A BELEZA DA MULHER CHINESA
Há
anos, o ocidente copia inovações do oriente, principalmente quando se
trata de estética. Agora, devido à Olimpíada de Pequim, a beleza destas
mulheres e as inovações da China estão em evidência.
Portanto, ganharam mais espaço no mercado.
Cosméticos
e técnicas chinesas são muito conhecidos pelo ocidente. Quem não se
lembra do "boom" das chapinhas e a obsessão por cabelos lisos? Ou até
mesmo do pó de arroz, que deixa a pele mais clara? Em pleno início do
século XXI, as feições chinesas viraram febre entre as brasileiras. Isso
sem contar o delineador, que causa um efeito puxadinho nos olhos.
"O
padrão de beleza chinês é baseado em feições delicadas, cor de pele
mais branca, rosto limpo e oval, no formato de semente de melancia (gua
zhi lian), olhos esticados e vivos, corpo magro e fino. Os cabelos
preferidos são escuros, longos, lisos e brilhantes", diz a professora de
estética Ye Bi Yu.
Para alcançar este visual, é necessário estar
o mais natural possível. Aposte em hidratações para deixar seu cabelo
brilhante e não carregue na maquiagem. Este ano, o ar "natural" deve
invadir sua necessaire. Nada muito carregado, apenas um blush para dar o
ar de boneca.
Além dessas tendências, a China nos importou muitos
tratamentos de beleza. "O conceito de Ying e Yang é aplicado em vários
tratamentos e terapias chinesas relacionadas a estética, saúde e
bem-estar", continua a especialista.
Priorizando a beleza interna
e externa, acupuntura, do-in, kung-fu, alimentação equilibrada e a
constante preocupação de não se expor ao sol se tornaram febre entre as
brasileiras. Sem dúvidas, as chinesas possuem um cuidado peculiar com a
estética, a começar pela pele.
"Desde a época da China Imperial,
há mais de mil anos, as chinesas tomam um chá de erva natural que ajuda
no combate ao envelhecimento. A sabedoria milenar dos chineses revela
que para se ter uma beleza exterior é necessário que seu interior também
esteja em harmonia com o corpo", diz Ye Bi Yu.
E pode acreditar
que estas receitas dão certo. A bela Zhang Zilin, eleita Miss Universo
em 2007, foi condecorada como embaixadora da L'Oréal Paris na Ásia.
Primeira mulher chinesa a vencer o concurso, ela ainda carregará a tocha
olímpica dos próximos Jogos em seu país. Em homenagem à Olimpíada de
Pequim, a Pirelli, conhecida por seus calendários sensuais, escolheu
Shangai como cenário das fotos deste ano.
Por incrível que pareça,
para elas, os padrões de beleza são diferentes. Em 2005, foram
registrados 35 mil casos de chinesas que fizeram cirurgia plástica para
"amendoar" os olhos. A explicação é simples. Para elas, uma mulher
considerada bonita tem estilo ocidental, assim como Audrey Hepburn.
De qualquer maneira, viva este país e que ele continue nos inspirando.
Por:
Helena Dias
Agência MBPress
OLIMPÍADAS DE PEQUIM 2006
07 a 15 de outubro
República Popular da China
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
中华人民共和国中国
(Zhōnghuá rénmín gònghéguó zhōngguó)
República Popular da China |
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|
Bandeira |
Brasão das armas |
|
Hino nacional: Marcha dos Voluntários
|
Gentílico: chinês |
Localização da China em verde escuro e reivindicações territoriais em verde claro (inclui a Ilha de Taiwan). |
Capital |
Pequim
39°55′N 116°23′L |
Cidade mais populosa |
Xangai |
Língua oficial |
Chinês Mandarim |
Governo |
Estado unipartidário |
- Presidente |
Hu Jintao |
- Vice-presidente |
Xi Jinping |
- Premier |
Wen Jiabao |
- Presidente do Congresso |
Wu Bangguo |
- Presidente da CCPPC |
Jia Qinglin |
Estabelecimento |
|
- Unificação da China sob a dinastia Qin |
221 a.C. |
- Estabelecimento da República |
1 de janeiro de 1912 |
- Proclamação da República Popular |
1 de outubro de 1949 |
Área |
|
- Total |
9.596.960 km² (3.º) |
- Água (%) |
2,8 |
Fronteira |
Mongólia, Rússia, Coreia do Norte, Vietname, Laus, Mianmar, Índia, Butão, Nepal, Paquistão, Afeganistão, Tajiquistão, Quirguistão e Cazaquistão |
População |
|
- Estimativa de 2010 |
1.338.612.968 hab. (1.º) |
- Censo 2000 |
1.242.612.226 hab. |
- Densidade |
139,6 hab./km² |
PIB (base PPC) |
Estimativa de 2012 |
- Total |
US$ 12,382 trilhões* (2.º) |
- Per capita |
US$ 9.146 (91.º) |
PIB (nominal) |
Estimativa de 2012 |
- Total |
US$ 8,250 trilhões* (2.º) |
- Per capita |
US$ 6.094 (90.º) |
Indicadores sociais |
|
- Gini (2009) |
48 |
- IDH (2011) |
0.687 (101.º) – médio |
- Esper. de vida |
73,0 anos (82.º) |
- Mort. infantil |
23,0/mil nasc. (93.º) |
- Alfabetização |
93,3% (80.º) |
Moeda |
Renminbi (Yuan) (RMB¥ ) |
Fuso horário |
(UTC+8) |
Cód. ISO |
CHN |
Cód. Internet |
.cn |
Cód. telef. |
+86 |
|
¹ Cooficial com Inglês em Hong Kong e Português em Macau.
²China, Encyclopaedia Britannica. Visitado em 21-02-2007. |
República Popular da China (
RPC; chinês simplificado:
中华人民共和国; chinês tradicional:
中華人民共和國; pinyin:
Zhōnghuá Rénmín Gònghéguó (ajuda·info)), também conhecida simplesmente como
China, é o maior país da Ásia Oriental e o mais populoso do mundo, com mais de 1,3 bilhão de habitantes, cerca de um sétimo da população da Terra. É uma república socialista, governada pelo Partido Comunista da China (PCC) sob um sistema unipartidário e que tem jurisdição sobre vinte e duas províncias, cinco regiões autônomas (Xinjiang, Mongólia Interior, Tibete, Ningxia e Guangxi), quatro municípios (Pequim, Tianjin, Xangai e Chongqing) e duas Regiões Administrativas Especiais com grande autonomia (Hong Kong e Macau). A capital da RPC é Pequim.
Com aproximadamente 9,6 milhões de quilômetros quadrados, a República Popular da China é o terceiro (ou quarto) maior país do mundo em área total e o segundo maior em área terrestre. Sua paisagem é variada, com florestas de estepes e desertos (como os de Gobi e de Taklamakan) no norte seco e frio, próximo da Mongólia e da Sibéria (Rússia), e florestas subtropicais no sul úmido e quente, próximo ao Vietnã, Laos e Mianmar. O terreno do país, a oeste, é de alta altitude, com o Himalaia e as montanhas Tian Shan formando fronteiras naturais entre a China, a Índia e a Ásia Central. Em contraste, o litoral leste da China continental é de baixa altitude e tem uma longa faixa costeira de
14 500 quilômetros, delimitada a sudeste pelo Mar da China Meridional e a leste pelo Mar da China Oriental, além de onde estão Taiwan, Coreia (Norte e Sul) e Japão.
A nação tem uma longa história, composta por diversos períodos distintos. A civilização chinesa clássica — uma das mais antigas do mundo — floresceu na bacia fértil do rio Amarelo, na planície norte do país. O sistema político chinês era baseado em monarquias hereditárias, conhecidas como dinastias, que tiveram seu início com a semi-mitológica Xia (aproximadamente 2000 a.C.) e terminaram com a queda dos Qing,
em 1911. Desde 221 a.C., quando a dinastia Qin começou a conquistar
vários reinos para formar um império único, o país expandiu-se,
fraturou-se e reformulou-se várias vezes. A República da China, fundada em 1911 após a queda da dinastia Qing, governou o continente chinês até 1949. Em 1945, a república chinesa adquiriu Taiwan do Império do Japão, após o fim da Segunda Guerra Mundial. Na fase de 1946-1949 da Guerra Civil Chinesa, o Partido Comunista derrotou o nacionalista Kuomintang
no continente e estabeleceu a República Popular da China, em Pequim, em
1 de outubro de 1949, enquanto o Partido Nacionalista mudou a sede do
seu governo para Taipei. Desde então, a jurisdição da República da China está limitada à Taiwan e algumas ilhas periféricas (incluindo Penghu, Kinmen e Matsu) e o país recebe reconhecimento diplomático limitado ao redor do mundo.
Desde a introdução de reformas econômicas em 1978, a China tornou-se em uma das economias de mais rápido crescimento no mundo, sendo o segundo maior exportador e o terceiro maior importador de mercadorias do planeta. A industrialização reduziu a sua taxa de pobreza de 53% (em 1981) para 8% (em 2001). O país tem sido considerado uma superpotência emergente por vários acadêmicos, analistas econômicos e militares. A importância da China
como uma grande potência é refletida através de seu papel como segunda maior economia do mundo (ou segunda maior em poder de compra) e como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, bem como sendo um membro de várias outras organizações multilaterais, incluindo a OMC, APEC, G20, BRICS e da OCX. Além disso, o país é reconhecido como uma potência nuclear, além de possuir o maior exército do mundo em número de tropas e o segundo maior orçamento de defesa.
Etimologia
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Este artigo contém texto em chinês.
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A palavra "China" é derivada do persa
Cin (چین), que por sua vez é derivado do sânscrito
Cina (चीन). O termo é registrado pela primeira vez em 1516 no diário do explorador português Duarte Barbosa. A palavra sânscrita foi usada para se referir à China já em 150 d.C. Há várias teorias acadêmicas sobre a origem desta palavra. A teoria tradicional, proposta no século XVII por Martino Martini, é a de que a palavra
China é derivada de
Qin (秦), o mais ocidental dos reinos chineses durante a dinastia Zhou, ou a partir do sucesso da dinastia Qin (221-206 a.C.). A palavra
Cina é usada em duas escrituras hindus - o Mahābhārata, do século V a.C., e no Código de Manu, do século II a.C. - referindo-se a um país localizado na fronteira tibetana-birmana no leste da Índia.
Na China, os nomes comuns para se referir ao país incluem
Zhōngguó (chinês simplificado: 中国, literalmente ‘O(s) Estado(s) do Meio’) e
Zhonghua (chinês simplificado: 中华), embora o nome oficial do país tenha sido alterado inúmeras vezes por sucessivas dinastias e governos modernos. O termo
Zhongguo apareceu em vários textos antigos, como o
Shujing do século VI a.C, e em tempos pré-imperiais ele foi muitas vezes usado como um conceito cultural para distinguir o
Huaxia
dos bárbaros. O termo, que pode ser singular ou plural, se refere ao
grupo de Estados na planície central da China. Foi só no século XIX que a
expressão surgiu como o nome formal do país. Os chineses não eram os
únicos a definir a sua nação como "central", já que outras civilizações
tinham a mesma opinião sobre si mesmas.
História
Pré-história
|
Territórios aproximados ocupados por diferentes dinastias, bem como modernos Estados políticos, ao longo da história da China. |
Evidências arqueológicas sugerem que os primeiros hominídeos habitaram a China entre 250 mil a 2,24 milhões de anos atrás. Uma caverna em Zhoukoudian (próximo da atual Pequim) continha fósseis datados entre 300 mil e 780 mil a.C.
Os fósseis da caverna são do Homem de Pequim, um exemplo de
Homo erectus que manipulava o fogo. Há também restos de
Homo sapiens que datam de 18 mil a 11 mil a.C. encontrados no local do Homem de Pequim.
Primeiras dinastias
A tradição chinesa indica a Dinastia Xia
como a primeira dinastia imperial, mas ela era considerada mítica até
que escavações científicas encontraram os primeiros sítios da Cultura Erlitou, da Idade do Bronze, na província de Henan
em 1959. Os arqueólogos já descobriram sítios urbanos, implementos de
bronze e túmulos em locais citados como pertencentes aos Xia em antigos
textos históricos, mas é impossível verificar que esses restos são dessa
época sem registros escritos do período.
A primeira dinastia chinesa que deixou registros históricos, foi a vagamente feudal Dinastia Shang (Yin), que estabeleceu-se ao longo do rio Amarelo, no leste da China, do século XVII ao XI a.C. A escrita oráculo em ossos dessa dinastia representa a forma mais antiga de escrita chinesa já encontrada e é uma ancestral direta dos caracteres chineses modernos usados em todo o leste da Ásia. Os Shang foram invadidos pelo oeste pela Dinastia Zhou, que governou entre os séculos XII e V a.C., até que a sua autoridade centralizada foi lentamente corroída por senhores de guerra
feudais. Vários Estados independentes finalmente emergiram do
enfraquecido governo Zhou e entraram em guerra constantemente uns contra
os outros durante o chamado Período das Primaveras e Outonos, que durou 300 anos, sendo apenas ocasionalmente interrompido pelo imperador Zhou. Até o momento do Período dos Reinos Combatentes, durante os séculos V e III a.C., havia sete poderosos Estados soberanos no que é agora é a atual China, cada um com seu próprio rei, ministério e exército.
China Imperial
|
Alguns dos milhares de guerreiros de terracota em tamanho real da dinastia Qin (ca. 210 a.C.) |
O primeiro Estado unificado chinês foi estabelecido por Qin Shi Huang, do Estado Qin,
em 221 a.C. Qin proclamou-se o "Primeiro Imperador" (始 皇帝) e impôs
muitas reformas em toda a nação, principalmente a normalização forçada
da língua, medidas, comprimento de eixos e da moeda chinesa. A Dinastia Qin durou apenas quinze anos, caindo logo após a morte de Qin Shi Huang, que com o duro legalismo e políticas autoritárias levou a uma rebelião generalizada no país.
