CAMPINA GRANDE

A História de Campina Grande

 

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 Avenida Floriano Peixoto entre 1910 E1920
Avenida Floriano Peixoto entre 1910 e 1920. Pode-se ver o Colégio das Damas, a prefeitura, a Praça da Bandeira e a Praça Clementino Procópio. As águas ao fundo são do antigo Açude Novo.

Praça da Bandeira no início do Século XX.


Campina Grande é um municípiobrasileiro situado no estado da Paraíba.
De acordo com estimativas de 2012, a população de Campina Grande é de 389 995 habitantes, sendo a segunda cidade mais populosa da Paraíba, depois da capital.
A cidade tem o segundo maior PIB entre os municípios paraibanos, representando 13,63% do total das riquezas produzidas no estado.
Sua região metropolitana, formada por 15 municípios, possui uma população estimada em 580 492 habitantes, sendo a segunda maior zona metropolitana do interior Nordestino.
Campina Grande é um grande centro universitário possuindo 16 universidades, sendo duas delas públicas e um instituto federal. Além do ensino superior, o município oferece capacitação para o nível médio e técnico.
A cidade possui uma agenda cultural variada, destacando-se O Maior São João do Mundo, o Alterna Vida (encontro para evangelização que substituiu a Micarande), o Encontro da Nova Consciência (evento ecumênico realizado durante o carnaval), e o Festival de Inverno.
 
História

A urbanização do município tem um forte vínculo com suas atividades comerciais desde os primórdios até hoje. Primeiramente o município foi lugar de repouso para tropeiros, em seguida se formou uma feira de gado e uma grande feira geral (grande destaque no Nordeste). Posteriormente, o município deu um grande salto de desenvolvimento devido às atividades tropeiras e ao crescimento da cultura do algodão, quando Campina Grande chegou a ser a segunda maior produtora de algodão do mundo. Atualmente, o município tem grande destaque no setor de informática e desenvolvimento de softwares. Abaixo, seguem-se as etapas da urbanização do município de Campina Grande, passando pelos estados de "sítio", vila e município. Os estrangeiros deram forte contribuição ao desenvolvimento do Município, destacando-se os árabes, alemães, italianos e dinamarqueses, que influenciaram a política durante 20 anos no século XX.

Fundação de Campina Grande

Normalmente a origem de Campina Grande é creditada à ocupação pelos índios Ariús na aldeia de Campina Grande, liderado por Teodósio de Oliveira Lêdoque era conhecido porCapitão-mor do Sertão brasileiro "Sertão", em 1º de dezembro de 1697. O Capitão-mor fez a consolidação do povoado e seu desenvolvimento, integrando o sertão com o litoral, levando em consideração que o posicionamento geográfico de Campina Grande é privilegiado, sendo passagem dos viajantes do oeste para o litoral paraibano.

Controvérsia

Monumento da Praça Clementino
Procópio Feito em homenagem
a Teodósio de Oliveira Lêdo.
No entanto, a fundação de Campina Grande ainda gera controvérsias, pois a localidade podia já estar ocupada quando Teodósio chegou com os índios Ariús. O principal indício é de que Campina Grande é mais antiga do que se pensa, é a presença de seu nome em um mapa italiano, elaborado por Andreas Antonius Horatiy, que se encontra no livro "Istoria delle Guerre del Regno del Brasile Accadute tra la Corona de Portogallo e la Republica de Olanda", de autoria do Frei Gioseppe Santa Teresa. Este livro italiano foi publicado em Roma no ano de 1698, que foi um ano após a fundação de Campina Grande. O problema reside no fato de que, apesar de Campina Grande ter sido fundada em 1697, somente no dia 14 de maio de 1699 o Governador da Paraíba Manoel Soares de Albergaria escreveu uma carta ao Rei de Portugal notificando sobre as descobertas de Teodósio de Oliveira Lêdo, o que gera o impasse. Como a Itália pôde ter conhecimento de Campina Grande, constando esta como povoação no mapa de Horatiy, já em 1698?

Os Oliveira Lêdo

A história do surgimento de Campina Grande, assim como de várias cidades do interior paraibano, foi trilhada a partir dos feitos da família dos "Oliveira Lêdo", portugueses que residiam na região da Bahia próxima ao Rio São Francisco, que hoje integra o estado de Sergipe, e que partiram de lá, em 1664, para explorar uma sesmaria que lhe havia sido concedida ao longo do Rio Paraíba.
Inicialmente, os personagens importantes dentre os Oliveira Lêdo para o aldeamento de Campina Grande foram quatro: Custódio de Oliveira Lêdo, seu irmão Antônio de Oliveira Lêdo, e seus dois filhos, Constantino de Oliveira Lêdo e Teodósio de Oliveira Lêdo. Foi Teodósio de Oliveira Lêdo a quem se credita o título de "fundador de Campina Grande".
Dos quatro "Oliveira Lêdo", a princípio apenas Teodósio não participava dos desbravamentos junto com seu irmão, pai e tio, continuando a ser criador de gado na Bahia. Antônio Oliveira Lêdo era desbravador das terras da Capitania da Paraíba, ainda ocupadas por indígenas, que eram chamados de "gentios". Antônio foi o primeiro capitão-mor da Infantaria de Ordenanças a Pé do Sertão da Paraíba. Junto com Custódio, seu irmão, e Constantino, seu filho, atravessaram várias regiões da Paraíba, encontrando os índios e fundando povoações, até chegarem na Serra da Borborema.
Nesse tempo, Teodósio de Oliveira Lêdo recebeu convite de seu irmão, Constantino, para trazer gado e mais gente para a Paraíba. Assim, Teodósio trouxe várias espécies de gado e gente de confiança, capaz de criar o gado e lutar contra os índios. Depois de alguns anos, Antônio de Oliveira Lêdo morreu, e foi Constantino que assumiu o seu lugar de Capitão-mor, segundo a Lei. Depois da morte de Constantino, Teodósio foi nomeado Capitão-mor das Fronteiras das Piranhas, Cariri e Piancó em 1694. Explorando a sesmaria, Teodósio lutou contra os índios Tapuias, estendendo seus limites até o Rio Piranhas, fundando um povoado.
Em 1694, as notícias sobre a atuação de Teodósio de Oliveira Lêdo na ocupação da Capitania da Paraíba e na luta contra os gentios chegaram até o Governador-Geral D. João de Lencastre, que o chamou até a capital da província, onde o Governador Manoel Nunes Leitão assinou a patente garantindo à Teodósio munição, pólvora, farinha, alimentação e especiaria.
Depois de receber a patente, Teodósio voltou ao arraial formado no Rio Piranhas. Com mais pólvora e munição, continuou a desbravar novas terras, arrendando propriedades, fazendo novos povoamentos e aumentando a criação de gado da Paraíba. O povoado do Rio Piranhas cresceu e virou uma povoação maior.


Aldeiamento pelos índios Ariús

Indígenas Tapuias dançando.
Os índios Ariús são descendentes dos Tapuias. Depois de algum tempo, Teodósio foi chamado pelo Governador-Geral D. João de Lencastre para falar com o Governador Provincial. Em sua viagem até à Capital, onde deveria falar com o Governador Pronvincial, Teodósio de Oliveira Lêdo levava consigo um grupo de índios Ariús, povo indígina descendente dos Tapuias. Os Ariús foram "domesticados" por Teodósio, sendo seus aliados.
Na ida para a Capital, Teodósio passou pela Borborema, por um caminho diferente, numa chapada espaçosa, uma campina verde. Foi este local que Teodósio escolheu para demorar um pouco e descansar sua gente. Gostando do lugar, Teodósio decidiu aldeiar os índios Ariús aldeados naquela localização, em 1 de dezembro de 1697. Depois, partiu para a Capital.
O aldeamento dos Ariús teve importância política, tendo até sido citado na carta de maio de 1699 do Capitão-mor ao rei de Portugal. A partir de então a localidade passa a ser conhecida formalmente.
Chegando na Capital, foi falar com o Governador Provincial, que já não era o mesmo da outra visita: Manoel Nunes Leitão fora trocado pelo Governador Manoel Soares de Albergaria. Lá, expôs a situação atual do Sertão, de como os índios estavam fazendo devastações e queimadas em suas propriedades e em todo o sertão. Teodósio então pediu munição, armas e soldados, para contornar o problema com os índios do Sertão. Com esta conversa, Teodósio de Oliveira Lêdo conseguiu pólvora, balas e armamentos, quarenta alqueires de farinha, sal, assim como índios mansos e soldados.
No dia 1 de janeiro do ano seguinte, o Capitão-mor Teodósio volta ao Rio Piranhas novamente, com a munição e soldados para lutar contra os índios. Nesse momento, a povoação às margens do Rio Piranhas já era chamada de Bom Sucesso, que mais tarde virou cidade com o mesmo nome: Bom Sucesso -PB. Usando tudo o que recebera do Governador, conseguiu reconquistar as terras o Sertão.
Os Ariús formaram a primeira rua do lugar, com casas de taipa, nas proximidades do Riacho das Piabas. Mais tarde a rua foi chamada de Rua do Oriente, que hoje é a rua Vila Nova da Rainha. A economia do povoado era sustentada pela feira das Barrocas, por onde passavam vários boiadeiros e tropeiros.

