O
rover Zhurong, pertencente à Administração Espacial Nacional da China,
enviou novas imagens do Planeta Vermelho à Terra, que incluem som e uma
vista panorâmica à sua volta.
A Administração Espacial Nacional da China (CNSA, na sigla em inglês) enviou novas imagens de Marte capturadas pelo rover Zhurong, que faz parte da missão chinesa Tianwen-1.
Nas imagens o rover, que é movido a energia solar, pode ser visto
abrindo um paraquedas antes de pousar no Planeta Vermelho e se afastar de seu módulo de pouso.
Rover Zhurong de Marte olhando para trás, à distância, para o módulo de pouso.
Crédito: CNSA, Steed
O rover tem operado em Marte durante cerca de 42 dias marcianos, e
conseguiu percorrer um total de 236 metros, de acordo com a
Administração Espacial Nacional da China.
Espera-se que o rover continue suas missões de exploração. Sua principal missão é buscar sinais de água ou gelo que possam fornecer pistas de que o planeta pode suportar vida.
De
acordo com dados referidos pela agência norte-americana Bloomberg, o
país asiático conseguiu atingir um valor recorde de depósitos bancários
em meio a uma economia resiliente à crise pandêmica mundial.
Os depósitos em moeda estrangeira mantidos por bancos chineses aumentaram em mais de US$ 250 bilhões
(R$ 1,24 trilhão) em um ano até maio de 2021, ultrapassando pela
primeira vez US$ 1 trilhão (R$ 4,95 trilhões) e dando maior liberdade
para que o capital flua para fora do país, escreveu na quinta-feira (24) a agência norte-americana Bloomberg.
Tal fato se deve à maior demanda de
produtos chineses em meio à pandemia da COVID-19, que aumentou os lucros
dos exportadores, ao mesmo tempo que uma economia resiliente e a
valorização da moeda levaram os investidores a vender dólares por yuans
para comprar ações e títulos chineses.
Da mesma forma, os credores comerciais chineses registraram um
recorde de US$ 1,38 trilhão (R$ 6,84 trilhões) em moeda estrangeira até o
final de maio, a maior parte deles mantidos em depósitos, segundo dados
do Banco Popular da China, o banco central do país, que também alcançou
as maiores reservas nos últimos cinco anos. Os bancos usaram o volume
acumulado principalmente para empréstimos no país e no exterior.
"A forte entrada de capital
proporciona uma boa janela para a China realizar reformas na conta de
capital e relaxar os fluxos de capital nos dois sentidos", disse à mídia
Linan Liu, uma macroestrategista do banco Deutsche Bank em Hong Kong,
China.
"Espero um maior relaxamento das saídas de capital através de esquemas de investimento", previu.
As entradas de capital já fizeram cair para mínimos históricos as
taxas de depósitos do dólar dos EUA na China. Ao mesmo tempo, o Banco
Popular da China está tomando medidas para reduzir a liquidez do dólar,
afrouxando o controle sobre o capital, entre outras medidas.
Segundo George Magnus, um pesquisador
associado do Centro da China da Universidade de Oxford, Reino Unido,
alguns funcionários "podem ver a liquidez da moeda como uma fonte de
orgulho para a China, e alguns podem se preocupar que a ascensão seja
inconstante".
Na sua opinião, "está bem quando os fluxos estão entrando,
mas é um grande problema para a estabilidade financeira quando eles
tentam ir em outra direção", e acredita que o aumento dos depósitos em
dólares é "aleatório e provavelmente temporário", e diminuirá à medida
que outros países se recuperarem da crise do coronavírus.
Como é a Festa de São João do Porto, Portugal: 8 curiosidades
Por Luiza Antunes
Na manhã do dia 23 de junho, em meio a uma garoa fria e um céu
cinza nada típicos para o início do verão, eu saí da minha casa com um
objetivo importante: descobrir as curiosidades da Festa de São João no
Porto.
Eu caminhava pelas ruelas, já inteiramente decoradas com bandeirinhas
coloridas e balões de papel seda, prestando atenção nas histórias que
me contava a Rita Branco, uma paulistana de família portuguesa que vive
há 14 anos na cidade (e escreve o blog O Porto Encanta).
