CABO FRIO

Cabo Frio



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Município de Cabo Frio
Vista de Cabo Frio

Vista de Cabo Frio
Bandeira de Cabo Frio
Brasão de Cabo Frio
Bandeira Brasão

Fundação 13 de novembro de 1615 (398 anos)
Gentílico Não disponível
Prefeito(a) Alair Francisco Corrêa (PP)
(2013–2016)
Localização
Localização de Cabo Frio
Localização de Cabo Frio no Rio de Janeiro
Cabo Frio está localizado em: Brasil
Cabo Frio
Localização de Cabo Frio no Brasil
22° 52' 44" S 42° 01' 08" O
Unidade federativa  Rio de Janeiro
Mesorregião Baixadas Litorâneas Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística/2008 
Microrregião Lagos Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística/2008 
Municípios limítrofes Araruama, Armação dos Búzios, Arraial do Cabo, Casimiro de Abreu, São Pedro da Aldeia e Silva Jardim
Distância até a capital 155 km
Características geográficas
Área 400,693 km² 
População 200 380 hab. Censo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística/2013
Densidade 500,08 hab./km²
Altitude 4 m
Clima Tropical Aw
Fuso horário UTC−3
Indicadores
IDHM 0,735 (RJ: 19º) – alto Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento/2010 
PIB R$ 6 551 707,000 mil (BR: 87º) – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística/2010
PIB per capita R$ 35 181,29 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística/2010
Página oficial
Rua Barão do Rio Branco
Praia do Forte
Forte de São Mateus
Capela Nossa Senhora da Guia
Igreja de São Benedito
Igreja de Nossa Senhora de Assunção

 Cabo Frio é um município brasileiro do estado do Rio de Janeiro. Localiza-se a 22º52'46" de latitude sul e 42º01'07" de longitude oeste, a uma altitude de quatro metros acima do nível do mar. Faz divisa com Armação dos Búzios a leste, Arraial do Cabo a sul, Araruama e São Pedro da Aldeia a oeste, e Casimiro de Abreu e Silva Jardim a norte. É o sétimo município mais antigo do Brasil e o principal da Região dos Lagos. Possui 200 380 habitantes, segundo estimativa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística em agosto de 2013. É muito conhecido por suas atrações turísticas, como a Praia do Forte.

