História da colonização
O governo brasileiro, convencido dos benefícios da imigração, enviou em 1822 à Europa o major Georg Anton von Schäffer para recrutar interessados em emigrarem para o Brasil. O major viajou primeiramente a Hamburgo negociando para estabelecer contrato e enviar emigrantes para o Brasil primeiramente com o Grão-Ducado de Mecklemburgo-Schwerin e depois com Birkenfeld, pertencente ao Ducado de Oldenburgo.Para convencer os interessados, o governo brasileiro acenou com uma série de vantagens:
- Passagem à custa do governo;
- Concessão gratuita de um lote de terra de 78 hectares;
- Subsidio diário de um franco ou 160 réis a cada colono no primeiro ano e metade no segundo;
- Certa quantidade de bois, vacas, cavalos, porcos e galinhas, na porção do número de pessoas de cada família;
São José do Hortêncio foi o terceiro município a ser colonizado no estado, por volta de 1826. A seguir foram chegando outras levas e foi tentada a criação das colônias de Três Forquilhas e Dom Pedro de Alcântara, com pouco sucesso.
Imprensa e literatura alemã no Rio Grande do Sul
Para atender as necessidades de leitura e educação dos colonos logo foi criada uma imprensa local. A primeira obra que se tem notícia foi a cartilha, para estudantes, Neuestes ABC Buchstabier und Lesebuch, impressa em 1832 na gráfica de Claude Dubreuil em Porto Alegre.Em 1836 surgiu O Colono Alemão publicado por Hermann von Salisch, fazendo propaganda da causa farroupilha aos colonos alemães, apesar dos planos de ser bilingue, foi publicado somente em português, provavelmente por falta de uma gráfica com tipos góticos.
O primeiro jornal em língua alemã foi Der Kolonist, que surgiu em Porto Alegre, em 1852. No final do século XIX a imprensa alemã já estava bem desenvolvida, com vários jornais, que se digladiavam entre si e competiam pelos leitores, como o Deutsche Zeitung, Deutsches Volksblatt e Deutsche Post.
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