Crescimento do povoamento

Um ano mais tarde, voltou onde havia aldeado os índios Ariús já a algum tempo. Com um ano, a aldeia já era povoação e se chamava Campina Grande. Devido à ótima localização do povoamento, pois ficava no ponto de passagem do litoral para o sertão, Teodósio incentivava fortemente o crescimento da população e o desenvolvimento do lugar.
O Capitão-mor trouxe da capital um padre italiano da ordem de Santo Antônio para realizar um trabalho de batismo nos índios do povoamento. Nessa época, para exercer suas atividades, o padre construiu uma casinha, feita de taipa, para servir de igreja, realizando missas e batismos. Tempos mais tarde, um decreto real mandado pela Coroa concedia 25 mil réis para cada Aldeia ou Capela, em forma de ajuda. O padre utilizou estes poucos recursos para melhorar um pouco a igreja do lugar. Esta igreja continuou existindo, com melhorias graduais. Em 1753 foi reformada e aumentada e somente em 1793, depois de outra reforma, conseguiu seu aspecto de hoje: a antiga igreja de taipa se tornou a ''Catedral Nossa Senhora da Conceição, Catedral de Campina Grande.
A igreja construída pelo padre trazido por Teodósio de Oliveira Lêdo se situava no alto da ladeira da Rua do Oriente (atual Rua Vila Nova da Rainha). A igreja influenciou a construção de várias casas na região, que hoje constitui a avenida mais importante de Campina Grande, a Avenida Floriano Peixoto.
Campina Grande teve desenvolvimento muito lento e pouco mudou por todo o século XVIII. Outra aldeia, a de Cariri, mais recente que Campina Grande, tomou a dianteira, progrediu muito rapidamente e se tornou Freguesia já em 1750, fazendo Campina Grande depender desta. A freguesia formada pela aldeia de Cariri foi chamada Freguesia de Milagres, já que sua padroeira era a Nossa Senhora dos Milagres. Apenas em 1769, 19 anos depois, foi que Campina Grande se torna também Freguesia, libertando-se de dependências com a Freguesia de Milagres. Depois de virar freguesia, Campina Grande teve maior desenvolvimento.

Surgimento da vila

Prédio onde funcionava a primeira cadeia de Campina Grande, atual Museu Histórico e Geográfico de Campina Grande.

No fim do século XVIII, a Coroa pretendia criar novas Vilas na província. Nesta época, a província da Paraíba era sujeita à de Pernambuco, cujo governador era D. Tomás José de Melo. Em 1787, o ouvidor da província da Paraíba, Antônio F. Soares, pediu ao governador de Pernambuco a criação de três Vilas na capitania. Duas dessas vilas o ouvidor criaria em Caicó e em Assu, onde já havia povoamentos e nesta época faziam parte da Capitania da Paraíba. A outra, pretendia criar na região do Cariri, que compreendia parte do que hoje são a Microrregião do Cariri Oriental e do Cariri Ocidental. Campina Grande e Milagres eram as duas freguesias candidatas à virarem Vila que estavam naquela região.
Assim, em abril de 1790, Campina Grande foi escolhida pelo Ouvidor Brederodes para se tornar Vila, devido à suas terras cultivadas produzirem mais riquezas e principalmente devido à sua melhor localização, estando entre a capital no litoral e o sertão.
No dia 6 de abril, Campina Grande passou a ser chamada oficialmente de Vila Nova da Rainha, em homenagem à Rainha Dona Maria I. Apesar da mudança de nome, os habitantes locais continuaram a chamar o lugar de Campina Grande, e somente em textos oficiais e formais o nome Vila Nova da Rainha era utilizado.
No dia 20 de abril de 1790, o Pelourinho foi criado na nova vila. Em relação à administração da vila, ela era dada por 2 vereadores e 2 juízes ordenários. Os dois primeiros vereadores da Vila Nova da Rainha foram: Joaquim Gomes Correia e Luiz Pereira Pinto e os dois primeiros juízes, Pedro Francisco Macedo e Paulo Araújo Soares. Destes quatro, três eram descendentes da família Oliveira Lêdo: Paulo Soares, Luiz Pinto e Joaquim Gomes. A Cadeia de Campina Grande foi contraída em 1814, no largo da Matriz (atual Avenida Floriano Peixoto). Este prédio hoje em dia é o Museu Histórico e Geográfico de Campina Grande.
A vila então possuía câmara municipal, cartório e pelourinho. Entretanto, a Vila Nova da Rainha não despertou grande interesse da província e crescia ainda muito lentamente: depois de 8 anos criada a vila, possuia pouco mais de cem casas com apenas 3 mil habitantes.
O território ocupado pelo município era bastante abrangente: compreendia o Cariri (a não ser por Serra do Teixeira), parte do Agreste, parte do Brejo, abrangendo os povoados de Fagundes, Boqueirão, Cabaceiras, Milagres, Timbaúba do Gurjão, Alagoa Nova, Marinho, e outros, ao todo somando um território de mais de 900 km².
A criação da Vila de Cabaceiras, em 1835, e a Vila de Alagoa Nova, em 1850, justamente com outros desmembramentos, fez a área da cidade reduzir-se consideravelmente. Além de reduzir muitas terras férteis que em Campina havia.
Em 1871, chegam em Campina Grande os primeiros imigrantes: árabes, ingleses, italianos, americanos, turcos, alemães, franceses, indianos e principalmente os dinamarqueses.

A tragédia de 1856

Em 1852 a população da Vila já era de 17.900 pessoas. Mas em 1856, uma epidemia de cólera-morbo matou cerca de 1.550 pessoas do lugar, diminuindo quase 10% de sua população. A epidemia retorna em 1862, desta vez vitimando 318 campinenses.
O Cemitério das Boninas, que ficava nos fundos do Colégio Alfredo Dantas (antigo "Grêmio de Instrução Campina-Grandense"), foi um dos lugares improvisados para o sepultamento desses mortos. Só em 1895 é construído o Cemitério Nossa Senhora do Carmo, no alto da Rua da Areia (atual Rua João Pessoa). Até o ano de 1897, os mortos eram sepultados no Cemitério das Boninas (o "Cemitério Velho").

Participação em revoluções

Bandeira de Campina Grande.

Em 1817, tem início a Revolução Pernambucana e a Vila Nova da Rainha participou com Padre Virgínio Campêlo e Padre Golçalves Ouriques, que não lutaram com armas, mas participaram com falas e como padres. Com a derrota do movimento, foram presos por 3 anos na Bahia. Sete anos depois, em 1824, a Vila Nova da Rainha participou da Confederação do Equador, dando auxílio com a "hospedagem" de presos trazidos do Ceará, dentre eles Frei Caneca, que ficou preso onde hoje existe o Museu Histórico e Geográfico de Campina Grande. Em 1848, a Vila também tem participação na Revolução Praieira. A participação de Campina Grande nessas três revoluções foi representada na Bandeira de Campina Grande na forma de três espadas.

Construção das barragens

O Açude Novo, inaugurado em 1830.

Em 1828, foi construído um açude na Vila Nova da Rainha, pois esta possuia apenas riachos. Sobre o Riacho das Piabas foi construído o açude que hoje é conhecido como o Açude Velho, cartão postal de Campina Grande. O Açude Velho começou pequeno, mas então foi ampliado até adquirir as proporções que têm hoje, com uma área de 250 m². Dois anos depois, em 1830, outro açude foi construído para auxiliar o primeiro, este ficou conhecido como Açude Novo. Ambos os açudes ajudaram à popução melhor resistir a uma desastrosa seca ocorrida em 1848. Um terceiro açude ainda foi criado, desta vez sobre o Riacho de Bodocongó. O nome do terceiro açude foi "Açude de Bodocongó", entregue à população no dia 15 de janeiro de 1917. Este açude propiciou o desenvolvimento da região, onde surgiu um bairro com o nome do açude, Bodocongó.