História

A ocupação humana das terras onde viria se estabelecer o município de Cabo Frio teve início há mais ou menos 6 000 anos, quando um pequeno bando nômade de famílias chegou em canoas pelo mar e acampou no Morro dos Índios, então uma pequena ilha rochosa na atual barra da Lagoa de Araruama e ponto litorâneo extremo da margem de restinga do Canal do Itajuru.
Conforme as evidências arqueológicas encontradas nesse sambaqui, que mais tarde seria abandonado pelo esgotamento de recursos para sobrevivência, o grupo nômade dispunha de tecnologia rudimentar e baseava-se numa economia de coleta, pesca e caça, onde os moluscos representavam quase todo o resultado do esforço para fins de alimentação e adorno. Há mais de 1 500 anos, os guerreiros indígenas tupinambás começaram a conquista do litoral da região.
Os restos arqueológicos das aldeias tupinambás na região de Cabo Frio ("Três Vendas", em Araruama e Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia em São Pedro da Aldeia) e também nos acampamentos de pesca ("Praia Grande", no Arraial do Cabo) evidenciam uma adaptação ecológica mais eficaz que a dos bandos nômades pioneiros. O profundo conhecimento biológico da paisagem regional, em particular da Lagoa de Araruama e dos mares costeiros riquíssimos em recursos naturais, fez com que o pescado se tornasse a base alimentar dos tupinambás, reforçada pela captura de crustáceos, gastrópodes e moluscos.
A vegetação de restingas e mangues da orla marítima oferecia excepcionais possibilidades de coleta de recursos silvestres, o que levou ainda à horticultura de várias espécies botânicas, destacando-se a forte presença da mandioca no cardápio, bem como ao domínio das técnicas de cerâmica. A caça, atividade masculina exclusiva, era muito importante como complemento de proteínas na dieta alimentar dos grupos locais.
Os índios tupinambás batizaram a região de Cabo Frio como "Gecay", que era o nome do único tempero da sua cozinha, feito com sal grosso cristalizado. Nos terrenos onde viria a se estabelecer a município de Cabo Frio, foram encontrados quatro possíveis sítios tupinambás. Os dois primeiros, o Morro dos Índios e a Duna Boavista, apresentam indícios de serem acampamentos de pesca e coleta de moluscos, enquanto o terceiro, a Fonte do Itajuru, próxima do morro de mesmo nome, era a única forma segura de abastecimento de água potável e corrente disponível na restinga.
Na referida elevação junto à fonte, o atual Morro da Guia, acha-se o sítio mais importante da região e um dos mais relevantes do Brasil pré-cabralino: o santuário da mitologia tupinambá, formado pelo complexo de pedras sagradas do Itajuru ("bocas de pedra" em tupi). Sobre estes blocos de granito preto e granulação finíssima, com sulcos e pequenas depressões circulares, os índios contavam histórias do seus heróis feiticeiros que ensinavam as artes de viver e amar a vida. Quando estes heróis civilizadores morriam, transformavam-se em estrelas, até que o sol decidisse enviá-los ao Itajuru, sob forma de pedras sagradas, para serem veneradas pela humanidade. Caso fossem quebradas ou roubadas, todos os índios desapareceriam da face da terra.
Em 1503, a terceira expedição naval portuguesa para reconhecimento do litoral brasileiro sofreu um naufrágio em Fernando de Noronha e a frota remanescente se dispersou. Dois navios, sob o comando de Américo Vespúcio, seguiram viagem até a Bahia e depois até Cabo Frio. Junto ao porto da barra de Araruama, os expedicionários construíram e guarneceram com 24 cristãos uma fortaleza-feitoria para explorar o pau-brasil, abundante na margem continental da lagoa.
Este estabelecimento comercial-militar pioneiro, que efetivou a posse portuguesa da nova terra descoberta e que deu início à conquista do continente americano, foi destruído, em 1526, pelos índios tupinambás, em função das "muitas desordens e desavenças que entre eles houve".
Os franceses traficavam pau-brasil e outras mercadorias com os índios, na costa brasileira, desde 1504. Durante as três primeiras décadas do século XVI, praticamente restringiram sua atuação ao litoral da região nordeste. A partir de 1540, por causa do rigoroso policiamento naval português nestes mares, os franceses exploraram o litoral e levantaram os recursos naturais de Cabo Frio. Em 1556, construíram uma fortaleza-feitoria para exploração de pau-brasil, na mesma ilhota utilizada anteriormente pelos portugueses, junto ao porto da barra de Araruama. A Maison de Pierre ("Casa de Pedra") cabofriense ampliou e consolidou o domínio francês no litoral sudeste, iniciado com o Forte Coligny no Rio de Janeiro, um ano antes.



Sinopse da história de Cabo Frio

Autor: Elisio Gomes Filho
Rua José Augusto Saraiva, 3 Ilha da Draga - Cabo Frio - Rio de Janeiro Brasil
tel 055 (22) 2647-4661 - site : www.nomar.com.br

