igrejas da Comunhão Anglicana declaram-se Reformadas.
Templo Metodista
O protestantismo apresenta elementos em comum apesar de sua grande diversidade. A Bíblia é considerada a única fonte de autoridade doutrinal e deve ser interpretada de acordo com regras históricas e linguísticas, observando-se seu significado dentro de um contexto histórico. A salvação é entendida como um dom gratuito (presente, graça) de Deus alcançado mediante a fé. As boas obras não salvam, sendo resultados da fé e não causa de salvação. O culto sempre é no idioma vernáculo e em sua grande maioria é simples tendo como base as Escrituras Sagradas. O protestantismo histórico, conserva as crenças cristãs ortodoxas tais como a doutrina trinitária, a cristologia clássica, o credo niceno-constantinopolitano, entre outros. Os protestantes expressam suas posições doutrinais por meio de Confissões de Fé e breves documentos apologéticos. A Confissão de Augsburgo expressa a doutrina Luterana. As confissões reformadas incluem a Confissão Escocesa (1560), a segunda Confissão Helvética (1531), a Confissão de Fé de Westminster (1647), os 39 Artigos de Religião da Igreja da Inglaterra (1562), etc. As Declarações de Barmen contra o regime Nazista e a Breve Declaração de Fé da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos são exemplos de declarações de fé recentes.
O ensino religioso, tem como base o estudo de catecismos. No Luteranismo faz-se uso dos Catecismo Maior e Menor de Lutero. O catecismo de Heildelberg e o Catecismo Maior e Menor de Westminster são utilizados pelas Igrejas Reformadas. O protestantismo rejeita parte das doutrinas que caracterizam o catolicismo tais como: o purgatório, a supremacia papal, as orações pelos mortos, a intercessão dos santos, a assunção de Maria e sua virgindade perpétua, a veneração dos santos, a transubstanciação, o sacrifício da missa, o culto às imagens, etc.
O protestantismo, em maior parte, segue a doutrina Agostiniana da eleição. Estabelece que a salvação é pela graça (favor imerecido) de Deus. Para os protestantes a autoridade da Igreja está vinculada a obediência da palavra de Deus e não à sucessão apostólica. Assim sendo, a Igreja cristã existe onde se escuta e obedece a palavra de Deus.
O protestantismo deseja regressar às doutrinas apostólicas e à simplicidade da fé e prática da Igreja primitiva. Portanto deve-se ao protestantismo a iniciativa as primeiras práticas ecumênicas adotadas a partir da segunda metade do século XIX. Vale lembrar que até hoje a Igreja Católica não faz parte do Conselho Mundial de Igrejas, e somente abriu-se ao dialogo ecumênico em 1965, após o Concílio Vaticano II.
O protestantismo se disseminou principalmente nos meios urbanos e através da nobreza. A difusão das ideias protestantes foi facilitada pela invenção da imprensa, que tornou possível a divulgação e a tradução da Bíblia nas línguas vernáculas. Desde então, as doutrinas cristãs passaram a necessitar do aval bíblico.
No Concílio de Trento, os bispos católicos partidários de Roma optaram por limitar o aceso laico as escrituras, proibindo a tradução da Bíblia para o vernáculo e impondo a Vulgata em latim como a única Bíblia autorizada e aumentando o índice de livros proibidos aos fiéis (Index Librorum Prohibitorum).
Templo Batista
Foto: Marcelo Amaral
A "Reforma" Protestante alcançou êxito em muitas áreas da Europa. Em sua forma Luterana é predominante no norte da Alemanha e em toda a Península Escandinava. Na Escócia surgiu a Igreja Presbiteriana. As Igrejas Reformadas também frutificaram nos Países Baixos, na Suíça e no oriente da Hungria. Com o desenvolvimento dos impérios europeus , principalmente o Império Britânico, nos séculos XIX e XX o protestantismo continuou a se expandir, se tornando uma fé de escala mundial. Atualmente mais de 600 milhões de pessoas professam alguma das diferentes manifestações do protestantismo no mundo.
O protestantismo assumiu três formas básicas: a luterana, a reformada (calvinista) e a anglicana. O protestantismo não possui organização centralizadora, porém suas igrejas estão organizadas em igrejas nacionais e em concílios internacionais tais como a Aliança Mundial de Igrejas Reformadas e a Federação Luterana Mundial.
O trabalho missionário do século XIX levou a cooperação interdenominacional e consequentemente ao movimento ecumênico do qual surgiu o Conselho Mundial de Igrejas. Fora desse protestantismo, que muitos estudiosos denominam "protestantismo magisterial", surgiu outro ramo que se distinguiu tanto do catolicismo como das igrejas protestantes de caráter histórico-nacional. Este ramo recebe o nome de Reforma Radical. O historiador George Williams distingue as seguintes correntes dentro desta reforma: espiritualistas, racionalistas e anabatistas. Os anabatistas rechaçaram a união da igreja e estado e repudiaram o batismo infantil, constituindo-se em igrejas independentes ou segregadas. A maior aportação à modernidade descansaria em sua persistente promoção da separação entre a igreja e o estado, a liberdade religiosa pessoal e o exercício de um governo plenamente democrático em suas congregações.
Pilares da Reforma Protestante
Sola scriptura (Somente a Escritura)
Afirma que somente a Bíblia é a única autoridade para todos os assuntos de fé e prática. As Escrituras e somente as Escrituras são o padrão pelo qual todos os ensinamentos e doutrinas da igreja devem ser medidos. Como Martinho Lutero afirmou quando a ele foi pedido para que voltasse atrás em seus ensinamentos: "Portanto, a menos que eu seja convencido pelo testemunho das Escrituras ou pelo mais claro raciocínio; a menos que eu seja persuadido por meio das passagens que citei; a menos que assim submetam minha consciência pela Palavra de Deus, não posso retratar-me e não me retratarei, pois é perigoso a um cristão falar contra a consciência. Aqui permaneço, não posso fazer outra coisa; Deus queira ajudar-me. Amém." O protestantismo também defende a interpretação privada ou juízo privado dos textos bíblicos, conceito exposto por Lutero em outubro de 1520, quando enviou seu escrito "A Liberdade de um Cristão" ao Papa, acrescentando a frase significativa "Eu não me submeto a leis ao interpretar a palavra de Deus". Disse Lutero também em outra ocasião que é "sempre melhor ver com um de nossos próprios olhos do que com os olhos de outras pessoas" ("always better to see with one's own eyes than with those of other people"). O historiador William Sweet sugeriu que isso posteriormente originou o direito fundamental de liberdade religiosa, bem como a própria ideia de democracia.
Sola gratia (Somente a Graça ou Salvação Somente pela Graça)
Afirma que a salvação é pela graça de Deus apenas, e que nós somos resgatados de Sua ira apenas por Sua graça. A graça de Deus em Cristo não é meramente necessária, mas é a única causa eficiente da salvação. Esta graça é a obra sobrenatural do Espírito Santo que nos traz a Cristo por nos soltar da servidão do pecado e nos levantar da morte espiritual para a vida espiritual.
Sola fide (Somente a Fé ou Salvação Somente pela Fé)
Afirma que a justificação é pela graça somente, através da fé somente, por causa somente de Cristo. É pela fé em Cristo que Sua justiça é imputada a nós como a única satisfação possível da perfeita justiça de Deus.
Solus Christus (Somente Cristo)
Afirma que a salvação é encontrada somente em Cristo e que unicamente Sua vida sem pecado e expiação substitutiva são suficientes para nossa justificação e reconciliação com Deus o Pai. O evangelho não foi pregado se a obra substitutiva de Cristo não é declarada, e a fé em Cristo e Sua obra não é proposta.
Soli Deo gloria (Glória somente a Deus)
Afirma que a salvação é de Deus, e foi alcançada por Deus apenas para Sua glória.
Catolicismo e protestantismo
As diferenças entre a doutrina católica e a doutrina da maioria dos grupos protestantes é grande. Genericamente, as suas divergências mais significativas dizem respeito ao papel da oração e das indulgências; à comunhão dos santos; à doutrina do pecado original e da graça; à predestinação; à necessidade e natureza da penitência; e ao modo de obter a salvação, com os protestantes a defenderem que a salvação só se atinge apenas através da fé (sola fide), em detrimento da crença católica de que a fé deve ser expressa também através das boas obras (essa grande divergência levou a um conflito sobre a doutrina da justificação).
Há também diferenças importantes na doutrina da Eucaristia e dos outros sacramentos (os protestantes só professam o Batismo e a Eucaristia, que são apenas para eles meros sinais que estimulam a fé ); na existência do Purgatório; no culto de veneração à Virgem Maria e aos santos; na forma de interpretação (com os protestantes a defenderem a interpretação pessoal ou livre-exame das Sagradas Escrituras) e na composição do Cânone das Escrituras; no papel da Tradição oral; na própria natureza, autoridade, administração, hierarquia e função da Igreja (incluindo o papel da Igreja na salvação); no sacerdócio; e também na autoridade e missão do Papa.
Catedral Presbiteriana do Rio de Janeiro
Contudo, visto que entre as denominações protestantes há diferenças consideráveis, de alguns setores do Anglicanismo, aproximam-se do catolicismo, autointitulando-se como anglo-católicos. Recentemente, o diálogo ecuménico moderno levou finalmente a alguns consensos sobre a doutrina da justificação entre os católicos e os luteranos, através da Declaração Conjunta Sobre a Doutrina da Justificação (1999). Além disso, esse diálogo trouxe também vários consensos sobre outras questões doutrinárias importantes, nomeadamente entre os católicos e os anglicanos.
Movimentos e ramos
Protestantismo no Brasil
O protestantismo chegou ao Brasil pela primeira vez com viajantes e nas tentativas de colonização do Brasil por huguenotes (nome dado aos reformados franceses) e reformados holandeses e flamengos durante o período colonial. Esta tentativa não deixou frutos persistentes. Uma missão francesa enviada por João Calvino se estabeleceu, em 1557, numa das ilhas da Baía de Guanabara, fundando a França Antártica. No mesmo ano, esses calvinistas franceses realizaram o primeiro culto protestante no Brasil e, de acordo com alguns, da própria América. Mas, pela predominância católica, foram obrigados a defender sua fé ante as autoridades, elaborando a Confissão de Fé de Guanabara, assinando, com isso, sua sentença de morte, pondo um fim no movimento.
Com a vinda da família real portuguesa ao Brasil e abertura dos portos a nações amigas, através do Tratado de Comércio e Navegação comerciantes ingleses estabeleceram a Igreja Anglicana no país, em 1810. Seguiram a implantação de igrejas de imigração: alemães trouxeram o luteranismo em 1824.
Em 1855, Robert Reid Kalley, missionário autônomo escocês, fundou igrejas Congregacionais constituindo primeiro trabalho Protestante permanente em terras brasileiras. Mais tarde, em 1859, a igreja Presbiteriana foi fundada por Ashbel Green Simonton no Rio de Janeiro. Apesar de uma inicial desavença entre Kalley e Simonton, logo os dois passaram a cooperar. Quando Kalley precisou partir do Brasil, providenciou a formação de pastores brasileiros em um Seminário da Inglaterra (a Escola de Pastores do Rev. Charles Spurgeon) e, providenciou também que outro missionário independente, o batista Salomão Ginsburg, fosse enviado para cá.
Em 1871, o primeiro grupo batista se estabeleceu em Santa Bárbara d'Oeste, no Estado de São Paulo, trazida por missionários americanos. Em 1907 fundava-se a Convenção Batista Brasileira.
Em 1910, o Brasil receberia o pentecostalismo, com a chegada da Congregação Cristã no Brasil e da Assembléia de Deus. Esta, em particular, foi trazida ao Brasil por dois missionários suecos, Daniel Berg e Gunnar Vingren, e estabeleceu-se inicialmente no norte, no Pará. Em 1922, chega ao país o Exército de Salvação, igreja reformada de origem inglesa, pelas mãos de David Miche e esposa, um casal de missionários suíços.
Em 1932, alguns ministros brasileiros da Assembléia de Deus devolveram voluntariamente suas credenciais de obreiros e organizaram Igreja de Cristo no Brasil em Mossoró.
Nos anos 1950 surge uma nova onda do pentecostalismo, com a influência de movimentos de cura divina e expulsão de demônios que geraram diferentes denominações, tais como: Igreja Pentecostal O Brasil para Cristo fundada pelo já falecido missionário Manoel de Mello. Em 1962 surge a Igreja Pentecostal Deus é Amor, fundada pelo missionário David Miranda.
Também nesta época várias igrejas protestantes que eram tradicionais adicionaram o fervor pentecostal, como exemplos, a Igreja Presbiteriana Renovada, a Igreja Cristã Maranata, a Convenção Batista Nacional e a Igreja do Evangelho Quadrangular, que chegou ao Brasil trazida pelos missionários Harold Edwin Williams e Jesus Hermírio Vaquez, que se instalaram inicialmente na cidade mineira de Poços de Caldas. A Igreja Cristã Maranata foi fundada em Outubro de 1968 no morro do Jaburuna em Vila Velha, Espírito Santo por quatro antigos membros da Igreja Presbiteriana do Centro de Vila Velha.