A cidade

Rua Maciel Pinheiro em 1960: prédios usam arquitetura Art déco.
Rua Maciel Pinheiro em 2005: prédios históricos conservados hoje usados como lojas.

Em 11 de outubro de 1864, de acordo com a Lei Provincial nº 137, Campina Grande se eleva à categoria de Cidade. Neste momento, a Paraíba tinha dezesseis vilas e mais seis cidades: Parahyba (atual João Pessoa), Mamanguape, Areia, Souza e Pombal.
A cidade de Areia, que se tornou cidade já em 1846, havia se tornado a mais destacada da Paraíba, fora a capital, tanto economica, social e politicamente. Além disso, Areia tinha grande influência cultural e intelectual. Embora Campina Grande não fosse tão bem edificada quanto Areia, não era menor que ela. Na época, a cidade de Campina Grande tinha três largos e cerca de trezentas casas distribuídas em quatro ruas: a rua de origem, a Rua da Matriz (hoje Avenida Floriano Peixoto), a Rua do Meio (Afonso Campos), a Rua Grande (Maciel Pinheiro), a Rua do Seridó (Barão do Abiaí) e a Rua do Emboca (Peregrino de Carvalho). Possuía, ainda, duas igrejas: a da Matriz (hoje a Catedral) e a Igreja Nossa Senhora do Rosário, que veio a ser destruída mais tarde pelo prefeito Vergniaud Wanderley (hoje existe outra igreja com o mesmo nome). Possuia também uma cadeia e uma Câmara Municipal, entre outras construções.
Apesar de todo o desenvolvimento comercial que a cidade obteve, o aspecto urbano da mesma não mudava praticamente nada. Em alguns anos, apenas os prédios da Cadeia Nova, da Casa de Caridade, do Grêmio de Instrução e Paço Municipal foram construídos. Porém, em se tratando de casas, muitas foram construídas fazendo com que, no fim do século XIX, Campina Grande tivesse cerca de 500 casas.
No ano de 1864 foi construído um prédio onde se faria o mercado. Este lugar teve vários nomes, dentre os quais: "Largo do Comércio Novo", "Praça da Uruguaiana", "Praça das Gameleiras", "Praça da Independência" e, por fim, "Praça Epitácio Pessoa". Em 1870 uma lei (Lei Provincial n.º 381) proibia que se fizesse banhos ou lavagem de roupas e de animais no Açude Novo, assim como ficou proibido vaquejadas nas ruas da cidade.
Em 1872, conforme o Decreto Imperial do dia 18 de setembro de 1865, faz padrão o sistema métrico decimal francês em Campina Grande.

Revolta de Quebra-Quilos

Antigo Paço Municipal, que foi demolido em 1942, deixando o espaço usado hoje como estacionamento da Catedral.

Em 1874, foi deflagrada a insurreição dos Quebra-Quilos, liderada por João Vieira (João Carga d'Água). Descendo a serra de Bodopitá, João Vieira e os demais revoltos invadiram a feira da cidade, quebrando as medidas (caixas de um e cinco litros) que eram concedidas pelo município aos feirantes e jogaram os pesos no Açude Velho. A revolta foi tão generalizada, que não somente se alongou para outras cidades do Brejo e do Cariri, como também extrapolou as fronteiras do estado, chegando a Pernambuco e até Alagoas.
Depois de algum tempo os revoltosos já se encontravam em bom número e armados. Eram liderados por Manoel de Barros Souza, conhecido como Neco de Barros, e também por Alexandre de Viveiros. Um dos objetivos de Alexandre de Viveiros era se livrar das provas de crime que lhe denunciava, daí, juntos, Manoel de Barros e Alexandre de Viveiros, invadiram a cadeia da cidade e libertaram todos os presidiários (que incluiam o pai de Manoel) e tocaram fogo nos cartórios e no arquivo municipal. Demais de alguns meses, a revolta de Quebra-Quilos foi impedida pelas forças policiais. Alexandre de Viveiros foi preso, mas João Carga d'Água ficou desaparecido.
Após o incidente, os policiais abusaram da população sem motivo, prendendo ou espancando campinenses inocentes e até ilustres. Assim, os campinenses sofreram por conta de João Carga d'Água e seus Quebra-Quilos. Sofreram novamente com os cangaceiros de Neco de Barros e Alexandre Viveiros e, por fim, sofreram com a própria polícia.

Desenvolvimento urbano

Antigo Cine São José, quando estava em atividade.

Em termos de desenvolvimento urbano, no final do século XIX, podemos destacar a construção do primeiro sobrado da cidade, um dos mais elegantes do estado, e o surgimento das primeiras residências no bairro de São José e nas ruas da Lapa (hoje Rua 15 de Novembro), Serrotão e do Emboca (hoje Peregrino de Carvalho). O Paço Municipal, iniciada em 25 de março de 1877 e inaugurada no dia 2 de dezembro de 1879, ficava ao lado da Catedral, e foi demolida no ano de 1942, deixando o espaço usado hoje como estacionamento da igreja.
Em maio de 1891, um prédio foi construído com o intuito de ensinar e exibir o teatro, assim surge o Colégio Alfredo Dantas. Mas antes do Colégio Afredo Dantas existia o Grupo Solon de Lucena que funcionava no antigo prédio da reitoria da Universidade Estadual da Paraíba, atualmente, Escola de Ensino Fundamental Solon de Lucena, Colégio Clementino Procópio e o Campinense.
Em julho de 1900, surge a primeira escola de Belas Artes. Em março de 1904, chegam em Campina os primeiros carros e ônibus.

Crescimento com o Ouro Branco

Algodão pronto para colheita.

Com o tempo a cidade ia se desenvolvendo, mas somente no início do século XX foi que mudanças econômicas e mudanças nas condições de vida vieram a realmente acontecer significativamente.
O algodão no início do século XX foi para Campina Grande a principal atividade responsável pelo crescimento da cidade, atraindo comerciantes de todas as regiões da Paraíba e de todo o Nordeste. Até a década de 1940, Campina Grande era a segunda maior exportadora de algodão do mundo, atrás somente de Liverpool, na Inglaterra. Por isto, Campina Grande já foi chamada de a "Liverpool brasileira". Devido ao algodão, nesses anos Campina viu crescer sua população de 20 mil habitantes, em 1907, para 130.000 habitantes, em 1939, o que representa um crescimento de 650% em 32 anos. No ano de 1936, o município tinha 14.575 prédios, além de 15 indústrias, cinco estabelecimentos bancários, colégios, cinemas, clubes, etc.
A produção de algodão teve um impulso importante com a chegada das linhas ferroviárias para a cidade, trazidas durante a administração do prefeito Cristiano Lauritzen, por estas consistirem de um tipo de transporte barato e de larga escala. Com o uso do trem, houve uma grande mudança na economia local: Campina pôde mais facilmente exportar sua produção de algodão (o "Ouro Branco"), assim como outros produtos para os portos mais próximos, principalmente o de Recife.
Foi o prefeito Cristiano Lauritzen que trouxe as ferrovias para a cidade.

Até 1931, a Paraíba foi o maior produtor de algodão do Brasil, com produção de 23 milhões de quilos de algodão em caroço. Com a crise do café em São Paulo, este passou a produzir algodão como alternativa. Em 1933, São Paulo já produzia 105 milhões de quilos em comparações com seus 3,9 milhões em 1929. Vários fatores foram responsáveis para o decadência de Campina Grande no ramo do algodão, as principais foram: 1) inexistência de um porto na Paraíba para grandes navios, pois João Pessoa não possuia tal porto, fazendo com que Campina Grande tivesse que usar o porto de Recife, mais distante, para o transporte do algodão); 2) preço em comparação ao produto de São Paulo; 3) Ingresso de outras empresas estrangeiras no mercado do algodão.
Se João Pessoa, na época, tivesse um porto pelo menos do tamanho do de Recife, a história poderia ter sido diferente, Campina Grande continuaria por mais alguns anos a possuir o crescimento anormal que estava tendo e hoje seria uma cidade muito maior.
Estação Ferroviária Great Western, inaugurada em 1907.