As tradições da festa de São João acompanham a Rita desde que ela era
criança. Seus pais – nascidos em Trás-os-Montes e Viseu – organizavam
todos os anos uma grande festa junina, em São Paulo. Abriam a casa para
estranhos, assavam sardinhas e celebravam como se não houvesse amanhã.
Ela conta que, quando finalmente chegou ao Porto e vivenciou uma festa
de São João na cidade, entendeu a animação da família.
Rita Branco, no início do tour, com o martelo que ganhamos pela participação
Portugal, como o país católico que é, dá um grande valor para festas
cristãs. E provavelmente não há nenhuma celebração que movimente tanto o
país como as Festas dos Santos Populares, o nome que eles dão para as
nossas velhas conhecidas, as festas juninas.
E a Festa de São João no Porto é gigantesca e sem defeitos: o mais
perto que já cheguei do nível de empolgação de um carnaval, fora do
Brasil. A cidade inteira se mobiliza com muita música e gente na rua
festejando até o dia seguinte amanhecer.
Multidão na Baixa do Porto durante a festa. Foto: Jan Jerman / Shutterstocl
Mas não é só de bebedeira e sardinhas que é feito o São João em
Portugal. Foi por isso que eu saí com a Rita para descobrir como a
cidade do Porto comemora esse dia. Apesar de certamente ter inspirado as
festas juninas no Brasil, as tradições e curiosidades da celebração dos
santos populares em Portugal não têm exatamente quadrilha, canjica e pé
de moleque.
Para começar, quando é o São João no Porto? Do dia
23 para o dia 24 de junho. Não importa qual o dia da semana, o dia 24 é
sempre feriado, uma vez que a festa dura até a manhã do dia seguinte.
8 Curiosidades sobre a Festa de São João em Porto
As origens pagãs
O final de junho marca o início do verão na Europa, a época das
colheitas, da fartura e da fertilidade. Um período de celebração. E era
assim desde os tempos em que o cristianismo ainda não existia no
continente. Mas quando a Igreja se tornou uma instituição poderosa, eles
precisavam incorporar as festas pagãs às suas tradições para converter
mais pessoas. Logo, não é à toa que todas as festas populares em
Portugal caem exatamente nessa época, entre maio e junho.
No Porto, os religiosos utilizaram a data do nascimento de São João
Batista, que caia ali, bem pertinho do solstício de verão. Não se sabe
exatamente quando a festa teve início, mas há registros desde o século
13. Na Câmara Municipal do Porto, inclusive, encontra-se uma tapeçaria
representando a comemoração do São João.
Martelos e alho poró
É impossível sair para as ruas no São João em Porto sem um martelo de
plástico. A forma de cumprimentar as pessoas é dando marteladinhas na
cabeça delas. Sejam conhecidas ou completamente estranhas. Hoje, as
marteladas fazem a alegria de tudo mundo, mulheres ou homens, crianças
ou idosos.
Foto: ClareCoyle / Shutterstock
Mas, me explicou a Rita, as origens da tradição são um tiquinho mais
machistas e malcheirosas. É que antigamente, ao invés dos martelos de
plástico, utilizavam-se grandes hastes de alho-poró (os portugueses
chamam de alho porro). E eram apenas os rapazes que batiam com o vegetal
na cabeça das moças, como uma forma de iniciar a paquera (ou
incomodá-las mesmo). A tradição dos martelos só começou nos anos 1970.
Também foi com certo choque que a Rita nos fez observar que tanto o
martelo, quanto o alho-poró seguem a lógica da duplicidade da festa: tem
um formato fálico, representando a fertilidade masculina.
Manjericos
Os manjericos eram a resposta ao alho-poró. A planta, que é uma moita
de folhinhas pequeninas e cheiro que lembra o manjericão, era o
presente que as moças davam para os rapazes em que estavam interessadas,
com um recadinho carinhoso. O formato, como você pode imaginar, também
tem conotação sexual, lembrando os pelos pubianos da mulher.
Hoje, o manjerico não tem mais essa função (necessariamente), mas
ainda decora as entradas e janelas das casas para espantar más energias.