A década de 1970 viu nascer o movimento neopentecostal, com igrejas que enfatizam a prosperidade, como a Igreja Universal do Reino de Deus, fundada por Edir Macedo, em 1977; a Igreja Internacional da Graça de Deus, fundada por Romildo Ribeiro Soares, entre muitas outras. É também nessa década que mesmo a Igreja Católica no Brasil começa a sofrer influência dos movimentos pentecostais através da Renovação Carismática Católica, um movimento originário dos EUA.
Recentemente cresceram as chamadas igrejas neopentecostais com foco nas classes média e alta, com um discurso mais liberado quanto aos costumes e menos ênfase nas manifestações pentecostais. Entre elas as igrejas podemos citar a Igreja Apostólica Renascer em Cristo, fundada por Estevam e Sonia Hernandez, a Comunidade Evangélica Sara Nossa Terra, fundada por Robson Rodovalho e a Igreja Evangélica Cristo Vive, fundada por Miguel Ângelo. Seus fiéis costumam se identificar como "evangélicos" em referência aos reformados do século XVI.
Segundo pesquisa do Datafolha divulgada em março de 2010, 25% dos brasileiros são evangélicos, sendo 19% seguidores de denominações pentecostais.
Protestantismo na América Latina.
Os principais grupos protestantes começaram a se estabelecer na América do Sul no século XIX. Os presbiterianos se instalaram “na Argentina em 1836, no Brasil em 1859, no México em 1872, e na Guatemala em 1882. Os metodistas seguem um itinerário parecido: México 1871, Brasil 1886, Antilhas 1890, Costa Rica, Panamá e Bolívia nos últimos anos do século”; porém no Equador, Colômbia e Peru se estabeleceram os batistas e os pentecostais, assim como uma parte dos metodistas.
Atualmente as comunidades protestantes vêm ganhando terreno do catolicismo na América Latina e ampliando sua penetração em diversos países, em especial na América Central.
Protestantismo no mundo
Os 60 países com a maior porcentagem de prostestantes.
Há quase 970 milhões de Protestantes no mundo, entre cerca de 2,6 bilhões de cristãos. Isto inclui 170 milhões na América do Norte, 160 milhões na África, 120 milhões na Europa, 70 milhões na América Latina, 60 milhões na Ásia, e 10 milhões na Oceania.
O país com maior número de protestantes é os Estados Unidos, de onde apesar da diminuição do "WASP", tradicionalmente a favor de outros grupos (especialmente os hispânicos, de maioria católica), a maior parte dos estadunidenses pertenece a alguma confissão protestante. Em segundo lugar se encontra o Reino Unido, de clara maioria protestante, divididos entre anglicanos (maioria na Inglaterra) e a Igreja da Escócia, de confissão presbiteriana (maioria na Escócia).
Por que há tantas denominações cristãs? (30.000)
Pergunta: "O que há tantos cristãos? Denominações Porquê"
Resposta: Para responder a esta pergunta, devemos primeiramente diferenciar as denominações dentro do corpo de Cristo e seitas não-cristãs e religiões falsas. Presbiterianos e luteranos são exemplos de denominações cristãs. Mórmons e Testemunhas de Jeová são exemplos de seitas (grupos que reivindicam ser cristãos, mas negam um ou mais dos fundamentos da fé cristã). O islamismo e o budismo são religiões completamente distintas.
O aumento das denominações dentro da fé cristã pode ser rastreada até a Reforma Protestante, o movimento de "reformar" a Igreja Católica Romana durante o século 16, dos quais quatro divisões principais ou tradições do protestantismo surgiriam: Luterana, Reformada, anabatista e Anglicana. Dessas quatro, outras denominações cresceriam ao longo dos séculos.
A denominação luterana foi nomeada depois de Martin Luther e foi baseada em seus ensinamentos. Os metodistas têm o seu nome porque o seu fundador, John Wesley, ficou famoso por chegar com "métodos" para o crescimento espiritual. Presbiterianos são nomeados para a sua visão da Igreja palavra-liderança da palavra grega para ancião é presbyteros. Os Batistas têm o seu nome porque sempre têm enfatizado a importância do batismo. Cada denominação tem uma doutrina ou ênfase um pouco diferente das outras, como o método do batismo, a disponibilidade da Ceia do Senhor a todos ou apenas para aqueles cujos depoimentos podem ser verificados pelos líderes da igreja. O ponto destas divisões não é Cristo como Senhor e Salvador, mas sim diferenças honestas de opinião pelo piedoso, ainda que imperfeitas. As pessoas procuram honrar a Deus e manter a pureza doutrinária segundo a sua consciência. As denominações hoje são muitas e variadas. O original "mainline" denominações mencionadas acima têm gerado inúmeros filhotes, como Assembléia de Deus, Aliança Cristã e Missionária, os Nazarenos, Evangélica Livre, igrejas independentes Bíblia, e outras. Algumas denominações, enfatizam pequenas diferenças doutrinárias, mas mais frequentemente do que simplesmente oferecer diferentes estilos de culto para ajustar a diferentes gostos e preferências dos cristãos. Mas não se engane: como crentes, temos de ser de uma mente sobre os elementos essenciais da fé, mas, além disso há grande margem de manobra na forma como os cristãos devem adorar em um ambiente corporativo. Essa latitude é o que faz com que existam tantos "sabores" diferentes do cristianismo. A Igreja Presbiteriana em Uganda vai ter um estilo de culto muito diferente de uma igreja presbiteriana em Colorado, mas sua posição doutrinária será, em grande parte, a mesma coisa. A diversidade é uma coisa boa, mas não é a desunião. Se duas igrejas discordam doutrinariamente, o debate e o diálogo sobre a Palavra pode ser estimulado. Se eles discordam sobre estilo e forma, no entanto, é bom que eles permaneçam separados. Esta separação, porém, não levanta os cristãos, cuja responsabilidade é amarem-se uns aos outros (1 João 4:11-12) e, finalmente, serem unidos como um só em Cristo (João 17:21-22).
A desvantagem das denominações cristãs:
Parece haver pelo menos dois grandes problemas com o denominacionalismo. Primeiramente, em nenhum lugar das Escrituras há um mandato para denominacionalismo; ao contrário do mandato é de união e de conectividade. Assim, o segundo problema é que a história nos diz que o denominacionalismo é o resultado de conflitos e confrontos, que conduzem à divisão e separação. Jesus nos disse que uma casa dividida contra si mesma não pode subsistir. Este princípio geral pode e deve ser aplicada para a igreja. Encontramos um exemplo deste na igreja de Corinto, que estava lutando com problemas de divisão e separação. Havia quem pensasse que eles deveriam seguir Paulo e aqueles que achavam que deviam seguir o ensinamento de Apolo, 1 Coríntios 1:12: "O que estou dizendo é o seguinte: cada um de vocês diz:" Eu estou com Paulo", ou "Estou com Apolo", ou "eu estou com Cefas", ou "eu estou com Cristo." Só isso já deveria dizer-lhe o pensamento de Paulo, sobre denominações ou qualquer outra coisa que separa e divide o corpo. Mas vamos olhar mais , no versículo 13, Paulo faz perguntas muito aguçadas. "Está Cristo dividido? Foi Paulo quem foi crucificado por vós? Ou fostes vós batizados em nome de Paulo? "Isso deixa claro o que Paulo sente, ele (Paulo) não é o Cristo, ele não é o crucificado e sua mensagem nunca foi aquela que divide a igreja ou levaria alguém a adorar Paulo em vez de Cristo. Obviamente, segundo Paulo, há apenas uma igreja e um corpo de crentes e qualquer coisa que seja diferente, enfraquece e destrói a igreja (cf. v. 17). Ele faz este ponto forte em 03:04, dizendo que quem diz que eles são de Paulo ou de Apolo é carnal, não é de Deus...
Alguns dos problemas que enfrentamos hoje são provenientes do denominacionalismo e sua história mais recente:
1. Denominações são baseados em divergências sobre a interpretação da Escritura. Um exemplo seria o significado e o propósito do batismo. O batismo é um requisito para a salvação ou é simbólico do processo de salvação? Há denominações em ambos os lados da questão e têm usado a questão para separar e formar denominações.
2. Divergências sobre a interpretação das Escrituras são tomadas pessoalmente e tornaram-se pontos de discórdia. Isto leva a argumentos, que podem e têm feito muito para destruir o testemunho da igreja.
3. A Igreja deve ser capaz de resolver suas diferenças dentro do corpo, mas mais uma vez a história nos diz que isso não acontece. Hoje a mídia usa contra nós as nossas diferenças para demonstrar que não são unificados no pensamento ou propósito.
4. Denominações são utilizadas pelo homem para fora do auto-interesse. Existem denominações que hoje estão em um estado de auto-destruição como eles estão sendo levadas à apostasia por aqueles que estão a promover suas agendas pessoais.
5. O valor da unidade encontra-se na capacidade de conjugar os nossos dons e recursos para promover o Brasil para um mundo perdido. Isso contraria as divisões causadas pelo denominacionalismo.
O que é um crente? O que fazer? Devemos ignorar denominações, devemos não apenas ir à igreja e adoração na nossa própria casa? A resposta a ambas as perguntas é não. O que deveríamos estar procurando é um corpo de crentes onde o Evangelho de Cristo fosse pregado, onde você como um indivíduo podesse ter um relacionamento pessoal com o Senhor, onde você podesse entrar nos ministérios bíblicos, que estão a espalhar o Evangelho e a glorificar a Deus. Igreja é importante e todos os crentes precisam pertencer a um corpo que se encaixe nos critérios acima. Nós precisamos de relacionamentos que só podem ser encontrados num corpo de crentes. Precisamos do apoio que só a Igreja pode oferecer, e que nós precisamos para servir a Deus na comunidade, bem como individualmente. Escolha uma igreja com base na sua relação com Cristo, como ela está servindo a comunidade. Escolha uma igreja onde o pastor é pregador do evangelho sem medo e seja incentivado a fazê-lo. Cristo e Sua igreja nos ensina sobre seu relacionamento com Ele e com os outros. Como crentes, há certas doutrinas básicas que devemos acreditar, mas além disso há latitude sobre como podemos servir e adorar, e é esta latitude que é a única e boa razão para as denominações. Esta é a diversidade e não a desunião.
Recomendado Recursos: O Plano Mestre para a Igreja por John MacArthur .
O que é uma igreja não-denominacional? O que as igrejas não-denominacional acreditar?
Qual das 30.000 denominações protestantes é a verdadeira igreja de Deus?
Por que existem tantas interpretações Cristãs diferentes?
Movimentos teológicos de origem protestantes
* Puritanismo
* Pietismo
* Evangelicalismo
* Ecumenismo
* Fundamentalismo cristão
* Pentecostalismo
* Neo-ortodoxia
* Liberalismo teológico
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Protestantismo é a denominação dada a um dos grandes ramos do Cristianismo. O Protestantismo refere-se ao conjunto de igrejas cristãs e doutrinas que se identificam com as teologias desenvolvidas no século XVI na Europa Ocidental, na tentativa de reforma da Igreja Católica Apostólica Romana, por parte de um importante grupo de teólogos e clérigos, entre os que se destacam o ex-monge agostiniano Martinho Lutero, de quem as igrejas luteranas tomam seu nome. Porém, a maior parte dos cristãos europeus (especialmente na Europa meridional) se opuseram as tentativas de reforma, o que produziu um cisma no Cristianismo ocidental resultante da separação entre as emergentes igrejas reformadas e a Igreja Católica. Uma das consequências imediatas da Reforma foi a chamada Contra-Reforma, que reafirmou explicitamente todas aquelas doutrinas rechaçadas pelo protestantismo (Concílio de Trento).
Etimologia
O termo protestante é derivado (via francês ou alemão Protestant) do latim protestari. Significa declaração pública/protesto que refere-se à carta de protesto por príncipes luteranos contra a decisão da Dieta de Speyer de 1529, que reafirmou o Édito de Worms de 1521, banindo as 95 teses de Martinho Lutero do protesto contra algumas crenças e práticas da Igreja Católica do século XVI.
Igreja Luterana em Roma
O termo protestante não foi inicialmente aplicado aos reformadores, mas foi usado posteriormente para descrever todos os grupos que protestavam contra a Igreja Católica.
Desde aquele tempo, o termo Protestante tem sido usado com diversos sentidos, muitas vezes como um termo geral para significar apenas os cristãos que não pertencem à Igreja Católica, Ortodoxa ou Ortodoxa Oriental (inclusive àqueles cristãos que não pertencem à Igreja Anglicana, pois esta mesma não se auto-define como católica ou protestante).
História
Os "Reformadores" foram pessoas de vasta cultura teológica e humanista: Calvino estudou em Sorbonne e seu pai era bispo; Lutero foi monge e professor universitário da Bíblia; Zuínglio era sacerdote e humanista. De acordo com o programa dos humanistas, eles buscaram nas fontes da antiguidade cristã as bases para uma renovação religiosa. Lendo as Sagradas Escrituras e retornando aos Pais da Igreja, descobriram uma nova visão da fé e uma doutrina bíblica cristocêntrica.
Na Suíça de fala alemã, Ulrico Zuínglio, Johannes Oekolampad e outros começaram também uma tentativa de Reforma da Igreja Católica, de caráter mais urbano e enriquecida pelo humanismo de Erasmo de Roterdão. A Igreja da Inglaterra não se deixou influenciar, num primeiro momento, pelo protestantismo, mas depois de sua quebra com a Igreja de Roma, começou uma aproximação com os ideais Reformados. Atualmente a maior parte das Igrejas da Comunhão Anglicana declaram-se Reformadas.
