Morando em Lisboa desde o ano passado, a geógrafa cearense Yumê Mota sempre utilizou a bicicleta como meio de transporte principal e diz perceber as mudanças na cidade. "Antes, eu ia disputando com carro, moto e elétrico. Agora não, tem a ciclovia que eles fizeram. Acho que as pessoas estão andando mais, o governo também está incentivando. Do ano passado pra cá melhorou", conta à Sputnik Brasil.
A ciclovia a que Yumê se refere fica na avenida Almirante Reis, uma das principais vias urbanas de Lisboa. A implantação da faixa exclusiva para bicicletas, no mês de julho, gerou muita polêmica. Enquanto os ciclistas comemoram, motoristas reclamam do menor espaço para o trânsito dos carros.
Geógrafa Yumê Mota avalia que a pandemia tem tornado Lisboa mais favorável aos ciclistas |
"Com esse executivo temos visto a melhora da qualidade das ciclovias que vêm sendo construídas. Ainda assim há sempre coisas a melhorar. É neste sentido que achamos que poderíamos contribuir. Poderíamos opinar um bocadinho melhor sobre os tipos de solução que podem ser implantadas. Temos consciência que são pessoas competentes, mas enquanto associação teríamos todo gosto em ter uma participação mais ativa nas definições", diz Sanches à Sputnik Brasil.
Para a MUBI, o executivo municipal de Lisboa tem acompanhado a tendência de crescimento do número de usuários de bicicleta na cidade. "Este é um fenômeno, como dizemos, bola de neve. À medida em que as infraestruturas vão sendo criadas, os ciclistas vão aparecendo, porque sentem que há mais segurança no seu percurso. O aumento do número de ciclistas aumenta a necessidade de criarem mais ciclovias. De um modo geral vemos que a procura está a aumentar e a Câmara tem feito ações nesse sentido", analisa Pedro Sanches.
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