A subsequente Dinastia Han governou a China entre 206 a.C. e 220 d.C. e criou uma duradoura identidade cultural entre a população, fator que resiste até os dias atuais.
Essa dinastia expandiu consideravelmente o território do império através de campanhas militares que atingiram Coreia, Vietnã, Mongólia e Ásia Central, além de também ter ajudado a criar a Rota da Seda
no centro da Ásia. A China foi por grande parte dos últimos dois
milênios a maior economia do mundo. No entanto, na parte final da
Dinastia Qing, o desenvolvimento econômico chinês começou a declinar e o
rápido desenvolvimento da Europa durante a Revolução Industrial permitiu-lhe ultrapassar a nação chinesa.
|
A Grande Muralha da China
foi construída por várias dinastias ao longo de dois mil anos para
proteger as regiões agrícolas sedentárias do interior chinês de
incursões de pastores nômades das estepes do norte. |
Após o colapso dos Han, um outro período de desunião seguiu-se, que incluiu a época chamada de Três Reinos. Os Estados independentes chineses deste período, como o Wu Oriental, estabeleceram relações diplomáticas com o Japão, introduzindo o sistema de escrita chinês por lá. Em 581, a China foi reunificada sob o governo da Dinastia Sui. No entanto, essa dinastia recuou após sua derrota na Guerra Goguryeo-Sui (598-614).
Durante as dinastias Tang e Song, a tecnologia e a cultura chinesa entraram em uma idade de ouro. O Império Tang esteve no auge do poder até meados do século VIII, quando a Rebelião de An Lushuan destruiu a prosperidade do reino. A dinastia Song foi o primeiro governo na história do mundo a emitir papel-moeda e a primeira entidade política chinesa a estabelecer uma marinha permanente. Entre os séculos X e XI, a população da China dobrou de tamanho. Esse crescimento se deu por meio do cultivo de arroz, expandido na China central e austral, e à produção de excedentes abundantes de alimentos.
Dentro das suas fronteiras, a dinastia Song do Norte tinha uma
população de cerca de 100 milhões de habitantes. O governo dessa
dinastia foi um período culturalmente rico para a filosofia e as artes
da nação. A pintura de paisagem e de retrato
foram trazidas para novos níveis de maturidade e complexidade após o
reinado dos Tang e as elites sociais se reuniram para apreciar e
partilhar a sua própria arte, além de negociar obras preciosas.
Filósofos como Cheng Yi e Zhu Xi revigoraram o confucionismo, infundido ideais budistas, e destacaram uma nova organização de textos clássicos que levaram à doutrina central do neoconfucionismo.
Em 1271, o líder mongol e quinto Khagan do Império Mongol, Kublai Khan, estabeleceu a Dinastia Yuan, com o último remanescente da Dinastia Song caindo para os Yuan em 1279. Antes da invasão mongol,
as dinastias chinesas teriam tido cerca de 120 milhões de pessoas sob
seu comando; após a conquista ter sido concluída em 1279, o censo de
1300 estimou cerca de 60 milhões de habitantes.
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A Cidade Proibida, em Pequim, foi o palácio imperial chinês desde meados da Dinastia Ming até ao fim da Dinastia Qing. Atualmente o local é considerado Patrimônio Mundial pela UNESCO. |
Um camponês chamado Zhū Yuánzhāng derrubou a Dinastia Yuan em 1368 e fundou a Dinastia Ming.
Sob essa dinastia, a China entraria em outra era de ouro, com o
desenvolvimento de uma das mais fortes marinhas do mundo e uma economia
rica e próspera em meio a um florescimento artístico e cultural. Foi
durante este período que Zheng He liderou explorações em todo o mundo, chegando até ao continente africano. Nos primeiros anos da dinastia Ming, a capital da China foi transferida de Nanquim para Pequim.
Durante a Dinastia Ming, pensadores como Wang Yangming criticaram e ampliaram o neoconfucionismo através dos conceitos do individualismo e da moralidade inata, o que teria um impacto enorme sobre o posterior pensamento japonês. A Coreia Joseon também se tornou um Estado vassalo da China Ming e adotou a maior parte de sua estrutura burocrática neoconfucionista.
Em 1644, Pequim foi saqueada por uma coalizão de forças rebeldes lideradas por Li Zicheng, um oficial Ming inferior que liderou a revolta camponesa. O último imperador Ming, Chongzhen, cometeu suicídio quando a cidade caiu. A Dinastia Qing, de origem manchu, então aliou-se ao general Ming Wu Sangui
e derrubou a dinastia Shun, de Li, e depois assumiu o controle de
Pequim, que se tornou a nova capital dos Qing. No total, o custo da
conquista manchu da China foi de mais de 25 milhões de vidas.
Declínio dinástico e guerras
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Juncos chineses sob bombardeio britânico durante a Guerra do Ópio. |
A Dinastia Qing,
que durou até 1912, foi a última dinastia imperial da China. No século
XIX, essa linhagem adotou uma postura defensiva em relação ao imperialismo europeu,
embora estivesse envolvida em uma expansão imperialista particular para
a Ásia Central. Neste momento, o país começou a perceber a importância
do resto do mundo, em particular do Ocidente. Como a China se abriu ao comércio exterior e à atividade missionária, o ópio produzido pela Índia britânica foi forçado a entrar no Império Qing. Duas Guerras do Ópio com a Grã-Bretanha enfraqueceram o controle do Imperador. O imperialismo ocidental revelou-se desastroso para o país:
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O fim da Guerra do Ópio marcou o início do
imperialismo ocidental na China. Tratados desiguais, impostos no final
da guerra, forçaram a China a ceder Hong Kong, abrir 'Tratados dos
Portos' para o comércio exterior, pagar indenizações a seus vencedores e
permitir que os estrangeiros a viver e trabalhar em solo chinês
ficassem livres da jurisdição da lei local (extraterritorialidade). Ao
longo dos anos, novas guerras com as potências ocidentais expandiram
essas imposições sobre a soberania nacional da China, que culminou com o
Tratado de Shimonoseki, que encerrou o Guerra Sino-Japonesa de 1894-95. |
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Uma pintura do século XIX da
Rebelião Taiping de 1850–1864. |
O enfraquecimento do regime Qing e a humilhação aparente dos tratados
desiguais aos olhos do povo chinês, levou à crescente desordem social
doméstica. No final de 1850, o sul chinês entrou em ebulição com a Rebelião Taiping, uma violenta guerra civil que durou até 1864. A rebelião foi liderada por Hong Xiuquan, que foi parcialmente influenciado por uma interpretação idiossincrática do cristianismo. Hong acreditava ser ele o filho de Deus e o irmão mais novo de Jesus. Embora as forças de Qing tenham sido vitoriosas, essa guerra civil foi uma das mais sangrentas da história da humanidade, custando pelo menos 20 milhões de vidas (mais do que o número total de mortes da Primeira Guerra Mundial),
com algumas estimativas chegando até 40 milhões de mortos. Outras
rebeliões custosas seguiram a Rebelião Taiping, como Guerras do Clã
Punti-Hakka (1855-1867), Rebelião Nien (1851-1868), Rebelião Miao (1854-1873), Revolta dos Panthay (1856-1873) e a Revolta Dungan (1862-1877).
Cada uma dessas rebeliões resultou em uma perda estimada de vários
milhões de vidas e teve um impacto devastador sobre a já frágil economia
do país.
O fluxo do ópio britânico apressou ainda mais a queda do império. No século XIX, a era do colonialismo estava no auge e a grande diáspora chinesa começou, sendo que hoje cerca de 35 milhões de chineses vivem no sudeste da Ásia. As taxas de emigração
foram reforçadas por catástrofes nacionais, como a Fome do Norte da
China de 1876-1879, que custou entre 9 e 13 milhões de vidas. De 108 a.C. à 1911, a China passou por
1 828 períodos de fome (um por ano) em algum lugar do território do império.
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Na Guerra Sino-Japonesa de 1894-1895, que foi disputada pela influência na Coreia, as tropas japonesas derrotaram as forças da Dinastia Qing. |
Enquanto a China era destruída por contínuas guerras, o Japão Meiji conseguia rapidamente modernizar suas forças armadas e definir suas ambições sobre a conquista da Coreia e da Manchúria.
A pedido do imperador coreano, o governo Qing enviou tropas para ajudar
a suprimir a Rebelião Tonghak em 1894. No entanto, o Japão também
enviou tropas para a Coreia, levando à Primeira Guerra Sino-Japonesa, o que resultou no fim da influência da China Qing na península coreana, bem como a cessão de Taiwan (incluindo as Ilhas Pescadores) para o Japão em 1895.
Após esta série de derrotas, um plano de reforma para o império para se tornar uma moderna monarquia constitucional ao estilo Meiji foi elaborado pelo imperador Guangxu em 1898, mas encontrou resistência e foi parado pela imperatriz Tseu-Hi, que colocou imperador sob prisão domiciliar em um golpe de Estado. O malfadado levante dos boxers de 1898-1901, cujo principal alvo eram os ocidentais em Pequim, resultou em cerca de 115 mil mortes.
No início do século XX, uma massiva desordem civil havia começado e
apelos por reformas e revolução eram ouvidos em todo o país. O imperador
Guangxu de 38 anos de idade morreu em prisão domiciliar em 14 de
novembro de 1908, curiosamente um dia antes antes da morte da própria
Tseu-Hi. Com o trono vazio, ele foi sucedido pelo herdeiro escolhido a
dedo pela imperatriz, seu sobrinho de dois anos de idade Pu Yi, que se tornou o imperador Xuantong. A consorte de Guangxu tornou-se a imperatriz viúva Longyu. Em outro golpe de Estado em 1912, Yuan Shikai
derrubou Pu Yi e forçou Longyu a assinar o decreto de abdicação como
regente, terminando mais de dois mil anos de domínio imperial na China.
Longyu morreu, sem filhos, em 1913.
República (1912-1949)
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Sun Yat-sen, o pai da China moderna (sentado à esquerda), e Chiang Kai-shek, posteriormente o presidente da República da China. |
Em 1 de janeiro de 1912, a República da China foi estabelecida, anunciando o fim da China Imperial. Sun Yat-sen do Kuomintang (Partido Nacionalista ou KMT) foi proclamado o presidente provisório da República. No entanto, a presidência foi dada mais tarde a Yuan Shikai, um ex-general Qing, que tinha assegurado a deserção de todo o Exército de Beiyang do império Qing à revolução. Em 1915, Yuan proclamou-se Imperador da China,
mas foi forçado a abdicar e restabelecer a república em face da
condenação popular, não só da população em geral, mas também do próprio
Exército de Beiyang e de seus comandantes.
Após a morte de Yuan Shikai em 1916, a China estava politicamente
fragmentada, com um governo reconhecido internacionalmente, mas
virtualmente impotente no âmbito doméstico e assentado em Pequim. Senhores da guerra regionais exerciam controle real sobre seus respectivos territórios.
No final dos anos 1920, o Kuomintang nacionalista de Chiang Kai-shek
foi capaz de reunificar o país sob seu próprio controle através de uma
série de hábeis manobras políticas e militares, conhecidas popularmente
como a Expedição do Norte.
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Civis chineses sendo enterrados vivos por soldados japoneses durante o Massacre de Nanquim, na Segunda Guerra Sino-Japonesa. |
O Kuomintang mudou a capital do país para Nanquim e implementou a "tutela política", um estágio intermediário de desenvolvimento político delineado no programa San-min, de Sun Yat-sen, para transformar a China em um Estado democrático moderno. Efetivamente, a tutela política significou um governo unipartidário comandado pelo Kuomintang, mas o partido dividiu-se politicamente em facções concorrentes.
Esta divisão política tornou difícil para Chiang combater os comunistas, com quem o Kuomintang guerreava desde 1927, na Guerra Civil Chinesa. Esta guerra continuou com êxito para o Kuomintang, especialmente depois que os comunistas se retiraram na Grande Marcha, até que o Incidente de Xi’an e a agressão japonesa forçaram Chiang a enfrentar o Japão Imperial.
A Segunda Guerra Sino-Japonesa (1937-1945), uma parte da Segunda Guerra Mundial, forçou uma aliança entre o Kuomintang e os comunistas. A "Política dos Três Tudos" do Japão no norte da China—"matar todos, queimar tudo e destruir tudo"—levou a inúmeras atrocidades de guerra cometidas contra a população civil pelos soldados japoneses; ao todo, mais de 20 milhões de civis chineses morreram.
Estima-se que 200 mil chineses foram massacrados apenas na cidade de Nanquim durante a ocupação japonesa. O Japão se rendeu incondicionalmente para a China em 1945. Taiwan, incluindo as Ilhas Pescadores,
foi colocada sob o controle administrativo da República da China, que
imediatamente reivindicou sua soberania. A China emergiu vitoriosa, com o
auxílio da invasão soviética em agosto de 1945,
mas foi devastada e financeiramente drenada pela guerra. A desconfiança
permanente entre o Kuomintang e os comunistas levou à retomada da
guerra civil. Em 1947, a lei constitucional foi estabelecida, mas por
causa da contínua agitação muitas disposições da Constituição da
República da China nunca foram implementadas na China continental.
República Popular (1949-presente)
Os conflitos da Guerra Civil Chinesa terminam em 1949, quando o Partido Comunista tomou o controle da China continental e o Kuomintang recuou para o mar, reduzindo seu território para apenas Taiwan, Hainan e suas ilhas vizinhas. Em 1 de outubro de 1949, Mao Tsé-Tung proclamou a criação da República Popular da China, que ficou conhecida no ocidente como "China comunista" ou "China Vermelha" durante o período da Guerra Fria. Em 1950, o Exército de Libertação Popular (ELP) teve sucesso na recaptura de Hainan da República da China, ocupou o Tibete e derrotou a maioria das forças remanescentes do Kuomintang nas províncias de Yunnan e Xinjiang, apesar de alguns redutos do Partido Nacionalista ainda tiverem sobrevivido por muito mais tempo.