No decorrer do Século XX, a capital da Paraíba, João Pessoa, perdeu importância e viu a ascensão de Campina Grande, cidade do interior do estado. A economia pessoense, na primeira metade do século, praticamente se estagnou. Até os anos 60, era praticamente uma capital administrativa, pois Campina Grande aproximou-se do posto de cidade mais importante do estado, já que, nesse período, Campina Grande despontava como importante pólo comercial e industrial não só do estado, mas também da Região Nordeste, passando a arrecadar mais impostos do que a Capital. João Pessoa, naquela época, tinha poucas indústrias e apenas desempenhava funções administrativas e comerciais. A partir dos anos 60, após grandes investimentos privados e governamentais, tanto do governo estadual quanto do governo federal, João Pessoa ganhou novas indústrias e importância, reafirmando sua importância de cidade principal do estado, no que concerne à economia e à população.

Tech City

Há muito tempo o município apresenta forte participação na área tecnológica. Nos anos 40, Campina Grande era a segunda exportadora de algodão do mundo, sendo o primeiro lugar o Liverpool, na Grã-Bretanha. Em 1967, a cidade recebe o primeiro computador de toda a região Nordeste do Brasil, que ficou no Núcleo de Processamento de Dados da Universidade Federal da Paraíba, Campus II (hoje Universidade Federal de Campina Grande). Hoje, tantos anos depois, Campina Grande é referência em se tratando de desenvolvimento de Software e de indústrias de informática e eletrônica.
A revista americada Newsweek escolheu, na edição de abril de 2001, 9 cidades de destaque no mundo que representam um novo modelo de Centro Tecnológico. O Brasil está presente na lista com Campina Grande, que foi a única cidade escolhida da América Latina. Em 2003, mais uma menção foi feita à cidade: desta vez referenciada como o "Vale do Silício brasileiro", graças, além da high tech, às pesquisas envolvendo o algodão colorido ecologicamente correto.
O primeiro computador de todo o Nordeste foi instalado aqui, ocupando todo o primeiro andar do prédio. Segundo a revista, o motivo para o sucesso foi a Universidade Federal da Paraíba, Campus II (que em 2002 tornou-se a Universidade Federal de Campina Grande). Desde 1967, quando os acadêmicos conseguiram apoio para comprar o primeiro computador do nordeste, um mainframe IBM de US$ 500 mil, criou-se uma tradição na área de computação que hoje tem reconhecimento em todo o mundo.
Campina Grande possui cerca de setenta e seis empresas produtoras de software, o que representa mais de 500 pessoas de nível superior faturando, ao todo, 25 milhões de reais por ano, o que representa 20% da receita total do município.
Ultimamente, o mais importante vínculo no setor de Informática criado na cidade foi com o TecOut Center, em 2004, que fez aliança com a Fundação Parque Tecnológico da Paraíba, que desde 1984, em sua fundação em Campina Grande, deu origem a mais de 60 empresas de tecnologia. O TecOut Center surgiu com o objetivo de aproximar as empresas de tecnologias brasileiras com as chinesas, propiciando uma interação tecnológica entre o Brasil e a China, gerando empregos e fortalecendo o desenvolvimento local.


Dados geográficos

Localização

Vista geral do bairro da Prata
A cidade localiza-se no interior do estado da Paraíba, no agreste paraibano, na parte oriental do Planalto da Borborema, na serra do Boturité/Bacamarte, que estende-se do Piauí até a Bahia. Está a uma altitude média de 555 metros acima do nível do mar. A área do município abrange 594,2 km².
Fazem parte do município de Campina Grande os seguintes distritos: Catolé de Boa Vista, Catolé de Zé Ferreira, São José da Mata, Santa Terezinha e Galante.

Distâncias entre Campina Grande e algumas capitais brasileiras:
  • 125 km - João Pessoa
  • 143 km - Caruaru
  • 181 km - Recife
  • 260 km - Natal
  • 375 km - Maceió
  • 531 km - Aracaju
  • 709 km - Fortaleza
  • 879 km - Salvador
  • 1 530 km - São Luís
  • 2 378 km - Rio de Janeiro
  • 2 700 km - São Paulo
  • 1 020 km - Teresina

População

Crescimento da população em Campina Grande ao longo dos anos, a partir de 1697. Pontos azuis significam medições reais, a linha reta é apenas uma interpolação.
Campina Grande possui 389 995 habitantes (densidade demográfica de 656,4 hab/km²), segundo estimativas do IBGE em 2012. Em 1991 o Índice de Desenvolvimento Humano era de 0,647, subindo para 0,721 em 2000.
Houve uma época em que Campina Grande teve um crescimento anormal, devido ao cultivo do algodão, no início do século XX até o final da década de 1930. Nesses anos, Campina viu crescer sua população de 20 mil habitantes, em 1907, para 130 000 habitantes, em 1939, o que representa um crescimento de 650% em 32 anos.

Influência política e econômica

Campina Grande exerce grande influência política e econômica sobre o "Compartimento da Borborema", que é composto de mais de 60 municípios (1 milhão de habitantes)  do estado da Paraíba. O Compartimento da Borborema engloba 5 microrregiões conhecidas como Agreste da Borborema, Brejo Paraibano, Cariri, Seridó Paraibano e Curimataú.

Região Metropolitana

A Região Metropolitana de Campina Grande foi criada pela lei complementar estadual nº 20 de 2009, ela foi aprovada pela assembleia legislativa no dia 17 de novembro de 2009 e sancionada dia 15 de dezembro de 2009 pelo governo do estado.
A Região Metropolitana de Campina Grande compreende os municípios de Campina Grande(cidade sede), Lagoa Seca, Massaranduba, Boqueirão, Queimadas, Barra de Santana, Caturité, Boa Vista, Puxinanã, Fagundes, Gado Bravo, Aroeiras, Itatuba, Ingá, Riachão do Bacamarte, Serra Redonda e Matinhas.
Com a criação da Região Metropolitana de Esperança (RME), no dia 8 de Junho de 2012, a Região Metropolitana de Campina Grande (RMCG), antigamente com 23 municípios, ficou constituída por 17 municípios, depois que os municípios de Esperança (Paraíba), Areial, Montadas, São Sebastião de Lagoa de Roça, Alagoa Nova e Pocinhos passaram a integrar a nova região metropolitana criada.

Clima

Gráfico climático para Campina Grande
J F M A M J J A S O N D
27
30
20
41
30
20
74
28
20
94
28
20
118
27
18
119
26
18
84
25
18
59
24
18
24
27
18
13
28
19
16
29
20
19
30
20
Temperaturas em °CPrecipitações em mm
O município está incluído na área geográfica de abrangência do semiárido brasileiro, definida pelo Ministério da Integração Nacional em 2005. Esta delimitação tem como critérios o índice pluviométrico, o índice de aridez e o risco de seca. Apesar disso, por estar acima de 500 metros de altitude acima do nível do mar, possui um clima com temperaturas mais moderadas, considerado tropical com estação seca, com chuvas durante o outono e o inverno (As, de acordo com a classificação climática de Köppen-Geiger).
Campina Grande, por situar-se no agreste paraibano, entre o litoral e o sertão, possui um clima menos árido do que o predominante no interior do estado (clima tropical semiárido). Além disso, a altitude de 552 metros acima do nível do mar garante temperaturas mais amenas durante todo o ano. As temperaturas máximas são de 30 °C nos dias mais quentes de verão e 18 °C em dias de inverno. As temperaturas mínimas ficam em torno de 20 °C nos dias mais quentes de verão, ou 13 °C nas noites mais frias do ano. A umidade relativa do ar está entre 75 a 82 %. O período chuvoso começa em maio e termina em agosto.

Hidrografia

Apesar de Campina Grande não possuir rios de proporção significativa, possui atualmente três açudes: o Açude Velho , o Açude de Bodocongó e oAçude Novo. Destes, o maior e mais importante é o Açude Velho, que tem área de mais de 250 m² e é um dos cartões-postais da cidade.
Antigamente existia um outro açude, o Açude Novo, mas sobre este foi construído um parque público. O Açude Novo hoje representa outro importante cartão-postal de Campina Grande.
Outra característica hidrográfica Campina Grande separa, como área dispersora de águas fluviais, os afluentes do Rio Paraíba (nas direções sul e sudeste) dos afluentes do rio Mamanguape (direções norte e nordeste).

Vegetação

A flora é bastante diversificada, apresentando formações de palmáceas, cactáceas em geral, legumináceas e bromeliáceas, além de rarefeitas associações de marmeleiros, juazeiros, umbuzeiros, algarobos, etc.
Campina Grande encontra-se próxima das fronteiras de várias microrregiões de climas e vegetações distintas. Ao nordeste do município, a vegetação é mais verde e arborizada, como no Brejo Paraibano. Ao sudeste, encontra-se uma paisagem típica do agreste, com árvores e pastagens. A caatinga, vegetação rasteira, é a predominante no oeste e sul do município, típicos do clima e vegetação do Cariri.
Arborização
As quinze plantas ou árvores mais utilizadas na arborização campinense são (da mais frequente à menos frequente): Cássia-amarela, Algaroba, Sombreiro, Castanhola, Mata-fome, Cacau-bravo, Ipê-amarelo, Flamboyant, Oitizeiro, Figo-benjamina, Oliveira, Palmeira-imperial, Aroeira-da-praia, Espatódea e Cássia-brasil.