E, veja bem, tem um jeito certo de se aproximar da planta. A forma que a
minha guia demonstrou é que você deve bater com a mão nele suavemente e
depois cheirá-la “O manjeirico seca se você cheirá-lo diretamente”,
explicou a Rita, séria quanto as superstições juninas.
Cascatas e a mijona
Quando a Rita falou: “agora vamos ver uma cascata”, eu imaginei que
viraríamos uma rua para encontrar água caindo de algum lugar. Mas me
deparei com uma espécie de presépio, só que feito especialmente para a
comemoração de São João em Porto. Você vai encontrar algumas cascatas
nas ruas mais antigas da cidade e também na fachada de lojas. A cascata,
explica a guia, tem uma série de regras sobre a sua construção:
Deve ter diferentes níveis, deve representar os quatro elementos
(água, fogo, terra e ar), deve ter uma fonte – para as pessoas deixarem
moedinhas e, principalmente, deve conter alguns personagens clássicos,
que todo mundo fica procurando: a procissão, o padre, e, principalmente,
a mijona e o cagão. A mijona é uma bonequinha fazendo xixi num jarro de
leite e o cagão está abaixado sem as calças (tal como o caganer de Barcelona).
A comida de uma festa junina portuguesa
A festa junina portuguesa não acontece se as ruas não estiverem com
aquele cheiro de fumaça das sardinhas assando na brasa. O peixe é o
símbolo máximo das festas dos santos populares e as famílias, os bares e
restaurantes armam churrasqueiras nas ruas para assar sardinhas. Na rua
onde eu moro, por exemplo, os vizinhos organizam mesas, a caixa de som e
espaços para todo mundo descer com a própria churrasqueira, além de
organizar um braseiro coletivo.
Além da sardinha, é comum assar pimentão e entremeada (um corte da
barriga do porco). O cabrito assado, o caldo verde e a bifana no pão
também fazem parte do cardápio da Festa de São João.
Música pimba e bailaricos
Alguns bairros no Porto são mais tradicionais na comemoração do São
João: Fontainhas, Miragaia, Massarelos. Ali e no centro, você encontrará
palcos e bailaricos, ruas decoradas e o pessoal comemorando. Bailaricos
são uma dança de quadrilha – não consegui confirmar, mas suspeito que a
versão folclórica portuguesa inspirou a brasileira.
Festa de São João num bairro do Porto
E o estilo musical que domina as festas dos santos populares é a
chamada “música pimba”. Basicamente, a música pimba é uma mistura do que
a gente entenderia como o brega e o sertanejo raiz, com letras com
muito duplo sentido. Para vocês terem uma ideia, o rei da música pimba é
o Quim Barreiros, cantor popular que inclusive já gravou um clássico
brasileiro, “A Garagem da Vizinha”.
Balões de São João
No Brasil, as campanhas para as pessoas não soltarem balão na época
das festas juninas tiveram um grande impacto em mim na infância. Mas eu
só descobri isso mais de 20 anos depois, quando comecei a ficar
extremamente preocupada em ver incontáveis portugueses soltando balões
de papel para celebrar o São João. Superado meu nervosismo, consegui
achar muito lindo o cenário que cantamos nas nossas músicas:
“O céu fica todo iluminado, fica todo estrelado, pintadinho de balão”
Foto: CM-Porto
Eu só consegui me acalmar porque descobri que não é em todo ano que o
governo português permite que os balões sejam lançados céu afora. Em
2019, houve uma permissão especial para isso. Outra coisa que eu reparei
era que o fogo parecia sempre apagar muito antes do balão chegar ao
chão, porque a chama não era forte.
Fogos na Ribeira e a caminhada até a praia
Toda a celebração do São João em Porto culmina à meia-noite, na
Ribeira, com os fogos de artifício na Ponte Luis I. O show de fogos é
sincronizado com música e uma verdadeira multidão se aglomera para
assistir ao espetáculo. Os fogos, lançados de barcas que ficam no meio
do Rio Douro, duram cerca de 15 minutos.