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Mao Tsé-Tung proclama a criação da República Popular da China em 1949. |
Mao encorajou o crescimento da população e, sob a sua liderança, a
população chinesa quase duplicou, passando de cerca de 550 milhões para
mais de 900 milhões de habitantes. No entanto, o "Grande Salto Adiante"
de Mao, um projeto de larga escala de reforma econômica e social,
resultou em um número estimado de 45 milhões de mortes entre 1958 e
1961, principalmente por causa da fome. Entre 1 e 2 milhões de proprietários de terra foram executados sob a acusação de serem "contra-revolucionários". Em 1966, Mao e seus aliados lançaram a Revolução Cultural,
que duraria até a morte do líder comunista uma década depois. Essa
Revolução, motivada por lutas de poder dentro do partido e pelo medo da União Soviética, levou a uma grande reviravolta na sociedade chinesa. Em outubro de 1971, a República Popular da China substituiu a República da China na Organização das Nações Unidas e tomou seu lugar como membro permanente do Conselho de Segurança.
No mesmo ano, pela primeira vez, o número de países que reconheciam a
República Popular da China superou os que reconheciam a República da
China, com sede em Taipei, como o governo legítimo do país. Em fevereiro de 1972, no auge da ruptura sino-soviética, Mao e Zhou Enlai encontraram o então presidente americano Richard Nixon em Pequim. No entanto, os Estados Unidos só foram reconhecer oficialmente a República Popular como o único governo legítimo da China em 1 de janeiro de 1979.
Após a morte de Mao em 1976 e a prisão do Bando dos Quatro, que foram responsabilizados pelos excessos da Revolução Cultural, Deng Xiaoping rapidamente arrebatou o poder do sucessor de Mao, Hua Guofeng. Embora ele nunca tenha se tornado o chefe do partido ou do Estado, Deng foi o "líder supremo" de fato da China na época e sua influência dentro do Partido levou o país a importantes reformas econômicas. Posteriormente, o Partido Comunista afrouxou o controle governamental sobre a vida dos cidadãos e as comunas populares
foram dissolvidas, sendo que muitos camponeses receberam múltiplos
arrendamentos de terra, com o aumento de incentivos e da produção
agrícola. Estes eventos marcaram a transição da China de uma economia planejada para uma economia mista com um ambiente de mercado cada vez mais aberto, um sistema chamado por alguns de "socialismo de mercado"
e que o Partido Comunista da China oficialmente descreve como
"socialismo com características chinesas". A China adotou a sua atual
constituição em 4 de dezembro de 1982.
Outras fontes, no entanto, interpretam as reformas impostas pelo
governo chinês como um abandono do sistema econômico socialista.
A morte do oficial pró-reforma Hu Yaobang ajudou a desencadear o Protesto na Praça da Paz Celestial em 1989,
durante o qual estudantes e outros civis fizeram campanha por vários
meses, pedindo o combate contra a corrupção e uma maior reforma
política, que incluísse os direitos democráticos e a liberdade de expressão. No entanto, eles foram finalmente dispersos em 4 de junho, quando as tropas e veículos do ELP
entraram à força e abriram a praça, resultando em várias vítimas. Este
evento foi amplamente divulgado e trouxe condenação mundial e sanções
contra o governo chinês.
O incidente conhecido como "O Rebelde Desconhecido" tornou-se particularmente famoso na época.
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A cidade de Xangai se tornou um símbolo de rápida expansão econômica da China desde os anos 1990. |
O presidente Jiang Zemin e o primeiro-ministro Zhu Rongji, ambos ex-prefeitos da cidade de Xangai,
lideraram a nação na década de 1990. Sob os dez anos de administração
de Jiang e Zhu, o desempenho econômico do país retirou cerca de 150
milhões de camponeses da pobreza e manteve uma taxa média anual de crescimento do produto interno bruto (PIB) de 11,2%. O país aderiu formalmente à Organização Mundial do Comércio (OMC) em 2001.
No entanto, o rápido crescimento econômico que tornou a economia chinesa a segunda maior do mundo, também impactou severamente os recursos naturais e o meio ambiente do país.
Outra preocupação é que os benefícios do crescimento da economia não
foram distribuídos uniformemente entre a população, resultando em uma
ampla lacuna de desenvolvimento entre as áreas urbanas e rurais. Como
resultado, com o presidente Hu Jintao e o primeiro-ministro Wen Jiabao,
o governo chinês iniciou políticas para abordar estas questões de
distribuição equitativa de recursos, embora o resultado continue a ser
observado. Mais de 40 milhões de agricultores foram deslocados de suas terras,
em geral para o desenvolvimento econômico, contribuindo para as 87 mil
manifestações e motins que aconteceram por toda a China apenas em 2005. Os padrões de vida melhoraram significativamente, mas os controles políticos se mantiveram estáveis. Embora a China tenha, em grande parte, conseguido manter a sua rápida taxa de crescimento econômico, apesar da recessão no final da década de 2000,
sua taxa de crescimento começou a diminuir no início da década de 2010 e
a economia continua excessivamente centrada no investimento fixo.
Além disso, os preparativos para uma grande mudança de liderança no
Partido Comunista no final de 2012 foram marcados por disputas entre
facções e escândalos políticos.
Durante a mudança da liderança da China em novembro de 2012, Hu Jintao e
Wen Jiabao foram substituídos como presidente e primeiro-ministro por Xi Jinping e Li Keqiang, que assumem tais cargos em 2013.
Geografia e clima
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Monte Everest, no Tibete. |
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O rio Li, na região autônoma de Guangxi. |
A República Popular da China é o terceiro maior país do mundo em área terrestre e é considerado o terceiro ou quarto maior em relação à área total. A incerteza sobre o tamanho do país está relacionada com a validade de certos territórios reivindicados pela China, como Aksai Chin e Vale de Shaksgam (ambos os territórios também são reivindicados pela Índia),
e com a forma como a área territorial é calculada. A China tem
fronteiras com quatorze nações, mais do que qualquer outro país do
mundo; no sentido horário, a partir do sul: Vietnã, Laos, Myanmar, Índia, Butão, Nepal, Paquistão, Afeganistão, Tadjiquistão, Quirguistão, Cazaquistão, Rússia, Mongólia e Coreia do Norte. Além disso, a fronteira entre a República Popular da China e a República da China (Taiwan) está localizada em águas territoriais. A China tem uma fronteira terrestre de 22.117 km, a maior do mundo.
O território da China possui uma grande variedade de paisagens. No leste, ao longo da costa do Mar Amarelo e do Mar da China Oriental, há extensas planícies aluviais densamente povoadas, enquanto que nas bordas do planalto da Mongólia Interior, no norte, campos podem ser vistos. O sul da China é dominado por colinas e cordilheiras baixas. No centro-leste estão os deltas dos dois maiores rios chineses, o Rio Amarelo e o Rio Yangtzé (Chang Jiang). Outros rios importantes são o Xi-Jiang, o Mekong, o Brahmaputra e o Amur. Para o oeste, estão cordilheiras importantes, especialmente o Himalaia, com o ponto mais alto da China na metade oriental do monte Everest, e caracterizado por altos planaltos entre as paisagens mais áridas, como o Taklamakan e o deserto de Gobi.
Uma questão importante é a contínua expansão dos desertos, principalmente o deserto de Gobi. Embora as linhas de barreira de árvores, plantadas desde 1970, tenham reduzido a frequência de tempestades de areia, secas prolongadas e resultados negativos nas práticas agrícolas, tempestades de poeira ainda assolam o norte da China a cada primavera e então se espalham para outras partes do leste da Ásia, incluindo Japão e Coreia.
De acordo com a fiscalização ambiental da China, a SEPA, a China está
perdendo quatro mil quilômetros quadrados por ano para a desertificação. Água, erosão e controle da poluição têm se tornado questões importantes nas relações da China com outros países. O derretimento das geleiras no Himalaia, também pode levar à escassez de água para centenas de milhões de pessoas.
A China tem um clima dominado principalmente por estações secas e monções úmidas, o que leva a diferenças de temperatura no inverno e no verão. No inverno, os ventos do norte, provenientes de áreas de altas latitudes,
são frios e secos; no verão, os ventos do sul, de zonas marítimas em
baixa latitude, são quentes e úmidos. O clima na China é diferente de
região para região por causa da extensa e complexa topografia do país.
Flora e fauna
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Panda-gigante, animal endêmico da China. |
Um dos dezessete países megadiversos, a China encontra-se em duas das biorregiões mais importantes do mundo, a paleártica e a indomalaia. Na zona paleártica, são encontrados mamíferos como o cavalos, camelos, jerboas e tigres. Entre as espécies encontradas na região indomalaia, estão o gato-leopardo, o tigre Amoy, o rato-de-bambu, tupaias e várias espécies de macacos e símios. Algumas sobreposições existem entre as duas regiões, por causa da dispersão natural e da migração, como veados, antílopes, ursos, lobos, porcos e roedores. O famoso panda-gigante é encontrado somente em uma área limitada ao longo do Rio Yangtzé. Há um problema com o comércio de espécies ameaçadas, embora já existam leis que proíbem tais atividades.
A China também contém uma variedade de tipos de floresta. O nordeste e o noroeste do país contêm montanhas e florestas de coníferas, suportando espécies animais que incluem alces e ursos-negros-asiáticos, juntamente com cerca de 120 tipos de aves. As úmidas florestas de coníferas podem ter moitas de bambu como um sub-bosque, sendo substituído por rododendros. As florestas subtropicais, que dominam a região central-sul da China, abrigam 146 mil espécies de plantas. Florestas tropicais e florestas tropicais sazonais, embora confinadas em Yunnan e na ilha de Hainan, na verdade, contêm um quarto de todas as espécies vegetais e animais encontradas na China.
Problemas ambientais
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Fazenda eólica em Xinjiang. |
Nas últimas décadas, a China sofreu com a grave deterioração ambiental e poluição de seu território.
Embora algumas legislações, tais como a Lei de Proteção Ambiental de
1979, sejam bastante rigorosas, elas são mal aplicadas, já que são
frequentemente desconsideradas pelas comunidades locais e funcionários
do governo em favor do rápido desenvolvimento econômico. Como resultado,
os protestos públicos e distúrbios por questões ambientais têm se
tornado cada vez mais comum no país.
Ativistas ambientais, tais como Ma Jun advertiram sobre o perigo de que a poluição da água representa para a sociedade chinesa. De acordo com o Ministério chinês de Recursos Hídricos, cerca de 300 milhões de chineses não têm acesso à água potável e 40% dos rios do país estavam poluídos por resíduos industriais e agrícolas no final de 2011.
Esta crise é agravada pelo problema perene da escassez de água, sendo
que 400 das 600 cidades chinesas pesquisadas apresentavam poucos
recursos de água potável.
Além disso, várias grandes cidades costeiras do país, incluindo Xangai, são consideradas altamente vulneráveis a inundações de larga escala.
No entanto, a China é investidor mundial líder em tecnologias de energias renováveis, com 52 bilião dólares investidos apenas em 2011.
O país produz mais turbinas eólicas e painéis solares do que qualquer outro e projetos de energia renovável, como o aquecimento solar de água, são amplamente adotados, em nível local. Em 2009, mais de 17% da energia da China foi obtida a partir de fontes renováveis, principalmente de usinas hidrelétricas, das quais a China tem uma capacidade total instalada de 197 GW. Em 2011, o governo chinês anunciou planos de investir quatro trilhões de yuans
(618,55 bilhões de dólares) em projetos de infraestrutura de água ao
longo de um período de dez anos e para completar a construção de um
sistema de prevenção de inundações e anti-secas até 2020.
Demografia
|
Um mapa de densidade populacional da República Popular da China. A
leste, as províncias costeiras são muito mais densamente povoadas do que
o interior ocidental. |
O censo nacional de 2010 estimou a população da República Popular da China em
1 338 612 968 habitantes. Cerca de 21% da população (
145 461 833 homens;
128 445 739 mulheres) tinha 14 anos ou menos, 71% (
482 439 115 homens;
455 960 489 mulheres) tinha entre 15 e 64 anos de idade e 8% (
48 562 635 homens;
53 103 902 mulheres) tinha mais de 65 anos anos de idade. A taxa de crescimento populacional em 2006 foi de 0,6%.
Ao final de 2010, a proporção de pessoas do continente chinês com 14
anos ou mais era de 16,60%, enquanto o número com 60 anos ou mais
cresceu para 13,26% da população, dando uma proporção total de
dependentes de 29,86%. A proporção da população em idade de trabalho era
de cerca de 70%.
Embora seja um país de renda média para os padrões ocidentais, o
rápido crescimento do país tem tirado centenas de milhões de pessoas da
pobreza desde 1978. Hoje, cerca de 10% da população chinesa vive abaixo
da linha de pobreza
(com 1 dólar por dia), uma queda de 64% em relação aos níveis de 1978. O
desemprego urbano na China caiu para 4% no final de 2007, embora o
desemprego global real seja de cerca de 10%.
Com uma população de mais de 1,3 bilhões e escassez de recursos
naturais, a China está muito preocupada com seu crescimento populacional
e tentou, com resultados diversos, implementar uma política rigorosa de planejamento familiar, conhecida como "política do filho único".
A meta do governo é de uma criança por família, com exceções para as
minorias étnicas e com certo grau de flexibilidade nas áreas rurais.
Espera-se que o crescimento populacional da China estabilize-se nas
primeiras décadas do século XXI, embora algumas projeções estimam uma
população entre 1,4 bilhões e 1,6 bilhões até 2025. O Ministro de
Planejamento Familiar da China indicou que a política do filho único
será mantida pelo menos até 2020.
