O PROTESTANTISMO...



Protestantismo
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Protestantismo é a denominação dada a um dos grandes ramos do Cristianismo. O Protestantismo refere-se ao conjunto de igrejas cristãs e doutrinas que se identificam com as teologias desenvolvidas no século XVI na Europa Ocidental, na tentativa de reforma da Igreja Católica Apostólica Romana, por parte de um importante grupo de teólogos e clérigos, entre os que se destacam o ex-monge agostiniano Martinho Lutero, de quem as igrejas luteranas tomam seu nome. Porém, a maior parte dos cristãos europeus (especialmente na Europa meridional) se opuseram as tentativas de reforma, o que produziu um cisma no Cristianismo ocidental resultante da separação entre as emergentes igrejas reformadas e a Igreja Católica. Uma das consequências imediatas da Reforma foi a chamada Contra-Reforma, que reafirmou explicitamente todas aquelas doutrinas rechaçadas pelo protestantismo (Concílio de Trento).

Etimologia

O termo protestante é derivado (via francês ou alemão Protestant) do latim protestari. Significa declaração pública/protesto que refere-se à carta de protesto por príncipes luteranos contra a decisão da Dieta de Speyer de 1529, que reafirmou o Édito de Worms de 1521, banindo as 95 teses de Martinho Lutero do protesto contra algumas crenças e práticas da Igreja Católica do século XVI.

Igreja Luterana em Roma

O termo protestante não foi inicialmente aplicado aos reformadores, mas foi usado posteriormente para descrever todos os grupos que protestavam contra a Igreja Católica.

Desde aquele tempo, o termo Protestante tem sido usado com diversos sentidos, muitas vezes como um termo geral para significar apenas os cristãos que não pertencem à Igreja Católica, Ortodoxa ou Ortodoxa Oriental (inclusive àqueles cristãos que não pertencem à Igreja Anglicana, pois esta mesma não se auto-define como católica ou protestante).

História

Os "Reformadores" foram pessoas de vasta cultura teológica e humanista: Calvino estudou em Sorbonne e seu pai era bispo; Lutero foi monge e professor universitário da Bíblia; Zuínglio era sacerdote e humanista. De acordo com o programa dos humanistas, eles buscaram nas fontes da antiguidade cristã as bases para uma renovação religiosa. Lendo as Sagradas Escrituras e retornando aos Pais da Igreja, descobriram uma nova visão da fé e uma doutrina bíblica cristocêntrica.

Na Suíça de fala alemã, Ulrico Zuínglio, Johannes Oekolampad e outros começaram também uma tentativa de Reforma da Igreja Católica, de caráter mais urbano e enriquecida pelo humanismo de Erasmo de Roterdão. A Igreja da Inglaterra não se deixou influenciar, num primeiro momento, pelo protestantismo, mas depois de sua quebra com a Igreja de Roma, começou uma aproximação com os ideais Reformados. Atualmente a maior parte das Igrejas da Comunhão Anglicana declaram-se Reformadas.

Templo Metodista

O protestantismo apresenta elementos em comum apesar de sua grande diversidade. A Bíblia é considerada a única fonte de autoridade doutrinal e deve ser interpretada de acordo com regras históricas e linguísticas, observando-se seu significado dentro de um contexto histórico. A salvação é entendida como um dom gratuito (presente, graça) de Deus alcançado mediante a fé. As boas obras não salvam, sendo resultados da fé e não causa de salvação. O culto sempre é no idioma vernáculo e em sua grande maioria é simples tendo como base as Escrituras Sagradas. O protestantismo histórico, conserva as crenças cristãs ortodoxas tais como a doutrina trinitária, a cristologia clássica, o credo niceno-constantinopolitano, entre outros. Os protestantes expressam suas posições doutrinais por meio de Confissões de Fé e breves documentos apologéticos. A Confissão de Augsburgo expressa a doutrina Luterana. As confissões reformadas incluem a Confissão Escocesa (1560), a segunda Confissão Helvética (1531), a Confissão de Fé de Westminster (1647), os 39 Artigos de Religião da Igreja da Inglaterra (1562), etc. As Declarações de Barmen contra o regime Nazista e a Breve Declaração de Fé da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos são exemplos de declarações de fé recentes.