Foto: Jorge Felix Costa / Shutterstock
Depois dos fogos, reza a tradição que as pessoas sigam como numa
procissão em festa, caminhando, comendo e bebendo por Miragaia até
chegar na Foz do Rio Douro, onde, ao nascer do sol, tomam o primeiro
banho de mar do ano.
São João no Porto: dicas para curtir a festa
Os portuenses começam a festa fazendo um churrasco com muita
sardinha, em casa ou até mesmo na rua, junto com amigos e vizinhos.
Depois, é hora de sair pelas ruas vendo a celebração e distribuindo
marteladas.
Para quem quer ver os fogos à meia-noite, convém já marcar o lugar
entre 19h e 21h e ficar festejando por lá, ou quem sabe reservar uma
mesa num dos restaurantes da Ribeira. Também dá para ter uma vista
privilegiada do cais de Vila Nova de Gaia. Ainda dá para ver os fogos um
pouco mais de longe, da região de Fontainhas, mas nesse caso não será
possível ouvir a música.
Ribeira cheia de pessoas de pessoas ao anoitecer. Foto: De Visu / Shutterstock
Depois do show, se você não estiver no clima de fazer a caminhada até
o mar, pode aproveitar para festejar pelas ruas da cidade. Diversos
bares colocam DJs nas ruas, principalmente na região da Avenida dos
Aliados e as Galerias de Paris. Bandas fazem desfiles e as vias da
cidade ficam cheias de gente bebendo e dançando a madrugada toda.
Ah, quem tiver interesse em fazer um tour pelas tradições de São João
(ou qualquer outro passeio pela cidade) com a Rita Branco, pode entrar
em contato com ela pelo blog dela ou via Instagram.
Outras festas dos Santos Populares em Portugal:
As Festas do Santo Antônio em Lisboa são comemoradas do dia 12 para
13 de junho. A cidade de Braga, no norte de Portugal, também comemora o
São João de 23 para 24 de junho. O dia de São Pedro é celebrado em Évora
e Sintra, no dia 29 de junho. Além disso, a Festa do Senhor de
Matosinhos, cidade vizinha do Porto, é comemorada por três semanas
seguidas, do final de maio até o final de junho.
Neste momento tão triste para o Brasil em que meio milhão de vidas partiu para a eternidade, por culpa de um vírus cuja ação destruidora poderia ter sido minimizada, caso as autoridades houvessem tomado providências preventivas, o nosso cclbdobrasil.blogspot.com.br, oferece estes sons tristes a todos os familiares destas vítimas, na esperança da volta de um Brasil mais alegre e justo.
Alguns
especialistas garantem que Lisboa está a passar por uma quarta vaga da
pandemia e que, em poucas semanas, terá efeitos no resto país.
A variante Delta ou indiana, mais transmissível, tem já 92 casos identificados, sobretudo em Lisboa.
Por causa desta situação, a partir de segunda-feira Lisboa alarga o
horário dos centros de vacinação contra a Covid-19 para dez horas
diárias.
21h39 - Câmara de Lisboa proíbe instalação de écrans no espaço público durante Euro2020
A instalação de écrans no espaço público durante o período do Euro2020
não será autorizada pela Câmara Municipal de Lisboa, tendo em conta a
situação pandémica, anunciou hoje o município.
"A Câmara Municipal de Lisboa, tendo em conta a situação pandémica,
atenta ao esforço para manter controlados os números de infeções [de
covid-19], sobretudo em situações de festejos, e para evitar
aglomerações, não autoriza nem autorizará durante o período do Euro 2020
a instalação de écrans no espaço público", lê-se numa nota divulgada
pela autarquia.
Segundo o município, esta posição está articulada com as juntas de freguesia da cidade.
No comunicado, a Câmara de Lisboa apela ainda ao "dever de recolhimento
de todos" e ao cumprimento das regras sanitárias emanadas pela
Direção-Geral da Saúde.
Um
dia histórico para Cristiano Ronaldo! Na estreia de Portugal na
Eurocopa 2020, o camisa 7 brilhou com dois gols na vitória por 3 a 0
sobre a Hungria, em Budapeste, alcançando três recordes na competição.