Sob o arrendamento da terra recém descoberta, os contratadores lisboetas, levantaram uma feitoria na barra da Laguna de Araruama, para através da prática do escambo, obter dos tamoios, o pau-brasil. Era a conhecida feitoria do Cabo Frio.
Mas o famoso topônimo Cabo Frio se originou, quando os primeiros expedicionários portugueses tiveram contato com o fenômeno causado pela Ressurgência que aflora bem em frente do “focinho” da ilha do Cabo Frio (situada na costa de Arraial do Cabo). Ora a Ressurgência foi um fenômeno bastante marcante e peculiar para os navegantes lusitanos, pois em plena zona tropical, sentiram como se estivessem atravessando uma região de baixíssima temperatura, peculiar aos pólos.
Da feitoria guarnecida por poucos homens, os portugueses levaram milhares de pau-brasil, só a célebre nau Bretoa em 1511, levou do porto da Laguna de Araruama, 5.000 toros da madeira. Era o principal produto de exportação da terra virgem. Em segundo lugar na escala de produtos naturais embarcados, achavam-se os papagaios - aves sumamente cobiçadas pelos europeus. Os psitacídeos se tornavam animal de estimação, fosse pelo exótico colorido, fosse pela particular capacidade de imitar a voz humana. E os papagaios que eram ensinados a falar o tupi, tinham muito mais valor para os europeus.
No começo, obviamente, os portugueses fizeram contatos amistosos com os tamoios, os habitantes da região: os tamoios. Os colonizadores foram obrigados a contar com a ajuda indígena, uma vez que o pau-brasil era duro para cortar e pesado para transportar. A região era um grande manancial da árvore, onde os ameríndios a chamavam de arabutã ou ibirapitanga. Eles cortavam as árvores em toras na floresta e faziam o transporte em direção da rústica feitoria, e em troca, recebiam machados e cunhas de ferro.
Mas um certo dia, os tamoios se irritaram com os europeus: atacaram a feitoria portuguesa matando todos os seus ocupantes. Daí para frente, os tamoios se tornaram nos mais ferrenhos inimigos dos colonizadores portugueses, principalmente quando vieram a ter contato com os corsários franceses, que em Cabo Frio, também levantariam uma feitoria: a famosa “Casa da Pedra”.
De antigo local de um entreposto lusitano, toda a região do Cabo Frio se tornou o quartel general dos franceses, o que causou um sério empecilho ao projeto de colonização da costa meridional brasileira. De fato, a imensa região florestal de Cabo Frio em posse dos franceses, tendo como aliados, os aguerridos tamoios, chegaram realmente a dividir, territorialmente a colônia de Portugal.


A FUNDAÇÃO DA CIDADE

A data de fundação da cidade de Cabo Frio é 13 de novembro de 1615. Isso porque o rei Felipe II ordenou que Constantino Menelau, então governador-mor do Rio de Janeiro, fosse ao Cabo Frio, para afugentar de uma vez por todas os corsários. O que foi feito, e fundou a cidade de Nossa Senhora de Assunção do Cabo Frio, construiu um forte (Santo Inácio) e criou uma aldeia para abrigar índios aliados( Aldeia de São Pedro) sob a direção dos jesuítas. Em verdade, a Coroa ibérica tinha criado a mais nova Capitania Real da sua imensa colônia: a Capitania Real do Cabo Frio.
Para primeiro governador de Cabo Frio, escolheram um homem de posses e voluntarioso: Estevão Gomes. Homem capaz e resoluto, que veio edificar o forte de São Mateus (1616-1620), na formosa barra da Araruama e ultimar com a missão de expulsar definitivamente os estrangeiros que vinham para a região, principalmente os holandeses, que ainda aportavam ao norte, precisamente, no arquipélago de Santa Ana, na costa de Macaé. Para povoar e cultivar o grande território, Estevão Gomes concedeu sesmarias, principalmente entre as ordens religiosas, as quais receberam bons pedaços de terras urbanas. E assim, Estevão Gomes, lançou os primeiros fundamentos para fazer com que o convento dos franciscanos viesse a ser levantado ao pé do Marro do Tairú (atual morro da Guia), mesmo que morosamente. A Câmara Municipal foi criada, institui-se o pelourinho: surgia a vida política e administrativa de Cabo Frio, às margens do então largo e cristalino Itajuru.

JURISDIÇÃO TERRITORIAL E PRODUÇÃO AGRO- PASTORIL NO SÉCULO XVIII
Num ritmo lento, a Capitania Real do Cabo Frio atravessou o século XVI para o XVIII.

A região de Cabo Frio, que da colônia até as primeiras décadas do século XIX abrangia o que é hoje Macaé até Maricá, passando por Casimiro de Abreu e Silva Jardim - se caracterizava tanto pela expansão da lavoura açucareira (Araruama principalmente) como pela atividade pastoril( Campos Novos, antiga fazenda jesuítica). E a história de todos os municípios das regiões adjacentes tem suas histórias, está ligada intimamente a história de Cabo Frio - a mãe de muitas cidades, tanto do norte, como do sul fluminense.