Economia

Fábrica da Caranguejo
Campina Grande possui um PIB de 4,336,824 bilhões de reais (IBGE 2010), sendo o segundo município com maior PIB do estado da Paraíba. Atualmente o município é o segundo com maior PIB do interior do Nordeste ficando atras apenas de Feira de Santana (BA).
As principais atividades econômicas do município de Campina Grande são: extração mineral; de beneficiamento e de desenvolvimento de software; comércio varejista,culturas agrícolas; pecuária; indústrias de transformação, atacadista e serviços.
O município é grande produtor de software para exportação.
A posição privilegiada de Campina Grande contribui para que seja um centro distribuidor e receptor de matéria-prima e mão-de-obra de vários estados. Campina Grande tem grande proximidade com três capitais brasileiras: Natal, João Pessoa e Recife. Além disso, dentro do próprio estado, situa-se no cruzamento entre a BR-230 e a BR-104.

Setores

Em 2003, Campina Grande possuía aproximadamente 1229 fábricas (atividade industrial), 200 casas de comércio atacadista e 3200 unidades de comércio varejista. No setor de prestação de serviços, Campina Grande é um importante centro econômico, especialmente para as dezenas de cidades que fazem parte do Compartimento da Borborema.
A área de informática movimenta anualmente cerca de 30 milhões de dólares (o que ainda é bem pouco perto do grande potencial dos softwares), com cerca de 50 empresas de pequenas, médio e grande porte.
Na agricultura, destaca-se o algodão herbáceo, feijão, mandioca, milho, sisal, além de outros produtos de natureza hortifrutigranjeira que representam 6000 toneladas mensalmente comercializadas.
A pecuária atua em função da bacia leiteira. Já em 1934, era inaugurada a primeira usina de pasteurização do município.

Administração

 Mapa dos bairros de Campina Grande
Campina Grande possui o segundo maior colégio eleitoral da Paraíba com 266 516 eleitores distribuídos em 598 secções e quatro zonas eleitorais. O primeiro Colégio Eleitoral de Campina Grande foi criado em 1878, e possuía apenas 34 eleitores.

Prefeitos

Até 1895, as funções executivas de Campina Grande eram exercidas pelo Conselho Municipal. Em 2 de março de 1895, o cargo de Prefeito Municipal foi criado, pela Lei Estadual nº 27, sendo o primeiro prefeito de Campina foi o major Francisco Camilo de Araújo e o primeiro vice-prefeito Silvino Rodrigues de Sousa Campos.
Somente em 1947 o povo passou a escolher os prefeitos da cidade diretamente, através das eleições. O prefeito atual de Campina Grande é o ex-deputado federal Romero Rodrigues.

Bairros

Em Campina Grande existem oficialmente 52 bairros.

Turismo e lazer



Herdeira da cultura nordestina, Campina Grande luta por manter vivo o rico patrimônio representado pelas manifestações culturais e populares dessa região. A quadrilha junina, o pastoril, as danças folclóricas, o artesanato, etc., são alguns exemplos de manifestações da cultura popular que ainda encontram lugar na cidade.
Historicamente, Campina Grande teve, e continua tendo, papel destacado como polo disseminador da arte dos mais destacados artistas arraigados na cultura popular nordestina, a exemplo dos "cantadores de viola", "emboladores de coco", poetas populares em geral. Especialmente na música, é inegável a importância desta cidade na divulgação de artistas do quilate de Luiz Gonzaga, Rosil Cavalcante, Jackson do Pandeiro, Zé Calixto, dentre muitos, e até pelo surgimento de outros tantos como Marinês, Elba Ramalho, etc
Eventos como "O Maior São João do Mundo", Festival de Violeiros, "Canta Nordeste", as vaquejadas que se realizam na cidade, além de programações específicas das emissoras de rádio campinenses, contribuem fortemente para a preservação da cultura regional.

Áreas verdes

Vista parcial do Açude Velho
Açude de Bodocongó 
O Açude de Bodocongó é um açude de água salgada originalmente criado por conta da escassez de água na região, uma vez que o Açude Novo e o Açude Velho já não estavam suprindo as necessidades da população. Além do mais, o Açude de Bodocongó fica muito distante dos Açudes Novo e Velho, podendo abastecer gente que morava muito longe do centro da cidade.
Mata Florestal 
A Mata Florestal do distrito de São José da Mata encontramos um pouco da Mata Atlântica existente no local.
Açude Novo 
O Açude Novo ou Parque Evaldo Cruz é um parque em formato circular que fica no Centro da cidade, próximo ao Parque do Povo. Atualmente trata-se de um parque de 46 875 m² com muitos bancos e árvores, assim como pequenos restaurantes que ficam em volta de uma fonte. Um grande obelisco se encontra no centro do parque. No passado, era um açude de verdade.
Açude Velho 
O Açude Velho foi o primeiro açude que Campina Grande teve. Foi construído por causa da seca que o Nordeste enfrentou de 1824 a 1828. Assim, a construção do Açude Velho pelo governo provincial da Paraíba foi iniciada em 1828 e concluída em 1830, sendo, por quase um século, o maior açude de Campina Grande. É onde estão localizados o monumento -símbolo de Campina Grande "Os Pioneiros" e as estátuas de Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro.
Louzeiro 
O espaço Louzeiro, localizado entre os bairros da Conceição, Jeremias, Rosa Mística, Alto Branco, Jenipapo, Cuités e Palmeiras, é uma área de preservação ambiental. Sua rica diversidade natural faz parte da história do município de Campina Grande e, em consequentemente, a do estado da Paraíba. E, segundo a classificação de caatinga de George Eitel, o bioma do Louzeiro se enquadra no tipo Caatinga Florestal, possuindo árvores de grande porte como Baraúnas, Malungus, Catanduvas entre outras.
Parque das Pedras 
Localiza-se entre os municípios de Campina grande e Pocinhos, sua fauna e flora pode ser contemplada por todos que conhecem.
Pirâmide do Parque do Povo
Parque do Povo
O Parque do Povo, onde é realizado O Maior São João do Mundo, possui uma área de 42 mil e 500 metros quadrados situada no centro de Campina Grande. É no Parque do Povo que se situa a "Pirâmide do Parque do Povo", que é a única área coberta do Parque, em formato de uma pirâmide.
Praça Clementino Procópio 
A Praça Clementino Procópio, onde se encontra um monumento feito em homenagem a Teodósio de Oliveira Lêdo, bem como coretos e diversas estátuas, é popularmente também conhecida por "Praça dos Hippies".
Praça da Bandeira
Vista da Praça da Bandeira
A Praça da Bandeira, ou Praça dos Pombos, é o principal ponto de encontros devido principalmente a sua posição estratégica no coração do centro da cidade.
Outras áreas verdes
Como outras áreas verdes de Campina Grande, existem o Parque da Criança, o Parque da Pedras, a Praça do Trabalho, dentre outras.

Shopping centers

Shopping Boulevard Campina Grande.
Boulevard Shopping Campina Grande (ampliação anunciada)
Shopping Luíza Motta
Palm Shopping (em construção)
Shopping Rio Sierra (projeto anunciado)
Casa Shopping (projeto anunciado)

Galerias

Shopping Cirne Center
Shopping Babilônia Center
Shopping Center Campina Grande
Shopping Centro Edson Diniz

Cultura


 

Teatro Municipal Severino Cabra
l durante o Encontro da Nova Consciência

Teatros

História
A história do teatro em Campina Grande tem início em 1925, quando foi fundado o "Cine Teatro Apolo", o que acarretou no surgimento do primeiro grupo teatral campinense, "O Corpo Cênico do Grêmio Renascença".
A década de 1940 não ofereceu novidades para as artes cênicas em Campina. Na década de 1950, foi implantado o "Rádio-Teatro Borborema", por Fernando Silveira. Ainda nos anos 1950, o pernambucano Raul Prhyston criou o grupo teatral "Os Comediantes", com principais peças sendo "A Mulher que Veio de Londres" e "A Vida tem três Andares". Atualmente existe um teatro com o nome deste pernambucano, o Teatro Raul Prhyston.
Em 1962, o Teatro Municipal Severino Cabral foi fundado, de grandes dimensões para a época, impulsionando o teatro campinense.
O Festival de Inverno de Campina Grande surgiu em 1975, divulgando e apresentando muitas peças e shows teatrais.
Na década de 1980, a crise econômica brasileira, que afetou o teatro, e a decadência física do Teatro Municipal Severino Cabral, reduziram o número de grupo teatrais, sendo esta época de poucos acontecimentos no campo das artes cênicas, a não ser pelo Festival de Inverno.
Principais teatros
Teatro Municipal Severino Cabral,
Teatro Paulo Pontes (anexo do Municipal),
Teatro Raul Prhyston,
Teatro Rosil Cavalcanti,
Teatro Elba Ramalho,
Teatro do Hotel Garden
Teatro do Espaço CluturalSESC Centro.