O astro português se tornou o primeiro jogador a entrar em campo em
cinco edições da Euro e se isolou como o maior artilheiro do torneio,
com 11 gols, e o que mais venceu partidas, com 12. E Portugal começa bem
no temido Grupo F, considerado o mais difícil dessa Eurocopa, que tem também França e Alemanha, adversários no outro jogo desta terça.
Melhores momentos: Hungria 0 x 3 Portugal pela 1ª rodada da Eurocopa
XÔ, ESCRITA
Portugal
vinha de uma longa seca em estreias de grandes competições. A última
vitória no primeiro jogo tinha sido na Eurocopa de 2008. Depois disso,
começou tropeçando nas três Copas do Mundo (África do Sul-2010,
Brasil-2014 e Rússia-2018) e em duas Eurocopas (Polônia e Ucrânia-2012 e
França-2016). E olha que a escrita quase se manteve este ano: Portugal
só abriu o placar aos 38 minutos do segundo tempo, com Raphaël
Guerreiro. Depois, Cristiano Ronaldo marcou aos 41, de pênalti, e aos
46.
Gols: Hungria 0 x 3 Portugal pela 1ª rodada da Eurocopa
RAFA SILVA, O MELHOR COADJUVANTE
A
vitória de Portugal começou a se construir após as mexidas feitas pelo
técnico Fernando Santos no segundo tempo, especialmente a entrada de
Rafa Silva, aos 25. O camisa 15 fez o cruzamento para o gol de Raphaël
Guerreiro, depois sofreu o pênalti do segundo gol, completando jogada de
outro jogador que saiu do banco, Renato Sanches. Rafa Silva também fez a
tabela que deixou Cristiano Ronaldo livre para driblar o goleiro
Gulácsi e fechar o placar nos acréscimos.
Rafa Silva (à direita) sofre pênalti de Orbán no lance que resultou no segundo gol de Portugal (Foto: BERNADETT SZABO / AFP)
A “Chimarrita”, é uma dança típica do folclore gaúcho. Teve origem no Arquipélago dos Açores e na Ilha da Madeira, e foi trazida de Portugal por colonos açorianos, na segunda metade do séc. XVIII.
Desde a sua chegada ao Rio Grande do Sul, a "chamarrita" (forma
original de como era designada) foi evoluindo ao longo de gerações e, no
início do séc. XX, passou a ser adotada a forma de dança de pares enlaçados.
A corruptela "Chimarrita” foi a denominação mais usual dessa dança, entre os campeiros.
Do Rio Grande do Sul (e de Santa Catarina), a dança passou para o Paraná, e para o Estado de São Paulo, bem como às províncias argentinas de Corrientes e Entre Ríos, onde ainda hoje são populares as variantes "Chamarrita".
Também se encontra a “chimarrita” no Uruguai, onde é considerada um dos ritmos de raiz mais populares.
A “chimarrita” tem como características o bater de pés e o bater de mãos.
Este 10 de junho bem que poderia bem que poderia ser um dia de reflexão sobre a vida deste poeta nacionalista e universalista que tão bem soube representar em seus versos os feitos heroicos dos lusitanos;
Poucos
autores como Luís de Camões têm resistido tanto ao desgaste do tempo. A
prova está à vista, na própria linguagem quotidiana dos portugueses.
Abre-se um jornal, escuta-se um noticiário radiofónico e lá surge uma
expressão camoniana, com a marca inconfundível do seu autor.
Quando
dizemos "mudam-se os tempos, mudam-se as vontades" ou "amor é fogo que
arde sem se ver", estamos (mesmo sem saber) a prestar homenagem ao mais
célebre dos nossos poetas, falecido a 10 de Junho de 1580 - data que se
tornou Dia Nacional . Trata-se, em qualquer dos casos, de primeiros
versos de sonetos de Camões que resistiram incólumes à erosão do tempo e
à sucessão de modas. Como observou Jacinto do Prado Coelho, "Camões foi
um intérprete incomparável da portugalidade".
Mas
é sobretudo através da sua épica que Camões continua ainda hoje a
enriquecer o património linguístico português, com uma surpreendente
actualidade. Mesmo quem nunca leu Os Lusíadas faz constantes citações do
nosso mais célebre poema épico.