No entanto, essa estratégia do governo encontra resistência,
particularmente nas áreas rurais do país, por causa da necessidade de
trabalho agrícola e de uma tradicional preferência por meninos (que mais
tarde podem servir como herdeiros do sexo masculino). As famílias que
não respeitam essa política frequentemente mentem durante os censos.
|
Crescimento populacional chinês de 1949 à 2008. |
A decrescente confiança das estatísticas demográficas da China desde o
início do planejamento familiar no final dos anos 1970 torna a
avaliação da eficácia dessa política difícil. Os dados do censo de 2010 indicam que a taxa de fecundidade total pode agora ser em torno de 1,4 filhos por mulher.
O governo está particularmente preocupado com o desequilíbrio na
proporção entre os sexos no nascimento, aparentemente um resultado de
uma combinação da tradicional preferência por meninos e da pressão do
planejamento familiar, o que levou à proibição de utilização de
dispositivos de ultra-som para situações não-emergenciais, em uma
tentativa de evitar abortos seletivos.
Segundo o censo de 2010, havia 118,06 meninos nascidos para cada 100
meninas, o que é 0,53 pontos menor do que o índice obtido em uma
pesquisa por amostragem populacional realizada em 2005. No entanto, a razão de sexo de 118,06 ainda está além da faixa normal
de cerca de 105% e os especialistas alertam para uma crescente
instabilidade social se esta tendência continuar.
Para a população nascida entre os anos de 1900 e 2000, estima-se que
poderia haver 35,59 milhões mulheres a menos do que homens.
Outros demógrafos argumentam que os desequilíbrios de gênero observados
podem surgir a partir do sub-registro dos nascimentos de meninas. Um estudo recente sugere que até três milhões de bebês chineses sejam escondidos pelos seus pais a cada ano.
De acordo com o censo de 2010, os homens representavam 51,27% do total
da população, enquanto as mulheres compunham 48,73% do total.
Composição étnica e idiomas
|
Mapa de grupos etno-linguísticos na China em 1990. |
A China reconhece oficialmente 56 grupos étnicos distintos, sendo o maior deles os chineses da etnia han, que constituem cerca de 91,51% da população total do país. Os han, o maior grupo étnico único do mundo, superam outros grupos étnicos chineses em cada província, município e região autônoma, exceto no Tibete e em Xinjiang. Eles são descendentes de antigas tribos huaxia que viviam ao longo do rio Amarelo.
As minorias étnicas representam cerca de 8,49% da população chinesa,
de acordo com o censo de 2010. Em comparação com o censo populacional de
2000, a população han aumentou em
66 537 177 pessoas, ou 5,74%, enquanto a população das 55 minorias nacionais combinadas aumentou
7 362 627 de pessoas, ou 6,92%.
O censo de 2010 registrou um total de
593 832 cidadãos estrangeiros que viviam na China. Os maiores desses grupos eram provenientes da Coreia do Sul (
120 750), dos Estados Unidos (
71 493) e do Japão (
66 159).
Os idiomas mais falados na China pertencem à família linguística sino-tibetana. Há também vários grandes grupos linguísticos dentro da língua chinesa. As variedades mais faladas são o mandarim (nativamente falado por mais de 70% da população), o wu (inclui o xangainês), o yue (inclui o cantonês e o taishanês), o min (inclui hokkien e teochew), o xiang, o gan e o hakka. Línguas não-sínicas faladas amplamente por minorias étnicas incluem o zhuang, o mongol, o tibetano, o uigur, o hmong e o coreano. O mandarim padrão, uma variedade do mandarim baseada no dialeto de Pequim, é a língua oficial nacional e é usado como uma língua franca entre as pessoas de diferentes origens linguísticas.
Urbanização
Desde 2000, as cidades chinesas têm se expandido a uma taxa média de
10% ao ano. Estima-se que a população urbana do país irá aumentar para
400 milhões de pessoas em 2025, quando suas cidades irão abrigar uma população de mais de um bilhão de habitantes. A taxa de urbanização do país aumentou de 17,4% para 46,6% entre 1978 e 2009, uma escala sem precedentes na história humana.
Entre 150 e 200 milhões de trabalhadores migrantes trabalham em tempo
parcial nas grandes cidades, voltando para o campo periodicamente com os
seus ganhos.
Hoje, a China tem dezenas de cidades com um milhão ou mais de habitantes, incluindo as três cidades globais de Pequim, Hong Kong e Xangai. Em 2025, o país terá 221 cidades com mais de um milhão de habitantes.
Cidades mais populosas da República Popular da China
Sexto Censo Nacional da República Popular da China (2010) |
|
Posição |
Cidade |
Subdivisão |
Pop. |
Posição |
Cidade |
Subdivisão |
Pop. |
Tianjin
Cantão |
1 |
Xangai |
Xangai |
22 315 426 |
11 |
Shenyang |
Liaoning |
5 743 718 |
2 |
Pequim |
Pequim |
18 827 000 |
12 |
Hangzhou |
Zhejiang |
5 695 313 |
3 |
Tianjin |
Tianjin |
11 090 314 |
13 |
Chongqing |
Chongqing |
5 402 721 |
4 |
Cantão |
Guangdong |
11 070 654 |
14 |
Harbin |
Heilongjiang |
4 517 549 |
5 |
Shenzhen |
Guangdong |
10 357 938 |
15 |
Suzhou |
Jiangsu |
4 074 000 |
6 |
Dongguan |
Guangdong |
8 220 937 |
16 |
Jinan |
Shandong |
3 922 180 |
7 |
Chengdu |
Sichuan |
7 123 697 |
17 |
Xian |
Shaanxi |
3 890 098 |
8 |
Hong Kong |
RAE |
7 055 071 |
18 |
Wuxi |
Jiangsu |
3 542 319 |
9 |
Nanquim |
Jiangsu |
6 852 984 |
19 |
Hefei |
Anhui |
3 352 076 |
10 |
Wuhan |
Hubei |
6 434 373 |
20 |
Changchun |
Jilin |
3 341 700 |
Xangai
Pequim |
Religião
Religião na China (com base em diferentes pesquisas) |
Religião |
|
|
Porcentagem |
|
Agnosticismo e ateísmo |
|
42% |
Religiões tradicionais e taoísmo |
|
30% |
Budismo |
|
18% |
Cristianismo |
|
4% |
Religiões étnicas minoritárias |
|
4% |
Islamismo |
|
2% |
Na China, o governo permite um grau limitado de liberdade religiosa,
porém a tolerância oficial só é estendida aos membros de organizações
religiosas aprovadas pelo Estado e não para aqueles que são adeptos de
outras religiões. É difícil se obter o número exato de seguidores de
grupos religiosos devido à falta de dados oficiais, mas há um consenso
geral de que a religião no país está passando por um tipo de
"ressurgimento" nos últimos 20 anos. Uma pesquisa de Phil Zuckerman, no site
Adherents.com, concluiu que em 1998, 59% (mais de 700 milhões de pessoas) da população era irreligiosa.
Enquanto outra pesquisa de 2007 constatou que existem 300 milhões de
pessoas (23% da população) religiosas, divergindo do número oficial de
100 milhões.
|
Templo do Céu, um complexo de edifícios taoístas em Pequim. |
Apesar dos resultados de diferentes pesquisas, a maioria concorda que as religiões tradicionais — budismo, confucionismo, taoismo e a religião tradicional chinesa — são as religiões dominantes. De acordo com várias fontes, o budismo na China possui entre 660 milhões (50%) a 1 bilhão de membros (80%), enquanto que o número de taoistas é de 400 milhões de pessoas (~30%).
No entanto, devido ao fato de que uma pessoa pode participar de duas ou
mais destas crenças tradicionais e, ao mesmo tempo, pela dificuldade em
diferenciar claramente o budismo, o confucionismo, o taoismo e a
religião tradicional chinesa, o número de adeptos dessas religiões podem
ser sobrepostos. Além disso, os seguidores do budismo e do taoismo não
são considerados necessariamente religiosos por aqueles que seguem tais filosofias.
Das religiões minoritárias, o cristianismo
tem sido particularmente destacado como uma das de mais rápido
crescimento (especialmente desde os últimos 200 anos) e hoje possui
entre 40 milhões (3%)
a 54 milhões (4%) de seguidores, de acordo com pesquisas independentes, enquanto as estimativas oficiais sugerem que há apenas 16 milhões de cristãos no país. O islamismo
também está presente no país, porém estatísticas sobre o tema são
difíceis de serem encontradas e os valores que a maioria das estimativas
fornecem ficam em torno de 20 e 30 milhões de muçulmanos (1,5% a 2% da população).
Existem também seguidores de outras religiões minoritárias, como o hinduísmo, o dongbaismo, o bön e uma série de novas religiões e seitas. Em julho de 1999, a prática espiritual da seita Falun Gong foi oficialmente proibida pelas autoridades e vários organismos internacionais têm criticado o tratamento do governo à esse grupo.
Política
|
O Grande Salão do Povo, onde está a Assembleia Popular Nacional, na Praça da Paz Celestial, em Pequim. |
A República Popular da China, ao lado do Vietnã, do Laos e de Cuba, é um dos quatro Estados restantes que se declaram socialistas no mundo.
No entanto, na prática, a estrutura política da China não pode ser caracterizada de maneira tão simples. O governo chinês tem sido descrito como comunista e socialista, mas também como autoritário, com fortes restrições remanescentes em muitas áreas, principalmente em relação à internet, imprensa, liberdade de reunião, direitos reprodutivos e liberdade de religião. Seu atual sistema político/econômico é denominado por seus líderes como "socialismo com características chinesas".
O país é governado pelo Partido Comunista da China (PCC), cujo poder está consagrado na constituição. O sistema eleitoral chinês é hierárquico, segundo o qual os Congressos Populares locais são eleitos diretamente e todos os níveis mais elevados de Congresso Popular até a Assembleia Popular Nacional (APN) são eleitos indiretamente pelo Congresso Popular de nível imediatamente inferior.
O sistema político é parcialmente descentralizado, com poucos processos
democráticos internos ao partido e ao nível das vilas locais, embora
estas experiências tenham sido marcadas pela corrupção.
Há outros partidos políticos na China, referidos no país como partidos
democráticos, que participam da Assembleia Popular Nacional e da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CPPCC).
Embora a constituição defina que a Assembleia Popular Nacional é o
órgão máximo na estrutura política do país, na prática o poder se
concentra no Comitê Permanente do Politburo do Partido, um órgão com atualmente sete integrantes que dividem os cargos mais importantes do país.
|
Interior da Assembleia Nacional Popular. |
Comparada às suas políticas fechadas de até meados dos anos 1970, a
liberalização da China resultou em um clima administrativo menos
restritivo do que o anterior. O país apoia fortemente o princípio leninista de "centralismo democrático", mas a política chinesa é muito diferente da democracia liberal ou da social-democracia adotada na maioria dos países do Ocidente, e a Assembleia Nacional Popular tem sido descrita como uma instituição muito dependente do governo central. O presidente em exercício do país é Hu Jintao e seu primeiro-ministro é Wen Jiabao,
que também é um ex-membro sênior do Comitê Permanente do Politburo do
PCC. O secretário-geral do Partido Comunista da China é atualmente Xi Jinping, que é também o presidente da Comissão Militar Central e serve como líder político do país.
Houve alguns movimentos pela liberalização política do país, em que
eleições abertas contestadas são agora realizadas nos níveis de vilas e
cidades,
sendo que as legislaturas têm mostrado alguma assertividade de vez em
quando. No entanto, o partido mantém o controle efetivo sobre as
nomeações governamentais: na ausência de uma oposição
significativa, o PCC ganha por falta de concorrência na maioria das
vezes. As preocupações políticas na China incluem diminuir o fosso
crescente entre os ricos e os pobres, além do combate à corrupção dentro
da liderança do governo.
O nível de apoio popular ao governo e à sua gestão do país está entre
os mais altos do mundo, sendo que 86% dos cidadãos chineses expressaram
satisfação com a economia de sua nação de acordo com uma pesquisa do Pew Research Center feita em 2008.
Relações exteriores
|
Hu Jintao em encontro com o ex-presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, em 2006. |
A República Popular da China (RPC) tem relações diplomáticas com 171 países e mantém embaixadas em 162 deles. A sua legitimidade é contestada pela República da China (RC, conhecida simplesmente como Taiwan) e alguns outros países; portanto, é o maior e mais populoso país, mas com reconhecimento relativamente limitado. A Suécia foi o primeiro país ocidental a estabelecer relações diplomáticas com a RPC em 9 de maio de 1950. Em 1971, a RPC substituiu a RC como o único representante da China nas Nações Unidas e como um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança. O país também é um ex-membro e ex-líder do Movimento de Países Não-Alinhados e ainda se considera um defensor dos países em desenvolvimento.
Sob a sua interpretação da "Política de Uma China",
o país tornou um pré-requisito para o estabelecimento de relações
diplomáticas que o outro país reconheça a sua reivindicação sob Taiwan
e corte os laços oficiais com o governo taiwanês. As autoridades
chinesas protestaram em várias ocasiões quando países estrangeiros
fizeram aberturas diplomáticas com a RC, especialmente em relação a vendas de armamentos. Reuniões políticas entre líderes de governos estrangeiros e o 14º Dalai Lama também sofrem oposição do governo chinês, que considera o Tibete parte formal do seu território.