A partir de 1763, com a transferência da capital da colônia para o Rio de janeiro, a Baixada Fluminense se caracterizaria como importante centro produtor, destacando-se Campos dos Goitacazes com relação ao açúcar. Mas nem só de açúcar e gado vivia a baixada. Há uma tentativa, ainda no tempo colonial, de se implantar o cultivo do anil e da cochonilha que, apesar de não competirem com açúcar, acarreta uma diversificação da produção de gêneros alimentícios como a mandioca, feijão, milho e arroz.
Com essa expansão da empresa colonial, representada, principalmente, pela lavoura açucareira, a população livre pobre e escrava se multiplica, constituindo a maioria que habita essa área produtora.

PRODUÇÃO NO SÉCULO XIX

Em meados do século passado, o município possuía uma considerável área de produção agrícola. Os produtos escoavam pela Laguna de Araruama, em especial pelos portos da Aldeia de São Pedro, de Iguaba e do Rio Mataruna. Os principais gêneros exportados eram: café, açúcar, algodão, amendoim, milho, farinha e feijão, entre outros. Só para se ter uma idéia, a Freguesia de Nossa Senhora da Assunção, com uma superfície de 468,07 quilômetros quadrados, possuía três fábricas de açúcar, duas salinas, seis olarias para a produção de telhas e tijolos, 67 fazendas voltadas para a produção cafeeira, outras lavouras e criação de animais, entre estas propriedades estavam as de Manoel Pereira, dono da grande fazenda de Angelim que produzia muito café, além de cana-de-açúcar e da criação de gado.
Pelo porto de Cabo Frio, em 1827, por exemplo, saíam muitos navios carregados rumo ao Rio de Janeiro. Era a lancha à vela São Francisco Voador, transportando 350 alqueires de farinha a granel, 84 alqueires de feijão-cavalo, 60 arrobas de peixe. A lancha Galatéia, levando 10 caixas de açúcar, 51 sacas de feijão de cores, 4 sacas de farinha, 420 alqueires de milho a granel e o penque Santa Cruz Brasileira, exportando para a corte, 3 caixas de açúcar, 860 alqueires de farinha a granel, 480 alqueires de milho, 125 alqueires de feijão-cavalo e 1 caixa de café.

O COLAPSO DO CELEIRO DA BAIXADA

Depois que o governo imperial acabou de uma vez com o tráfico clandestino de africanos, começou a aparecer às conseqüências negativas para a agricultura cabo-friense, doentiamente dependente da mão-de-obra escrava. A ruína econômica que grassou pelo município é um exemplo do que ocorreu na maior parte do território brasileiro. E após a decretação da Lei Áurea, a velha comuna, que até então era cognominada “o Celeiro da Baixada Fluminense” sofreu um colapso tremendo em sua organização agrícola.

Geografia

Hidrografia

Cabo Frio possui algumas das praias mais belas do Rio de Janeiro e do país. A Praia do Forte possui uma beleza inigualável, apresentando aos turistas suas areias brancas e suas águas cristalinas que se mostram em tons esverdeados ou azul-claro. Nesta praia, podemos contemplar também o Forte de São Mateus do Cabo Frio, monumento histórico, situado no canto esquerdo da praia, que, no período da colonização portuguesa, defendeu a costa da região de invasões estrangeiras e de piratas.
Além da Praia do Forte, Cabo Frio possui as seguintes praias: Praia da Brava, Praia de Peró, Praia de Conchas, sendo as praias de Unamar e Aquarius no segundo distrito (Tamoios).
Praia do Forte
A principal praia de Cabo Frio também é conhecida como Praia da Barra e tem 7,5 km de extensão. A praia é um dos cartões-postais da cidade e ponto de jovens e de turistas. Em seu extremo esquerdo, fica o Forte de São Mateus do Cabo Frio, construção do século XVII. Uma praça de alimentação oferece grande variedade de petiscos. De mar aberto, a praia foi considerada por velejadores internacionais como a maior raia do mundo para a prática do esporte.
Praia do Peró e Praia das Conchas
 
