BEM
GENTE HOJE VAMOS DAR CONTINUIDADE À NOSSA PROGRAMAÇÃO SOBRE HISTÓRIA
DO BRASIL. VAMOS FALAR MAIS UM POUCO SOBRE PIRATARIA DOS SECULOS XVI E
XVII E DA LUTA PARA LIBERTAR O BRASIL DA PIRATARIA DO SÉCULO XXI. DO
NOSSO SECULO!!!
Desde muito cedo , devido ás suas riquezas naturais—pau -brasil,fumo,açúcar, além dos motivos de ordem política, o Brasil despertou a cobiça de diferentes nações europeias. Piratas e corsários correram o litoral brasileiro, assaltando povoações, saqueando feitorias, tentando um domínio permanente da terra, procurando apoderar-se de uma parte deste imenso país!
Seus habitantes, entretanto, reagiram sempre a essas investidas e ataques, com bravura, lutando contra forças numerosas experimentadas e aguerridas, surgindo daí então homens e mulheres, que praticaram notáveis feitos em defesa da terra brasileira.
Os brasileiros lutaram como lhes foi possível contra esses piratas e invasores, empregando todas as armas de que podiam dispor e conseguiram vencer essa luta tão desigual. Até mesmo aquela água que passarinho não bebe foi importante nessa luta, como veremos mais adiante.
Primeiramente a luta foi contra os piratas ingleses, depois contra os franceses e depois contra holandeses.
Já em 1583, um grupo de piratas ingleses comandados por Eduardo Fenton atacou a Vila de Santos, pois havia chegado à Inglaterra a notícia de que Brás Cubas e Jerônimo Leitão haviam descoberto muito ouro de aluvião. Nessa primeira investida, porém, o pirata Fenton não se deu bem e foi obrigado a fugir para a Inglaterra devido à resistência encontrada pelas tropas luso brasileiras, embora ainda tenha tido tempo para afundar um dos três navios luso brasileiros que o enfrentaram. Isso aconteceu em 1583.
Mas, quatro anos depois ou seja em 1587, agora no estado da Bahia , outro ataque de piratas ingleses Withrington e Cristóvão Lister comandando duas boas naus atacam o estado da Bahia, saqueando todo o Recôncavo durante dois meses, mas, os colonos sob o comando de Cristóvão Cardoso de Barros e do Jesuíta Critóvão de Gouveia, que mobilizou os índios mansos dos quais cuidava conseguiram expulsá-los.
Expulsos da Bahia os piratas ingleses, porém não desistiam do Brasil e já em 1591 voltaram a atacar a Vila de Santos.
Desta vez o ataque à vila de Santos, foi realizado por um arqui-pirata, um corsário conhecido pelas suas aventuras pelos mares do mundo, Tomás Cavendish. Com cinco navios e muitos marinheiros, Cavendish atacou Santos na noite de Natal, daquele 1591, quando quase toda a gente se encontrava na Igreja rezando.
Aprisionando os santistas no interior do Templo, Cavendish deu início ao saque da cidade. Um saque que poderia ter sido executado com imensa facilidade, não fosse a aguardente dos engenhos encontrada nas casas saqueadas. Os ingleses não resistiram ao precioso nectare, esvaziando todos os garrafões ficando embriagados e dando tempo ao povo para retirar-se da Igreja e fugir para o interior, levando seus pertences.
Claro, que tudo isto foi preparado sob orientação do padre da paróquia, que pediu aos fiéis para deixarem os garrafões nas casas, em cima das mesas, bem à vista dos piratas.
Cavendish, furioso com sua tripulação, mas sem poder achar ruim com estes, pois poderia provocar um motim a bordo e mais ainda uma guerra com os santistas, que haviam inventado tão notável arma defensiva. Resolve então atacar São Vicente, no litoral próximo a Santos, saqueando a Vila. Após saquear a Vila, Cavendish resolve partir para o Estreito de Magalhães.
Mas aí, lá no Estreito de Magalhães, ninguém soube o que se passou na cabeça de Cavendish, que ordenou ao seu timoneiro que voltasse para Santos, pois queria se vingar dos santistas! Mas aí os santistas já estavam preparados para qualquer eventualidade. Então sabendo da resistência que agora iria encontrar em Santos, o arqui-pirata foge para o Espírito Santo e daí para a Europa, falecendo durante a viagem no ano de 1592.