Templo Metodista
O protestantismo apresenta elementos em comum apesar de sua grande diversidade. A Bíblia é considerada a única fonte de autoridade doutrinal e deve ser interpretada de acordo com regras históricas e linguísticas, observando-se seu significado dentro de um contexto histórico. A salvação é entendida como um dom gratuito (presente, graça) de Deus alcançado mediante a fé. As boas obras não salvam, sendo resultados da fé e não causa de salvação. O culto sempre é no idioma vernáculo e em sua grande maioria é simples tendo como base as Escrituras Sagradas. O protestantismo histórico, conserva as crenças cristãs ortodoxas tais como a doutrina trinitária, a cristologia clássica, o credo niceno-constantinopolitano, entre outros. Os protestantes expressam suas posições doutrinais por meio de Confissões de Fé e breves documentos apologéticos. A Confissão de Augsburgo expressa a doutrina Luterana. As confissões reformadas incluem a Confissão Escocesa (1560), a segunda Confissão Helvética (1531), a Confissão de Fé de Westminster (1647), os 39 Artigos de Religião da Igreja da Inglaterra (1562), etc. As Declarações de Barmen contra o regime Nazista e a Breve Declaração de Fé da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos são exemplos de declarações de fé recentes.
O ensino religioso, tem como base o estudo de catecismos. No Luteranismo faz-se uso dos Catecismo Maior e Menor de Lutero. O catecismo de Heildelberg e o Catecismo Maior e Menor de Westminster são utilizados pelas Igrejas Reformadas. O protestantismo rejeita parte das doutrinas que caracterizam o catolicismo tais como: o purgatório, a supremacia papal, as orações pelos mortos, a intercessão dos santos, a assunção de Maria e sua virgindade perpétua, a veneração dos santos, a transubstanciação, o sacrifício da missa, o culto às imagens, etc.
O protestantismo, em maior parte, segue a doutrina Agostiniana da eleição. Estabelece que a salvação é pela graça (favor imerecido) de Deus. Para os protestantes a autoridade da Igreja está vinculada a obediência da palavra de Deus e não à sucessão apostólica. Assim sendo, a Igreja cristã existe onde se escuta e obedece a palavra de Deus.
O protestantismo deseja regressar às doutrinas apostólicas e à simplicidade da fé e prática da Igreja primitiva. Portanto deve-se ao protestantismo a iniciativa as primeiras práticas ecumênicas adotadas a partir da segunda metade do século XIX. Vale lembrar que até hoje a Igreja Católica não faz parte do Conselho Mundial de Igrejas, e somente abriu-se ao dialogo ecumênico em 1965, após o Concílio Vaticano II.
O protestantismo se disseminou principalmente nos meios urbanos e através da nobreza. A difusão das ideias protestantes foi facilitada pela invenção da imprensa, que tornou possível a divulgação e a tradução da Bíblia nas línguas vernáculas. Desde então, as doutrinas cristãs passaram a necessitar do aval bíblico.
No Concílio de Trento, os bispos católicos partidários de Roma optaram por limitar o aceso laico as escrituras, proibindo a tradução da Bíblia para o vernáculo e impondo a Vulgata em latim como a única Bíblia autorizada e aumentando o índice de livros proibidos aos fiéis (Index Librorum Prohibitorum).
Templo Batista
Foto: Marcelo Amaral
A "Reforma" Protestante alcançou êxito em muitas áreas da Europa. Em sua forma Luterana é predominante no norte da Alemanha e em toda a Península Escandinava. Na Escócia surgiu a Igreja Presbiteriana. As Igrejas Reformadas também frutificaram nos Países Baixos, na Suíça e no oriente da Hungria. Com o desenvolvimento dos impérios europeus , principalmente o Império Britânico, nos séculos XIX e XX o protestantismo continuou a se expandir, se tornando uma fé de escala mundial. Atualmente mais de 600 milhões de pessoas professam alguma das diferentes manifestações do protestantismo no mundo.
O protestantismo assumiu três formas básicas: a luterana, a reformada (calvinista) e a anglicana. O protestantismo não possui organização centralizadora, porém suas igrejas estão organizadas em igrejas nacionais e em concílios internacionais tais como a Aliança Mundial de Igrejas Reformadas e a Federação Luterana Mundial.
O trabalho missionário do século XIX levou a cooperação interdenominacional e consequentemente ao movimento ecumênico do qual surgiu o Conselho Mundial de Igrejas. Fora desse protestantismo, que muitos estudiosos denominam "protestantismo magisterial", surgiu outro ramo que se distinguiu tanto do catolicismo como das igrejas protestantes de caráter histórico-nacional. Este ramo recebe o nome de Reforma Radical. O historiador George Williams distingue as seguintes correntes dentro desta reforma: espiritualistas, racionalistas e anabatistas. Os anabatistas rechaçaram a união da igreja e estado e repudiaram o batismo infantil, constituindo-se em igrejas independentes ou segregadas. A maior aportação à modernidade descansaria em sua persistente promoção da separação entre a igreja e o estado, a liberdade religiosa pessoal e o exercício de um governo plenamente democrático em suas congregações.
Pilares da Reforma Protestante
Sola scriptura (Somente a Escritura)
Afirma que somente a Bíblia é a única autoridade para todos os assuntos de fé e prática. As Escrituras e somente as Escrituras são o padrão pelo qual todos os ensinamentos e doutrinas da igreja devem ser medidos. Como Martinho Lutero afirmou quando a ele foi pedido para que voltasse atrás em seus ensinamentos: "Portanto, a menos que eu seja convencido pelo testemunho das Escrituras ou pelo mais claro raciocínio; a menos que eu seja persuadido por meio das passagens que citei; a menos que assim submetam minha consciência pela Palavra de Deus, não posso retratar-me e não me retratarei, pois é perigoso a um cristão falar contra a consciência. Aqui permaneço, não posso fazer outra coisa; Deus queira ajudar-me. Amém." O protestantismo também defende a interpretação privada ou juízo privado dos textos bíblicos, conceito exposto por Lutero em outubro de 1520, quando enviou seu escrito "A Liberdade de um Cristão" ao Papa, acrescentando a frase significativa "Eu não me submeto a leis ao interpretar a palavra de Deus". Disse Lutero também em outra ocasião que é "sempre melhor ver com um de nossos próprios olhos do que com os olhos de outras pessoas" ("always better to see with one's own eyes than with those of other people"). O historiador William Sweet sugeriu que isso posteriormente originou o direito fundamental de liberdade religiosa, bem como a própria ideia de democracia.
Sola gratia (Somente a Graça ou Salvação Somente pela Graça)
Afirma que a salvação é pela graça de Deus apenas, e que nós somos resgatados de Sua ira apenas por Sua graça. A graça de Deus em Cristo não é meramente necessária, mas é a única causa eficiente da salvação. Esta graça é a obra sobrenatural do Espírito Santo que nos traz a Cristo por nos soltar da servidão do pecado e nos levantar da morte espiritual para a vida espiritual.
Sola fide (Somente a Fé ou Salvação Somente pela Fé)
Afirma que a justificação é pela graça somente, através da fé somente, por causa somente de Cristo. É pela fé em Cristo que Sua justiça é imputada a nós como a única satisfação possível da perfeita justiça de Deus.
Solus Christus (Somente Cristo)
Afirma que a salvação é encontrada somente em Cristo e que unicamente Sua vida sem pecado e expiação substitutiva são suficientes para nossa justificação e reconciliação com Deus o Pai. O evangelho não foi pregado se a obra substitutiva de Cristo não é declarada, e a fé em Cristo e Sua obra não é proposta.
Soli Deo gloria (Glória somente a Deus)
Afirma que a salvação é de Deus, e foi alcançada por Deus apenas para Sua glória.
Catolicismo e protestantismo
As diferenças entre a doutrina católica e a doutrina da maioria dos grupos protestantes é grande. Genericamente, as suas divergências mais significativas dizem respeito ao papel da oração e das indulgências; à comunhão dos santos; à doutrina do pecado original e da graça; à predestinação; à necessidade e natureza da penitência; e ao modo de obter a salvação, com os protestantes a defenderem que a salvação só se atinge apenas através da fé (sola fide), em detrimento da crença católica de que a fé deve ser expressa também através das boas obras (essa grande divergência levou a um conflito sobre a doutrina da justificação).
Há também diferenças importantes na doutrina da Eucaristia e dos outros sacramentos (os protestantes só professam o Batismo e a Eucaristia, que são apenas para eles meros sinais que estimulam a fé ); na existência do Purgatório; no culto de veneração à Virgem Maria e aos santos; na forma de interpretação (com os protestantes a defenderem a interpretação pessoal ou livre-exame das Sagradas Escrituras) e na composição do Cânone das Escrituras; no papel da Tradição oral; na própria natureza, autoridade, administração, hierarquia e função da Igreja (incluindo o papel da Igreja na salvação); no sacerdócio; e também na autoridade e missão do Papa.
Catedral Presbiteriana do Rio de Janeiro
Contudo, visto que entre as denominações protestantes há diferenças consideráveis, de alguns setores do Anglicanismo, aproximam-se do catolicismo, autointitulando-se como anglo-católicos. Recentemente, o diálogo ecuménico moderno levou finalmente a alguns consensos sobre a doutrina da justificação entre os católicos e os luteranos, através da Declaração Conjunta Sobre a Doutrina da Justificação (1999). Além disso, esse diálogo trouxe também vários consensos sobre outras questões doutrinárias importantes, nomeadamente entre os católicos e os anglicanos.
Movimentos e ramos
Protestantismo no Brasil
O protestantismo chegou ao Brasil pela primeira vez com viajantes e nas tentativas de colonização do Brasil por huguenotes (nome dado aos reformados franceses) e reformados holandeses e flamengos durante o período colonial. Esta tentativa não deixou frutos persistentes. Uma missão francesa enviada por João Calvino se estabeleceu, em 1557, numa das ilhas da Baía de Guanabara, fundando a França Antártica. No mesmo ano, esses calvinistas franceses realizaram o primeiro culto protestante no Brasil e, de acordo com alguns, da própria América. Mas, pela predominância católica, foram obrigados a defender sua fé ante as autoridades, elaborando a Confissão de Fé de Guanabara, assinando, com isso, sua sentença de morte, pondo um fim no movimento.
Com a vinda da família real portuguesa ao Brasil e abertura dos portos a nações amigas, através do Tratado de Comércio e Navegação comerciantes ingleses estabeleceram a Igreja Anglicana no país, em 1810. Seguiram a implantação de igrejas de imigração: alemães trouxeram o luteranismo em 1824.
Em 1855, Robert Reid Kalley, missionário autônomo escocês, fundou igrejas Congregacionais constituindo primeiro trabalho Protestante permanente em terras brasileiras. Mais tarde, em 1859, a igreja Presbiteriana foi fundada por Ashbel Green Simonton no Rio de Janeiro. Apesar de uma inicial desavença entre Kalley e Simonton, logo os dois passaram a cooperar. Quando Kalley precisou partir do Brasil, providenciou a formação de pastores brasileiros em um Seminário da Inglaterra (a Escola de Pastores do Rev. Charles Spurgeon) e, providenciou também que outro missionário independente, o batista Salomão Ginsburg, fosse enviado para cá.
Em 1871, o primeiro grupo batista se estabeleceu em Santa Bárbara d'Oeste, no Estado de São Paulo, trazida por missionários americanos. Em 1907 fundava-se a Convenção Batista Brasileira.
Em 1910, o Brasil receberia o pentecostalismo, com a chegada da Congregação Cristã no Brasil e da Assembléia de Deus. Esta, em particular, foi trazida ao Brasil por dois missionários suecos, Daniel Berg e Gunnar Vingren, e estabeleceu-se inicialmente no norte, no Pará. Em 1922, chega ao país o Exército de Salvação, igreja reformada de origem inglesa, pelas mãos de David Miche e esposa, um casal de missionários suíços.
Em 1932, alguns ministros brasileiros da Assembléia de Deus devolveram voluntariamente suas credenciais de obreiros e organizaram Igreja de Cristo no Brasil em Mossoró.
Nos anos 1950 surge uma nova onda do pentecostalismo, com a influência de movimentos de cura divina e expulsão de demônios que geraram diferentes denominações, tais como: Igreja Pentecostal O Brasil para Cristo fundada pelo já falecido missionário Manoel de Mello. Em 1962 surge a Igreja Pentecostal Deus é Amor, fundada pelo missionário David Miranda.
Também nesta época várias igrejas protestantes que eram tradicionais adicionaram o fervor pentecostal, como exemplos, a Igreja Presbiteriana Renovada, a Igreja Cristã Maranata, a Convenção Batista Nacional e a Igreja do Evangelho Quadrangular, que chegou ao Brasil trazida pelos missionários Harold Edwin Williams e Jesus Hermírio Vaquez, que se instalaram inicialmente na cidade mineira de Poços de Caldas. A Igreja Cristã Maranata foi fundada em Outubro de 1968 no morro do Jaburuna em Vila Velha, Espírito Santo por quatro antigos membros da Igreja Presbiteriana do Centro de Vila Velha.