Museus

Museu Histórico e Geográfico de Campina Grande.
Campina Grande possui doze museus, onde guardam-se partes importantes de acervos culturais da Campina Grande, Estado e do Brasil. São eles:
Museu Histórico e Geográfico de Campina Grande - Localiza-se no centro da cidade.
O acervo do Museu Histórico e Geográfico de Campina Grande dedica-se ao desenvolvimento histórico, social e cultural de Campina Grande. Possui Fotografias, artigo, mapas, móveis, armas, veículos, joias, bonecos e ferramentas organizados de forma a contar a história da cidade.
Museu de História Natural
Museu de Artes Assis Chateaubriand 
O Museu de Artes Assis Chateaubriand é composto atualmente de 474 obras de arte ONDE podem ser encontradas várias técnicas e procedimentos de artes, incluindo desenhos, pinturas, esculturas, gravuras, colagens e outros métodos. Apresenta a arte em diversos momentos do cenário brasileiro.
A Coleção Assis Chateaubriand, com 120 obras, pode ser vista em parte no Prédio Histórico da Reitoria, na UEPB. Localiza-se no Catolé, bairro da zona sul da cidade.
Museu Luiz Gonzaga
 
 
 
 
 O Museu de Luiz Gonzaga é dedicado ao compositor popular Luiz Gonzaga. O acervo é composto de fotos, discos, jornais, gravações sobre o Rei do Baião Luiz Gonzaga. Localiza-se no Santa Rosa, bairro da zona oeste da cidade; mas está momentaneamente desativado.
Museu de História e Tecnologia do Algodão - Localiza-se na tradicional Estação Velha, área bem próxima ao centro da cidade.
Museu Geológico da UFCG
Museu do Semiárido Nordestino da UFCG
Museu do Maior São João do Mundo
Museu de Esporte Plínio Lemos - Localiza-se no José Pinheiro, bairro da zona leste da cidade.

Cinema

História
O Cinema chegou em Campina Grande 14 anos de os irmãos Lumière inventarem o cinematógrafo. Isso aconteceu com a inauguração do Cine Brazil, em 1909 no antigo prédio da instrução no bairro das Boninas.
Em 1910, surgiu o Cine Popular do Sr.José Gomes. O cinema popular era frequentado por pessoas de baixa renda.
A experimentação cinematográfica campinense não funcionou a muito contento. Em sua primeira fase veio os Cine Apollo de 1912 e Cine Fox de 1918. Mas a era de outro do cinema campinense deu-se com na transformação do cinema mudo para o falado. Foi o Olavo Wanderley que em 20 de novembro de 1934 inaugura a maior sala de exibição cinematográfica campinense, Capitólio, com capacidade para 1.000 lugares na Praça Clementino Procópio. Com o fechamento do Cine Apollo e cine fox, surge em 1936 o Cine Para todos. Mas foi no dia 7 de julho de 1939, com a exibição do filme Prmavera, surge o Cinema Babilônia, uma luxuosa casa de exibição para encontro com a sociedade. O Babilônia possuía 898 lugares e concorria diretamente com o Capitólio.
Com o fim da II guerra Mundial, Campina grande ganhou importantes salas de exibição cinematográfica: Cine São José, Cine Avenida e Cine arte.
Atualmente a cidade de Campina grande conta com salas de exibições no Shopping Boulevard, no Ginácio AABB e Espaço Cultural do SESC/Centro. Os cinemas Capitólia e São José são tombados pelo IFHAEP.

Centros culturais




No Centro Cultural Lourdes Ramalho, a prefeitura de Campina Grande oferece diversos cursos (várias áreas, como dança, artes marciais, música, idiomas, etc.) em todos os turnos e horários, por mensalidades ou anualidades acessíveis à população em geral. Também existem outros centros ou espaços culturais: Espaço Cultural do SESC Centro, Espaço Cultural Casa Severino Cabral e o Centro de Cultura Hare Krisna.

Academia de letras

A cidade tem sua academia de letras, denominada Academia Campinense de Letras, entidade literária máxima em Campina Grande.

Bibliotecas

Biblioteca Municipal Felix Araújo.
  • Biblioteca Átila Almeida da UEPB
  • Biblioteca Central da Universidade Federal de Campina Grande
  • Biblioteca do Museu Histórico e Geográfico de Campina Grande
  • Biblioteca do SESC Açude Velho
  • Biblioteca do SESC Centro (Campina Grande)|Biblioteca do SESC Centro
  • Biblioteca Municipal Félix Araújo
  • Núcleo Bibliotecário Campinense 77 Bibliotecas

Arquitetura

A arquitetura de Campina Grande mescla elementos contemporâneos, como grandiosos e modernos edifícios, que vêm sendo largamente construídos na cidade desde o início da década de 2000, com construções antigas e de grande importância histórica, principalmente no chamado Centro Histórico de Campina Grande. Destaca-se a arquitetura em Art Déco, estilo surgido no início do século XX que influenciou tanto a arquitetura quanto as artes plásticas. Campina Grande possui um dos mais importantes e bem conservados acervos de construções em Art Déco do Brasil, onde os prédios são utilizados para empresas do ramo comercial, porém sendo as mesmas obrigadas a preservar as fachadas.

Esporte

Futebol

 Ginásio "O Meninão"
Há cinco clubes profissionais de futebol em Campina Grande, dentre os quais estão dois dos três times com mais títulos no Campeonato Paraibano de Futebol: Treze e Campinense. O clássico Treze vs. Campinense, conhecido como "Clássico dos Maiorais", faz lotar o Estádio "O Amigão". Vale destacar que a Paraíba é o único estado brasileiro em que as maiores forças do seu futebol encontram-se no interior.Segundo pesquisa da DATAVOX Campina Grande é a cidade que mais torce para clubes locais,segundo a pesquisa 62,4% da população de Campina torce para algum clubes do estado.
Equipes locais
  • Campinense Clube - tem como cores o vermelho e o preto é o atual campeão da Copa do Nordeste. É conhecido como "A Raposa". Tem estádio próprio, Estádio Renato Cunha Lima ("O Renatão"), que não recebe jogos oficiais por problemas de segurança. O Campinense tem 19 títulos estaduais, sendo que de 1960 a 1965 conseguiu o único Hexacampeonato estadual, feito este nunca alcançado por seus adversários. Em 2013 o time foi campeão da Copa do Nordeste,sendo a primeira e única equipe do estado da Paraíba e do interior nordestino a conseguir esse feito. Em 1972 a equipe foi vice-campeã da série B do Campeonato Brasileiro.O Campinense é o maior campeão do interior do estado. Sua torcida é conhecida como a mais vibrante da Paraíba
  • Treze Futebol Clube - tem como cores o preto e o branco. Apelidado por seus torcedores de "Galo", também é conhecido como "O Galo da Borborema" e "o Alvinegro de Campina Grande". É dono do único estádio particular capaz de receber jogos oficiais no estado, o Presidente Vargas, que tem capacidade para 12.000 pessoas. O local atualmente passa por melhorias no acesso e na segurança e em breve será ampliado com a construção de arquibancadas atrás da trave sul, o único local do estádio que ainda não recebe torcedores. O clube é conhecido por ter a maior torcida da Paraíba e do interior do Nordeste (segundo diversos institutos de pesquisa). O Treze tem 15 títulos estaduais e é o maior ganhador do estado no século XXI, com cinco conquistas. Em 1986 ganhou o Campeonato Brasileiro - série B e em 2005 chegou ao quinto lugar na Copa do Brasil, eliminando Associação Desportiva São Caetano e Coritiba Foot Ball Club. Esses são os maiores destaques nacionais do futebol paraibano.
  • Associação Desportiva Perilima
  • Associação Atlética Leonel
  • Grêmio Serrano
Rivalidade
Campinense e Treze já se enfrentaram 387 vezes, no chamado Clássico dos Maiorais. São mais de 50 anos de jogos de pura emoção. O "Galo da Borborema" superou a "Raposa" em 135 oportunidades. Os dois times empataram outras 151 vezes e a "Raposa" bateu o "Galo" 101 vezes. No total o Treze fez 438 gols e o Campinense outros 390 gols. A maior goleada do clássico é: Campinense 6 x 2 Treze no dia 30 de abril de 1969.

