Portugal é o país que mais crustáceos compra a Moçambique, de
acordo com os dados das exportações de 2016 do Instituto Nacional de
Estatística moçambicano, consultados pela Lusa.
O
país lusófono da África Austral exportou no último ano 38,2 milhões de
dólares de lagostas, camarões e espécies relacionadas e cerca de um
terço da mercadoria (36,2%) teve como destino Portugal - seguido pela
China (27,5%) e Espanha (19,5%).
Ou seja, a Península Ibérica foi o destino da maioria (55,7%) do produto vendido ao estrangeiro.
Além dos crustáceos, o açúcar é outro produto que Portugal mais compra.
De
acordo com os dados de 2016, divulgados pelo INE na última semana, as
exportações de Moçambique para solo português valeram 32,6 milhões de
dólares, 42,5% em crustáceos e 45,2% em açúcares.
Portugal
está fora dos 10 principais destinos de exportação de Moçambique, mas é
o quinto país do qual a nação lusófona africana mais importa, posição
que já ocupava em 2015.
No
último ano, a conta ascendeu a 305,6 milhões de dólares dispersos por
uma lista de cerca de 900 produtos, sem que haja especial preponderância
de qualquer um, numa lista de valor liderada por material em ferro e
aço para construção, material elétrico, livros e impressões, móveis e
componentes e vinho.
O valor
caiu 33% relativamente a 2015, em que as importações oriundas de
Portugal valeram 457 milhões de dólares - sendo que em 2016, pior ano de
crise em Moçambique, as importações em geral caíram a pique, com uma
quebra de 37,5%.
A África do Sul é o principal parceiro externo de negócios de Moçambique.
Os
dados do INE moçambicano refletem os dados recolhidos junto de
entidades oficiais, como a Autoridade Tributária de Moçambique e
serviços alfandegários, ficando de fora uma percentagem desconhecida de
mercadorias que circulam de forma ilegal (contrabando) e que diversas
autoridades e empresas ainda classificam como um flagelo com impacto
nalgumas atividades econômicas.
0 comentários:
Postar um comentário