Que bom seria para nós luso brasileiros e de outras procedências e etnias , se pudéssemos preferir Camões e sua cultura como paradigma de nossas vidas em vez de ficarmos aí imitando padrões culturais que nada têm a ver com a mesma! Já imitamos franceses, ingleses e agora americanos do norte. E nessa fobia de transfusão cultural, o separatismo estrangeiro só tem avançado sem resistência e provocado entre nós este complexo de inferioridade em relação a outras culturas, que nos impede de assumir o papel de liderança mundial a que temos direito, tanto no apaziguamento de conflitos estrangeiros como no nosso desenvolvimento social.
Um separatismo persistente que nos acompanha desde 1500 até aos dias atuais e que tem como estratégia principal o combate às nossas raízes lusófilas. Nos primeiros 200 anos de colonização até à morte de D. Sebastião em Quibir no norte da África, Homens como Estácio de Sá, Mem de Sá. Felipe Camarão, Arariboia, Nóbrega, Anchieta, Pedro Teixeira e tantos outros heróis luso brasileiros, embora com grande sacrifício e perda de vidas, combateram e derrotaram este separatismo.
Daí em diante, o império calvinista com apoio dos cristãos novos, voltou e nossa lusofilia está novamente ameaçada! Agora, sem esses heróis do passado, só nos resta contar com a queda desse império da guerra e do mal que é o império "Ocidental" e contar com a velha amizade sino/portuguesa do império "Oriental" a quem o nosso poeta maior por razões materiais e sentimentais esteve sempre ligado, para restaurar novamente nossa cultura/comum, a lusofilia, cultura universalista, humanista e vacina anti separatista.
Que, lá onde estiverem, Camões e sua Dinamene, olhem, não só por esta comunidade lusófila, mas por todos os oprimidos e injustiçados do mundo, tal como ele, foi em seu tempo!
De Camões
para Dinamene
A musa aparece em sonetos, no que ficou conhecido como "ciclo de Dinamene"
24 de Março, 2021 às 3:02
FERNANDO BANDINI
COLUNISTA
PROFESSOR FERNANDO BANDINI
Luís Vaz de Camões é o maior poeta da língua
portuguesa, reconhecido por seus pares. Gigantes como Antero de Quental,
Bocage, Drummond e Bandeira tratam-no como o maior de todos. E na obra
do autor de "Os Lusíadas" há uma série de poemas dedicados à Dinaneme, a
quem o poeta "não deixara nunca de querer". A musa aparece em sonetos,
no que ficou conhecido como "ciclo de Dinamene". O nome origina-se de
personagem da mitologia greco-latina.Dinamene era uma ninfa do mar, uma
das cem nereidas, as filhas de Nereu. O Mister Catra da mitologia
clássica teve essa centena de filhascom Dóris.
Quanto
à musa de Camões, não se sabe sua verdadeira identidade. Seria uma
namorada chinesa que o poeta, então trabalhando para o governo português
na China, queria levar para Portugal. Tal namorada teria morrido num
naufrágio no mar, ao sul do território chinês. Reza a lenda, tão
fantasiosa quanto estapafúrdia, que o poeta preferiu salvar manuscritos
de sua epopeia a salvar a namorada. Imagine um náufrago, em meio à
tempestade marítima, agarrando-se a um tijolão de papel. Afundariam
ambos. E "salvar" como? Embalando os manuscritos em plástico
impermeável, inexistente na época? Inventar causos inverossímeis é
tradição de nossa espécie. O que se sabe mesmo é que Camões escapou de
tal acidente e compôs versos a respeito da separação amorosa: "Ah, minha
Dinamene, assim deixaste/ quem não deixara nunca de querer-te?/Ah,
ninfa minha, já não posso ver-te/, tão asinha esta vida desprezaste"
China inaugura sua primeira escola no Rio de Janeiro, visando influenciar a América Latina
A diretora comentou que precisou ensinar os alunos brasileiros a respeitar o professor e a “não falar” enquanto um profissional fala.