Estádios

  • Estádio O Amigão 
  • Estádio Presidente Vargas – recebe jogos oficiais do campeonato estadual e nacional, e funciona também como C.T. do Treze Futebol Clube. Vizinha ao estádio há uma concentração para os atletas. É o maior e melhor estádio particular da Paraíba e um dos melhores do interior nordestino. Atualmente passa por ampliação de sua capacidade e por melhorias no acesso e segurança.
  • Estádio Renato Cunha Lima – recebeu algumas partidas oficiais em 2006, mas não oferecia capacidade nem condições de segurança. Hoje o clube prepara o estádio para novamente recebe jogos oficiais, mas de menor porte. O estádio funciona como C.T. do Campinense Clube e também é onde os jogadores se concentram.

Ginásios

Campina Grande conta com alguns ginásios: Complexo Esportivo Plínio Lemos, Ginásio BNB, Ginásio da AABB, Ginásio do Campestre, Ginásio do Trabalhador, Ginásio "O Meninão", dentre outros.

Transporte

Rodoviário

AcudeVelhoCampinaGrande.jpg
A cidade de Campina Grande possui um importante sistema rodoviário que possibilita sua interligação com as capitais, principais centros do Nordeste e demais cidades do estado e da Região. Normalmente, Campina Grande faz parte da maioria das rotas entre o interior (parte do Sertão e Agreste) e o litoral. Suas rodovias, totalmente asfaltadas, são composta pelas rodovias federais BR-104, BR-230, BR-412 e conexões BR-230/104 e Alça Sudoeste, além de outras rodovias estaduais.

Transporte interurbano

Campina Grande dispõe de um moderno Terminal Rodoviário de Passageiros - o Terminal Rodoviário "Argemiro de Figueiredo" - que estabelece interligação com os mais importantes centros e capitais da região e de todo o país, registrando um grande fluxo diário de passageiros.
Para dar suporte a ônibus que fazem linhas intermunicipais de curta distância, a cidade dispõe ainda do Terminal Rodoviário "Cristiano Lauritzen", popularmente conhecido como Rodoviária velha.

Transporte urbano

O sistema de transportes urbanos da cidade é gerenciado pela Superintendência de Trânsito e Transportes Públicos - STTP, autarquia municipal de direito público, com autonomia administrativa e financeira. Entre outras atribuições, cabe à STTP planejar, coordenar e executar o sistema viário de Campina Grande, além de controlar o sistema de transporte coletivo, moto-táxis e de táxi, no âmbito municipal.
No tocante ao atendimento, cerca de 95% da área do município é servida pelo sistema de transporte coletivo, com uma frota de mais de 190 ônibus urbanos, em 19 linhas, agrupadas em quatro grandes grupos: Circulares, Transversais, Radiais, e Distritais.
Em 2007, deu-se início à construção do primeiro terminal do sistema integrado de ônibus, no Parque Evaldo Cruz (Açude Novo). Foi também instalado o sistema de bilhetagem eletrônica em outubro de 2007. Em 2008, foi inaugurado o primeiro Terminal de Integração de Campina Grande, localizado no largo do Açude Novo. O sistema integra cerca de 90% das linhas de transporte coletivo nos sentidos centro-bairro e bairro-centro.
Além dos transportes coletivos, a cidade tem a disposição cerca de 586 táxis e 727 mototaxistas cadastrados.

Ferroviário

O Município é atendido pelo sistema de transporte ferroviário sob administração da Rede Ferroviária Federal (REFESA), que faz a interligação com várias cidades do estado, do litoral à zona sertaneja (inclusive sua capital, João Pessoa), com o porto de Cabedelo, além de outras capitais do Nordeste, em uma linha que percorre desde Propriá, em Sergipe, até São Luís, Maranhão.
Este tipo de transporte disponível é um grande reforço de infraestrutura, permitindo o escoamento de parte importante da produção do estado para outros centros de consumo e o barateamento dos custos de transporte.

Aeroviário

Fachada do Aeroporto Presidente João Suassuna.
O sistema de transporte aeroviário de Campina Grande dispõe do Aeroporto Presidente João Suassuna - com pista de 1600 m de extensão por 45 m de largura - que possui todo o serviço de infra-estrutura para o apoio e a segurança das aeronaves. Operando com tráfegos regular e não regular, conta com voos diários, interligando cidade aos mais diversos centros e capitais do país.
A cidade dispõe também do Aeroclube de Campina Grande, localizado no distrito de São José da Mata, que opera com aviões de pequeno porte, nas atividades comercial e de lazer.
Acidentes Aéreos
Em Campina Grande já ocorreram dois acidentes aéreos. O primeiro 7 de outubro de 1948, onde um avião de pequeno porte, modelo Douglas DC-3, registro PP-LPB, da companhia Linhas Aéreas Paulista, caiu sobre um residência na rua Ireneu Joffliy. Felizmente não houve vítimas fatais.
O segundo acidente ocorreu em 5 de setembro de 1958, onde um avião comercial após sobrevoar a cidade e não conseguir pousar veio a cair no bairro do Serrotão. Nesse acidente faleceram 13 pessoas. A aeronave de modelo Curtiss C-46, registro PP-LDX da companhia Lóide Aéreo Nacional.
Companhias Aéreas
Leme GLO. Gol Linhas Aéreas
Leme TIB TRIP Linhas Aéreas

Educação

História
Foi em 1822 que foi fundada a primeira escola em Campina Grande, numa época que a lei exigia o ensino da leitura, das quatro operações matemáticas básicas, noções de geometria prática, gramática do português e a religião católica. O primeiro professor da rede pública de Campina Grande foi Antonio José Gomes Barbosa.
Até o ano de 1849, só podiam participar das escolas públicas em Campina Grande pessoas do sexo masculino. As primeiras escolas para mulheres foram criadas em 1857.
O primeiro grupo escolar da cidade foi o "Solon de Lucena", que existe até hoje. O prof. Clementino Procópio fundou a primeira escola privada em Campina Grande, a escola "São José". Depois disso, outras escolas particulares, como o colégio Pio XI, colégio Alfredo Dantas e, em 1931, o colégio Imaculada Conceição (DAMAS), todos existentes até hoje.
Em 1954, foi fundado o Colégio Estadual da Prata, também conhecido como "O Gigantão da Prata".
Atualmente
Campina Grande dispõe de uma ampla rede escolar e universitária que se destaca não só pela quantidade dos estabelecimentos públicos e privados existentes, mas pela extensão, desde o ensino fundamental até a pós-graduação, abrangendo várias áreas do conhecimento humano.

Ensino fundamental e médio

Campina Grande possui o maior colégio estadual de ensino médio da região como também o segundo maior colégio do estado da Paraíba, o Colégio Estadual da Prata (Colégio Estadual Dr. Elpídio de Almeida) , fundado em 1954, com capacidade de mais de 3500 alunos, que beneficia não somente estudantes campinenses, mas de diversas cidades. Campina também possui colégios particulares de grande renome no estado da Paraíba, e em todo Nordeste, dos quais podemos citar: o Colégio Motiva, o Colégio Virgem de Lourdes - Lourdinas, o Colégio Imaculada Conceição - DAMAS,e o Colégio Alfredo Dantas - CAD.

Escolas técnicas

Portão de entrada da Escola
Técnica Redentorista.
Existem instituições de ensino profissionalizante em nível médio, tanto públicas quanto privadas, capacitando ou treinando mão-de-obra especializada em atendimento às demandas dos diversos setores econômicos. Instituições como SESI e SENAI oferecem curso técnico em Eletroeletrônica e profissionalizante . Na parte técnica, uma escola bastante tradicional é a Escola Técnica Redentorista com cursos nas áreas de Segurança do Trabalho,Informática,Eletrônica e Telecomunicações. O IFPB - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba oferece cursos técnicos nas áreas de Informática,Mineração e Petróleo e Gás.
Em 2003, de acordo com o IBGE, existiam 80.427 alunos matriculados para o ensino fundamental para 3688 professores e 19 764 alunos de ensino médio para 1108 professores.