Dissemos que muitas lendas corriam e ainda correm na Inglaterra a respeito desse pirata e de seus fabulosos tesouros. Afirmava-se por ex. que sua riqueza era tanta, que usava velas de Damasco nas suas naus e que a cordoalha de seus navios era tecida de seda.
Havia outra lenda sobre tesouros que ele teria escondido na Ilha de Trindade Na Costa brasileira. Em busca desses tesouros já foram realizadas escavações e expedições, mas nada até agora foi encontrado.
Em 1595, outro pirata inglês, chamado James Lencaster, saqueou Olinda e Recife, retirando-se no fim de um mês com nada menos de onze navios carregados de rico botim.
Mas não param aí as investidas da pirataria inglesa sobre o Brasil. O corsário Henrique Ro , em 1625, subiu o Rio Amazonas e chegou a construir três fortins em Tucuju, que o alferes Pedro Teixeira tomaria em 1625. Aliás, este simples alferes e seu comandante Francisco Castelo Branco são os responsáveis por essa extensão da Amazônia Brasileira atual, pois lutaram bravamente contra exércitos bem mais poderosos e nos entregaram a extensão do Brasil atual que é de 8.516.000 km quadrados. Francisco Castelo Branco é o fundador de Belém do Pará.
Também James Purcell e Bernardo Obrien fundaram ali o forte de Torrego que o mesmo Pedro Teixeira, auxiliado por outros colonos, conseguiu tomar em 1628, fixando os portugueses definitivamente na Amazônia.
A esse herói Pedro Teixeira e a Francisco Castelo Branco deve-se o início da colonização da Amazônia.
Castelo Branco partiu de São Luís com três navios e duzentos homens e próximo ao Natal chegou ao Estuário, ancorando na baía de Guajará, onde nos primeiros dias de 1616 mandou construir um forte a que deu o nome de Belém.
Dito isto, parece que foram somente os ingleses os piratas que infernizaram a vida do Brasil naqueles dois primeiros séculos de nossa História-Comum.
Mas, como podemos ver pela ordem cronológica das datas dessas invasões, os piratas franceses e holandeses na verdade chegaram antes dos ingleses. Os franceses chegaram em 1555 e os holandeses em 1624, enquanto os ingleses chegaram em1583. Quer dizer que então os ingleses chegaram primeiro que os holandeses, que só chegaram em 1624? Não, vejam bem, os ingleses que chegaram em 1583, antes de 1624, eram simples piratas e não uma companhia organizada como a companhia das Índias Ocidentais da Holanda, que veio para fundar a França Austral.
A Inglaterra muito espertamente tentou aproveitar-se do momento depressivo vivido por Portugal quando em 1580, passa para o domínio de Castela, depois da fracassada aventura de seu jovem-rei d. Sebastião.
Em verdade o domínio da Inglaterra sobre Portugal, começa mesmo é em 1703, quando é assinado o tratado mais lesivo da história de ambos os países, O famoso tratado de John Methuen! Daí até aos dias de hoje, Portugal, Espanha e demais países spano-ibéricos, incluindo o Brasil, sucunbiram diante da anglofonia.
Os piratas de ontem voltaram a partir de 1750, com uma "Revolução Industrial", que até hoje ainda humilha o mundo, fazendo-nos aceitar um complexo de inferioridade que até hoje carregamos imposto à custa da força midiática e bélica!
E agora o que fazer para trazer de volta o Brasil brasileiro dos dois primeiros séculos se já não temos mais entre nós, aqueles heróis do passado?
Acredito que, a princípio, tenhamos que nos conhecer. O liberalismo da "Revolução Industrial" amafranhou a nossa cultura, que é a cultura luso-brasileira, fazendo-nos crer, que a anglofonia é uma cultura superior, criando em nós um terrível complexo de inferioridade que dura até hoje e que só agora com a chegada de um maior equilíbrio nas relações interrnacionais com o surgimento das potências socialistas, Rússia e China é possível vislumbrar uma saída para a libertação deste complexo.
Os heróis de hoje para essa mudança, somos todos, o povo brasileiro, pois os piratas voltaram mais fortes e ainda detêm grande parte da Economia mundial em suas mãos.
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