Três mísseis atingem base aérea com militares dos EUA no norte do Iraque

Lusa

Lusab

Os três mísseis do tipo Katiusha não causaram baixas.

Pelo menos três mísseis atingiram esta segunda-feira uma base aérea militar no norte de Bagdad, capital do Iraque, onde estão aquartelados militares norte-americanos.

A informação é adiantada pela France-Presse (AFP), que cita um oficial dos serviços de segurança, sob a condição de anonimato.

Segundo a EFE, os três mísseis do tipo Katiusha que atingiram a base de Al Balad não causaram baixas.

A base é o quartel-general de uma empresa de manutenção de caças F-16 dos Estados Unidos.

O chefe da base, general Diaa Mohsen confirmou o ataque em declarações à agência estatal iraquiana INA.

Atentado não causou "danos significativos"

Segundo a INA, o atentado não causou "danos significativos" em Al Balad, uma das maiores bases aéreas do Iraque e alvo deste tipo de atentado em várias ocasiões.

Este é o segundo ataque em menos de 24 horas, depois de duas granadas de morteiro atingirem na noite de domingo o aeroporto de Bagdad, onde um contingente norte-americano está destacado, na sequência da coligação internacional contra o autodenominado Estado Islâmico do Iraque e da Síria (ISIS, na sigla inglesa).

Estes incidentes ocorrem na mesma altura em que Teerão está a tentar retomar o diálogo sobre o programa nuclear com Washington, o principal inimigo a par de Israel, e com Riade, o grande rival na região e que também partilha fronteiras com o Iraque.

O ataque não foi reivindicado imediatamente, mas dezenas de ações similares têm sido atribuídas por Washington aos grupos armados iraquianos a favor do Irão. Um dos engenhos foi intercetado pelos sistemas de defesa C-RAM, indicou à AFP um responsável dos serviços de segurança sob a condição de anonimato.

No total, e desde a chegada ao poder no final de janeiro do Presidente dos Estados Unidos da América, o democrata Joe Biden, cerca de 30 ataques visaram colunas logísticas iraquianas da coligação internacional contra os jihadistas liderada por Washington, bases com a presença de militares norte-americanos ou representações diplomáticas.

Dezenas de outros ataques também foram dirigidos contra norte-americanos, incluindo funcionários contratados, desde o outono de 2019 e durante a administração do republicano Donald Trump, com diversos mortos e feridos, à semelhança do que tem acontecido desde janeiro.

Em meados de abril, os ataques atingiram um novo patamar, quando pela primeira vez fações iraquianas a favor do Irão efetuaram um ataque com um drone suicida sobre uma base com militares norte-americanos no aeroporto de Ebril, o norte curdo do país.

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