Grande parte da atual política exterior da China é declaradamente baseada nos Cinco Princípios de Coexistência Pacífica de Zhou Enlai:
não-interferência nos assuntos de outros países, não-agressão,
convivência pacífica, igualdade e benefícios mútuos. A política externa
do país também é impulsionada pelo conceito de "harmonia sem
uniformidade", que incentiva as relações diplomáticas entre os Estados,
apesar de diferenças ideológicas. Esta política levou a China a apoiar
os Estados que são considerados perigosos ou repressivos pelas nações
ocidentais, como Zimbabué, Coreia do Norte e Irã.
|
Terceira cúpula dos países membros do BRICS na cidade chinesa de Sanya, em abril de 2011. |
Conflitos com países estrangeiros ocorreram em alguns momentos da
história chinesa recente, particularmente com os Estados Unidos, como,
por exemplo, o bombardeio americano da embaixada chinesa em Belgrado durante a Guerra do Kosovo em maio de 1999 e o incidente entre aviões militares dos dois países em abril de 2001 na província chinesa de Hainan. A relações internacionais do país com muitas nações ocidentais estremeram-se por um tempo após a repressão militar no Protesto na Praça da Paz Celestial em 1989, embora nos últimos anos o país tenha melhorado suas relações diplomáticas com o Ocidente.
A China também tem uma relação econômica cada vez mais próxima da Rússia e os dois governos muitas vezes votam em conjunto no Conselho de Segurança.
O país tem fortes laços políticos e econômicos com várias nações do mundo em desenvolvimento. Mais notavelmente, ele tem seguido uma política de engajamento com os países africanos em comércio e cooperação bilateral. A Xinhua, a agência de notícias oficial do país, declarou em 2008 que havia cerca de 750 mil cidadãos chineses que trabalhavam ou viviam na África. Além disso, a China tem reforçado os seus laços com as economias da América do Sul, tornando-se o maior parceiro comercial do Brasil e construindo laços estratégicos com a Argentina. Junto com Brasil, Rússia, Índia e África do Sul, o país é membro do grupo BRICS de economias emergentes importantes e sediou a terceira cúpula oficial do bloco em Sanya, na província de Hainan, em abril de 2011.
Forças armadas
Com mais de 2,3 milhões de soldados ativos, o Exército de Libertação Popular (ELP), em inglês People's Liberation Army (PLA), é a maior força militar do mundo, em termos de número de tropas, e possui o segundo maior orçamento de defesa do mundo. O ELP consiste de um exército, marinha, força aérea e uma força nuclear estratégica. O governo anunciou que o orçamento do ELP para 2009 foi de 70 bilhões de dólares. No entanto, os Estados Unidos afirmam que a China não informa sua despesa militar real. A Central Intelligence Agency (CIA) estima que o orçamento militar chinês real para 2008 tenha sido entre de 105 e 150 bilhões de dólares.
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Um caça chinês Chengdu J-10. |
A República Popular da China (RPC), com a posse de armas nucleares, é considerada uma grande potência militar regional e uma superpotência militar emergente. o país é o único membro do Conselho de Segurança da ONU com uma capacidade de projeção de poder relativamente limitada.
Muito progresso foi feito na última década e a RPC continua a fazer esforços para concluir a modernização de suas forças armadas. O país comprou caças de última geração da Rússia, como o Sukhoi Su-30, e também produziu os seus próprios caças modernos, especificamente os chineses Chengdu J-10, Shenyang J-11 e Chengdu J-20. Também adquiriu e aprimorou o míssil russo S-300, que é considerado um dos melhores sistemas de interceptação de aeronaves do mundo. Em anos recentes, a China divulgou um protótipo de caça stealth, o Chengdu J-20, previsto para entrar em operação entre 2017 e 2019. Em anos recentes, a China concentrou-se na construção de navios de longo alcance, introduzindo seu primeiro porta-aviões.
Há pouca informação disponível sobre as motivações que apoiam a modernização militar da China. Um relatório de 2007 do Secretário de Defesa dos Estados Unidos
observou que "as ações da China em determinadas áreas aparecem cada vez
mais incompatíveis com as suas políticas declaratórias" de ascensão
pacífica. Por sua vez, o governo chinês afirma que mantém um exército puramente para fins defensivos.
Algumas "usinas de ideias", como o Conselho Europa-Ásia, alegaram que as atuais tensões entre os Estados Unidos e a China sobre a decisão abrupta de Washington, D.C. de vender armas à Taiwan podem desencadear uma nova corrida armamentista na Ásia alimentada basicamente por motivos ideológicos nacionais, uma situação que lembra em muitos aspectos a era McCarthy, quando os Estados Unidos foram abertamente favoráveis ao
lobby de Chiang Kai-shek.
Problemas sócio-políticos
Enquanto os controles econômicos e sociais têm sido muito enfraquecidos na China desde a década de 1970, a liberdade política
é ainda bastante restrita. A Constituição da República Popular da China
(RPC) afirma que os "direitos fundamentais" dos cidadãos incluem a liberdade de expressão, liberdade de imprensa, o direito a um julgamento justo, à liberdade de religião, o sufrágio universal e direitos de propriedade. No entanto, estas disposições não conferem proteção significativa, na prática, contra procedimentos penais do Estado.
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Protestos contra a prisão de Liu Xiaobo no Japão em 2010. Liu foi agraciado com o Prêmio Nobel da Paz de 2010, por "sua longa batalha não-violenta pelos direitos humanos na China." |
Com a reforma econômica chinesa, dezenas de milhões de trabalhadores rurais do país que se mudaram para as grandes cidades foram tratados como cidadãos de segunda classe por um sistema obsoleto de registro domésticos, chamado
hukou, que controla os benefícios do Estado. O sistema de direitos de propriedade é fraco e ocorrem desapropriações abusivas de terras de camponeses. Em 2003/2004, um agricultor médio tinha de pagar três vezes mais impostos, embora o seu rendimento tenha sido de apenas um sexto do de um morador urbano médio.
Desde então, uma série de impostos rurais têm sido reduzidos ou
suprimidos e outros serviços sociais prestados às populações rurais.
A censura do discurso político e da informação, inclusive na internet, é aberta e usada rotineiramente para silenciar as críticas ao governo e ao Partido Comunista Chinês.
Em 2010, a organização Repórteres sem Fronteiras classificou a RPC na 171ª posição (entre 178 estados) em seu relatório anual "Índice de Liberdade de Imprensa".
O governo reprime as manifestações de organizações e crenças que
considera uma potencial ameaça para o controle da "estabilidade social",
como foi o caso do protesto na Praça da Paz Celestial em 1989.
O Partido Comunista tem tido pouco sucesso em controlar a informação:
um poderoso sistema de controle de mídia enfrenta o avanço muito forte
do mercado, cidadãos cada vez mais educados e mudanças culturais que estão tornando o país mais aberto, especialmente sobre questões ambientais.
Vários governos estrangeiros e ONGs rotineiramente criticam a RPC, alegando violações generalizadas dos direitos civis, incluindo a utilização sistemática de detenção prolongada sem julgamento de ativistas políticos, confissões forçadas, tortura, maus-tratos de prisioneiros, restrições à liberdade de expressão, de reunião, associação, de religião e aos direitos trabalhistas. A China executa
mais pessoas do que qualquer outro país no mundo, respondendo por 72%
do total mundial de execuções em 2009, embora não seja o maior carrasco
per capita.
O governo da China responde afirmando que a noção de direitos humanos deve levar em conta o atual nível de desenvolvimento econômico e a situação geopolítica, além de se concentrar mais sobre os direitos do povo à subsistência e desenvolvimento. O aumento da alfabetização, da expectativa de vida e do padrão de vida dos chineses médios nas últimas três décadas é visto pelo governo como um progresso tangível em matéria de direitos humanos. Os esforços na última década para combater desastres naturais, como as constantes enchentes do rio Yangtzé e acidentes de trabalho também são retratados pelo governo como um progresso em matéria de direitos humanos para um país em desenvolvimento.
Subdivisões
A República Popular da China (RPC) tem o controle administrativo sobre 22 províncias e considera Taiwan como a sua 23ª província, apesar da ilha ser atualmente administrada pela República da China (RC), que contesta a alegação da RPC. A China também tem cinco subdivisões oficialmente denominadas regiões autônomas (cada uma com um grupo étnico minoritário designado); quatro municípios e duas Regiões Administrativas Especiais
(RAE), que possuem um alto grau de autonomia política. Estas 22
províncias, cinco regiões autônomas e quatro municípios podem ser
referidos coletivamente como "China continental", um termo que geralmente exclui as RAE de Hong Kong e Macau. Nenhuma dessas divisões são reconhecidas pelo governo da RC, que reivindica a totalidade do território da RPC.
Províncias (省)
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- Anhui (安徽)
- Cantão (广东)
- Fujian (福建)
- Gansu (甘肃)
- Guizhou (贵州)
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- Hainan (海南)
- Hebei (河北)
- Heilongjiang (黑龙江)
- Henan (河南)
- Hubei (湖北)
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- Hunan (湖南)
- Jiangsu (江苏)
- Jiangxi (江西)
- Jilin (吉林)
- Liaoning (辽宁)
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- Qinghai (青海)
- Shaanxi (陕西)
- Shanxi (山西)
- Sichuan (四川)
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- Taiwan (台湾)†
- Xantum (山东)
- Yunnan (云南)
- Zhejiang (浙江)
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†A ilha de Taiwan é reivindicada pela República Popular da China, mas é administrada pela República da China |
Regiões autonômas (自治区)
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Municípios (直辖市)
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Regiões administrativas
especiais (特别行政区)
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- Guangxi (广西壮族自治区)
- Mongólia Interior (内蒙古自治区)
- Ningxia (宁夏回族自治区)
- Xinjiang (新疆维吾尔自治区)
- Tibet (西藏自治区)
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- Pequim (北京市)
- Chongqing (重庆市)
- Xangai (上海市)
- Tianjin (天津市)
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- Hong Kong (香港特別行政區)
- Macau (澳門特別行政區)
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Economia
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Vista do distrito financeiro de Pudong, em Xangai. |
A economia da República Popular da China é a segunda maior do mundo. Seu produto interno bruto (PIB nominal) é estimado em 7,3 trilhões de dólares (dados de 2011), enquanto seu poder de compra foi calculado em pouco mais de 11,3 trilhões de dólares. A renda
per capita do país está em 5.185 dólares por pessoa (nominal) e 8.395 dólares por pessoa (PPP) em 2011, de acordo com o Fundo Monetário Internacional. A China é a nação com o maior crescimento econômico dos últimos 25 anos, com a média do crescimento do PIB em 10% por ano. A renda
per capita da China cresceu 8% ao ano nos últimos 30 anos. Além disso, é um dos países BRIC.
Desde sua fundação em 1949, a República Popular da China adotava um estilo soviético de economia planificada. Com a morte de Mao Tse-tung e o fim da Revolução Cultural, os novos dirigentes chineses começaram a reformar a economia. A sua transformação em economia mista, foi iniciada por Deng Xiaoping em 1978, após a falha da economia planificada em desenvolver os sistemas produtivos chineses a níveis aceitáveis. As reformas de Xiaoping incluíram a privatização
das fazendas, o que pôs fim à agricultura coletiva, e de indústrias
estatais que fossem consideradas de baixo desempenho na época, como
mineração e produtos básicos (roupas, processamento de alimentos), entre
outras. Em 1978, a China e o Japão normalizaram as relações
diplomáticas e a China aceitou empréstimos do Japão. Nas últimas décadas
este país tem sido o maior credor estrangeiro da China. Para selar sua condição de economia globalizada, em 2001 a China foi aceita na Organização Mundial do Comércio. Atualmente, 70% da economia da China é privada, e este número continua crescendo.
A economia da China composta por membros capitalistas "transplantados
num corpo socialista debilitado", modifica, em 1995, a taxa de
crescimento, impulsionada principalmente pelo setor não-estatal, para
8,9%, superando as expectativas do governo e antecipando a meta prevista
no IX Plano Quinquenal (1996-2000).
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Crescimento do PIB nominal chinês entre 1952 e 2005. |
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Edifício da Bolsa de Valores de Xangai no centro financeiro de Pudong, Xangai. |
Este robusto crescimento econômico, combinado com excelentes fatores
internos como estabilidade política, grandes reservas em moeda
estrangeira (a maior do mundo, com 818,9 bilhões de dólares),
mercado interno com grande potencial de crescimento, faz com que a
China seja actualmente um dos melhores locais do mundo para
investimentos estrangeiros, com uma avaliação de risco (Moody's) A2,
índice considerado excelente.
As grandes mudanças sociais e econômicas promovidos pelos seguidores de Deng Xiaoping
deram uma nova dinâmica política à China contemporânea e limitaram as
opções dos governantes do país. Houve nos últimos anos uma melhoria no
padrão de vida dos chineses, embora seja um país com renda média para os
padrões mundiais. O rápido crescimento econômico do país conseguiu
retirar centenas de milhões de pessoas da pobreza desde 1978 - o número
de camponeses pobres caiu de 200 milhões para 80 milhões em 10 anos.
Apenas 10% da população vive abaixo da linha de pobreza
(em comparação com 64% em 1978) e 99,8% dos jovens são alfabetizados.
Desemprego urbano diminuiu para 4 por cento em 2007 (desemprego real
pode estar em 10%). A expectativa de vida chinesa é a terceira maior do leste asiático, com 73 anos, atrás da Coreia do Sul com 77,3 e do Japão com 82,2. A China é o segundo maior consumidor mundial de bens de luxo, com 27,5% da quota global, atrás do Japão. O mercado de varejo da China cresceu 16,8% ao ano.
Com reformas econômicas iniciados em 1978, a China cresceu 90 vezes, se tornando a economia de maior crescimento mundial nos últimos 25 anos, com crescimento do PIB em torno de 10% por ano. A renda
per capita
da China tem crescido cerca de 8% ao ano nos últimos 30 anos. Levando
em conta a renda per capita e moeda desvalorizada, o custo de vida na
China é baixo.
A China é o quarto país mais visitado do mundo, com 50,9 milhões de visitantes internacionais em 2009. Actualmente a China é a segunda potência comercial do mundo, atrás dos Estados Unidos e a frente do Japão. Suas reservas internacionais de moedas estrangeiras atingiram 2,4 trilhões de dólares, os maiores do mundo. A China possui cerca de 1,6 trilhão de dólares de títulos financeiros dos Estados Unidos.