A década de 1970 viu nascer o movimento neopentecostal, com igrejas que enfatizam a prosperidade, como a Igreja Universal do Reino de Deus, fundada por Edir Macedo, em 1977; a Igreja Internacional da Graça de Deus, fundada por Romildo Ribeiro Soares, entre muitas outras. É também nessa década que mesmo a Igreja Católica no Brasil começa a sofrer influência dos movimentos pentecostais através da Renovação Carismática Católica, um movimento originário dos EUA.
Recentemente cresceram as chamadas igrejas neopentecostais com foco nas classes média e alta, com um discurso mais liberado quanto aos costumes e menos ênfase nas manifestações pentecostais. Entre elas as igrejas podemos citar a Igreja Apostólica Renascer em Cristo, fundada por Estevam e Sonia Hernandez, a Comunidade Evangélica Sara Nossa Terra, fundada por Robson Rodovalho e a Igreja Evangélica Cristo Vive, fundada por Miguel Ângelo. Seus fiéis costumam se identificar como "evangélicos" em referência aos reformados do século XVI.
Segundo pesquisa do Datafolha divulgada em março de 2010, 25% dos brasileiros são evangélicos, sendo 19% seguidores de denominações pentecostais.
Protestantismo na América Latina.
Os principais grupos protestantes começaram a se estabelecer na América do Sul no século XIX. Os presbiterianos se instalaram “na Argentina em 1836, no Brasil em 1859, no México em 1872, e na Guatemala em 1882. Os metodistas seguem um itinerário parecido: México 1871, Brasil 1886, Antilhas 1890, Costa Rica, Panamá e Bolívia nos últimos anos do século”; porém no Equador, Colômbia e Peru se estabeleceram os batistas e os pentecostais, assim como uma parte dos metodistas.
Atualmente as comunidades protestantes vêm ganhando terreno do catolicismo na América Latina e ampliando sua penetração em diversos países, em especial na América Central.
Protestantismo no mundo
Os 60 países com a maior porcentagem de prostestantes.
Há quase 970 milhões de Protestantes no mundo, entre cerca de 2,6 bilhões de cristãos. Isto inclui 170 milhões na América do Norte, 160 milhões na África, 120 milhões na Europa, 70 milhões na América Latina, 60 milhões na Ásia, e 10 milhões na Oceania.
O país com maior número de protestantes é os Estados Unidos, de onde apesar da diminuição do "WASP", tradicionalmente a favor de outros grupos (especialmente os hispânicos, de maioria católica), a maior parte dos estadunidenses pertenece a alguma confissão protestante. Em segundo lugar se encontra o Reino Unido, de clara maioria protestante, divididos entre anglicanos (maioria na Inglaterra) e a Igreja da Escócia, de confissão presbiteriana (maioria na Escócia).
Por que há tantas denominações cristãs? (30.000)
Pergunta: "O que há tantos cristãos? Denominações Porquê"
Resposta: Para responder a esta pergunta, devemos primeiramente diferenciar as denominações dentro do corpo de Cristo e seitas não-cristãs e religiões falsas. Presbiterianos e luteranos são exemplos de denominações cristãs. Mórmons e Testemunhas de Jeová são exemplos de seitas (grupos que reivindicam ser cristãos, mas negam um ou mais dos fundamentos da fé cristã). O islamismo e o budismo são religiões completamente distintas.
O aumento das denominações dentro da fé cristã pode ser rastreada até a Reforma Protestante, o movimento de "reformar" a Igreja Católica Romana durante o século 16, dos quais quatro divisões principais ou tradições do protestantismo surgiriam: Luterana, Reformada, anabatista e Anglicana. Dessas quatro, outras denominações cresceriam ao longo dos séculos.
A denominação luterana foi nomeada depois de Martin Luther e foi baseada em seus ensinamentos. Os metodistas têm o seu nome porque o seu fundador, John Wesley, ficou famoso por chegar com "métodos" para o crescimento espiritual. Presbiterianos são nomeados para a sua visão da Igreja palavra-liderança da palavra grega para ancião é presbyteros. Os Batistas têm o seu nome porque sempre têm enfatizado a importância do batismo. Cada denominação tem uma doutrina ou ênfase um pouco diferente das outras, como o método do batismo, a disponibilidade da Ceia do Senhor a todos ou apenas para aqueles cujos depoimentos podem ser verificados pelos líderes da igreja. O ponto destas divisões não é Cristo como Senhor e Salvador, mas sim diferenças honestas de opinião pelo piedoso, ainda que imperfeitas. As pessoas procuram honrar a Deus e manter a pureza doutrinária segundo a sua consciência. As denominações hoje são muitas e variadas. O original "mainline" denominações mencionadas acima têm gerado inúmeros filhotes, como Assembléia de Deus, Aliança Cristã e Missionária, os Nazarenos, Evangélica Livre, igrejas independentes Bíblia, e outras. Algumas denominações, enfatizam pequenas diferenças doutrinárias, mas mais frequentemente do que simplesmente oferecer diferentes estilos de culto para ajustar a diferentes gostos e preferências dos cristãos. Mas não se engane: como crentes, temos de ser de uma mente sobre os elementos essenciais da fé, mas, além disso há grande margem de manobra na forma como os cristãos devem adorar em um ambiente corporativo. Essa latitude é o que faz com que existam tantos "sabores" diferentes do cristianismo. A Igreja Presbiteriana em Uganda vai ter um estilo de culto muito diferente de uma igreja presbiteriana em Colorado, mas sua posição doutrinária será, em grande parte, a mesma coisa. A diversidade é uma coisa boa, mas não é a desunião. Se duas igrejas discordam doutrinariamente, o debate e o diálogo sobre a Palavra pode ser estimulado. Se eles discordam sobre estilo e forma, no entanto, é bom que eles permaneçam separados. Esta separação, porém, não levanta os cristãos, cuja responsabilidade é amarem-se uns aos outros (1 João 4:11-12) e, finalmente, serem unidos como um só em Cristo (João 17:21-22).
A desvantagem das denominações cristãs:
Parece haver pelo menos dois grandes problemas com o denominacionalismo. Primeiramente, em nenhum lugar das Escrituras há um mandato para denominacionalismo; ao contrário do mandato é de união e de conectividade. Assim, o segundo problema é que a história nos diz que o denominacionalismo é o resultado de conflitos e confrontos, que conduzem à divisão e separação. Jesus nos disse que uma casa dividida contra si mesma não pode subsistir. Este princípio geral pode e deve ser aplicada para a igreja. Encontramos um exemplo deste na igreja de Corinto, que estava lutando com problemas de divisão e separação. Havia quem pensasse que eles deveriam seguir Paulo e aqueles que achavam que deviam seguir o ensinamento de Apolo, 1 Coríntios 1:12: "O que estou dizendo é o seguinte: cada um de vocês diz:" Eu estou com Paulo", ou "Estou com Apolo", ou "eu estou com Cefas", ou "eu estou com Cristo." Só isso já deveria dizer-lhe o pensamento de Paulo, sobre denominações ou qualquer outra coisa que separa e divide o corpo. Mas vamos olhar mais , no versículo 13, Paulo faz perguntas muito aguçadas. "Está Cristo dividido? Foi Paulo quem foi crucificado por vós? Ou fostes vós batizados em nome de Paulo? "Isso deixa claro o que Paulo sente, ele (Paulo) não é o Cristo, ele não é o crucificado e sua mensagem nunca foi aquela que divide a igreja ou levaria alguém a adorar Paulo em vez de Cristo. Obviamente, segundo Paulo, há apenas uma igreja e um corpo de crentes e qualquer coisa que seja diferente, enfraquece e destrói a igreja (cf. v. 17). Ele faz este ponto forte em 03:04, dizendo que quem diz que eles são de Paulo ou de Apolo é carnal, não é de Deus...
Alguns dos problemas que enfrentamos hoje são provenientes do denominacionalismo e sua história mais recente:
1. Denominações são baseados em divergências sobre a interpretação da Escritura. Um exemplo seria o significado e o propósito do batismo. O batismo é um requisito para a salvação ou é simbólico do processo de salvação? Há denominações em ambos os lados da questão e têm usado a questão para separar e formar denominações.
2. Divergências sobre a interpretação das Escrituras são tomadas pessoalmente e tornaram-se pontos de discórdia. Isto leva a argumentos, que podem e têm feito muito para destruir o testemunho da igreja.
3. A Igreja deve ser capaz de resolver suas diferenças dentro do corpo, mas mais uma vez a história nos diz que isso não acontece. Hoje a mídia usa contra nós as nossas diferenças para demonstrar que não são unificados no pensamento ou propósito.
4. Denominações são utilizadas pelo homem para fora do auto-interesse. Existem denominações que hoje estão em um estado de auto-destruição como eles estão sendo levadas à apostasia por aqueles que estão a promover suas agendas pessoais.
5. O valor da unidade encontra-se na capacidade de conjugar os nossos dons e recursos para promover o Brasil para um mundo perdido. Isso contraria as divisões causadas pelo denominacionalismo.
O que é um crente? O que fazer? Devemos ignorar denominações, devemos não apenas ir à igreja e adoração na nossa própria casa? A resposta a ambas as perguntas é não. O que deveríamos estar procurando é um corpo de crentes onde o Evangelho de Cristo fosse pregado, onde você como um indivíduo podesse ter um relacionamento pessoal com o Senhor, onde você podesse entrar nos ministérios bíblicos, que estão a espalhar o Evangelho e a glorificar a Deus. Igreja é importante e todos os crentes precisam pertencer a um corpo que se encaixe nos critérios acima. Nós precisamos de relacionamentos que só podem ser encontrados num corpo de crentes. Precisamos do apoio que só a Igreja pode oferecer, e que nós precisamos para servir a Deus na comunidade, bem como individualmente. Escolha uma igreja com base na sua relação com Cristo, como ela está servindo a comunidade. Escolha uma igreja onde o pastor é pregador do evangelho sem medo e seja incentivado a fazê-lo. Cristo e Sua igreja nos ensina sobre seu relacionamento com Ele e com os outros. Como crentes, há certas doutrinas básicas que devemos acreditar, mas além disso há latitude sobre como podemos servir e adorar, e é esta latitude que é a única e boa razão para as denominações. Esta é a diversidade e não a desunião.
Recomendado Recursos: O Plano Mestre para a Igreja por John MacArthur .
O que é uma igreja não-denominacional? O que as igrejas não-denominacional acreditar?
Qual das 30.000 denominações protestantes é a verdadeira igreja de Deus?
Por que existem tantas interpretações Cristãs diferentes?
Movimentos teológicos de origem protestantes
* Puritanismo
* Pietismo
* Evangelicalismo
* Ecumenismo
* Fundamentalismo cristão
* Pentecostalismo
* Neo-ortodoxia
* Liberalismo teológico
A IGREJA DE Nª Sª DA CANDELÁRIA
Igreja de Nossa Senhora da Candelária
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A Igreja de Nossa Senhora da Candelária localiza-se no centro histórico da cidade do Rio de Janeiro, no Estado de mesmo nome, no Brasil. É um dos principais monumentos religiosos da cidade.
A igreja, palco de casamentos da sociedade carioca, teve seu nome associado à Chacina da Candelária, um massacre de menores de rua ocorrida na madrugada de 23 de julho de 1993 que teve repercussão internacional.
História
Origens
Segundo conta a história - semi-lendária - sobre a origem da igreja, nos princípios do século XVII uma tempestade quase fez naufragar um navio chamado Candelária, no qual viajavam os espanhóis Antônio Martins Palma e Leonor Gonçalves. O casal fez a promessa de edificar uma ermida dedicada a Nossa Senhora da Candelária se escapassem com vida. A nau finalmente aportou no Rio de Janeiro, e o casal fez construir uma pequena ermida no local da atual Igreja da Candelária em 1609.
Século XVIII
A igrejinha paroquial da Candelária foi reformada em 1710, mas na segunda metade do século XVIII necessitava uma ampliação. O sargento-mor Francisco João Roscio, engenheiro militar português, desenhou os planos para uma nova igreja. As obras começaram em 1775 e a inauguração, com a igreja ainda inacabada, ocorreu em 1811 em presença do Príncipe-Regente, e futuro Rei de Portugal, D. João VI. A igreja tinha nesse momento uma só nave, e os altares do interior da igreja haviam sido esculpidos por Mestre Valentim, o grande artista do estilo rococó do Rio, mas foram substituídos nas reformas posteriores.
A fachada e o projeto geral de planta em cruz latina com cúpula sobre o transepto lembram muito certas obras do barroco português, como por exemplo a igreja do Convento de Mafra (1717-1730), perto de Lisboa, e a Basílica da Estrela (1779-1790), na capital portuguesa. A fachada é particularmente bela entre as igrejas coloniais brasileiras. Como ocorre também com a maioria das igrejas coloniais do Rio, a fachada da Igreja da Candelária está voltada para a Baía de Guanabara, uma vez que essa era a via principal de entrada na cidade.
Século XIX
Algum tempo após a inauguração da igreja, o projeto foi ampliado para três naves. A nave anteriormente construída foi substituída, mas foi mantida a fachada original do projeto de Roscio. Por volta de 1856 terminou o abobadamento das naves e capelas, faltando a cúpula do transepto, que representou um grande problema de engenharia à época.
