©
Foto / AFP / Patricia de Melo Moreira
Europa
Portugal decretou, esta quinta-feira (25) o "dever cívico de recolhimento domiciliário" para moradores de um bairro de Lisboa e de outros em quatro cidades da região metropolitana da capital que concentram o maior número de novos casos da COVID-19 do país nas últimas semanas.
A
partir da próxima segunda-feira (29), os moradores dessas "freguesias",
como são chamados os bairros, só devem sair de casa para atividades
essenciais, como ir ao trabalho ou ao supermercado. Além disso, estão
proibidas reuniões de mais de cinco pessoas e a realização de feiras
populares.
As novas medidas reforçam as que já tinham entrado em vigor há dois dias para toda a capital e região metropolitana: proibição de venda de bebidas alcoólicas em lojas de conveniência, do consumo de bebidas em vias públicas e encerramento de comércio em geral às 20h.
Portugal soma 40.415 casos da COVID-19 e 1.549 mortes causada pela doença. Nesta quinta-feira (25), um estudo da Universidade de Oxford e do jornal britânico The Guardian situou o país como o 12º a registrar mais casos novos, com um crescimento de 21% em uma semana. A lista tem 45 nações e Portugal ficou na frente do Brasil, que teve crescimento de 17% no mesmo período segundo a pesquisa.
"Apesar de a transmissão em muitos países europeus ter sido interrompida, o vírus ainda circula, continua a ser mortal e a afetar as pessoas mais suscetíveis", disse o diretor da OMS.
O infectologista avalia que é preciso intensificar a quebra das dinâmicas de transmissão do vírus. "Com o distanciamento social essa dinâmica de transmissão é reduzida. A medida em que eu tenho uma flexibilização, as pessoas acabam entendendo que a vida voltou ao normal, mas não. Nesse momento em que não temos vacina, são necessárias medidas de precaução e prevenção de uma forma geral. Usar máscaras, afastar quem está doente, diagnosticar precocemente, manter a distância mínima de um metro e meio a dois metros das pessoas", diz Bruno Tavares.
Durante o debate, o diretor da OMS estimou que o mundo vai alcançar a marca de dez milhões de infectados e de 500 mil mortos na próxima semana.
As novas medidas reforçam as que já tinham entrado em vigor há dois dias para toda a capital e região metropolitana: proibição de venda de bebidas alcoólicas em lojas de conveniência, do consumo de bebidas em vias públicas e encerramento de comércio em geral às 20h.
"O apelo que gostaria de fazer era que todos tivéssemos consciência que é essencial fazer esse esforço acrescido. O COVID não desapareceu. O COVID não vai desaparecer enquanto não houver um remédio ou uma vacina. Por isso, a única forma eficaz de controlar essa pandemia é fazer aquilo que fizemos muito bem durante o estado de emergência, que é mantermo-nos em casa sempre que possível, mantermos a distância física sempre, manter as normas de proteção sempre, as normas de higiene sempre", disse o primeiro-ministro, António Costa, durante o anúncio das novas restrições.Depois de dois meses de um confinamento exemplar e de ser classificado como o "milagre" do combate à pandemia pela imprensa internacional, Portugal se vê diante de um cenário que António Costa considera "controlado", mas com atenção. "71% dos novos casos registados hoje verificaram-se na área metropolitana de Lisboa", disse o primeiro-ministro.
Portugal soma 40.415 casos da COVID-19 e 1.549 mortes causada pela doença. Nesta quinta-feira (25), um estudo da Universidade de Oxford e do jornal britânico The Guardian situou o país como o 12º a registrar mais casos novos, com um crescimento de 21% em uma semana. A lista tem 45 nações e Portugal ficou na frente do Brasil, que teve crescimento de 17% no mesmo período segundo a pesquisa.
Alerta da OMS
Pouco antes do anúncio do governo português, o diretor da Organização Mundial de Saúde alertou para a situação na Europa. Tedros Ghebreyesus participou de um debate com a comissão de saúde pública do Parlamento Europeu e disse que "não é hora de baixar a guarda"."Apesar de a transmissão em muitos países europeus ter sido interrompida, o vírus ainda circula, continua a ser mortal e a afetar as pessoas mais suscetíveis", disse o diretor da OMS.
Para o infectologista brasileiro Bruno Tavares, as incertezas sobre o novo coronavírus exigem cautela. "Algumas localidades conseguiram um controle maior e melhor do que outras, mas o que estava controlado antes nada impede de voltar a piorar. Depende da dinâmica populacional, principalmente agora com a liberação das fronteiras", diz o médico à Sputnik Brasil.Os estados-membros da União Europeia já reabriram as fronteiras internas e a Comissão Europeia deve anunciar em breve a lista de países de fora com os quais o bloco retomará voos a partir de 1 de julho. O Brasil não deve entrar na primeira leva, que será definida por critérios sanitários.
O infectologista avalia que é preciso intensificar a quebra das dinâmicas de transmissão do vírus. "Com o distanciamento social essa dinâmica de transmissão é reduzida. A medida em que eu tenho uma flexibilização, as pessoas acabam entendendo que a vida voltou ao normal, mas não. Nesse momento em que não temos vacina, são necessárias medidas de precaução e prevenção de uma forma geral. Usar máscaras, afastar quem está doente, diagnosticar precocemente, manter a distância mínima de um metro e meio a dois metros das pessoas", diz Bruno Tavares.
Durante o debate, o diretor da OMS estimou que o mundo vai alcançar a marca de dez milhões de infectados e de 500 mil mortos na próxima semana.
0 comentários:
Postar um comentário