A China detém 801,5 bilhões de dólares em títulos do Tesouro americano,
tornando-se o maior credor estrangeiro da dívida pública americana.
O investimento da China no mercado internacional está crescendo
rapidamente. Em 2008 era o sexto maior investidor no mercado
internacional.
O sucesso comercial da China tem sido devido principalmente ao seu
baixo custo de produção. São atribuídos uma combinação de fatores como
mão-de-obra de baixo custo, boa infraestrutura, bom nível de tecnologia,
alta produtividade, em alguns casos, o não pagamento de licenças
comerciais, a política governamental favorável e uma moeda muito
desvalorizada.
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Plantação de arroz em Longsheng, Guangxi. |
O Estado ainda predomina nas áreas-chaves da indústria como a energia
e as indústrias pesadas, a iniciativa privada (30 milhões de empresas
privadas) responde entre 33% a 70% do PIB em 2005, enquanto que a estimativa da OCDE é superior a 50% da produção nacional da China, muito superior a 1% de 1978.
A China ocupa posição 29 no ranking no Índice de Competitividade Global. Quarenta e seis empresas chinesas entraram na lista da
Fortune Global 500 em 2010.
Utilizando o cálculo de capitalização de mercado, quatro das dez
empresas mais valiosas do mundo são chinesas. Algumas delas incluem a
primeira no ranking mundial PetroChina Company (empresa de petróleo mais valiosa do mundo), terceiro no ranking Banco Industrial e Comercial da China (banco mais valioso do mundo), quinto no ranking China Mobile (empresa de telecomunicações mais valiosa do mundo) e sétima no ranking China Construction Bank.
Apesar do progresso significativo dos últimos anos, existem grandes
obstáculos para o crescimento chinês a longo prazo. A significativa
piora da distribuição de renda é apenas um dos fatores negativos para o desenvolvimento social, com um coeficiente de Gini em 41,1 e cada vez maior. Outro grande problema é o direito previdenciário
que, com a política do filho único e aumento da expectativa de vida,
apresenta desequilíbrios no fluxo de caixa, sendo cada vez menor a
relação entre trabalhadores contribuintes por aposentado. Cerca de 21%
da população tem 14 anos ou menos de idade e 8% tem mais de 65 anos.
Outro aspecto é a diferença de desenvolvimento econômico
entre as áreas costeiras (urbanas), nordeste e leste da China e o seu
interior, principalmente no sul e oeste, ainda predominantemente agrário
e de baixa renda, exacerbada com a liberação do mercado, pois os
investidores preferem investir em áreas com melhor infraestrutura e
trabalhadores mais qualificados.
Infraestrutura
Educação
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Auditório da Universidade de Tsinghua, em Pequim, uma universidade muito bem avaliada na China continental. |
Em 1986, o país estabeleceu a meta de longo prazo de fornecer educação básica obrigatória de nove anos para cada criança. Em 2007, havia 396.567 escolas primárias, 94.116 escolas secundárias e 2.236 instituições de ensino superior na República Popular da China.
Em fevereiro de 2006, o governo avançou sua meta de educação básica se
comprometendo a fornecer educação de nove anos completamente de graça,
incluindo livros didáticos e taxas. Portanto, o sistema de ensino atual na China, introduziu a educação obrigatória e gratuita para todos os cidadãos chineses, com ensino fundamental com duração de 9 anos (6-15) e quase todas as crianças nas áreas urbanas continuam seus três anos do ensino médio.
Muitos pais estão profundamente comprometidos com a educação de seus
filhos, muitas vezes, investindo grande parte da renda da família na
educação. Aulas particulares e atividades recreativas, como em línguas
estrangeiras ou música, são populares entre as famílias de classe média que podem pagar por esses serviços.
Em 2007, 93,3% da população acima de 15 anos de idade era alfabetizada. A taxa de alfabetização da juventude chinesa (idade 15-24) foi de 98,9% (99,2% para o sexo masculino e 98,5% feminino), em 2000. Em março de 2007, a China anunciou a decisão de tornar a educação uma "prioridade estratégica nacional", o orçamento central das bolsas nacionais será triplicado em dois anos e 223,5 bilhões de yuans
(28,65 bilhões de dólares) de um financiamento adicional será atribuído
pelo governo central nos próximos cinco anos, para melhorar o ensino
obrigatório nas zonas rurais.
A qualidade das faculdades e universidades varia consideravelmente em
todo o país. As cinco melhores universidades classificadas na China continental são a Universidade de Tsinghua, a Universidade de Pequim, a Universidade de Nanquim, a Universidade Fudan e a Universidade de Ciência e Tecnologia da China.
Saúde
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Hospital Internacional Cardiovascular TEDA, em Tianjin. |
O Ministério da Saúde, juntamente com os gabinetes provinciais de
saúde, supervisiona as necessidades médicas da população chinesa. A ênfase na saúde pública e na medicina preventiva
tem caracterizado a política de saúde do país desde 1950. Naquela
época, o Partido Comunista começou a Campanha de Saúde Patriótica, que
visava a melhoria do saneamento básico e da higiene, além do tratamento e prevenção de diversas patologias. Doenças como cólera, febre tifoide e escarlatina, que anteriormente eram frequentes por toda a China, quase foram erradicadas pela campanha. Depois que Deng Xiaoping começou a implantação de reformas econômicas em 1978, a saúde pública melhorou rapidamente devido a melhor nutrição da população, apesar de muitos dos serviços gratuitos de saúde prestados no campo terem desaparecido junto com as comunas populares. O sistema de saúde chinês tornou-se na maior parte privatizado e experimentou um aumento significativo na qualidade. A expectativa de vida nacional ao nascer subiu de cerca de 35 anos em 1949 para 73,18 anos em 2008
e a mortalidade infantil caiu de 300 por mil em 1950 para cerca de 23 por mil em 2006.
A desnutrição atingia 12% da população em 2002, de acordo com fontes da FAO, das Nações Unidas.
Em 2009, o governo começou uma iniciativa de grande escala para prestar
cuidados médico no valor de 124 bilhões de dólares e que se espera
possa vir a atingir 90% da população da China.
Em 2012, a expectativa de vida média ao nascer da China era de 74,8 anos e sua taxa de mortalidade infantil era de 15,6 por mil nascimentos.
Apesar dos significativos avanços na saúde e na construção de avançadas
instalações médicas, o país tem vários problemas emergentes de saúde
pública, como doenças respiratórias causadas pela poluição do ar generalizada e centenas de milhões de habitantes que são fumantes de cigarros, uma possível epidemia de HIV/AIDS no futuro e o aumento da obesidade entre os jovens urbanos.
A grande população do país e suas cidades densamente povoadas levaram a surtos de doenças graves nos últimos anos, como o de SARS em 2003, embora este tenha sido contido com sucesso.
Estima-se que cerca de
760 000 pessoas morrem anualmente na China por causa da poluição ambiental (além do tabagismo), principalmente a partir da poluição do ar e da água (incluindo a poluição do ar interior). Em 2007, a China ultrapassou os Estados Unidos como o maior emissor mundial de dióxido de carbono. Cerca de 90% das cidades chinesas sofrem com algum grau de poluição da água e quase 500 milhões de pessoas não tinham acesso à água potável em 2005. Relatórios do Banco Mundial e do New York Times indicaram a poluição industrial, particularmente do ar, como um perigo significativo à saúde da população do país.
Telecomunicações
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Nova sede da Televisão Central da China, em Pequim. |
A China tem atualmente a maioria dos usuários de celulares no mundo, com mais de 800 milhões de usuários em julho de 2010. O país também tem o maior número de usuários de internet e banda larga no mundo.
A China Telecom e a China Unicom, dois grandes prestadores de serviços de banda larga,
são responsáveis por 20% dos assinantes de banda larga global, enquanto
os dez maiores fornecedores de serviços de banda larga do mundo,
respondem juntos por 39% dos clientes de banda larga do planeta. A China
Telecom tem mais de 55 milhões de assinantes de banda larga e a China
Unicom, tem mais de 40 milhões, enquanto o terceiro maior fornecedor, a NTT,
possui menos de 18 milhões de assinantes. O espaço entre os dois
grandes prestadores de banda larga chineses e os prestadores do resto do
mundo, continuará a crescer rapidamente, visto que os outros dez
maiores provedores de banda larga operam em mercados desenvolvidos, com
elevados níveis de penetração da banda larga e com rápida desaceleração
do crescimento de assinantes.
Transportes
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Mapa do Sistema Nacional de Autoestradas da China:
Em operação
Em construção/planejado. |
O transporte na parte continental da República Popular da China
melhorou significativamente desde a década de 1990 como parte de um
esforço do governo para vincular toda a nação através de uma série de
vias expressas. O comprimento total da rede de autoestradas era de
65 000 km no final de 2009, a segunda maior rede do mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos. A posse de um automóvel privado está aumentando a uma taxa anual superior a 30%. A venda de automóveis começou a aumentar rapidamente após a crise financeira em 2009. Cerca de 18,06 milhões de veículos foram vendidos na China em 2010, uma expansão de 33% em relação a 2009 com 13,8 milhões. Os analistas preveem que as vendas anuais de veículos no país possa subir para 40 milhões em 2020.
Um efeito colateral do rápido crescimento da rede de estradas chinesa é
que tem havido um aumento significativo nos acidentes de trânsito,
causados pela má aplicação de leis de tráfego; apenas em 2011, cerca
de 62 mil chineses morreram em acidentes rodoviários.
A China também possui a maior rede ferroviária de alta velocidade do mundo, com mais de
9 676 km de linhas em serviço. Destes,
3 515 km servem trens com velocidade máxima de 300 km/h. Em 2011, a China produziu seus primeiros trens de alta velocidade construídos inteiramente sem assistência estrangeira. O país pretende operar cerca de
16 000 km de linhas ferroviárias de alta velocidade até 2020.
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Transrapid de Xangai. A China tem o maior sistema ferroviário de alta velocidade em todo o mundo, com mais de 6.500 km de linhas em serviço. |
Em 2012, a China foi o maior construtor mundial de novos aeroportos e o governo chinês começou um projeto de cinco anos e de 250 bilhões de dólares para expandir e modernizar o transporte aéreo doméstico.
No entanto, o transporte de longa distância continua a ser dominado por
ferrovias e sistemas de ônibus fretados. As ferrovias são o suporte
vital do país, são monopolizadas pelo Estado e divididas em vários
gabinetes ferroviários em diferentes regiões. Devido à grande demanda, o
sistema está regularmente sujeito a superlotação, especialmente durante
os períodos de férias, como durante o Ano Novo Chinês. A rede ferroviária chinesa transportou cerca de 1,68 bilhões de passageiros apenas em 2010. Em áreas urbanas, as bicicletas
continuam a ser um modo muito comum de transportes, apesar do aumento
da prevalência de automóveis - em 2012 existiam cerca de 470 milhões de
bicicletas na China.
Os sistemas de metrô também estão em rápido desenvolvimento nas grandes cidades chinesas, sob a forma de redes de sistemas de trens subterrâneos ou VLTs. Hong Kong tem um dos mais desenvolvidos sistemas de transporte público do mundo, enquanto que Xangai tem uma linha ferroviária maglev de alta velocidade que liga a cidade ao seu principal aeroporto internacional, o Aeroporto Internacional de Pudong. A China está ainda a desenvolver o seu próprio sistema de navegação por satélite, chamado Beidou, que começou a oferecer serviços de navegação comerciais em toda a Ásia em 2012 e está planejado para oferecer uma cobertura global até 2020.
Energia
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Hidrelétrica de Três Gargantas, a maior barragem do mundo. |
A economia da China é altamente deficiente no que diz respeito ao
aproveitamento. O país gasta de 20% a 100% de energia adicional em
comparação com países da OCDE para os mesmos processos industriais. A China é o maior consumidor de energia do mundo, mas depende do carvão para fornecer 70% das suas necessidades energéticas.
Tudo isso aliado a uma regulamentação ambiental deficiente, tem como
consequência a grave e maciça poluição do ar e da água (a China tem 20
das 30 cidades mais poluídas do mundo). Por conseguinte, o governo
prometeu aumentar a utilização de energias renováveis, estabelecendo a meta de atingir 10% do consumo total de energia até 2010 e 30% em 2050.
Ciência e tecnologia
Histórico
A China foi um dos líderes mundiais em ciência e tecnologia até a Dinastia Ming. Antigas descobertas e invenções chinesas, como a fabricação do papel, a impressão, a bússola e a pólvora (as Quatro Grandes Invenções), contribuíram para o desenvolvimento econômico de toda a Ásia e Europa.
No entanto, a atividade científica chinesa entrou em um declínio
prolongado no século XIV. Ao contrário dos cientistas europeus da Revolução Científica,
os pensadores chineses medievais não tentaram reduzir as observações da
natureza às leis matemáticas e não formaram uma comunidade acadêmica
que oferecia a revisão por pares
e a pesquisa progressiva. Houve um aumento da concentração sobre a
literatura, as artes, a administração pública, enquanto a ciência e a
tecnologia eram vistas como triviais ou restritas a um número limitado
de aplicações práticas. As causas desta Grande Divergência continuam a ser discutidas.
Depois de repetidas derrotas militares para as nações ocidentais
no século XIX, os reformadores chineses começaram a promoção da ciência
e da tecnologia modernas, como parte do movimento de
auto-fortalecimento. Após a vitória comunista na Guerra Civil Chinesa em 1949, foram feitos esforços para organizar a ciência e a tecnologia baseando-se no modelo da União Soviética. No entanto, a Revolução Cultural (1966-1976) de Mao Tsé-Tung
teve um efeito catastrófico na pesquisa chinesa, já que acadêmicos
foram perseguidos e a formação de cientistas e engenheiros foi
severamente restringida por quase uma década. Após a morte de Mao em
1976, a ciência e a tecnologia se estabeleceram como uma das Quatro Modernizações e o sistema acadêmico de inspiração soviética foi gradualmente reformado.