O ensino religioso, tem como base o estudo de catecismos. No Luteranismo faz-se uso dos Catecismo Maior e Menor de Lutero. O catecismo de Heildelberg e o Catecismo Maior e Menor de Westminster são utilizados pelas Igrejas Reformadas. O protestantismo rejeita parte das doutrinas que caracterizam o catolicismo tais como: o purgatório, a supremacia papal, as orações pelos mortos, a intercessão dos santos, a assunção de Maria e sua virgindade perpétua, a veneração dos santos, a transubstanciação, o sacrifício da missa, o culto às imagens, etc.

O protestantismo, em maior parte, segue a doutrina Agostiniana da eleição. Estabelece que a salvação é pela graça (favor imerecido) de Deus. Para os protestantes a autoridade da Igreja está vinculada a obediência da palavra de Deus e não à sucessão apostólica. Assim sendo, a Igreja cristã existe onde se escuta e obedece a palavra de Deus.

O protestantismo deseja regressar às doutrinas apostólicas e à simplicidade da fé e prática da Igreja primitiva. Portanto deve-se ao protestantismo a iniciativa as primeiras práticas ecumênicas adotadas a partir da segunda metade do século XIX. Vale lembrar que até hoje a Igreja Católica não faz parte do Conselho Mundial de Igrejas, e somente abriu-se ao dialogo ecumênico em 1965, após o Concílio Vaticano II.

O protestantismo se disseminou principalmente nos meios urbanos e através da nobreza. A difusão das ideias protestantes foi facilitada pela invenção da imprensa, que tornou possível a divulgação e a tradução da Bíblia nas línguas vernáculas. Desde então, as doutrinas cristãs passaram a necessitar do aval bíblico.

No Concílio de Trento, os bispos católicos partidários de Roma optaram por limitar o aceso laico as escrituras, proibindo a tradução da Bíblia para o vernáculo e impondo a Vulgata em latim como a única Bíblia autorizada e aumentando o índice de livros proibidos aos fiéis (Index Librorum Prohibitorum).

Templo Batista

Foto: Marcelo Amaral

A "Reforma" Protestante alcançou êxito em muitas áreas da Europa. Em sua forma Luterana é predominante no norte da Alemanha e em toda a Península Escandinava. Na Escócia surgiu a Igreja Presbiteriana. As Igrejas Reformadas também frutificaram nos Países Baixos, na Suíça e no oriente da Hungria. Com o desenvolvimento dos impérios europeus , principalmente o Império Britânico, nos séculos XIX e XX o protestantismo continuou a se expandir, se tornando uma fé de escala mundial. Atualmente mais de 600 milhões de pessoas professam alguma das diferentes manifestações do protestantismo no mundo.

O protestantismo assumiu três formas básicas: a luterana, a reformada (calvinista) e a anglicana. O protestantismo não possui organização centralizadora, porém suas igrejas estão organizadas em igrejas nacionais e em concílios internacionais tais como a Aliança Mundial de Igrejas Reformadas e a Federação Luterana Mundial.

O trabalho missionário do século XIX levou a cooperação interdenominacional e consequentemente ao movimento ecumênico do qual surgiu o Conselho Mundial de Igrejas. Fora desse protestantismo, que muitos estudiosos denominam "protestantismo magisterial", surgiu outro ramo que se distinguiu tanto do catolicismo como das igrejas protestantes de caráter histórico-nacional. Este ramo recebe o nome de Reforma Radical. O historiador George Williams distingue as seguintes correntes dentro desta reforma: espiritualistas, racionalistas e anabatistas. Os anabatistas rechaçaram a união da igreja e estado e repudiaram o batismo infantil, constituindo-se em igrejas independentes ou segregadas. A maior aportação à modernidade descansaria em sua persistente promoção da separação entre a igreja e o estado, a liberdade religiosa pessoal e o exercício de um governo plenamente democrático em suas congregações.