Universidades públicas

Possui duas universidades públicas e um instituto federal:
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba - IFPB - Campus Campina Grande
O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba é uma instituição de ensino superior e técnico, pública e federal, que possui uma unidade descentralizada em Campina Grande. A instituição conta com os cursos superiores de Tecnólogo em Telemática,Tecnólogo em Construção de Edifícios e Licenciatura em Matemática, além dos cursos técnicos em Mineração, Manutenção e Suporte em Informática, Petróleo e Gás e Informática. O início das atividades do IFPB em Campina Grande ocorreu no final de 2006, suas turmas pioneiras iniciaram suas atividades no início de 2007. O campus do IFPB - Campina Grande, está localizado no bairro Dinamérica nas proximidades do ginásio de esportes "O Meninão".
Universidade Federal de Campina Grande
A Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) é uma instituição de ensino superior, pública e federal, fundada 2002 como um desmembramento da UFPB. É considerada um dos pólos de desenvolvimento científico e tecnológico do Nordeste, onde realizam-se diversos cursos de pós-graduação, nos níveis de especialização de mestrado e doutorado.
A UFCG possui sete campi, localizados nas cidades de Campina Grande, Pombal, Patos, Sousa, Cajazeiras, Cuité e Sumé no interior do estado.
Universidade Estadual da Paraíba
A Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) possui sede em Campina Grande com outros campos em Lagoa Seca, Guarabira e Catolé do Rocha. Em 2006 foram inaugurados campi da universidade estadual em Monteiro, Patos e João Pessoa.
Foi fundada em 11 de outubro de 1987 pelo então Governador da Paraíba, Tarcísio de Miranda Buriti, deixou de ser chamada de Universidade Regional do Nordeste para se transformar em Universidade Pública Estadual, reconhecida pelo Conselho Federal de Educação em 1996.
A UEPB hoje possui cerca de 46 cursos de graduação, 2 cursos de nível técnico e conta com aproximadamente 20 mil estudantes.

Universidades particulares

Outras escolas de ensino superior, particulares, são:
  • Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas - FACISA
  • Faculdade de Ciências Médicas de Campina Grande - FCM
  • Escola Superior de Aviação Civil - ESAC
  • Faculdade Maurício de Nassau - FMN
  • Centro de Educação Superior Reinaldo Ramos - CESREI
  • Faculdade Anglo-Americano
  • Faculdade de Teologia e Filosofia da Católica - CATÓLICA
  • Universidade Corporativa da Indústria da Paraíba - UCIP
  • Instituto Campinense de Ensino Superior - ICES
  • União do Ensino Superior de Campina Grande - UNESC
  • Faculdade Paulista de Tecnologia
  • Universidade Estadual Vale do Acaraú UVA- UVA
  • Universidade Paulista - UNIP
  • Universidade Norte do Paraná - UNOPAR UNOPAR

Saúde

Campina Grande conta com dezenove hospitais, 93 unidades básicas de saúde, três centros de referência de saúde, além do Serviço Municipal de Saúde.

Cronologia

Cronologia desde a fundação do sítio Campina Grande, passando pelo aparecimento da Vila Nova da Rainha até a elevação à categoria de cidade.

Ano Acontecimento
1697 Teodósio de Oliveira Lêdo, Capitão-mor dos Sertões, aldeou os índios Ariús na região onde hoje fica Campina Grande.
1790 Como o novo nome de Vila Nova da Rainha, o sítio Campina Grande é elevado à categoria de Vila
1814 Inaugurado o Edifício Municipal (hoje o Museu Histórico e Geográfico de Campina Grande), que também servia de cadeia, no largo da matriz (hoje Avenida Floriano Peixoto).
1822 Na Vila Nova da Rainha é criada sua primeira escola.
1828 Construção do Açude Velho.
1830 Construção do Açude Novo, como segunda fonte de abastecimento d'água para a região.
1864 Em 11 de outubro de 1864 é elevada à categoria de Cidade. Possuia quatro mil habitantes.
1896 Inauguração da primeira Agência de Telégrafos em Campina Grande, onde funcionava a Cadeia.
1907 Inaugurada a Estação Ferroviária, no dia 2 de outubro.
1909 A cidade de Campina Grande ganha seu primeiro cinema, não muito depois dos primeiros filmes produzidos.
1914 Fundado o Campinense Club.
1917 Construção do Açude de Bodocongó.
1923 Inaugurada a Agência do Banco do Brasil, primeiro banco da cidade.
1925 Inaugurado a Feira Central (Mercado Público).

Inaugurado o Banco de Campina
1925 Criado o Treze Futebol Clube.
1927 Inaugurado o sistema de abastecimento d’água em Puxinanã.
1933 Inaugurado o edifício dos Correios e Telégrafos, onde hoje fica a Praça da Bandeira.
1940 Inaugurado o Aeroclube de Campina Grande.
1942 Fundação do SENAI em Campina Grande.
1949 Fundada a Federação das Indústrias do Estado da Paraíba – FIEP.
1950 Inauguração do prédio atual dos Correios e Telégrafos.
1958 Construído o sistema de abastecimento d’água de Boqueirão.
1962 Criação do Clube do Trabalhador - (clube do SESI), por iniciativa da FIEP e SESI.
1963 Concluído o Teatro Municipal Severino Cabral.

Criada a Companhia de Eletricidade da Borborema – CELB.
1966 Fundada a TV Borborema Ltda

Fundada a Telingra, hoje Telemar
1967 Criado o Museu de Artes Assis Chateaubriand.
1974 Construção do Estádio "O Amigão".

Criado o Centro de Ciências e Tecnologia (CCT), passando as unidades da UFPB em Campina Grande, no conjunto, à denominação de Campus II.
1976 Criada a Central de Abastecimento (CEASA), ligada ao Sistema Nacional de Centrais de Abastecimento – SINAC.
1976 Inaugurado o Parque Evaldo Cruz – "Parque do Açude Novo".
1983 Pela primeira vez acontece O Maior São João do Mundo
1984 Criada a Fundação Parque Tecnológico da Paraíba – PaqTcPB.
1985 Construído o Parque do Povo.

Construído a Terminal Rodoviário Argemiro de Figueiredo, a Rodoviária Nova.
1988 Realizada a primeira Feira de Tecnologia de Campina Grande – FETEC.
1989 Melhoramento genético da fibra do algodão colorido
1989 Realizada a primeira MICARANDE - Primeiro micareta fora da Bahia.
1991 Concluído o Shopping Luiza Motta.
1992 Inaugurado o Complexo Esportivo "Ginásio O Meninão".

Inaugurado o Museu Vivo de Ciência e Tecnologia.
1993 Inaugurado o Parque da Criança.
1999 Criação a Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas - FACISA, a primeira faculdade particular de Campina Grande.
2002 Desmembramento da UFPB,criação da UFCG

Criação do consórcio de exportação de software - PBTECH
2008 Inaugurado o Sistema Integrado de Ônibus

Bibliografia

  • ALMEIDA, Elpídio. História de Campina Grande. João Pessoa: Editora Universitária/UFPB, 1978.
  • ALMEIDA, Antônio Pereira de. Os Oliveira Lêdo … De Teodósio de Oliveira Lêdo – fundador de Campina Grande – a Agassiz Almeida – Constituinte de 1988. Brasília: CEGRAF, 1989)
  • BURITI, Iranilson; BURITI, Catarina. História da Paraíba: meu passado, meu presente. Curitiba: Base Editorial, 2009.
  • CÂMARA, Epaminondas. Datas Campinenses. Campina Grande: RG Editora e Gráfica, 1998.
  • CÂMARA, Epaminondas. Os Alicerces de Campina Grande. Esboço Histórico-Social do Povoado e da Vila (1697 a 1864). Campina Grande: Edições Caravela, 1999.
  • CARMONA, Marcos. A reintrodução da cultura do algodão no semi-árido do Brasil através do fortalecimento da agricultura familiar: um resultado prático da atuaçaõ do COEP. Cadernos de Oficina Social, vol. 13, p. 24-25. Rio de Janeiro: Oficina Social, Centro de Tecnologia, Trabalho e Cidadania, 2005. ISSN 1518-4545 ; 13.
  • OCTÁVIO, José. História da Paraíba - Lutas e Resistência. João Pessoa: Editora Universitária/UFPB, 2000.
  • SOBRINHO, João Alves. História de Campina Grande em versos. Campina Grande: Academia Brasileira de Literatura de Cordel, 2004.
Matéria em construção...

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