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Viseu, 02 out 2019 (Lusa) - O secretário-geral do PS
fez hoje um veemente apelo para que ninguém olhe para as sondagens a
pensar em que vai votar no domingo e prometeu estar concentrado nos
problemas reais das pessoas e não "em questiúnculas".
António
Costa falava no final de um comício com elevada assistência na Praça do
Rossio, em pleno centro de Viseu, num discurso que abriu com elogios ao
antigo campeão olímpico da maratona Carlos Lopes, que estava sentado na
primeira fila, e à "entrega à militância do PS" do antigo ministro Jorge
Coelho.
Na sua intervenção, tal como em anteriores comícios, o
líder socialista considerou que nas eleições legislativas está em causa a
continuidade do rumo seguido pelo atual Governo e a existência de
estabilidade política em Portugal.
"Que ninguém se ponha a olhar
para sondagens a pensar como vai votar, porque existem sondagens para
todos os gostos: Um dia temos maioria absoluta, noutro dia estamos em
queda, mas depois já estamos a recuperar. Nós só temos o resultado no
próximo domingo. E o resultado que tivermos não é o resultado que as
sondagens nos dão, mas o somatório do voto de cada um dos portugueses",
salientou.
Para afastar eleitores que eventualmente temam uma
maioria absoluta do PS, optando assim por votar em outra força política,
António Costa foi ainda mais direto na sua mensagem: "Não há contas a
fazer, há votos a dar ao PS para mais quatro anos de estabilidade
política", argumentou.
Neste seu discurso, o secretário-geral do
PS recordou também um episódio que se passou consigo na campanha para as
eleições legislativas de 2015, em que encontrou a Dona Fernanda à porta
de uma drogaria da rua Direita, em Viseu.
António Costa conversou com ela e, depois, percebeu que iria perder
as eleições, porque a Dona Fernanda não acreditava naquilo que se
propunha fazer.
Agora, quatro anos depois, segundo António Costa, a Dona Fernanda já acredita no Governo do PS.
"As
donas Fernandas que desconfiaram de nós, aquilo que podemos dizer hoje é
muito claro: Sim, nós devolvemos os salários antes cortados, devolvemos
as pensões que tinham sido cortados, eliminámos a sobretaxa e poupámos
aos portugueses 1000 mil de euros em IRS. E sim, nós temos o défice mais
baixo da nossa democracia - e vamos continuar a baixar o défice
e a
dívida, tendo contas certas", declarou.
PMF // JPS
Lusa/fim
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