Pilares da Reforma Protestante

Sola scriptura (Somente a Escritura)

Afirma que somente a Bíblia é a única autoridade para todos os assuntos de fé e prática. As Escrituras e somente as Escrituras são o padrão pelo qual todos os ensinamentos e doutrinas da igreja devem ser medidos. Como Martinho Lutero afirmou quando a ele foi pedido para que voltasse atrás em seus ensinamentos: "Portanto, a menos que eu seja convencido pelo testemunho das Escrituras ou pelo mais claro raciocínio; a menos que eu seja persuadido por meio das passagens que citei; a menos que assim submetam minha consciência pela Palavra de Deus, não posso retratar-me e não me retratarei, pois é perigoso a um cristão falar contra a consciência. Aqui permaneço, não posso fazer outra coisa; Deus queira ajudar-me. Amém." O protestantismo também defende a interpretação privada ou juízo privado dos textos bíblicos, conceito exposto por Lutero em outubro de 1520, quando enviou seu escrito "A Liberdade de um Cristão" ao Papa, acrescentando a frase significativa "Eu não me submeto a leis ao interpretar a palavra de Deus". Disse Lutero também em outra ocasião que é "sempre melhor ver com um de nossos próprios olhos do que com os olhos de outras pessoas" ("always better to see with one's own eyes than with those of other people"). O historiador William Sweet sugeriu que isso posteriormente originou o direito fundamental de liberdade religiosa, bem como a própria ideia de democracia.

Sola gratia (Somente a Graça ou Salvação Somente pela Graça)

Afirma que a salvação é pela graça de Deus apenas, e que nós somos resgatados de Sua ira apenas por Sua graça. A graça de Deus em Cristo não é meramente necessária, mas é a única causa eficiente da salvação. Esta graça é a obra sobrenatural do Espírito Santo que nos traz a Cristo por nos soltar da servidão do pecado e nos levantar da morte espiritual para a vida espiritual.

Sola fide (Somente a Fé ou Salvação Somente pela Fé)

Afirma que a justificação é pela graça somente, através da fé somente, por causa somente de Cristo. É pela fé em Cristo que Sua justiça é imputada a nós como a única satisfação possível da perfeita justiça de Deus.

Solus Christus (Somente Cristo)

Afirma que a salvação é encontrada somente em Cristo e que unicamente Sua vida sem pecado e expiação substitutiva são suficientes para nossa justificação e reconciliação com Deus o Pai. O evangelho não foi pregado se a obra substitutiva de Cristo não é declarada, e a fé em Cristo e Sua obra não é proposta.

Soli Deo gloria (Glória somente a Deus)

Afirma que a salvação é de Deus, e foi alcançada por Deus apenas para Sua glória.

Catolicismo e protestantismo

As diferenças entre a doutrina católica e a doutrina da maioria dos grupos protestantes é grande. Genericamente, as suas divergências mais significativas dizem respeito ao papel da oração e das indulgências; à comunhão dos santos; à doutrina do pecado original e da graça; à predestinação; à necessidade e natureza da penitência; e ao modo de obter a salvação, com os protestantes a defenderem que a salvação só se atinge apenas através da fé (sola fide), em detrimento da crença católica de que a fé deve ser expressa também através das boas obras (essa grande divergência levou a um conflito sobre a doutrina da justificação).

Há também diferenças importantes na doutrina da Eucaristia e dos outros sacramentos (os protestantes só professam o Batismo e a Eucaristia, que são apenas para eles meros sinais que estimulam a fé ); na existência do Purgatório; no culto de veneração à Virgem Maria e aos santos; na forma de interpretação (com os protestantes a defenderem a interpretação pessoal ou livre-exame das Sagradas Escrituras) e na composição do Cânone das Escrituras; no papel da Tradição oral; na própria natureza, autoridade, administração, hierarquia e função da Igreja (incluindo o papel da Igreja na salvação); no sacerdócio; e também na autoridade e missão do Papa.