Após a intervenção de vários arquitetos, incluídos Justino de Alcântara, Francisco Joaquim Béthencourt da Silva, Daniel Pedro Ferro Cardoso e o alemão Carl Friedrich Gustav Waehneldt, a cúpula foi finalmente concluída em 1877. As diversas partes da cúpula, em pedra de lioz portuguesa, foram feitas em Lisboa, assim como as oito estátuas que a enfeitam, esculpidas pelo português José Cesário de Salles. Quando terminada, a cúpula da Candelária era a mais alta construção da cidade.
Decoração interior
A partir de 1878 começou a decoração do interior da igreja, seguindo um modelo neo-renascentista italiano, com revestimento de mármores italianos policromados nas paredes e colunas, afastando-se assim dos modelos vigentes na época colonial. O revestimento interior foi desenhado por Antônio de Paula Freitas e Heitor de Cordoville.
As magníficas pinturas murais no interior da Igreja foram encarregadas ao brasileiro João Zeferino da Costa, pintor e professor da Academia Imperial de Belas Artes, sendo essas consideradas suas obras-primas. Zeferino contou com a ajuda de um estaleiro de bons pintores como Henrique Bernardelli, Oscar Pereira da Silva e o italiano Giambattista Castagneto, entre outros. As pinturas se distribuem pelo teto das naves, cúpula e capela-mor e foram realizadas entre 1880 e o final do século XIX.
No teto da nave há seis painéis que contam a história inicial da Igreja da Candelária, desde a viagem dos fundadores até a primeira sagração, enquanto que na cúpula as pinturas representam a Virgem, as virtudes e figuras do Velho Testamento (Jessé, Isaías, David e Salomão).
Outros detalhes importantes do interior são o altar-mór do brasileiro Archimedes Memoria, os vitrais alemães e os enormes púlpitos em estilo Art Nouveau do escultor português Rodolfo Pinto do Couto (1931). Em 1901 foram instaladas as belas portas de bronze na entrada da Igreja, obra do português Teixeira Lopes.
Importância
A Igreja da Candelária é uma das principais obras artísticas do século XIX brasileiro, pela qualidade dos nomes envolvidos e pela integração da arquitetura neoclássica e a decoração interna exuberante, em estilo misto neoclássico e eclético. A isso se soma a bela fachada, obra-prima do século XVIII, que demonstra uma grande harmonia no contraste entre os trechos pintados de branco e o granito escuro carioca, além dos diferentes perfis de janelas, as duas torres e o frontão clássico.
O Commons possui uma categoria com multimídias sobre Igreja de Nossa Senhora da Candelária.
Matéria em construção...
...E ASSIM NASCEU SÃO LUÍS DO MARANHÀO
São Luís (Maranhão)
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Em cima, da esquerda para a direita: Prefeitura de São Luís e Lago Jansen; No meio: Avenida Colares Moreira; Em baixo, da esquerda para a direita: Entrada da Avenida Litorânea e panorama de São Luís.
"São Luíz do Maranhão"
"Ilha do Amor"
"Atenas Brasileira"
"Cidade dos Azulejos"
"Capital Brasileira da Cultura"
Aniversário: 8 de setembro
Fundação: 8 de setembro de 1612 (398 anos)
Gentílico: ludovicense
Lema: Cidade de Todos
Prefeito: João Castelo (PSDB) (2009–2012)
Localização de São Luís no Brasil
02° 31' 48" S 44° 18' 10" O02° 31' 48" S 44° 18' 10" O
Unidade federativa: Maranhão
Mesorregião: Norte Maranhense IBGE/2008
Microrregião: Aglomeração Urbana de São Luís IBGE/2008
Região metropolitana: São Luís
Municípios limítrofes: Paço do Lumiar, São José de Ribamar, Raposa
Distância até a capital: 2 157 km
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Em cima, da esquerda para a direita: Prefeitura de São Luís e Lago Jansen; No meio: Avenida Colares Moreira; Em baixo, da esquerda para a direita: Entrada da Avenida Litorânea e panorama de São Luís.
"São Luíz do Maranhão"
"Ilha do Amor"
"Atenas Brasileira"
"Cidade dos Azulejos"
"Capital Brasileira da Cultura"
Aniversário: 8 de setembro
Fundação: 8 de setembro de 1612 (398 anos)
Gentílico: ludovicense
Lema: Cidade de Todos
Prefeito: João Castelo (PSDB) (2009–2012)
Localização de São Luís no Brasil
02° 31' 48" S 44° 18' 10" O02° 31' 48" S 44° 18' 10" O
Unidade federativa: Maranhão
Mesorregião: Norte Maranhense IBGE/2008
Microrregião: Aglomeração Urbana de São Luís IBGE/2008
Região metropolitana: São Luís
Municípios limítrofes: Paço do Lumiar, São José de Ribamar, Raposa
Distância até a capital: 2 157 km
Características geográficas
Área: 827,141 km²
População: 1 011 943 hab. IBGE/2010
Densidade: 1 223,42 hab./km²
Clima: tropical Awh
Fuso horário: UTC−3
Área: 827,141 km²
População: 1 011 943 hab. IBGE/2010
Densidade: 1 223,42 hab./km²
Clima: tropical Awh
Fuso horário: UTC−3
Indicadores
IDH 0,778 médio PNUD/2000
PIB: R$ 14 724 349,610 mil (BR: 29º) – IBGE/2008
PIB per capita: R$ 14 920,92 IBGE/2008
São Luís é um município brasileiro, capital do estado do Maranhão, fundada por franceses no dia 8 de setembro de 1612 posteriomente, foi invadida por holandeses mas terminou por ser colonizada por portugueses. Localiza-se em uma ilha Upaon-Açu, no Atlântico Sul, entre as baías de São Marcos e São José de Ribamar. Quando em 1621 o Brasil foi dividido em duas unidades administrativas - Estado do Maranhão e Estado do Brasil - São Luís foi a capital da primeira unidade administrativa.
O rico acervo arquitetônico e artístico que se faz presente no seu centro histórico credenciou a cidade de São Luís, a ser declarada patrimônio histórico da humanidade pela ONU para a educação,ciência e cultura UNESCO em 1997. No último censo demográfico realizado pelo IBGE em 2010 a ilha ultrapassou a marca de mais de um milhão de habitantes que a torna a 15º cidade mais populosa do Brasil entre as mais de 5.560 cidades brasileiras, 13° entre as capitais, 4º da região Nordeste e 1° do Maranhão.
A capital maranhense tem um desenvolvido setor industrial por conta de grandes corporações e empresas de diversos áreas que se instalaram na cidade pela sua privilegiada posição geográfica entre as regiões Norte e Nordeste do país, seu litoral estrategicamente localizado bem mais próximo de grandes centros importadores de produtos brasileiras como Europa e EUA permitindo economia de combustíveis e redução no prazo de entrega de mercadorias provenientes do Brasil pelo Porto de Itaqui que é o 2º mais profundo do mundo e um dos mais movimentados, sofisticados e bem estruturados para o comércio exterior no Brasil. Tudo isso aliado a ligação por linha férrea da capital São Luís ao interior do estado, e aos estados vizinhos do Pará, Tocantins e Piauí o que facilita e barateia a escoação agrícola vinda do interior do país para o porto de Itaqui, sendo que com a conclusão de Ferrovia Norte-Sul a cidade vai estar interligada a todas as regiões brasileiras (NO, NE, CO, SE e S) por ferrovias, por rodovia a ilha já é servida pela BR-135 que a liga ao continente, e por ar conta com o recém reformado Aeroporto Internacional Marechal Cunha Machado com capacidade de atender mais um milhão de passageiros por ano, apesar de já operar com demanda quase saturada pelo movimento intenso de passageiros não somente da cidade de São Luís mais também por servir como porta de entrada por ser o maior e mais movimentado aeroporto próximo ao Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses.
São Luís destaca-se não somente pelo seu rico acervo artístico e arquitetônico, mais também pela suas manifestações culturais, como o São João do Maranhão, Tambor de crioula, Bumba meu boi do Maranhão entre outros, e pela boa estrutura da cidade que além de contar com todas essas manifestações culturais e acervo histórico dos mais relevantes na América Latina, conta também com belas praias, ampla e variada rede hoteleira, grandes centros de compras, como Shopping centers e galerias, bons restaurantes, bares e boates. E diversidade para o entretenimento como teatros, cinemas, e atividades culturais no geral.
História
IDH 0,778 médio PNUD/2000
PIB: R$ 14 724 349,610 mil (BR: 29º) – IBGE/2008
PIB per capita: R$ 14 920,92 IBGE/2008
São Luís é um município brasileiro, capital do estado do Maranhão, fundada por franceses no dia 8 de setembro de 1612 posteriomente, foi invadida por holandeses mas terminou por ser colonizada por portugueses. Localiza-se em uma ilha Upaon-Açu, no Atlântico Sul, entre as baías de São Marcos e São José de Ribamar. Quando em 1621 o Brasil foi dividido em duas unidades administrativas - Estado do Maranhão e Estado do Brasil - São Luís foi a capital da primeira unidade administrativa.
O rico acervo arquitetônico e artístico que se faz presente no seu centro histórico credenciou a cidade de São Luís, a ser declarada patrimônio histórico da humanidade pela ONU para a educação,ciência e cultura UNESCO em 1997. No último censo demográfico realizado pelo IBGE em 2010 a ilha ultrapassou a marca de mais de um milhão de habitantes que a torna a 15º cidade mais populosa do Brasil entre as mais de 5.560 cidades brasileiras, 13° entre as capitais, 4º da região Nordeste e 1° do Maranhão.
A capital maranhense tem um desenvolvido setor industrial por conta de grandes corporações e empresas de diversos áreas que se instalaram na cidade pela sua privilegiada posição geográfica entre as regiões Norte e Nordeste do país, seu litoral estrategicamente localizado bem mais próximo de grandes centros importadores de produtos brasileiras como Europa e EUA permitindo economia de combustíveis e redução no prazo de entrega de mercadorias provenientes do Brasil pelo Porto de Itaqui que é o 2º mais profundo do mundo e um dos mais movimentados, sofisticados e bem estruturados para o comércio exterior no Brasil. Tudo isso aliado a ligação por linha férrea da capital São Luís ao interior do estado, e aos estados vizinhos do Pará, Tocantins e Piauí o que facilita e barateia a escoação agrícola vinda do interior do país para o porto de Itaqui, sendo que com a conclusão de Ferrovia Norte-Sul a cidade vai estar interligada a todas as regiões brasileiras (NO, NE, CO, SE e S) por ferrovias, por rodovia a ilha já é servida pela BR-135 que a liga ao continente, e por ar conta com o recém reformado Aeroporto Internacional Marechal Cunha Machado com capacidade de atender mais um milhão de passageiros por ano, apesar de já operar com demanda quase saturada pelo movimento intenso de passageiros não somente da cidade de São Luís mais também por servir como porta de entrada por ser o maior e mais movimentado aeroporto próximo ao Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses.
São Luís destaca-se não somente pelo seu rico acervo artístico e arquitetônico, mais também pela suas manifestações culturais, como o São João do Maranhão, Tambor de crioula, Bumba meu boi do Maranhão entre outros, e pela boa estrutura da cidade que além de contar com todas essas manifestações culturais e acervo histórico dos mais relevantes na América Latina, conta também com belas praias, ampla e variada rede hoteleira, grandes centros de compras, como Shopping centers e galerias, bons restaurantes, bares e boates. E diversidade para o entretenimento como teatros, cinemas, e atividades culturais no geral.
História
A capital maranhense, lembrada hoje pelo enorme casario de arquitetura portuguesa, no início abrigava apenas ocas de madeira e palha e uma paisagem quase intocada. Aqui ficava a aldeia de Upaon-Açu, onde os índios tupinambás - entre 200 e 600, segundo cronistas franceses - viviam da agricultura de subsistência (pequenas plantações de mandioca e batata doce) e das ofertas da natureza, caçando, pescando, coletando frutas.
Em 1535, a divisão do país em capitanias hereditárias deu ao tesoureiro João de Barros a primeira oportunidade de colonizar a região.
Na década de 1550 foi fundada a cidade de Nazaré, provavelmente onde hoje é São Luís, que acabou sendo abandonada devido à resistência dos índios e a dificuldade de acesso à ilha.
Daniel de La Touche, conhecido como Senhor de La Ravardière, acompanhado de cerca de 500 homens vindos das cidades francesas de Cancale e Saint-Malo chegou à região em 1612 para fundar a França Equinocial e realizar o sonho francês de se instalar na região dos trópicos. Uma missa rezada por capuchinos e a construção de um forte nomeado de Saint Louis (São Luís), em homenagem prestada a Luís IX patrono da França, e ao rei francês da época Luís XIII. Marcaram a data de fundação da nova cidade: 8 de Setembro. Logo se aliaram aos índios, que foram fiéis companheiros na batalha contra portugueses vindos de Pernambuco decididos a reconquistar o território, o que acabou por acontecer alguns anos depois.
Comandada por Alexandre de Moura, a tropa lusitana expulsou os franceses em 1615 e Jerônimo de Albuquerque foi destacado para comandar a cidade.
Em 1535, a divisão do país em capitanias hereditárias deu ao tesoureiro João de Barros a primeira oportunidade de colonizar a região.