fonte: Guiame, com informações de Sputinik News e Revista Oeste
Atualizado: Terça-feira, 1 Junho de 2021 as 10:11
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Foto: AP Photo/Kin Cheung)
Alunos participam de uma cerimônia de hasteamento da bandeira, no Dia da
Educação para a Segurança Nacional, numa escola em Hong Kong, 15 de
abril de 2021. (Foto: AP Photo/Kin Cheung)
No dia 11 de maio, foi inaugurada a primeira Escola Chinesa Internacional (ECI), no Brasil, pelo Partido Comunista da China (PCC), conforme a Revista Oeste. O projeto se tornou possível através do apoio financeiro de empresários chineses que residem no Rio de Janeiro e de empresas chinesas sediadas no país.
A instituição seguirá o modelo da educação básica da China “praticando a aprendizagem diligente, rigorosa e autodisciplinada”, como o site da escola anuncia.
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Os chineses têm usado sua influência em diversos países, principalmente nas áreas educacional, econômica, militar e cultural. Não é de hoje que eles entendem seu papel hegemônico no mundo.
De acordo com o Sputinik Brasil, desde que a China foi alçada à condição de potência global, Pequim entende o poder brando como uma ferramenta que pode ajudar a mitigar, a longo prazo, a teoria da "ameaça da China", bastante difundida na América Latina e na União Europeia.
Tentando convencer o mundo
O país quer convencer a comunidade internacional da natureza pacífica da sua ascensão, e as “oportunidades” que representa para seus parceiros comerciais.
Sua chegada ao Brasil, em 2021, através de uma escola, vem com um slogan atrativo que promete “revelar talentos excepcionais”. A instituição enfatiza, ainda, que esta é a primeira escola chinesa em um país estrangeiro, dando a entender que onde nasce uma, em seguida aparece outra.
Segundo o Sputnik, que fez uma investigação sobre a chegada dos chineses à educação infantil no Brasil, o ensino escolar pode influenciar positivamente a imagem da China.
A diretora da Escola Chinesa Internacional, Yuan Aiping, afirmou que "o governo chinês estimula uma educação muito rigorosa", e que um diferencial que ela pode notar entre China e Brasil é o respeito à figura do professor.
"Aqui nós tivemos que ensinar o aluno brasileiro a respeitar o professor. A não falar enquanto um profissional fala. São pequenas mudanças, mas que fazem a diferença no resultado final”, observou.
Livros didáticos chineses
Lucas Melo é professor brasileiro e falou sobre sua experiência na escola. "Na minha carreira foi um impacto muito grande. Nós não adotamos livros didáticos externos, e todo o material é reproduzido aqui na Escola Chinesa Internacional. Nós temos recursos, computadores, tudo que a gente precisa”, disse.
Questionado sobre a metodologia da ECI e as diferenças com os critérios pedagógicos praticados no Brasil, o professor disse que “dentro do conteúdo de história e geografia, o diálogo é essencial. E é nessa parte que entra a sinergia, com os ensinamentos de Confúcio”, contou.
“Quando a gente pensa em um país que é muito distante, com um sistema político diferente, como é o caso da China, com absoluta certeza a questão da educação, e essa questão das vacinas é muito importante, também, assim como a culinária, a religião, e o próprio idioma, tudo isso faz parte de um ‘pacote muito interessante’ que facilita o contato entre os povos, e é claro que também facilita a influência, que é o objetivo da China”, afirmou.
“Os brasileiros precisam valorizar a cultura da China”
Ainda segundo o professor, "os brasileiros precisam aprender a valorizar essa cultura de excelência da China”. Ele diz que quer trazer para o Brasil o pensamento da China sobre a educação, e que isso tem um grande valor no mercado. “É só observar como os brasileiros abraçaram a ECI”, acredita ele.
“O ensino da China traz consigo valores muito importantes para a sociedade, de família, de conhecimento. Nosso orientador é o nosso pensamento Confúcio”, revelou.
O programa “Instituto Confúcio” começou em 2004, na Coreia do Sul e seu objetivo é promover a língua e a cultura de seu país. Dez anos depois de sua estreia, haviam mais de 480 Institutos Confúcio em cerca de 50 países, em cinco continentes.