Catedral Presbiteriana do Rio de Janeiro


Contudo, visto que entre as denominações protestantes há diferenças consideráveis, de alguns setores do Anglicanismo, aproximam-se do catolicismo, autointitulando-se como anglo-católicos. Recentemente, o diálogo ecuménico moderno levou finalmente a alguns consensos sobre a doutrina da justificação entre os católicos e os luteranos, através da Declaração Conjunta Sobre a Doutrina da Justificação (1999). Além disso, esse diálogo trouxe também vários consensos sobre outras questões doutrinárias importantes, nomeadamente entre os católicos e os anglicanos.


Movimentos e ramos

Protestantismo no Brasil

O protestantismo chegou ao Brasil pela primeira vez com viajantes e nas tentativas de colonização do Brasil por huguenotes (nome dado aos reformados franceses) e reformados holandeses e flamengos durante o período colonial. Esta tentativa não deixou frutos persistentes. Uma missão francesa enviada por João Calvino se estabeleceu, em 1557, numa das ilhas da Baía de Guanabara, fundando a França Antártica. No mesmo ano, esses calvinistas franceses realizaram o primeiro culto protestante no Brasil e, de acordo com alguns, da própria América. Mas, pela predominância católica, foram obrigados a defender sua fé ante as autoridades, elaborando a Confissão de Fé de Guanabara, assinando, com isso, sua sentença de morte, pondo um fim no movimento.

Com a vinda da família real portuguesa ao Brasil e abertura dos portos a nações amigas, através do Tratado de Comércio e Navegação comerciantes ingleses estabeleceram a Igreja Anglicana no país, em 1810. Seguiram a implantação de igrejas de imigração: alemães trouxeram o luteranismo em 1824.

Em 1855, Robert Reid Kalley, missionário autônomo escocês, fundou igrejas Congregacionais constituindo primeiro trabalho Protestante permanente em terras brasileiras. Mais tarde, em 1859, a igreja Presbiteriana foi fundada por Ashbel Green Simonton no Rio de Janeiro. Apesar de uma inicial desavença entre Kalley e Simonton, logo os dois passaram a cooperar. Quando Kalley precisou partir do Brasil, providenciou a formação de pastores brasileiros em um Seminário da Inglaterra (a Escola de Pastores do Rev. Charles Spurgeon) e, providenciou também que outro missionário independente, o batista Salomão Ginsburg, fosse enviado para cá.

Em 1871, o primeiro grupo batista se estabeleceu em Santa Bárbara d'Oeste, no Estado de São Paulo, trazida por missionários americanos. Em 1907 fundava-se a Convenção Batista Brasileira.

Em 1910, o Brasil receberia o pentecostalismo, com a chegada da Congregação Cristã no Brasil e da Assembléia de Deus. Esta, em particular, foi trazida ao Brasil por dois missionários suecos, Daniel Berg e Gunnar Vingren, e estabeleceu-se inicialmente no norte, no Pará. Em 1922, chega ao país o Exército de Salvação, igreja reformada de origem inglesa, pelas mãos de David Miche e esposa, um casal de missionários suíços.

Em 1932, alguns ministros brasileiros da Assembléia de Deus devolveram voluntariamente suas credenciais de obreiros e organizaram Igreja de Cristo no Brasil em Mossoró.

Nos anos 1950 surge uma nova onda do pentecostalismo, com a influência de movimentos de cura divina e expulsão de demônios que geraram diferentes denominações, tais como: Igreja Pentecostal O Brasil para Cristo fundada pelo já falecido missionário Manoel de Mello. Em 1962 surge a Igreja Pentecostal Deus é Amor, fundada pelo missionário David Miranda.