PRAIA DO PERÓ, CABO FRIO-RJ
Praia do Peró 
Distante sete km do Centro de Cabo Frio, a Praia do Peró tem sete km de extensão e é separada da Praia das Conchas por um pequeno canal. Suas águas são límpidas e a temperatura em torno dos 22 graus centígrados, própria para a prática do surfe. A Praia das Conchas é frequentada pelos aficcionados pela pesca de arremesso. Os peixes mais capturados nesta praia são badejo, anchova e tainha. O lugar oferece também uma bela vista das ilhas de Cabo Frio. Em toda sua orla, existem quiosques, restaurantes e música ao vivo.


Praia de São Bento


Localizada a setecentos metros do Centro, tem formação lacustre e é banhada pelo Canal do Itajuru. Tem quatrocentos metros de extensão. A área em torno da praia é residencial. Dela, se avista o bairro da Gamboa, a Ponte Feliciano Sodré e a Nova Ponte.
 
 
Praia do Siqueira


Localizada a cinco km do centro. Nela, se concentra a pesca do camarão. A praia é lacustre. Em torno dela, se encontra a Igreja de São Pedro e a Praça Júlia Fonseca. Situada às margens da Lagoa de Araruama, a Praia do Siqueira possui calçadão iluminado e quiosques com música ao vivo. A praia tem dois km de extensão e suas águas têm temperatura entre 24 e 26 graus centígrados.
Praia do Sudoeste
Próxima ao Aeroporto de Cabo Frio, a Praia do Sudoeste faz parte da Lagoa de Araruama. É própria para piqueniques. Também possui alta salinidade, o que requer muito cuidado na exposição ao sol.
Praia das Dunas
 
15 forte

A praia mais apropriada para a prática do surfe, pela força de suas ondas, é cercada por enormes dunas de areias brancas. O acesso pode ser feito pelo bairro do Braga ou, ainda, seguindo até o final da Praia do Forte. É recomendado cuidado no banho de mar nesta praia, onde é grande a presença de redemoinhos, formados por correntezas.
Praia do Foguete

Um paraíso!
Famosa por suas águas frias, é uma praia de águas profundas e bastante perigosa por suas correntezas. No entanto, a praia é boa opção para quem quer tranquilidade, pois não é muito frequentada, como a Praia do Forte. Fica no quilômetro quatro da estrada que liga Cabo Frio a Arraial do Cabo.
Praia das Palmeiras


Situada no bairro das Palmeiras, distante três km do Centro, a Praia das Palmeiras fica na Lagoa de Araruama e é própria para a captura de camarão e siri. Em sua paisagem, encontram-se muitas embarcações de pesca. No local, existem quiosques e barracas com aperitivos, pescados da região e música ao vivo. Também podem ser encontradas grandes quantidades de conchas. A praia é cercada por altas palmeiras e coqueiros, que deram nome ao bairro.
Praia Brava

Cercada por escarpas de uns vinte metros de altura, com quatrocentos metros de extensão, a Praia Brava tem, à sua frente, a Ilha dos Papagaios, um local bastante selvagem. Com águas claras e muito agitadas, é a praia a onde se pratica o nudismo. É também muito procurada por surfistas. Está situada entre a Ponta do Peró e o Morro do Farolete (Ogiva). O final do percurso é feito a pé, por uma trilha de pedra em terreno em declive.
Ilha do Japonês



Entre as inúmeras ilhas de Cabo Frio, destacam-se a Ilha dos Anjos, onde se pesca o melhor camarão da região; a Ilha dos Pargos, rica em anchovas; Ilha Dois Irmãos, Ilhas dos Papagaios, Ilha do Japonês, famosa por proporcionar trilhas para caminhadas, e Ilha Comprida, apropriada para a prática do mergulho e pesca submarina. Durante a noite, em geral nos meses de verão, é comum a prática de arrasto de camarão sob a luz de lanternas.