Na década de 1550 foi fundada a cidade de Nazaré, provavelmente onde hoje é São Luís, que acabou sendo abandonada devido à resistência dos índios e a dificuldade de acesso à ilha.
Daniel de La Touche, conhecido como Senhor de La Ravardière, acompanhado de cerca de 500 homens vindos das cidades francesas de Cancale e Saint-Malo chegou à região em 1612 para fundar a França Equinocial e realizar o sonho francês de se instalar na região dos trópicos. Uma missa rezada por capuchinos e a construção de um forte nomeado de Saint Louis (São Luís), em homenagem prestada a Luís IX patrono da França, e ao rei francês da época Luís XIII. Marcaram a data de fundação da nova cidade: 8 de Setembro. Logo se aliaram aos índios, que foram fiéis companheiros na batalha contra portugueses vindos de Pernambuco decididos a reconquistar o território, o que acabou por acontecer alguns anos depois.
Comandada por Alexandre de Moura, a tropa lusitana expulsou os franceses em 1615 e Jerônimo de Albuquerque foi destacado para comandar a cidade.
Açorianos chegaram à cidade em 1620 e a plantação da cana para produção de açúcar e aguardente tornou-se então a principal atividade econômica na região. Os índios foram usados como mão-de-obra na lavoura. A produção foi pequena durante todo o século XVII e, como praticamente não circulava dinheiro na região, os excedentes eram trocados por produtos vindos do Pará, Amazônia e Portugal. Rolos de pano eram um dos objetos valorizados na época, constando inclusive nos testamentos dos senhores mais abastados.
Em 1641, foi a vez dos holandeses de Maurício de Nassau, que já comandavam Pernambuco, tomarem a cidade. Chegaram pelo porto do Desterro, saquearam a igreja que nele fica e só foram vencidos três anos depois. Preocupado com o isolamento geográfico e os constantes ataques à região, o governo colonial decidiu então fundar o Estado do Maranhão e Grão Pará, independente do resto do país.
A criação da Companhia de Comércio do Estado do Maranhão, em 1682, integrou a região ao grande sistema comercial mantido por Portugal. As plantações de cana, cacau e tabaco eram agora voltadas para exportação, tornando viável a compra de escravos africanos. A Companhia, de gestão privada, passou a administrar os negócios na região em substituição à Câmara Municipal. O alto preço fixado para produtos importados e discordâncias quanto ao modelo de produção, geraram conflitos nas elites que culminaram na Revolta de Beckman, considerada a primeira insurreição da colônia contra Portugal. O movimento foi prontamente reprimido pelas forças governistas.
Na segunda metade do século XVIII, devido a Guerra da Secessão, os Estados Unidos interrompem sua produção de algodão e abrem espaço para que o Maranhão passe a fornecer a matéria-prima demandada pela Inglaterra. Em 1755 é fundada a Companhia Geral do Comércio do Grão Pará e o porto de São Luís ganha enorme movimento de chegada e saída de produtos. Com a proibição do uso de escravos indígenas e o aumento das plantações, sobe muito o número de escravos negros.
Se desde o final do século XVII novos elementos da civilização européia já chegavam a São Luís por vias marítimas (com destaque para os religiosos carmelitas, jesuítas e franciscanos, que também passaram a educar a população), este processo de modernização aumentou no novo ciclo econômico, trazendo benefícios urbanos para a cidade. Durante o período pombalino (1755-1777), acontece a canalização da rede de água e esgotos e a construção de fontes pela cidade.
Em 1780 é construída a Praça do Comércio, na Praia Grande, que se torna centro da ebulição econômica e cultural de São Luís. Tecidos, móveis, livros e produtos alimentícios, como o azeite português e a cerveja da Inglaterra, eram algumas das novidades vindas do velho continente.
Os filhos dos senhores eram enviados para estudar no exterior, enquanto na periferia da cidade, longe da repressão da polícia e das elites, os escravos fermentavam uma das culturas negras mais ricas do país. Entre as abastadas famílias de comerciantes estava a senhora Ana Jansen, conhecida por maltratar, torturar e até matar seus escravos.
Além de dar nome a uma lagoa que fica na parte nova da cidade, Ana Jansen é também lembrada através de uma lenda: sua carruagem, puxada por cavalos brancos sem cabeça, estaria circulando ainda hoje pelas ruas escuras de São Luís.
O grande fluxo comercial de algodão, que chegou a fazer da capital maranhense a terceira cidade mais populosa do país (atrás apenas do Rio de Janeiro e Salvador), entrou em decadência no fim do século XIX, devido à recuperação da produção norte-americana e à abolição da escravatura. A produção agrícola foi aos poucos sendo suplantada pela indústria têxtil que, além de matéria-prima, encontrou mão-de-obra e mercado consumidor na região. A nova atividade colaborou para a expansão geográfica da cidade e surgimento de novos bairros na periferia.
Faz parte do seu patrimônio cultural a riqueza de poemas e romances dos seus grandes escritores, tais como Aluísio de Azevedo, Gonçalves Dias, Graça Aranha, dentre outros, o que tornou a cidade conhecida como a Atenas Maranhense. Além da literatura, os ritmos cadenciados transbordam alegria e sensualidade, através do tambor-de-crioula, do reggae e do bumba-meu-boi.
Política
Palácio dos Leões, sede do Governo Estadual.
Em 1641, foi a vez dos holandeses de Maurício de Nassau, que já comandavam Pernambuco, tomarem a cidade. Chegaram pelo porto do Desterro, saquearam a igreja que nele fica e só foram vencidos três anos depois. Preocupado com o isolamento geográfico e os constantes ataques à região, o governo colonial decidiu então fundar o Estado do Maranhão e Grão Pará, independente do resto do país.
A criação da Companhia de Comércio do Estado do Maranhão, em 1682, integrou a região ao grande sistema comercial mantido por Portugal. As plantações de cana, cacau e tabaco eram agora voltadas para exportação, tornando viável a compra de escravos africanos. A Companhia, de gestão privada, passou a administrar os negócios na região em substituição à Câmara Municipal. O alto preço fixado para produtos importados e discordâncias quanto ao modelo de produção, geraram conflitos nas elites que culminaram na Revolta de Beckman, considerada a primeira insurreição da colônia contra Portugal. O movimento foi prontamente reprimido pelas forças governistas.
Na segunda metade do século XVIII, devido a Guerra da Secessão, os Estados Unidos interrompem sua produção de algodão e abrem espaço para que o Maranhão passe a fornecer a matéria-prima demandada pela Inglaterra. Em 1755 é fundada a Companhia Geral do Comércio do Grão Pará e o porto de São Luís ganha enorme movimento de chegada e saída de produtos. Com a proibição do uso de escravos indígenas e o aumento das plantações, sobe muito o número de escravos negros.
Se desde o final do século XVII novos elementos da civilização européia já chegavam a São Luís por vias marítimas (com destaque para os religiosos carmelitas, jesuítas e franciscanos, que também passaram a educar a população), este processo de modernização aumentou no novo ciclo econômico, trazendo benefícios urbanos para a cidade. Durante o período pombalino (1755-1777), acontece a canalização da rede de água e esgotos e a construção de fontes pela cidade.
Em 1780 é construída a Praça do Comércio, na Praia Grande, que se torna centro da ebulição econômica e cultural de São Luís. Tecidos, móveis, livros e produtos alimentícios, como o azeite português e a cerveja da Inglaterra, eram algumas das novidades vindas do velho continente.
Os filhos dos senhores eram enviados para estudar no exterior, enquanto na periferia da cidade, longe da repressão da polícia e das elites, os escravos fermentavam uma das culturas negras mais ricas do país. Entre as abastadas famílias de comerciantes estava a senhora Ana Jansen, conhecida por maltratar, torturar e até matar seus escravos.
Além de dar nome a uma lagoa que fica na parte nova da cidade, Ana Jansen é também lembrada através de uma lenda: sua carruagem, puxada por cavalos brancos sem cabeça, estaria circulando ainda hoje pelas ruas escuras de São Luís.
O grande fluxo comercial de algodão, que chegou a fazer da capital maranhense a terceira cidade mais populosa do país (atrás apenas do Rio de Janeiro e Salvador), entrou em decadência no fim do século XIX, devido à recuperação da produção norte-americana e à abolição da escravatura. A produção agrícola foi aos poucos sendo suplantada pela indústria têxtil que, além de matéria-prima, encontrou mão-de-obra e mercado consumidor na região. A nova atividade colaborou para a expansão geográfica da cidade e surgimento de novos bairros na periferia.
Faz parte do seu patrimônio cultural a riqueza de poemas e romances dos seus grandes escritores, tais como Aluísio de Azevedo, Gonçalves Dias, Graça Aranha, dentre outros, o que tornou a cidade conhecida como a Atenas Maranhense. Além da literatura, os ritmos cadenciados transbordam alegria e sensualidade, através do tambor-de-crioula, do reggae e do bumba-meu-boi.
Política
Palácio dos Leões, sede do Governo Estadual.
O poder político em São Luís é representado pelo prefeito, vice-prefeito e secretários municipais. Para o prefeito criar alguma lei, é preciso a aprovação do Poder Legislativo, sendo este composto pela Câmara dos Vereadores. A gestão do prefeito torna-se mais fácil quando recebe apoio dos vereadores. São símbolos oficiais da cidade o brasão, a bandeira e o hino. A cidade também é a sede do Governo dual, sendo o Palácio dos Leões o edifício-sede do governo. Sede política e institucional do Governo do Estado do Maranhão, o Palácio dos Leões representa um dos maiores símbolos da cultura maranhense.
Prefeitura de São Luís.
Prefeitura de São Luís.
O Palácio La Ravardière, sede do governo municipal (prefeitura), foi construído por volta de 1689, sendo o antigo prédio da Casa de Câmara e Cadeia. De fachada simétrica, em dois pavimentos, centrada por uma caitela, decorada com concha e folhas de acanto estilizado, dando idéia de pequeno frontão, todo em estuque. À frente, calçada de cantaria exibe busto de bronze de Daniel de La Touche, Senhor de La Ravardière, esculpido por Bibiano Silva.
Eleitorado
Eleitorado
São Luís conta com o maior colégio eleitoral do estado do Maranhão, seguida por Imperatriz, Caxias, Timon e Codó. Seu eleitorado total é de 483.854 (48,02% homens e 52,08% mulheres). Pertence á Comarca de São Luís.
Justiça
Justiça
São Luís é sede do Tribunal de Justiça do Estado, fundado em 1813. Também é sede do Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região (TRT), com jurisdição sobre o Estado do Maranhão. A Capital sedia também o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e Tribunal de Contas do Estado, que apesar de não pertencer ao Poder Judiciário, pois constitucionalmente é um órgão vinculado ao Poder Legislativo, possui autonomia administrativa e financeira. Sua função é auxiliar o Legislativo e fiscalizar a aplicação do dinheiro público. São Luís também é sede da Procuradoria Geral de Justiça, da Procuradoria Geral do Estado e da Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil no Maranhão (OAB-MA).
Geografia
O município de São Luís ocupa uma área de 828,01 km² e está localizado no Nordeste do Brasil a 2° ao Sul do Equador, nas coordenadas geográficas latitude S 2º31´ longitude W 44º16, estando à 24 metros acima do nível do mar. Segundo dados do Censo 2000 - IBGE, o município possuía 870.028 habitantes, sendo 837.584 na área urbana e 32.444 na área rural. Segundo este Censo 2000, a população jovem chegava a 63,87% (555.709 habitantes) com idade inferior a 29 anos, destacando-se que 375.624 (40,17%) menores de 19 anos.
O município ocupa mais da metade da ilha (57%), e conforme registros da Fundação Nacional de Saúde (1996), a população está distribuída em centro urbano com 122 bairros (que constituem a região semiurbana) e 122 povoados (que formam a zona rural). A cidade está dividida em 15 setores fiscais e 233 bairros, loteamentos e conjuntos residenciais.
Limita-se com os municípios de Paço do Lumiar, São José de Ribamar, Raposa e com o oceano Atlântico. É a maior cidade do estado.
Clima
Pôr-do-sol em São Luís.
Geografia
O município de São Luís ocupa uma área de 828,01 km² e está localizado no Nordeste do Brasil a 2° ao Sul do Equador, nas coordenadas geográficas latitude S 2º31´ longitude W 44º16, estando à 24 metros acima do nível do mar. Segundo dados do Censo 2000 - IBGE, o município possuía 870.028 habitantes, sendo 837.584 na área urbana e 32.444 na área rural. Segundo este Censo 2000, a população jovem chegava a 63,87% (555.709 habitantes) com idade inferior a 29 anos, destacando-se que 375.624 (40,17%) menores de 19 anos.
O município ocupa mais da metade da ilha (57%), e conforme registros da Fundação Nacional de Saúde (1996), a população está distribuída em centro urbano com 122 bairros (que constituem a região semiurbana) e 122 povoados (que formam a zona rural). A cidade está dividida em 15 setores fiscais e 233 bairros, loteamentos e conjuntos residenciais.
Limita-se com os municípios de Paço do Lumiar, São José de Ribamar, Raposa e com o oceano Atlântico. É a maior cidade do estado.
Clima
Pôr-do-sol em São Luís.