Também nesta época várias igrejas protestantes que eram tradicionais adicionaram o fervor pentecostal, como exemplos, a Igreja Presbiteriana Renovada, a Igreja Cristã Maranata, a Convenção Batista Nacional e a Igreja do Evangelho Quadrangular, que chegou ao Brasil trazida pelos missionários Harold Edwin Williams e Jesus Hermírio Vaquez, que se instalaram inicialmente na cidade mineira de Poços de Caldas. A Igreja Cristã Maranata foi fundada em Outubro de 1968 no morro do Jaburuna em Vila Velha, Espírito Santo por quatro antigos membros da Igreja Presbiteriana do Centro de Vila Velha.

A década de 1970 viu nascer o movimento neopentecostal, com igrejas que enfatizam a prosperidade, como a Igreja Universal do Reino de Deus, fundada por Edir Macedo, em 1977; a Igreja Internacional da Graça de Deus, fundada por Romildo Ribeiro Soares, entre muitas outras. É também nessa década que mesmo a Igreja Católica no Brasil começa a sofrer influência dos movimentos pentecostais através da Renovação Carismática Católica, um movimento originário dos EUA.

Recentemente cresceram as chamadas igrejas neopentecostais com foco nas classes média e alta, com um discurso mais liberado quanto aos costumes e menos ênfase nas manifestações pentecostais. Entre elas as igrejas podemos citar a Igreja Apostólica Renascer em Cristo, fundada por Estevam e Sonia Hernandez, a Comunidade Evangélica Sara Nossa Terra, fundada por Robson Rodovalho e a Igreja Evangélica Cristo Vive, fundada por Miguel Ângelo. Seus fiéis costumam se identificar como "evangélicos" em referência aos reformados do século XVI.

Segundo pesquisa do Datafolha divulgada em março de 2010, 25% dos brasileiros são evangélicos, sendo 19% seguidores de denominações pentecostais.

Protestantismo na América Latina.

Os principais grupos protestantes começaram a se estabelecer na América do Sul no século XIX. Os presbiterianos se instalaram “na Argentina em 1836, no Brasil em 1859, no México em 1872, e na Guatemala em 1882. Os metodistas seguem um itinerário parecido: México 1871, Brasil 1886, Antilhas 1890, Costa Rica, Panamá e Bolívia nos últimos anos do século”; porém no Equador, Colômbia e Peru se estabeleceram os batistas e os pentecostais, assim como uma parte dos metodistas.

Atualmente as comunidades protestantes vêm ganhando terreno do catolicismo na América Latina e ampliando sua penetração em diversos países, em especial na América Central.

Protestantismo no mundo

Os 60 países com a maior porcentagem de prostestantes.

Há quase 970 milhões de Protestantes no mundo, entre cerca de 2,6 bilhões de cristãos. Isto inclui 170 milhões na América do Norte, 160 milhões na África, 120 milhões na Europa, 70 milhões na América Latina, 60 milhões na Ásia, e 10 milhões na Oceania.

O país com maior número de protestantes é os Estados Unidos, de onde apesar da diminuição do "WASP", tradicionalmente a favor de outros grupos (especialmente os hispânicos, de maioria católica), a maior parte dos estadunidenses pertenece a alguma confissão protestante. Em segundo lugar se encontra o Reino Unido, de clara maioria protestante, divididos entre anglicanos (maioria na Inglaterra) e a Igreja da Escócia, de confissão presbiteriana (maioria na Escócia).

Por que há tantas denominações cristãs? (30.000)

Pergunta: "O que há tantos cristãos? Denominações Porquê"

Resposta: Para responder a esta pergunta, devemos primeiramente diferenciar as denominações dentro do corpo de Cristo e seitas não-cristãs e religiões falsas. Presbiterianos e luteranos são exemplos de denominações cristãs. Mórmons e Testemunhas de Jeová são exemplos de seitas (grupos que reivindicam ser cristãos, mas negam um ou mais dos fundamentos da fé cristã). O islamismo e o budismo são religiões completamente distintas.