Economia

Shopping da Gamboa (Rua dos Biquínis)

 O Gamboa Shopping é um shopping center a céu aberto na Rua José Rodrigues Póvoas (Rua dos Biquínis). O shopping possui uma cobertura com imensos toldos em formato de lírios, para amenizar o calor durante o dia. Apesar do comércio, o shopping não deixou de lado a parte natural, com jardins com bastante verde e passarelas de madeira.

Turismo



Forte de São Mateus do Cabo Frio


Construído pelos portugueses entre 1616 e 1620 com o objetivo de defender a costa contra franceses, ingleses e holandeses que vinham em busca da imensa quantidade de pau-brasil que havia na região. Os canhões utilizados nas batalhas ainda se encontram voltados para o mar, como se estivessem prontos para defender o município de novos ataques.
A casa onde os soldados viviam serve hoje como um espaço para artesãos mostrarem seus trabalhos. Do forte, se tem uma completa vista de toda a extensão da Praia do Forte até Arraial do Cabo. Do lado oposto à praia, pode-se ver a Ilha do Japonês, local pouco explorado, com pescadores em barcos pequenos e coloridos e embarcações maiores que seguem para alto mar.
 
 
 
Bairro da Passagem
 
O bairro da Passagem surgiu como um ponto de apoio na travessia para o Canal do Itajuru e ainda mantém características da época da fundação do município, pois ali surgiram as suas primeiras construções. As riquezas arquitetônicas e históricas transformaram o local em ponto turístico.
A Igreja de São Benedito, construída em 1701, faz parte do patrimônio que este bairro abriga. A capelinha foi construída especialmente para os escravos negros e prima pela simplicidade.
Monumento do Anjo Caído
Localizado no meio do Canal do Itajuru, no bairro do Portinho. O monumento leva este nome por apresentar na coluna que o sustenta uma inclinação, devido ao movimento e força das marés. O anjo foi esculpido em pedra sobre uma coluna de nove metros de altura, em homenagem à abertura do Canal Artificial Palmer, no início do século XX. Atualmente a Prefeitura de Cabo Frio, juntamente ao governo do Rio está tentando reformar o Monumento, pois aparentemente ele não aguentará muito tempo.

Cultura

Charitas - Museu e Casa de Cultura José de Dome
No prédio, hoje encontra-se o Museu e Casa de Cultura José de Dome. Já foi orfanato, numa época em que crianças eram abandonadas com certa frequência. Havia, no local, uma roda onde eram colocados esses bebês e retirados do outro lado, onde recebiam abrigo, alimentação e educação. Serviu também de abrigo durante a Segunda Guerra Mundial.
Construído em 1837, recebeu o nome latino Charitas (pronuncia-se "Cáritas") ou Casa de Caridade e é hoje, um espaço com atividades culturais permanentes. Promove oficinas, seminários e cursos durante todo o ano, além de apresentar espetáculos de teatro, música e dança. Aí se encontra também, em exposição permanente, a obra do artista plástico José de Dome, que viveu longo período em Cabo Frio. Fica na Avenida Assunção esquina com a Avenida Nilo Peçanha, no Centro da cidade. A visitação é de segunda a sexta-feira, das oito às vinte horas; sábados, domingos e feriados, das catorze às vinte horas.
Casa dos 500 anos
Casa dos 500 anosLocalizada no bairro do Portinho, a casa que recebeu esse nome em homenagem a comemoração dos 500 anos da colonização do município, é sede de vários eventos com intuito cultural ligado aos interesses da cidade e também eventos aleatórios devido a privatização da mesma. O vereador responsável pela obra foi Fábio Ferreira de Gomes Pedrosa, foi bastante elogiado pela construção da mesma por resgatar a memória da colonização sempre esquecida pelos outros governantes, segundo palavras do próprio.


Transporte

Ônibus

O transporte coletivo na cidade é prestado pela Auto Viação Salineira, que detém, de forma monopolizada, todo o transporte público municipal. O transporte intermunicipal também é prestado pela Auto Viação Salineira, que faz a ligação de Cabo Frio com cidades mais próximas e pela Auto Viação 1001, que liga Cabo Frio à cidade do Rio de Janeiro, a outras cidades do interior do estado e aos estados de São Paulo e Minas Gerais.
 