Era moderna
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O lançamento da nave espacial da missão tripulada chinesa Shenzhou 7, a bordo do foguete Longa Marcha 2F, em 25 de setembro de 2008. |
Desde o fim da Revolução Cultural, o país se tornou um dos líderes mundiais em poderes tecnológicos, gastando cerca mais de 100 bilhões de dólares em pesquisa e desenvolvimento apenas em 2011.
A ciência e a tecnologia são vistas como vitais para a realização da
coesão econômica e dos objetivos políticos do país, além de serem
consideradas uma fonte de orgulho nacional a um grau às vezes descrito
como "tecno-nacionalista". Quase todos os membros do Comitê Permanente do Politburo do PCC têm cursos de engenharia.
A China está rapidamente desenvolvendo seu sistema de ensino, com ênfase na ciência, matemática e engenharia. Em 2009, o país produziu mais de 10 mil Ph.D.s graduados em engenharia e cerca de 500 mil BScs graduados, mais do que qualquer outro país.
O país é também o segundo que mais publica trabalhos científicos no
mundo, produzindo 121.500 só em 2010, incluindo 5.200 nos principais periódicos científicos internacionais. Empresas de tecnologia chinesas, como a Huawei e a Lenovo, se tornaram líderes mundiais em telecomunicações e computação pessoal,
e os supercomputadores chineses são consistentemente classificados entre os mais poderosos do mundo. A China é ainda o maior investidor mundial em tecnologia de energias renováveis.
O programa espacial chinês é um dos mais ativos no mundo e é um grande orgulho nacional.
Em 1970, a China lançou seu primeiro satélite, o Dong Fang Hong I. Em
2003, o país se tornou o terceiro a independentemente enviar seres
humanos ao espaço, com o taikonauta Yang Liwei a bordo da Shenzhou 5. Em setembro de 2012, oito cidadãos chineses viajaram para o espaço. Em 2008, a China realizou sua primeira caminhada espacial durante a missão Shenzhou 7.
Em 2011, o primeiro módulo da estação espacial chinesa, Tiangong-1, foi
lançado, marcando o primeiro passo de um projeto para montar uma grande
estação tripulada em 2020. O Programa de Exploração Lunar Chinês inclui uma missão de exploração em 2013 e, possivelmente, um pouso lunar tripulado em 2025. A experiência adquirida com o programa lunar poderá ser utilizada para futuros programas, tais como a exploração de Marte e de Vênus.
No entanto, alguns analistas estrangeiros têm acusado a China de
secretamente usar suas missões espaciais civis para fins militares, como
o lançamento de satélites de vigilância.
Cultura
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Estátua de Confúcio em Xangai. |
Desde os tempos antigos, a cultura chinesa foi fortemente influenciada pelo confucionismo
e por filosofias conservadoras. Durante grande parte da era dinástica
do país, oportunidades de progresso social podiam ser alcançadas através
de um alto desempenho nos prestigiosos exames imperiais,
que foram instituídos em 605 d.C. para ajudar o Imperador a selecionar
os burocratas mais hábeis. A ênfase literária dos exames afetou a
percepção geral de refinamento cultural da nação, como a crença de que a
caligrafia e a pintura literata eram formas superiores de arte
do que a dança ou o teatro. A cultura chinesa há muito enfatiza um
profundo senso histórico e uma forte perspectiva nacional introspectiva.
Várias linhas de pensamento mais autoritárias e racionais também foram influentes, sendo o legalismo um exemplo proeminente. Durante muitas ocasiões houve conflito entre essas filosofias - por exemplo, a individualista e neo-confucionista dinastia Song acreditava que o legalismo afastava-se do espírito original do confucionismo. Os exames e a cultura do mérito ainda permanecem muito valorizados na China atual. Nos últimos anos, vários neo-confucionistas alegaram que os modernos ideais democráticos e os direitos humanos são compatíveis com os valores confucionistas tradicionais.
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Um espetáculo de ópera chinesa (ópera de Pequim) em Pequim. |
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Muro dos Nove Dragões, na Cidade Proibida. O dragão chinês era um símbolo reservado ao Imperador da China ou às famílias de alto nível imperial durante a dinastia Qing. |
Os primeiros líderes da República Popular da China (RPC) nasceram na ordem imperial tradicional, mas foram influenciados pelo Movimento de Quatro de Maio
e pelos ideais reformistas. Eles tentaram mudar alguns aspectos
tradicionais da cultura chinesa, como a posse da terra rural, o sexismo e o sistema educacional confucionista, preservando outros, como a estrutura familiar e a cultura de obediência ao Estado.
Alguns analistas veem o período após o estabelecimento da RPC, em
1949, como uma continuação da história dinástica tradicional chinesa,
enquanto outros afirmam que o governo do Partido Comunista danificou os
fundamentos da cultura chinesa, especialmente através de movimentos
políticos, como a Revolução Cultural
dos anos 1960, onde muitos aspectos da cultura tradicional foram
destruídos, tendo sido denunciados como "regressivos e prejudiciais" ou
"vestígios do feudalismo". Muitas características importantes da moral e da cultura tradicional do país, como o confucionismo, a arte, a literatura e as artes cênicas, como a Ópera de Pequim, foram alterados conforme as políticas do governo e a propaganda da época.
Atualmente, o governo chinês aceita vários elementos da cultura
tradicional chinesa como sendo parte integrante da sociedade do país.
Com a ascensão do nacionalismo chinês e o fim da Revolução Cultural, as várias formas de arte tradicional, literatura, música, cinema, moda e arquitetura chinesa têm experimentado um forte renascimento.
O folclore e a arte em geral também têm despertado o interesse nacional e internacional.
Antes do início do comércio marítimo sino-europeu, no século XVI, a China medieval e a Europa Ocidental estavam ligadas pela Rota da Seda, que era uma rota-chave de intercâmbio cultural e econômico. Artefatos da história dessa rota, além da história natural do deserto de Gobi, são exibidos no Museu da Rota da Seda em Jiuquan.
A culinária chinesa
é altamente diversificada, com base em vários milênios de história. Os
imperadores das antigas dinastias chinesas eram conhecidos por promover
banquetes com mais de cem pratos servidos em uma mesma ocasião,
empregando funcionários da cozinha imperial e inúmeras concubinas para
preparar a comida. Tais pratos reais gradualmente se tornaram parte de
uma ampla cultura chinesa. O alimento básico é o arroz, mas o país também é conhecido pelos seus pratos com carne. Especiarias são endêmicas da culinária do país.
Esportes
A China tem uma das culturas esportivas mais antigas do mundo. Há evidências de que um tipo de futebol era jogado no país por volta do ano 1000. Hoje, alguns dos esportes mais populares no país incluem as artes marciais, o basquete, o futebol, o tênis de mesa, o badminton, a natação e a sinuca. Jogos de tabuleiro, como o go (conhecido como
weiqi na China), xiangqi e, mais recentemente, o xadrez também são jogados em nível profissional.
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Corrida de Barco Dragão, um esporte popular no país. |
A aptidão física
é amplamente enfatizada na cultura chinesa. Exercícios matinais são uma
atividade comum, sendo que os cidadãos idosos são incentivados a
praticar qigong e tai chi chuan. Os jovens chineses também têm interesse em basquete, especialmente nos centros urbanos. A National Basketball Association (NBA), dos Estados Unidos, tem um enorme número de seguidores entre a juventude do país, com alguns jogadores de origem chinesa, como Yao Ming. Academias de ginástica
estão ganhando popularidade rapidamente no país, com mais de três mil
estabelecimentos que atendiam cerca de 3 milhões de clientes ativos nas
principais cidades chinesas em 2010. Além disso, a China é o lar de vários ciclistas, com uma estimativa de 470 milhões de bicicletas em 2012.
Muitos esportes mais tradicionais também são praticados na China. Corridas de Barco Dragão ocorrem durante o Festival do Barco Dragão todos os anos e desde então ganharam popularidade no exterior. Na Mongólia Interior, esportes como a luta mongol e o turfe são populares. No Tibete, tiro com arco e hipismo são parte de festivais tradicionais da cultura local.
A China participa dos Jogos Olímpicos desde 1932, apesar de ter apenas participado como República Popular da China a partir de 1952. O país sediou os Jogos Olímpicos de Verão de 2008 em Pequim, onde seus atletas receberam 51 medalhas de ouro – o maior número de medalhas de ouro de todas as nações participantes naquele ano. O país também ganhou o maior número de medalhas do que qualquer outra nação durante os Jogos Paralímpicos de Verão de 2012, com 231, sendo 95 de ouro.
A China irá sediar os Jogos da Ásia Oriental de 2013, em Tianjin, e os Jogos Olímpicos de Verão da Juventude de 2014, em Nanquim.
Feriados
Data |
Nome português |
Nome chinês |
Duração (2008-) |
Duração (2000–2007) |
1 de janeiro |
Ano Novo |
元旦 |
3 dias |
1 dia |
1º dia do 1º mês lunar |
Ano Novo Chinês |
春节 |
7 dias |
3 dias |
5º período solar (4 ou 5 de abril) |
Festival Qingming |
清明节 |
3 dias |
Sem dados |
1 de maio |
Dia do Trabalhador |
劳动节 |
3 dias |
3 dias |
5º dia do 5º mês lunar |
Festival do Barco Dragão |
端午节 |
3 dias |
Sem dados |
15º dia do 8º mês lunar |
Festival da Lua |
中秋节 |
3 dias |
Sem dados |
1 de outubro |
Dia Nacional |
国庆节 |
3 dias |
3 dias |
A CHINA E A LUSOFONIA
A China tem sido ao longo dos séculos, a grande defensora da lusofonia, recusando até mesmo, quando o senhor Mário Soares, após o 25 de abril, obrigou-a, este é termo correto, a assumir o comando do território de Macau.
A China respondeu, que, não assumiria, pois considerava Portugal, não como um país colonizador, mas como um país amigo!
Mediante a insistência do sr. Mário Soares, acabou aceitando, mas desde que Portugal desse um prazo de 25 anos, o que acabou por acontecer.
Não se sabe bem ao certo o por que desta amizade tão antiga, apenas supõe-se ser derivada, do fato dos portugueses terem ajudado os chineses na sua luta contra a expulsão da pirataria de seus mares.....
Há também quem afirme, que, mais recentemente, seria o interesse do regime comunista em manter Macau como um porto exportador de seus produtos para o resto do mundo sem com isso macular a moral do comunismo.
A grande verdade é que nem mesmo durante os movimentos de libertação das ex-colônias portuguesas em África, essa amizade diminuiu.
A China, mesmo após a entrega de Macau, continuou estimulando o ensino do português em seu imenso território, e agora tornou-se o maior incentivador da Lusofonia entre os países da PALOP(países de língua oficial portuguesa), a ponto de ter realizado em seu território os primeiros jogos oficiais da Lusofonia, que por sinal andaram perto da beleza e organização da última olímpiada de Pequim.
CERIMÔNIA DA DEVOLUÇÃO DE MACAU À CHINA EM 10 DE JUNHO DE 1999
O FUTEBOL NA CHINA
Introdução
O futebol é um dos esportes mais populares no mundo. Praticado em centenas de países, este esporte desperta tanto interesse em função de sua forma de disputa atraente.
Origem do futebol
Embora não se tenha muita certeza sobre os primórdios do futebol, historiadores descobriram vestígios dos jogos de bola em várias culturas antigas. Estes jogos de bola ainda não eram o futebol, pois não havia a definição de regras como há hoje, porém demonstram o interesse do homem por este tipo de esporte desde os tempos antigos.
O futebol tornou-se tão popular graças a seu jeito simples de jogar. Basta uma bola, equipes de jogadores e as traves, para que, em qualquer espaço, crianças e adultos possam se divertir com o futebol. Na rua, na escola, no clube, no campinho do bairro ou até mesmo no quintal de casa, desde cedo jovens de vários cantos do mundo começam a praticar o futebol.
pai do futebol no Brasil Charles Miller : pai do futebol no Brasil
História do Futebol : origens
Origens do futebol na China Antiga
Na China Antiga, por volta de 3000 a.C, os militares chineses praticavam um jogo que na verdade era um treino militar. Após as guerras, formavam equipes para chutar a cabeça dos soldados inimigos. Com o tempo, as cabeças dos inimigos foram sendo substituídas por bolas de couro revestidas com cabelo. Formavam-se duas equipes com oito jogadores e o objetivo era passar a bola de pé em pé sem deixar cair no chão, levando-a para dentro de duas estacas fincadas no campo. Estas estacas eram ligadas por um fio de cera.
Origens do futebol no Japão Antigo
No Japão Antigo, foi criado um esporte muito parecido com o futebol atual, porém se chamava Kemari. Praticado por integrantes da corte do imperador japonês, o kemari acontecia num campo de aproximadamente 200 metros quadrados. A bola era feita de fibras de bambu e entre as regras, o contato físico era proibido entre os 16 jogadores (8 para cada equipe). Historiadores do futebol encontraram relatos que confirmam o acontecimento de jogos entre equipes chinesas e japonesas na antiguidade.
Origens do futebol na Grécia e Roma
Os gregos criaram um jogo por volta do século I a.C que se chamava Episkiros. Neste jogo, soldados gregos dividiam-se em duas equipes de nove jogadores cada e jogavam num terreno de formato retangular. Na cidade grega de Esparta, os jogadores, também militares, usavam uma bola feita de bexiga de boi cheia de areia ou terra. O campo onde se realizavam as partidas, em Esparta, eram bem grandes, pois as equipes eram formadas por quinze jogadores.Quando os romanos dominaram a Grécia, entraram em contato com a cultura grega e acabaram assimilando o Episkiros, porém o jogo tomou uma conotação muito mais violenta.