O aumento das denominações dentro da fé cristã pode ser rastreada até a Reforma Protestante, o movimento de "reformar" a Igreja Católica Romana durante o século 16, dos quais quatro divisões principais ou tradições do protestantismo surgiriam: Luterana, Reformada, anabatista e Anglicana. Dessas quatro, outras denominações cresceriam ao longo dos séculos.

A denominação luterana foi nomeada depois de Martin Luther e foi baseada em seus ensinamentos. Os metodistas têm o seu nome porque o seu fundador, John Wesley, ficou famoso por chegar com "métodos" para o crescimento espiritual. Presbiterianos são nomeados para a sua visão da Igreja palavra-liderança da palavra grega para ancião é presbyteros. Os Batistas têm o seu nome porque sempre têm enfatizado a importância do batismo. Cada denominação tem uma doutrina ou ênfase um pouco diferente das outras, como o método do batismo, a disponibilidade da Ceia do Senhor a todos ou apenas para aqueles cujos depoimentos podem ser verificados pelos líderes da igreja. O ponto destas divisões não é Cristo como Senhor e Salvador, mas sim diferenças honestas de opinião pelo piedoso, ainda que imperfeitas. As pessoas procuram honrar a Deus e manter a pureza doutrinária segundo a sua consciência. As denominações hoje são muitas e variadas. O original "mainline" denominações mencionadas acima têm gerado inúmeros filhotes, como Assembléia de Deus, Aliança Cristã e Missionária, os Nazarenos, Evangélica Livre, igrejas independentes Bíblia, e outras. Algumas denominações, enfatizam pequenas diferenças doutrinárias, mas mais frequentemente do que simplesmente oferecer diferentes estilos de culto para ajustar a diferentes gostos e preferências dos cristãos. Mas não se engane: como crentes, temos de ser de uma mente sobre os elementos essenciais da fé, mas, além disso há grande margem de manobra na forma como os cristãos devem adorar em um ambiente corporativo. Essa latitude é o que faz com que existam tantos "sabores" diferentes do cristianismo. A Igreja Presbiteriana em Uganda vai ter um estilo de culto muito diferente de uma igreja presbiteriana em Colorado, mas sua posição doutrinária será, em grande parte, a mesma coisa. A diversidade é uma coisa boa, mas não é a desunião. Se duas igrejas discordam doutrinariamente, o debate e o diálogo sobre a Palavra pode ser estimulado. Se eles discordam sobre estilo e forma, no entanto, é bom que eles permaneçam separados. Esta separação, porém, não levanta os cristãos, cuja responsabilidade é amarem-se uns aos outros (1 João 4:11-12) e, finalmente, serem unidos como um só em Cristo (João 17:21-22).

A desvantagem das denominações cristãs:

Parece haver pelo menos dois grandes problemas com o denominacionalismo. Primeiramente, em nenhum lugar das Escrituras há um mandato para denominacionalismo; ao contrário do mandato é de união e de conectividade. Assim, o segundo problema é que a história nos diz que o denominacionalismo é o resultado de conflitos e confrontos, que conduzem à divisão e separação. Jesus nos disse que uma casa dividida contra si mesma não pode subsistir. Este princípio geral pode e deve ser aplicada para a igreja. Encontramos um exemplo deste na igreja de Corinto, que estava lutando com problemas de divisão e separação. Havia quem pensasse que eles deveriam seguir Paulo e aqueles que achavam que deviam seguir o ensinamento de Apolo, 1 Coríntios 1:12: "O que estou dizendo é o seguinte: cada um de vocês diz:" Eu estou com Paulo", ou "Estou com Apolo", ou "eu estou com Cefas", ou "eu estou com Cristo." Só isso já deveria dizer-lhe o pensamento de Paulo, sobre denominações ou qualquer outra coisa que separa e divide o corpo. Mas vamos olhar mais , no versículo 13, Paulo faz perguntas muito aguçadas. "Está Cristo dividido? Foi Paulo quem foi crucificado por vós? Ou fostes vós batizados em nome de Paulo? "Isso deixa claro o que Paulo sente, ele (Paulo) não é o Cristo, ele não é o crucificado e sua mensagem nunca foi aquela que divide a igreja ou levaria alguém a adorar Paulo em vez de Cristo. Obviamente, segundo Paulo, há apenas uma igreja e um corpo de crentes e qualquer coisa que seja diferente, enfraquece e destrói a igreja (cf. v. 17). Ele faz este ponto forte em 03:04, dizendo que quem diz que eles são de Paulo ou de Apolo é carnal, não é de Deus...