 A situação de monopólio já se estende por longos anos, e, os governos apenas legitimaram o domínio hegemônico dessa empresa, causando consequências para a população pobre, que depende, majoritariamente do transporte coletivo. Logo, a empresa possui uma das maiores tarifas do Brasil, oferecendo um serviço precário, ora pela quantidade de linhas e ônibus, ora pela equação preço/distância percorrida. Outras formas de transporte são coibidas e proibidas no município, sendo denunciadas e tidas como ilegais. Neste ano de 2012, a Auto Viação Salineira está tentando converter alguns preços de passagens, barateando-as.

Aeroporto


O Aeroporto de Cabo Frio possui a segunda maior pista de pouso do estado e é bastante utilizado para receber voos cargueiros destinados à indústria petrolífera. E também opera voos regulares comerciais vindos do Rio de Janeiro e serve como escala de voos vindos de Belo Horizonte, e São Paulo.



Carnaval

Destaque

O carnaval da cidade é um dos mais tradicionais do interior do estado do Rio de Janeiro, sendo o segundo carnaval do estado, atrás apenas da capital. Tem movimentando muitos foliões, que se divertem no Cabofolia, no final do mês de janeiro e no desfile das escolas de samba, em fevereiro.

Religião

Igreja de São Benedito



Localizada no bairro da Passagem, a igreja foi construída em 1701 com o objetivo de realizar missas para os negros, pois a discriminação racial era ainda bem forte na época.
Uma réplica de um barco de pesca foi colocada em seu altar, representando a humildade e a fé dos frequentadores.
 
 
Capela Nossa Senhora da Guia

Cabo Frio

Construída pelos padres franciscanos em 1740, esta pequena capela situada no alto do Morro da Guia oferece uma belíssima vista da cidade e é cercada de lendas.
A imagem de Nossa Senhora da Guia foi colocada na capela apenas em 1982, quando passou por uma reforma.
Conforme a lenda, havia um altar para a imagem de Nossa Senhora da Guia no Convento Nossa Senhora dos Anjos, que fica bem no pé do Morro da Guia. Porém, quando colocada neste altar, no dia seguinte, pela manhã, aparecia sempre no alto do morro. Era, então, levada para baixo e recolocada no altar e, novamente, ao amanhecer, aparecia a imagem no alto do morro. Após algumas tentativas frustradas, resolveram construir a Capela de Nossa Senhora da Guia exatamente no alto do morro, e foi colocada ali a imagem da santa, fazendo assim a sua vontade.
Após as reformas, foi construído um mirante que permite se ter uma vista panorâmica da cidade.
Tem que se fazer a subida a pé, pois a entrada de veículos só é permitida para o transporte de pessoas idosas ou portadores de necessidades especiais.
Igreja Matriz de Nossa Senhora de Assunção
Igreja Matriz de Nossa Senhora da Assunção

 O altar-mor, em estilo barroco, com detalhes em ouro, guarda a imagem da padroeira esculpida em madeira.
Esta foi a terceira imagem trazida ao Brasil no século XVII, vindo direto para a Matriz de Cabo Frio.
Uma capela foi construída em homenagem a Nossa Senhora da Conceição, do lado direito dentro da matriz.
Esta imagem de Nossa Senhora da Conceição foi encontrada em 24 de setembro de 1721 por um pescador, numa grota de pedras, num lugar chamado "Taboleiro". A imagem é feita de nogueira, medindo pouco mais de um palmo.

Cidades-irmãs

  • Flag of Brazil.svg São Pedro da Aldeia, Brasil
  • Flag of Brazil.svg Armação dos Búzios Brasil
  • Flag of Brazil.svg Arraial do Cabo, Brasil


Panorâmica de Cabo Frio

Panorama da Ponte Feliciano Sodré.
Panorama da Ponte Feliciano Sodré.


 Matéria em construção...

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