O futebol na Idade Média
Há relatos de um esporte muito parecido com o futebol, embora usava-se muito a violência. O Soule ou Harpastum era praticado na Idade Média por militares que dividiam-se em duas equipes : atacantes e defensores. Era permitido usar socos, pontapés, rasteiras e outros golpes violentos. Há relatos que mostram a morte de alguns jogadores durante a partida. Cada equipe era formada por 27 jogadores, onde grupos tinham funções diferentes no time: corredores, dianteiros, sacadores e guarda-redes.
Na Itália Medieval apareceu um jogo denominado gioco del calcio. Era praticado em praças e os 27 jogadores de cada equipe deveriam levar a bola até os dois postes que ficavam nos dois cantos extremos da praça. A violência era muito comum, pois os participantes levavam para campo seus problemas causados, principalmente por questões sociais típicas da época medieval.
O barulho, a desorganização e a violência eram tão grandes que o rei Eduardo II teve que decretar uma lei proibindo a prática do jogo, condenando a prisão os praticantes. Porém, o jogo não terminou, pois integrantes da nobreza criaram um nova versão dele com regras que não permitiam a violência. Nesta nova versão, cerca de doze juízes deveriam fazer cumprir as regras do jogo.
O futebol chega à Inglaterra
Pesquisadores concluíram que o gioco de calcio saiu da Itália e chegou a Inglaterra por volta do século XVII. Na Inglaterra, o jogo ganhou regras diferentes e foi organizado e sistematizado. O campo deveria medir 120 por 180 metros e nas duas pontas seriam instalados dois arcos retangulares chamados de gol. A bola era de couro e enchida com ar. Com regras claras e objetivas, o futebol começou a ser praticado por estudantes e filhos da nobreza inglesa. Aos poucos foi se popularizando. No ano de 1848, numa conferência em Cambridge, estabeleceu-se um único código de regras para o futebol. No ano de 1871 foi criada a figura do guarda-redes (goleiro) que seria o único que poderia colocar as mãos na bola e deveria ficar próximo ao gol para evitar a entrada da bola. Em 1875, foi estabelecida a regra do tempo de 90 minutos e em 1891 foi estabelecido o pênalti, para punir a falta dentro da área. Somente em 1907 foi estabelecida a regra do impedimento.
O profissionalismo no futebol foi iniciado somente em 1885 e no ano seguinte seria criada, na Inglaterra, a International Board, entidade cujo objetivo principal era estabelecer e mudar as regras do futebol quando necessário.
No ano de 1897, uma equipe de futebol inglesa chamada Corinthians fez uma excursão fora da Europa, contribuindo para difundir o futebol em diversas partes do mundo.
Em 1888, foi fundada a Football League com o objetivo de organizar torneios e campeonatos internacionais.
No ano de 1904, foi criada a FIFA ( Federação Internacional de Futebol Association ) que organiza até hoje o futebol em todo mundo. É a FIFA que organiza os grandes campeonatos de seleções ( Copa do Mundo ) de quatro em quatro anos. Em 2006, aconteceu a Copa do Mundo da Alemanha, que teve a Itália como campeã e a França como vice.A FIFA também organiza campeonatos de clubes como, por exemplo, a Copa Libertadores da América, Copa da UEFA, Liga dos Campeões da Europa, Copa Sul-Americana, entre outros.
bola de futebol Bola de futebol : final do século XIX
História do Futebol no Brasil
Nascido no bairro paulistano do Brás, Charles Miller viajou para Inglaterra aos nove anos de idade para estudar. Lá tomou contato com o futebol e, ao retornar ao Brasil em 1894, trouxe na bagagem a primeira bola de futebol e um conjunto de regras. Podemos considerar Charles Miller como sendo o precursor do futebol no Brasil.
O primeiro jogo de futebol no Brasil foi realizados em 15 de abril de 1895 entre funcionários de empresas inglesas que atuavam em São Paulo. Os funcionários também eram de origem inglesa. Este jogo foi entre FUNCIONÁRIOS DA COMPANHIA DE GÁS X CIA. FERROVIARIA SÃO PAULO RAILWAY.
O primeiro time a se formar no Brasil foi o SÃO PAULO ATHLETIC, fundado em 13 de maio de 1888.
No início, o futebol era praticado apenas por pessoas da elite, sendo vedada a participação de negros em times de futebol
, cabendo ao Clube de regatas Vasco da Gama, em 1923, acabar com esse preconceito, colocando em seu plantel quatro jogadores negros, tendo por isso que amargar durante 10 anos um rebaixamento para a 2ª divisão carioca, imposta pelos clubes Flamengo, Fluminense, Botafogo, América, Andaraí e outros.
Em 1950, a Copa do Mundo foi realizada no Brasil, sendo que a seleção brasileira perdeu o título, em pleno Maracanã, para a seleção Uruguaia (Uruguai 2 x Brasil 1). Em 2014, a Copa do Mundo de Futebol será realizada novamente no Brasil.
Você sabia?
- Comemora-se em 19 de julho o Dia do Futebol.
CAMPEONATO CHINÊS
Super Liga Chinesa
Origem:
Wikipédia, a enciclopédia livre.
A CSL (Chinese Super League) é o campeonato chinês de futebol disputado anualmente
e criada em 2004, contando atualmente com 16 times.
Equipas,
Nome chinês, Estádio, Capacidade, 1º temporada
Beijing Guoan 北京国安 Workers Stadium 64,000 - 2004
Changchun Yatai 长春亚泰 Changchun City Stadium 38,500 - 2006
Hangzhou Greentown 杭州绿城足球俱乐部 Hangzhou Huanglong Stadium 51,000 - 2006
Changsha Ginde 长沙金德 Helong Stadium 55,000 - 2004
Chengdu Blades 成都谢菲联 Shuangliu Stadium 30,000 - 2008
Chongqing Lifan 重庆力帆 Yanghe Stadium 32,000 - 2004
Dalian Shide 大连实德 Jinzhou Stadium 30,776 -2004
Guangzhou GPC 广州医药 Yuexiushan Stadium 30,000 - 2008
Dalian Aerbin 大连阿尔滨 Jinzhou Stadium 30,775 - 2012
Henan Construction 河南建业 Hanghai Stadium 30,000 - 2007
Jiangsu Sainty 江苏舜天 Nanjing Olympic Sports Center 61,443 - 2009
Qingdao Jonoon 青岛中能 Yizhong Sports Center 60,000 - 2004
Shaanxi Chanba 陕西浐灞 Shaanxi Coca-Cola Stadium 47,565 - 2004
Shandong Luneng 山东鲁能 Shandong Sports Center 43,700 - 2004
Shanghai Shenhua 上海申花 Hongkou Stadium 33,060 - 2004
Shenzhen 深圳 Shenzhen Stadium 32,500 2004
Tianjin Teda 天津泰达 TEDA Football Stadium 36,390 - 2004
Zhejiang Greentown 浙江绿城 Hangzhou Huanglong Stadium 52,672 - 2007
Campeões
Temporada Campeão Vice-campeão 3º Lugar
2004 Shenzhen F.C. Shandong Luneng Inter Shanghai
2005 Dalian Shide Shanghaï Shenhua Shandong Luneng
2006 Shandong Luneng Shanghaï Shenhua Beijing Guoan
2007 Changchun Yatai Beijing Guoan Shandong Luneng
2008 Shandong Luneng Shanghaï Shenhua Beijing Guoan
2009 Beijing Guoan Changchun Yatai Henan Construction
2010 Shandong Luneng Tianjin Teda Shanghaï Shenhua
2011 Guangzhou Evergrande Beijing Guoan Liaoning Whowin
2012 Guangzhou Evergrande Jiangsu Sainty Beijing Guoan
Chuteira de Ouro
Este prêmio é concedido ao artilheiro do campeonato do ano.
Temporada, Artilheiro, Clube. Artilheiro de 2004 foi Gana Kwame Ayew do Inter Shanghai com 17 gols. Em 2005 foi Sérvia Branko Jelić Beijing Guoan com 21.
Em 2006 República Popular da China, foi Li Jinyu Shandong Luneng com 26. Em 2007 República Popular da China, foi Li Jinyu Shandong Luneng com 15. Em
2008, foi o brasileiro Éber Luís Tianjin Teda com 14. Em 2009 o argentino Hernán Barcos
Honduras Luis Ramírez Shenzhen Asia Travel
Guangzhou GPC com 17. Em 2010 foi o colombiano Duvier Riascos do Shanghai Shenhua com 20. Em 2011 foi o brasileiro Muriqui Guangzhou Evergrande com 16, Em
2012 o romeno Cristian Dănălache Jiangsu Sainty com 23.
Há também um prêmio que é concedido ao maior artilheiro da temporada chinesa, que foi introduzido pela primeira vez em 2011.
Season Top scorer Club Goals
2011 República Popular da China Yu Hanchao Liaoning Whowin com 12.
Obs. Este Blog não está preocupado com preferências políticas, isto é polimizar qual dos sistemas é melhor para o povo, comunismo ou capitalismo. Até, porque, até hoje, ainda não surgiu o sistema político ideal para atender às necessidades básicas dos povos! Os anos e os séculos passam e a riqueza produzida está sempre nas mãos de uns poucos...
O que este Blog quer mostrar, é que se os homens pensassem um pouco mais, principalmente a minoria que detém os destinos do nosso planeta, iria perceber que na atualidade, com esta enxurrada de informação e desinformação, o feitiço pode virar contra o feiticeiro! O povo pode acordar!
São milhares de rádios, de televisões, de revistas e jornais, ongs, seitas, igrejas, manifestações populares e outras técnicas de alienação, massificação e domesticação, que funcionam como estratégia para manter o povo disperso, conformado e feliz com as esmolas recebidas da classe dominante, repassadas pelas sobras da classe média.
Não vamos aqui culpar somente a classe dominante deste ou daquele país, pois, infelizmente em todos os países ela se faz presente e aplicando as mesmas estratégias de seus patrões, infelizmente, dos Estados Unidos e Grã-Bretanha. Países que, há mais ou menos duzentos anos, com o advento da "Revolução Industrial," dominam a Economia do Mundo. Mas, porque é que, os outros países também não fizeram a sua "Revoução Industrial"? Esta resposta poderá ser encontrada na página deste Blog, "Política e Economia". No momento quero apenas tranquilizar aqueles que estão preocupados com o acelerado crescimento da China, dizendo-lhes, que fiquem calmos, pois os Estados Unidos e o mundo ocidental, ainda estão em tempo de reagir. Basta que acabem com essa política intervencionista, que junto com os seus irmãos britânicos, vêm praticando no mundo...
A China está crescendo, porque teve um herói, que, acompanhado de mais de um milhão de patriotas atravessou a China e pôs em fuga todos aqueles vendilhões que apoiados pela Inglaterra e o demais capital estrangeiro, a impediam de crescer. E a primeira medida tomada que tomou, foi queimar em praça pública toda aquela enxurrada de desinformação lixo-cultural, acima citada, que fazia do povo chinês um povo do ópio e da preguiça... Foi o maior incêndio da história daquele país e aconteceu na praça celestial em Pequim! Mas o pior estaria por vir em 1987, quando resolveu fazer a maior revolução cultural, que já se teve notícia em todo o mundo e os Estados Unidos tentaram de todas as formas impedir! Esse herói chama-se
Mao Tsé Tung.
O resultado de tudo isso aí está, qual seja, a transformação da China na 2ª maior economia do mundo. Isto sem invadir o país de ninguém para tomar suas riquezas naturais, mas, pelo contrário, ajudando os países em desenvolvimento, tais como Nicarágua, Venezuela, Coreia do Norte, Irã, Equador, Bolívia, etc., etc.
Com um exército ultra equipado de aproximadamente 2,3 milhões de homens, mais de um bilhão de bocas para alimentar e em pleno-emprego, a China não será uma ameaça para o Ocidente e muito menos para os Estados Unidos, desde que estes substituam sua doutrina macro-econômica toda ela inspirada por Adam Shemitt, François Quesnay, John Maynard Keynes e outros, por uma economia mais humana e destribuitiva. Que bom também seria para a humanidade e para o próprio povo americano se recolhessem também seus mais de 250 mil homens, seus milhares de tanques de guerra, suas centenas de aviões bombardeios, seus submarinos atômicos e tantas outras armas mortíferas, que espalham a poluição a dor e o sofrimento a tantos inocentes por esse mundo afóra... A doutrina desses seus economistas fala muito na valorização do trabalho, mas se contradiz, quando enfatiza a macro-economia privada como a única saída para as crises e miséria dos povos, além da enfatização do repetido discurso, de que só o trabalho constrói! Que temos que trabalhar mais e mais para que alcancemos o sucesso das economias e o bem estar das pessoas!
Além de uma campanha sistemática contra a estatização da Economia, apoiando governos que concordam com esta política entreguista...
Entretanto, o Ocidente, mantém no desemprego mais de 20% de sua mão de obra! São milhões de pessoas desempregadas, perambulando pelas ruas perigosas das grandes cidades, desiludidas, descrentes, no desepero e por vezes descanbando para o crime! Enquanto aqueles que ainda estão trabalhando, estão inseguros e depressivos pela angustia de amanhã poderem estar na mesma situação! E não param por aí as contradições desta política liberalista!? Os filhos desta minoria previlegiada, também acabam sendo vítimas deste sistema, pois também entram em depressão por excesso de riqueza!
Portanto, em vez de termos medo da China, vamos ter medo do nosso Ocidente,
que não é capaz de satisfazer as necessidades mínimas de seu povo, agravadas por uma explosão demográfica sem fim.
A China está na dela, com uma cultura sábia e milenar, os chineses podem não ser o modelo social e politico ideal para a humanidade, mas pelo menos nesse aspecto estão bem na frente do ocidente. Só para dar um exemplo, desta diferença de modelo social entre a China e o Ocidente! Enquanto a China controla a natalidade de seu povo através da educação e cultura, o Ocidente controla a natalidade através da ignorância das pessoas, da fome e das guerras..
Matéria em construção...