Alguns dos problemas que enfrentamos hoje são provenientes do denominacionalismo e sua história mais recente:

1. Denominações são baseados em divergências sobre a interpretação da Escritura. Um exemplo seria o significado e o propósito do batismo. O batismo é um requisito para a salvação ou é simbólico do processo de salvação? Há denominações em ambos os lados da questão e têm usado a questão para separar e formar denominações.

2. Divergências sobre a interpretação das Escrituras são tomadas pessoalmente e tornaram-se pontos de discórdia. Isto leva a argumentos, que podem e têm feito muito para destruir o testemunho da igreja.

3. A Igreja deve ser capaz de resolver suas diferenças dentro do corpo, mas mais uma vez a história nos diz que isso não acontece. Hoje a mídia usa contra nós as nossas diferenças para demonstrar que não são unificados no pensamento ou propósito.

4. Denominações são utilizadas pelo homem para fora do auto-interesse. Existem denominações que hoje estão em um estado de auto-destruição como eles estão sendo levadas à apostasia por aqueles que estão a promover suas agendas pessoais.

5. O valor da unidade encontra-se na capacidade de conjugar os nossos dons e recursos para promover o Brasil para um mundo perdido. Isso contraria as divisões causadas pelo denominacionalismo.

O que é um crente? O que fazer? Devemos ignorar denominações, devemos não apenas ir à igreja e adoração na nossa própria casa? A resposta a ambas as perguntas é não. O que deveríamos estar procurando é um corpo de crentes onde o Evangelho de Cristo fosse pregado, onde você como um indivíduo podesse ter um relacionamento pessoal com o Senhor, onde você podesse entrar nos ministérios bíblicos, que estão a espalhar o Evangelho e a glorificar a Deus. Igreja é importante e todos os crentes precisam pertencer a um corpo que se encaixe nos critérios acima. Nós precisamos de relacionamentos que só podem ser encontrados num corpo de crentes. Precisamos do apoio que só a Igreja pode oferecer, e que nós precisamos para servir a Deus na comunidade, bem como individualmente. Escolha uma igreja com base na sua relação com Cristo, como ela está servindo a comunidade. Escolha uma igreja onde o pastor é pregador do evangelho sem medo e seja incentivado a fazê-lo. Cristo e Sua igreja nos ensina sobre seu relacionamento com Ele e com os outros. Como crentes, há certas doutrinas básicas que devemos acreditar, mas além disso há latitude sobre como podemos servir e adorar, e é esta latitude que é a única e boa razão para as denominações. Esta é a diversidade e não a desunião.

Recomendado Recursos: O Plano Mestre para a Igreja por John MacArthur .

O que é uma igreja não-denominacional? O que as igrejas não-denominacional acreditar?
Qual das 30.000 denominações protestantes é a verdadeira igreja de Deus?
Por que existem tantas interpretações Cristãs diferentes?

Movimentos teológicos de origem protestantes

* Puritanismo
* Pietismo
* Evangelicalismo
* Ecumenismo
* Fundamentalismo cristão
* Pentecostalismo
* Neo-ortodoxia
* Liberalismo teológico

1 comentários:

Via Arte disse...

Que tal colocar os créditos da minha fotografia que vocês utilizaram para ilustraros templos batistas http://te-viaarte.blogspot.com? Agradeço,

Marcelo

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