O clima de São Luís é tropical, quente e úmido. A temperatura mínima na maior parte do ano fica entre 20 e 23 graus e a máxima geralmente fica entre 29 e 31 graus. Apresenta duas estações distintas: a estação seca, de agosto a dezembro, e a estação chuvosa, de janeiro a julho. A média pluviométrica é de 2325 mm (CPTEC). A menor temperatura já registrada na cidade foi de 16 °C no mês de maio, e a temperatura máxima já registrada foi de 35 °C no mês de novembro. Fonte: CPTEC
Relevo
Relevo
A capital maranhense encontra-se a altitude de quatro metros acima do nível do mar. Existem baixadas alagadas, praias extensas e dunas que formam a planície litorânea.
Hidrografia
Hidrografia
Os principais rios que cortam São Luís são o Bacanga, que atravessa o Parque Estadual do Bacanga, e o Anil, que divide a cidade moderna e o centro histórico. O rio Itapecuru abastece a cidade(embora não passe pela ilha).
A laguna da Jansen (laguna, por existir saídas para o mar) é a principal e maior laguna da ilha, com seis mil metros quadrados de área.
Praias
Vista de uma das praias da cidade.
A laguna da Jansen (laguna, por existir saídas para o mar) é a principal e maior laguna da ilha, com seis mil metros quadrados de área.
Praias
Vista de uma das praias da cidade.
As principais praias da capital maranhense são: Praia Ponta d’Areia: é a mais visitada pela população e pelos turistas, devido ao fácil acesso. Encontra-se a apenas três quilômetros do centro da cidade. Praia de São Marcos: destaca-se por suas fortes ondas, e é bastante procurada por surfistas. Praia do Calhau: é uma das praias mais conhecidas da capital maranhense. Apresenta ondas fracas e dunas cobertas por vegetação. Praia Olho d’Água: localiza-se a 13 quilômetros do centro da cidade. É cercada por dunas e vegetação rasteira. Praia do Meio: localizada entre as praias de Olho D´água e Araçagy, possui águas límpidas e próprias para prática de kitesurf.
Com exceção de alguns trechos da praia do Araçagi, nenhuma outra - Ponta d’Areia, Calhau, São Marcos e Olho d’Água - está em condições para banho. Principal causa: lançamento de esgotos não tratados.
Vegetação
Com exceção de alguns trechos da praia do Araçagi, nenhuma outra - Ponta d’Areia, Calhau, São Marcos e Olho d’Água - está em condições para banho. Principal causa: lançamento de esgotos não tratados.
Vegetação
A vegetação da cidade é diversificada e, em sua maior parte, litorânea. Com grande número de coqueiros, São Luís conta também com uma quantidade considerável de manguezais. Encontram-se parques ambientais por toda a capital maranhense, entre os quais, o Parque Estadual do Bacanga que guarda restícios de vegetação da Floresta Amazônica, totalmente preservado.
Economia
A economia maranhense foi uma das mais prósperas do país até a metade do século XIX. Todavia, após o fim da Guerra Civil dos Estados Unidos da América, quando perdeu espaço na exportação de algodão, o estado entrou em colapso; somente após o final da década de 1960 no século XX o estado passou a receber incentivos e saiu do isolamento, com ligações férreas e rodoviárias com outras regiões.
No fim do século XVIII, o aumento da demanda internacional por algodão para atender a industria têxtil inglesa, aliado à redução da produção norte americana por causa da Guerra de Independência nos Estados Unidos, forneceram o cenário ideal para o estímulo da produção algodoeira no Maranhão. As companhias de navegação Southampton & Maranham Company e Maranham Shipping Company, de transporte marítimo a vapor, que realizavam o transporte do algodão dos estados da Geórgia e do Alabama, passaram a operar no eixo São Luís – Londres, levando a produção de Caxias e da Baixada Maranhense.
No fim do século XVIII, o aumento da demanda internacional por algodão para atender a industria têxtil inglesa, aliado à redução da produção norte americana por causa da Guerra de Independência nos Estados Unidos, forneceram o cenário ideal para o estímulo da produção algodoeira no Maranhão. As companhias de navegação Southampton & Maranham Company e Maranham Shipping Company, de transporte marítimo a vapor, que realizavam o transporte do algodão dos estados da Geórgia e do Alabama, passaram a operar no eixo São Luís – Londres, levando a produção de Caxias e da Baixada Maranhense.
Até o início do século XX, São Luís ainda exportava algodão para a Inglaterra por via marítima, através das linhas Red Cross Line e Booth Line (cuja rota se estendia até Iquitos) e da companhia Liverpool-Maranham Shipping Company.
Nesse período, a fase de ouro da economia maranhense, São Luís passou a viver uma efervescência cultural. A cidade, que se relacionava mais com as capitais europeias que as outras cidades brasileiras, foi a primeira a receber uma companhia italiana de ópera. Possuía calçamento e iluminação como poucas do país. Recebia semanalmente as últimas novidades da literatura francesa. As grandes fortunas algodoeiras e os comerciais locais enviavam seus filhos para estudar em Recife, Salvador, Rio de Janeiro e, principalmente, Europa.
A inauguração do Porto do Itaqui, em São Luís, atualmente o segundo em profundidade no mundo, ficando atrás apenas do de Roterdã, na Holanda, e um dos mais movimentados do país, serviu para escoar a produção industrial e de minério de ferro vinda de trem da Serra dos Carajás, atividade explorada pela Companhia Vale do Rio Doce. A estratégica proximidade com os mercados europeus e norte americanos fez do Porto uma atraente opção de exportação, mas padece de maior navegação de cabotagem.
A economia ludovicense baseia-se na indústria de transformação de alumínio, alimentícia, turismo e nos serviços. São Luís possui o maior PIB do estado, sediando duas universidades públicas(UFMA e UEMA) e vários centros de ensino e faculdades particulares. Segundo o último levantamento de dados do IBGE a cidade de São Luís possui o PIB de R$ 9.340.944.000,00 sendo assim a 29º economia nacional entre os mais de 5.560 municípios brasileiros, e ocupando a 14º posição entre as capitais.
Transporte
Nesse período, a fase de ouro da economia maranhense, São Luís passou a viver uma efervescência cultural. A cidade, que se relacionava mais com as capitais europeias que as outras cidades brasileiras, foi a primeira a receber uma companhia italiana de ópera. Possuía calçamento e iluminação como poucas do país. Recebia semanalmente as últimas novidades da literatura francesa. As grandes fortunas algodoeiras e os comerciais locais enviavam seus filhos para estudar em Recife, Salvador, Rio de Janeiro e, principalmente, Europa.
A inauguração do Porto do Itaqui, em São Luís, atualmente o segundo em profundidade no mundo, ficando atrás apenas do de Roterdã, na Holanda, e um dos mais movimentados do país, serviu para escoar a produção industrial e de minério de ferro vinda de trem da Serra dos Carajás, atividade explorada pela Companhia Vale do Rio Doce. A estratégica proximidade com os mercados europeus e norte americanos fez do Porto uma atraente opção de exportação, mas padece de maior navegação de cabotagem.
A economia ludovicense baseia-se na indústria de transformação de alumínio, alimentícia, turismo e nos serviços. São Luís possui o maior PIB do estado, sediando duas universidades públicas(UFMA e UEMA) e vários centros de ensino e faculdades particulares. Segundo o último levantamento de dados do IBGE a cidade de São Luís possui o PIB de R$ 9.340.944.000,00 sendo assim a 29º economia nacional entre os mais de 5.560 municípios brasileiros, e ocupando a 14º posição entre as capitais.
Transporte
O município conta com cinco terminais de integração (Praia Grande, São Cristovão, Cohab/Cohatrac, Cohama e Distrito industrial) que permite que o passageiro percorra toda a região metropolitana de ônibus pagando apenas uma passagem. A rede de linhas do SIT São Luís - Sistema Integrado de Transporte de São Luís - é baseada em dois tipos de linhas: as que fazem a integração bairro-terminal e as que integram o terminal ao centro da cidade ou ainda a outro terminal. Existem 21 empresas de ônibus em atuação na cidade, que detêm, conjuntamente, uma frota de cerca de 1.084 veículos e utilizam sistema de bilhetagem eletrônica. Com a conclusão do projeto de terminais de integração na administração de Tadeu Palácio, iniciou-se a última fase da reformulação do transporte coletivo de São Luís, a ampliação das linhas e da frota de veículos.
Aeroporto Internacional de SLuís.
Aeroporto Internacional de SLuís.
O Aeroporto Internacional de São Luís possui terminal com capacidade para atender um milhão de passageiros por ano. Localizado a apenas 14 quilômetros do centro da cidade, oferece aos passageiros restaurantes, praça de alimentação e espaço cultural. É servido por quatro companhias aéreas brasileiras, Azul, TAM, TRIP e Gol, com voos diários, partindo das principais capitais brasileiras.
Frota de Veículos na capital maranhense:
Frota de Veículos na capital maranhense:
Automóveis - 117.573
Caminhões - 5.893
Caminhonetas - 16.999
Micro-ônibus - 972
Motocicletas - 36.479
Motonetas - 3.247
Ônibus - 2.641
Dados do ano de 2008.
Turismo
Turismo
Os principais pontos turísticos abertos a visitação da cidade de São Luís são:
Teatro Arthur Azevedo:
Teatro Arthur Azevedo:
Segundo teatro mais antigo do Brasil, foi fundado com o nome de Teatro da União por dois comerciantes portugueses em 1817. No projeto original, o teatro se estenderia até o Largo do Carmo, mas acabou reduzido por um veto da Igreja. Baseado no chamado teatro de plateia italiano, em formato ferradura, apenas em 1922 ganhou o nome atual. Funcionou como cinema entre 1940 e 1966 e, abandonado, acabou em ruínas.
Em 1989, quando apenas a fachada original ainda resistia, foi demolido e reconstruído de acordo como o projeto original. Atualmente tem capacidade para 750 espectadores, distribuídos por 4 andares. Os espetáculos são gravados por um circuito profissional de vídeo instalado no teatro e retransmitidos pela TV Senado. Visitas guiadas: quarta a domingo, às 15h.
Palácio dos Leões:
Em 1989, quando apenas a fachada original ainda resistia, foi demolido e reconstruído de acordo como o projeto original. Atualmente tem capacidade para 750 espectadores, distribuídos por 4 andares. Os espetáculos são gravados por um circuito profissional de vídeo instalado no teatro e retransmitidos pela TV Senado. Visitas guiadas: quarta a domingo, às 15h.
Palácio dos Leões:
Aqui foi erguida pelos franceses uma fortificação em homenagem ao rei Luis XIII em 1612. A estrutura do atual prédio foi construída no final do século XVIII e passou por inúmeras reformas, até assumir o estilo neoclássico. Hoje é a sede do Governo do Estado.
Museu de Artes Visuais:
Museu de Artes Visuais:
Seu acervo é composto por azulejos coloniais, murais, fotografias e obras de artistas maranhenses. Um de seus destaques é a coleção de gravuras do escritor Arthur Azevedo. Visitação: Terça a sábado, das 9h às 19h.
Centro de Cultura Popular Domingos Vieira Filho:
Centro de Cultura Popular Domingos Vieira Filho:
Sediado num sobrado colonial de 3 pavimentos, mantém um grande acervo com peças das diversas manifestações culturais (bumba-meu-boi, tambor de crioula, carnaval, dança do coco etc) e religiosas (tambor de mina, Festa do Divino etc) do estado. Além disto, possui objetos da cultura indígena e artesanatos. Visitção: Terça a sábado, de 9h às 19h.
Museu Histórico e Artístico do Maranhão:
Museu Histórico e Artístico do Maranhão:
Funcionando no Solar Gomes de Souza, o museu foi inaugurado em 1973 e se destaca pela reconstituição da decoração típica dos sobrados do século XIX com móveis, objetos e obras de arte. Visitação: Terça a domingo, das 9h às 18h30.
Igreja da Sé Nossa Senhora da Vitória:
Erguida por ordem do terceiro capitão-mor Diogo Machado da Costa em 1629, quando a cidade passava por um surto de varíola. É uma homenagem à protetora dos portugueses na Batalha de Guaxenduba (vitória sobre os franceses). Foi reconstruída várias vezes até 1922, quando assumiu o aspecto neoclássico. No interior destaca-se o altar-mor talhado em ouro.
Convento das Mercês - Fundação da Memória Republicana:
Igreja da Sé Nossa Senhora da Vitória:
Erguida por ordem do terceiro capitão-mor Diogo Machado da Costa em 1629, quando a cidade passava por um surto de varíola. É uma homenagem à protetora dos portugueses na Batalha de Guaxenduba (vitória sobre os franceses). Foi reconstruída várias vezes até 1922, quando assumiu o aspecto neoclássico. No interior destaca-se o altar-mor talhado em ouro.
Convento das Mercês - Fundação da Memória Republicana:
Construído em 1654 e inaugurado pelo padre Antônio Vieira, aqui funcionava a sede do antigo Convento da Ordem dos Mercedários. Hoje é a Fundação da Memória Republicana (Fundação José Sarney), que reúne obras únicas da história do país, relíquias do tempo de presidência do maranhense José Sarney, presentes oferecidos por outros presidentes, além de um museu que conta sua trajetória de vida.. Visitação: Segunda, de 14h às 18h. Terça a sexta, de 12h às 18h. Sábado, das 9h às 13h.