A expansão destas instituições de ensino acompanha o desenvolvimento meteórico da economia chinesa.
Moeda de propaganda do governo da China
Há quem diga que a instituição serve como moeda de propaganda do governo da China, e que, inclusive, regiões Taiwan e Tibete tornaram-se tabus nas discussões acadêmicas entre professores chineses e alunos.
Além disso, existem outras queixas. A Universidade Osaka Sangyo, do Japão, em 2010, rescindiu seu contrato com o governo chinês alegando espionagem, mas eles não conseguiram comprovar
Vale lembrar que, em 2017, o governo de Trump disse que “a América Latina não precisa de outras potências externas egoístas, que buscam defender seus próprios interesses”.
Os brasileiros aceitaram a Escola Chinesa Internacional?
Segundo a diretora da escola, houve alguns episódios de preconceito e um sentimento anti-China, mas ela enfatizou muito mais a aceitação da população e disse que mesmo durante a pandemia as vagas se esgotaram em apenas um mês. “Temos filhos de políticos e muitos filhos de deputados”, finalizou.
Presidente
da CPI diz que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, não consegue
estabelecer diálogo livre com o governo e que o Ministério da Saúde
acabou virando um "puxadinho do Palácio do Planalto".
Nesta
quinta-feira (3), o presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM),
afirmou que as recomendações do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, são
ignoradas pelo governo federal, e que Queiroga "discursa para o
deserto", segundo a CNN Brasil.
"Ele [Queiroga] fala, mas ninguém
ouve. O governo não ouve o ministro. Isso tem acontecido até na montagem
da equipe dele. Ele tenta levar uma profissional preparada, formada
nessa área e ela [Luana Araújo] nos diz lá [na CPI] que não tem ninguém
desta área no ministério hoje, da área de infectologia", disse Aziz
citado pela mídia.
Ao se referir a Luana Araújo,
o presidente da CPI quis ilustrar um caso que demonstra o fato de o
governo não dar ouvido a especialistas na área da saúde, já que Araújo
foi demitida dez dias após sua nomeação no Ministério da Saúde.
"É muito complicado para o ministro
tocar aquilo que é necessário para o Brasil", afirmou Aziz,
complementando que o Ministério da Saúde acabou virando um "puxadinho do
Palácio do Planalto".
O parlamentar ainda rechaçou as críticas que têm sofrido de que estaria torcendo contra o governo do presidente, Jair Bolsonaro.
"Eu queria tanto que o presidente, ao invés de fazer brincadeiras
naquele cercadinho, ofender jornalista, ofender político, ofender todo
mundo, que ele dissesse que comprou 50 milhões de vacinas", declarou
Aziz.
O
secretário de Estado americano, Antony Blinken, disse nesta
quarta-feira (2) que seu governo poderá anunciar amanhã o plano de
distribuição das 80 milhões de vacinas contra a covid-19 que irá
compartilhar com os países mais afetados pela pandemia.
"Em
alguns dias, talvez amanhã, o presidente anunciará com detalhes o plano
que consolidou para distribuir 80 milhões de vacinas ao redor do
mundo", indicou Blinken ao final de uma visita de dois dias à Costa
Rica.
Thank you for watching
"Faremos
tudo em coordenação com o [mecanismo da OMS] Covax, com base na ciência
e nas necessidades dos países, sem nenhuma consideração política",
assinalou o chefe da diplomacia norte-americana. O anúncio foi feito
durante uma reunião na embaixada dos Estados Unidos na Costa Rica, país
que visitou para dialogar com diversos representantes da região sobre
questões de migração, democracia e direitos humanos.
Blinken
já havia levantado o tema ontem, embora tenha informado que o anúncio
seria feito em até duas semanas."Aguardamos ansiosamente a distribuição e
esperamos ser contemplados nesse plano, que será de grande benefício
para os países mais afetados", disse o presidente da Costa Rica, Carlos
Alvarado.
A Costa Rica
registrou a sexta maior taxa de contágios por 100 mil habitantes do
mundo nos últimos 14 dias, com 596 casos, segundo dados da AFP.