CARLOS DRUMOND DE ANDRADE

 

Carlos Drummond de Andrade
Chefe de Gabinete do Ministério da Educação do Brasil Brasil
Período 23 de julho de 1934
até 30 de outubro de 1945
Ministro Gustavo Capanema
Chefe de Gabinete do Presidente de Minas Gerais
Período 5 de setembro de 1933
até 15 de dezembro de 1933
Presidente Gustavo Capanema

Carlos Drummond de Andrade (Itabira, 31 de outubro de 1902 — Rio de Janeiro, 17 de agosto de 1987) foi um poeta, contista e cronista brasileiro, considerado por muitos o mais influente poeta brasileiro do século XX Drummond foi um dos principais poetas da segunda geração do Modernismo brasileiro.

Carlos Drummond de Andrade
Carlos Drummond de Andrade
Nascimento 31 de outubro de 1902
Itabira,  Minas Gerais
Morte 17 de agosto de 1987 (84 anos)
Rio de Janeiro,  Rio de Janeiro
Nacionalidade brasileiro
Cônjuge Dolores Dutra de Morais (1925–1987)
Filho(s) Carlos Flávio
Maria Julieta Drummond de Andrade
Alma mater Universidade Federal de Minas Gerais
Ocupação Poeta, cronista e contista
Prémios Prémio Jabuti 1968

Prémio da Associação Paulista dos Críticos de Arte (1973)
Prémio Morgado de Mateus (1980)
Prêmio Juca Pato (1982)
Ordem do Mérito Cultural (2010)

Movimento literário Modernismo
Magnum opus A Rosa do Povo (1945)
Assinatura
Carlos Drummond Assinatura.jpeg

Poema de Sete Faces

Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.

As casas espiam os homens
que correm atrás de mulheres.
A tarde talvez fosse azul,
não houvesse tantos desejos.

O bonde passa cheio de pernas:
pernas brancas pretas amarelas.
Para que tanta perna, meu Deus,
pergunta meu coração.
Porém meus olhos
não perguntam nada.

O homem atrás do bigode
é sério, simples e forte.
Quase não conversa.
Tem poucos, raros amigos
o homem atrás dos óculos e do bigode.

Meu Deus, por que me abandonaste
se sabias que eu não era Deus
se sabias que eu era fraco.

Mundo mundo vasto mundo,
se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma solução.
Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração.

Eu não devia te dizer
mas essa lua
mas esse conhaque
botam a gente comovido como o diabo.

  No Meio do Caminho

No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.

Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
 Tinha uma pedra no meio do caminho






tinha uma pedra
 
  tinha uma pedra no meio do caminho       


 
no meio do caminho tinha uma pedra      

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