Fonte das Pedras:
Fonte das Pedras:
Serviu de base para a tropa de Jerônimo de Albuquerque durante a expulsão dos fundadores franceses em 1615. É cercada de árvores e bancos.
Solar São Luís:
Solar São Luís:
Considerado o maior prédio em azulejos da país (tem três pavimentos), foi construído na segunda metade do século XIX. Teve seu interior destruído por um incêndio e ficou abandonado até ser adquirido e restaurado pela Caixa Econômica Federal, que nele instalou uma agência.
Museu de Arte Sacra:
Museu de Arte Sacra:
Anexo ao Museu Histórico, funciona no Solar do Barão de Grajaú. Seu acervo, que pertence em parte à Arquidiocese de São Luís, é composto por peças dos século XVIII e século XIX nos estilos mareirista, rococó, barroco e neoclássico. Visitação: Terça a sexta, das 9h às 18h. Sábado e domingo, de 14 às 18h.
Cafua das Mercês (Museu do Negro):
Cafua das Mercês (Museu do Negro):
Pequeno sobrado onde funcionava o mercado de escravos que chegavam a São Luís, hoje abriga um museu de referência da cultura negra, com peças de arte de origem africana e instrumentos musicais. Visitação: Terça a sexta, de 9h às 18h.
Centro de Atividades Odylo Costa:
Centro de Atividades Odylo Costa:
Antigo armazém reformado, abriga um espaço cultural com cinema, teatro, galeria de arte, cursos e outras atividades.
Palácio la Ravardiére:
Palácio la Ravardiére:
Construído em 1689, é a atual sede da prefeitura municipal. No largo do palácio está um busto de Daniel de La Touche, ou senhor de La Ravardière, o fundador da cidade.
Fonte do Riberão:
Fonte do Riberão:
Construída em 1796 para abastecer a cidade, tem o pátio revestido com pedras de cantaria. Suas janelas gradeadas dão acesso às galerias subterrâneas (antigas redes de esgoto) que passam pelo centro histórico.
Parque Estadual do Bacanga:
Parque Estadual do Bacanga:
Formado por uma área de 3.075 hectares, um dos principais objetivos de sua construção foi preservar o pedaço da floresta Amazônica existente no local.
Laguna da Jansen:
Laguna da Jansen:
Lago ou laguna mais famosa da cidade, destaca-se pela infra-estrutura adaptada à prática de esportes e pela noite agitada e animada, contendo uma grande quantidade de bares e restaurantes para todos os tipos e gostos.
Noite(Balada):
Noite(Balada):
A cidade tem uma das noites mais variadas do Brasil, possuindo diversidade de gosto e estilos musicais, assim como toda uma infra estrutura de Bares, Boites, Restaurantes e Casa de Shows, que agradam as mais diversas classes; Outro ponto forte são as lanchonetes e Hamburguerias que rendeu a cidade o título de Capital das Hamburguerias de Luxo, são redes Americanas, Brasileiras e Europeias que a cada dia que passa vão se instalando na Ilha. Em São Luís é fácil avistar grupos de jovens na Beira das Praias escutando som alto, dançando e bebendo em volta de seus carros com aparelhagem de sons envenenados.
Demografia
A população da cidade de São Luís é de 1.011.943 habitantes segundo o Censo 2010 do IBGE, sendo assim a maior do Maranhão, a quarta maior do nordeste e a 15ª no Brasil. Tal população encontra-se espalhada numa área de 827,141 km² o que lhe confere uma densidade demográfica de 1.241,74 hab./km². A sua área metropolitana, a Região Metropolitada da Grande São Luís, composta pela capital, São José de Ribamar, Raposa e Paço do Lumiar. Juntos, perfazem um população de 1.211.270 milhões de habitantes (IBGE/2007).
A cidade é formada por um centro urbano com 122 bairros (que constituem a região semi-urbana) e 122 povoados (que formam a zona rural). A cidade está dividida em 15 setores fiscais e 233 bairros, loteamentos e conjuntos residenciais.
De acordo com um estudo genético autossômico recente, a composição da população de São Luís foi assim descrita: 42% da herança genética é de origem Européia, 39% de origem Indígena e 19% Africana.
Sociedade
Demografia
A população da cidade de São Luís é de 1.011.943 habitantes segundo o Censo 2010 do IBGE, sendo assim a maior do Maranhão, a quarta maior do nordeste e a 15ª no Brasil. Tal população encontra-se espalhada numa área de 827,141 km² o que lhe confere uma densidade demográfica de 1.241,74 hab./km². A sua área metropolitana, a Região Metropolitada da Grande São Luís, composta pela capital, São José de Ribamar, Raposa e Paço do Lumiar. Juntos, perfazem um população de 1.211.270 milhões de habitantes (IBGE/2007).
A cidade é formada por um centro urbano com 122 bairros (que constituem a região semi-urbana) e 122 povoados (que formam a zona rural). A cidade está dividida em 15 setores fiscais e 233 bairros, loteamentos e conjuntos residenciais.
De acordo com um estudo genético autossômico recente, a composição da população de São Luís foi assim descrita: 42% da herança genética é de origem Européia, 39% de origem Indígena e 19% Africana.
Sociedade
Saúde
O município possui uma grande quantidade de hospitais públicos e particulares, além de diversos Postos de Saúde, Centros de Saúde e Unidades Mistas. Os hospitais atendem a pacientes de todo o estado e frequentemente encontram-se lotados pela falta de hospitais nos interiores. Dentre os hospitais da cidade, merecem destaque:
Hospitais públicos:
Hospitais públicos:
Hospital Municipal Djalma Marques (Socorrão I); Hospital Municipal Clementino Moura (Socorrão II); Hospital Universitário - Unidade Materno Infantil; Hospital Universitário - Unidade Presidente Dutra; Hospital da Criança; Hospital Presidente Vargas; Hospital Carlos Macieira (atende apenas funcionários públicos estaduais); Hospital Infantil Juvêncio Matos;
Santa Casa e Hospital do Coração; Hospital Sarah (antes chamado Hospital Sarah Kubitschek); Maternidade Marly Sarney; Maternidade Benedito Leite e Hospital da Mulher.
Santa Casa e Hospital do Coração; Hospital Sarah (antes chamado Hospital Sarah Kubitschek); Maternidade Marly Sarney; Maternidade Benedito Leite e Hospital da Mulher.
Hospitais particulares:
Hospital São Domingos; Hospital UDI; Hospital Aliança; Centro Médico; Hospital São Marcos; Hospital Português; Hospital Aldenora Belo (possui convênio com o SUS).
Educação
A capital maranhense possui uma grande quantidade de escolas públicas e particulares, universidades e faculdades, além de institutos federais. As instituições de ensino da capital que merecem destaque são:
Instituições públicas de ensino superior: UFMA; UEMA; UNIVIMA e IFMA.
Instituições públicas de ensino superior: UFMA; UEMA; UNIVIMA e IFMA.
Instituições particulares de ensino superior: UNICEUMA; Faculdade Santa Fé (FSF); Unidade de Ensino Superior Dom Bosco (UNDB); Faculdade Pitágoras do Maranhão (FACPITAGORAS); Faculdade do Estado do Maranhão (FACEM); FACSÃOLUIS; Faculdade Atenas Maranhense (FAMA); Faculdade Santa Terezinha (FEST); Faculdade do Maranhão (FACAM); Instituto de Estudos Superiores do Maranhão (IESEMA); Instituto de Ensino Superior do Maranhão (IESMA); Universidade Vale do Acaraú (UVA-IDEM); Faculdade Interativa C OC (UNICOC) e Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Cultura
Rua do Centro Histórico.
Rua do Centro Histórico.
São Luís tem manifestações muito fortes como o bumba-meu-boi, festa de tradição afro-indígena que aflora na cidade nas festas do mês de junho. Além disso, possui o Tambor de Crioula, o Cacuriá, o "Tambor de Mina" (religião afro-brasileira, que tem na Casa Grande das Minas Jeje - fundada em meados do século XIX - seu mais importante terreiro, ou Querebetan). Estas manifestações acontecem no período das festas juninas.
No carnaval, a tradição de São Luís é um forte carnaval de rua. Onde os blocos populares se misturam aos brincantes e às bandinhas tradicionais.
No fim do século XVIII, o aumento da demanda internacional por algodão para atender as industrial têxtil inglesa aliado à redução da produção norte americana por causa da Guerra de Independência nos Estados Unidos forneceram o cenário ideal para o estímulo da produção algodoeira no Maranhão. As companhias de navegação Southampton & Maranham Company e Maranham Shipping Company, de transporte marítimo a vapor, que realizavam o transporte do algodão dos estados da Geórgia e do Alabama, passaram a operar no eixo São Luís – Londres ou Havre, levando a produção de Caxias e da Baixada Maranhense.
Nesse período, a fase de ouro da economia maranhense, São Luís passou a viver uma efervescência cultural. A cidade, que se relacionava mais com as capitais europeias que as outras cidades brasileiras, foi a primeira a receber uma companhia italiana de ópera. Possuía calçamento e iluminação como poucas do país. Recebia semanalmente as últimas novidades da literatura francesa. As grandes fortunas algodoeiras e os comerciais locais enviavam seus filhos para estudar em Recife, Salvador, Rio de Janeiro e, principalmente, Europa.
É nessa fase que São Luís passa a ser conhecida por "Atenas Brasileira". A denominação decorre do número de escritores locais que exerceram papel importante nos movimentos literários brasileiros a partir do romantismo. Surgiu, assim, a imagem do Maranhão como o estado que fala o melhor português do país.
A primeira gramática do Brasil foi escrita e editada na cidade por Sotero dos Reis. Mesmo nos dias atuais a cidade ainda tem uma grande vocação natural para a literatura e poesia.
Patrimônio
A cidade de São Luís (Maranhão) inclui o sítio Centro Histórico de São Luís, Património Mundial da UNESCO.
Fachada azulejada de um prédio.
No carnaval, a tradição de São Luís é um forte carnaval de rua. Onde os blocos populares se misturam aos brincantes e às bandinhas tradicionais.
No fim do século XVIII, o aumento da demanda internacional por algodão para atender as industrial têxtil inglesa aliado à redução da produção norte americana por causa da Guerra de Independência nos Estados Unidos forneceram o cenário ideal para o estímulo da produção algodoeira no Maranhão. As companhias de navegação Southampton & Maranham Company e Maranham Shipping Company, de transporte marítimo a vapor, que realizavam o transporte do algodão dos estados da Geórgia e do Alabama, passaram a operar no eixo São Luís – Londres ou Havre, levando a produção de Caxias e da Baixada Maranhense.
Nesse período, a fase de ouro da economia maranhense, São Luís passou a viver uma efervescência cultural. A cidade, que se relacionava mais com as capitais europeias que as outras cidades brasileiras, foi a primeira a receber uma companhia italiana de ópera. Possuía calçamento e iluminação como poucas do país. Recebia semanalmente as últimas novidades da literatura francesa. As grandes fortunas algodoeiras e os comerciais locais enviavam seus filhos para estudar em Recife, Salvador, Rio de Janeiro e, principalmente, Europa.
É nessa fase que São Luís passa a ser conhecida por "Atenas Brasileira". A denominação decorre do número de escritores locais que exerceram papel importante nos movimentos literários brasileiros a partir do romantismo. Surgiu, assim, a imagem do Maranhão como o estado que fala o melhor português do país.
A primeira gramática do Brasil foi escrita e editada na cidade por Sotero dos Reis. Mesmo nos dias atuais a cidade ainda tem uma grande vocação natural para a literatura e poesia.
Patrimônio
A cidade de São Luís (Maranhão) inclui o sítio Centro Histórico de São Luís, Património Mundial da UNESCO.
Fachada azulejada de um prédio.
A cidade foi tombada pela UNESCO como Patrimônio cultural da Humanidade, em 1997. Possui um acervo arquitetônico colonial avaliado em cerca de 3500 prédios, distribuídos por mais de 220 hectares de centro histórico, sendo grande parte deles sobradões com mirantes, muitos revestidos com preciosos azulejos portugueses. Vários prédios foram restaurados; a Prefeitura, por exemplo, funciona no Palácio la Ravardière, construção de 1689.
Epítetos
Epítetos
"Atenas Brasileira": Devido aos filhos dos nobres que eram enviados a Coimbra, Londres e Paris para estudar e quando voltavam a maioria deles se concentravam em São Luís e no Rio de Janeiro. Devido à grande efervescência cultural que existia ali, a cidade ganhou esse epíteto.
São Luís também é a cidade onde a foi escrita e editada a primeira gramática do Brasil, pelo escritor Sotero dos Reis, e onde foi realizado o primeiro romance abolicionista por uma mulher no Brasil, a escritora Maria Firmina.
"Ilha do Amor": atribuído em função ao grande número de poetas que louvaram a cidade e pelo romantismo que a própria arte carrega.
"Jamaica Brasileira": o reggae chegou com força no Maranhão como um todo nos anos 1970, e até hoje continua forte.
"Cidade dos Azulejos": devido a arquitetura e decoração azulejada frontal dos antigos casarões, provenientes dos países europeus.
"Rainha do Maranhão": devido ser a cidade mais bonita e mais importante do Estado. Também por existirem as "princesas" que são Caxias e Pinheiro, consideradas bonitas nas suas regiões.
Matéria em construção...
Assinar:
Postagens (Atom)