E ASSIM NASCEU DIAMANTINA

Diamantina

 
 Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Município de Diamantina
Vista panorâmica de Diamantina

Vista panorâmica de Diamantina
Bandeira de Diamantina
Brasão de Diamantina
Bandeira Brasão

Fundação 6 de março de 1831
Gentílico diamantinense 
Prefeito(a) Paulo Célio de Almeida Hugo (PSDB)
(2013–2016)
Localização
Localização de Diamantina
Localização de Diamantina em Minas Gerais
Diamantina está localizado em: Brasil
Diamantina
Localização de Diamantina no Brasil
18° 14' 56" S 43° 36' 00" O
Unidade federativa  Minas Gerais
Mesorregião Jequitinhonha IBGE/2008 
Microrregião Diamantina IBGE/2008 
Municípios limítrofes Bocaiúva, Carbonita, Senador Modestino Gonçalves, Couto de Magalhães de Minas, Serro, Datas, Gouveia, Monjolos, Augusto de Lima, Buenópolis, e Olhos d'Água 
Distância até a capital 292  km
Características geográficas
Área 3 869,830 km² 
População 45 884 hab. Censo IBGE/2010
Densidade 11,86 hab./km²
Altitude 1280 m
Clima Tropical de Altitude Cwb
Fuso horário UTC−3
Indicadores
IDHM 0,748 alto PNUD/2000 
PIB R$ 276 234,844 mil IBGE/2008
PIB per capita R$ 5,977 56 Reais IBGE/2010
Página oficial

Diamantina é um município brasileiro do estado de Minas Gerais. Sua população estimada em 2010 era de 45.884 habitantes.
É a terra natal do ex-presidente da República Juscelino Kubitschek de Oliveira e de Francisca da Silva de Oliveira, a famosa Chica da Silva (c. 1732-1796)

História

Antes da chegada dos colonizadores portugueses, no século XVI (os primeiros relatos dão conta de expedições que subiram o Rio Jequitinhonha e São Francisco) , Diamantina, como toda a região do atual estado de Minas Gerais, era ocupada por povos indígenas do tronco linguístico macro-jê.
Casa da Glória
Diamantina foi fundada como Arraial do Tejuco em 1713, com a construção de uma capela que homenageava o padroeiro Santo Antônio. A localidade teve forte crescimento quando da descoberta dos Diamantes em 1729. Em fins do século XVIII era a terceira maior povoação da Capitania Geral da Minas, atrás da capital Vila Rica (Ouro Preto) e com população semelhante a da próspera São João Del Rey. No século XVIII cresceu devido à grande produção local de diamantes, que eram explorados pela coroa portuguesa. Foi conhecida inicialmente como Arraial do Tejuco (ou Tijuco) (do tupi tyîuka, "água podre" ), Tejuco e Ybyty'ro'y (palavra tupi que significa "montanha fria", pela junção de ybytyra ("montanha") e ro'y ("frio") . Durante o século XVIII, a cidade ficou famosa por ter abrigado Chica da Silva, escrava alforriada que era esposa do homem mais rico do Brasil Colonial, João Fernandes de Oliveira.
Casa da Chica da Silva
A cidade emancipou-se do município do Serro somente em 1831, passando a se chamar Diamantina por causa do grande volume de diamantes encontrados na região. A demora se devia à necessidade de maior controle local pelas autoridades coloniais visto que já em meados do século XVIII a população era maior que a da Vila do Príncipe do Serro Frio, cabeça da comarca. A vida em Diamantina no final do século XIX foi retratada por Alice Brant no seu livro Minha Vida de Menina, que se tornou um marco da literatura brasileira após ter sido redescoberto por Elizabeth Bishop.
Em 1938, Diamantina comemorou seus cem anos de elevação à categoria de cidade, recebendo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional o título de "patrimônio histórico nacional". E, no ano de 1999, foi elevada à categoria de "patrimônio da humanidade" pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.
Caminho dos Escravos
A cidade é um dos destinos da Estrada Real, um dos roteiros culturais e turísticos mais ricos do Brasil, e faz parte do circuito turístico dos Diamantes.
A cidade é conhecida por suas serestas e vesperata, que é um evento em que os músicos se apresentam à noite, ao ar livre, das janelas e sacadas de velhos casarões, enquanto o público assiste das ruas.

Geografia

O município localiza-se na Mesorregião do Jequitinhonha, estando a sede a 285 km de distância por rodovia da capital Belo Horizonte. A cidade está situada a uma altitude média de 1.280 m, emoldurada pela Serra dos Cristais, na região do Alto Jequitinhonha. O município é banhado pelo rio Jequitinhonha e vários de seus afluentes, como o Ribeirão das Pedras e o Ribeirão do Inferno. A porção sudoeste do município é banhada por subafluentes do rio São Francisco, como o Rio Pardo Pequeno.

Clima

Segundo dados da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), a temperatura mínima registrada em Diamantina foi de 2,8 ºC, ocorrida no dia 31 de julho de 1972. Já a máxima foi de 35,8ºC, observada dia 8 de outubro de 1987. O maior acumulado de chuva registrado na cidade em 24 horas foi de 202,5 mm, em 20 de novembro de 1953.

Distritos e Povoados

  • Conselheiro Mata
  • Desembargador Otoni
  • Extração (Curralinho)
  • Inhaí
  • Guinda
  • Mendanha
  • Planalto de Minas
  • Pinheiro
  • São João da Chapada
  • Senador Mourão
  • Sopa
  • Boa Vista
  • Bom Sucesso
  • Braúna
  • Covão (Bicas d'Água)
  • Morrinhos
  • Macacos
  • Quartéis
  • Quartéis do Indaiá
  • Vau
  • Baixadão
  • Bandeirinha

Demografia

Dados do Censo - 2010
População Total: 45.884
  • Urbana: 40.062 (87,31% do total)
  • Rural: 5.822
  • Homens: 22.251 (48,49% do total)
  • Mulheres:23.633 (51,51%)
Densidade demográfica (hab./km²): 10,8
Mortalidade infantil até 1 ano (por mil): 32,8
Expectativa de vida (anos): 68,7
Taxa de fecundidade (filhos por mulher): 2,6
Taxa de Alfabetização: 83,4%
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M): 0,748
  • IDH-M Renda: 0,752
  • IDH-M Longevidade: 0,765
  • IDH-M Educação: 0,812
(Fonte: PNUD/2000)

Cidades-irmãs

  • Cafayate, Argentina
  • Sangano, Itália
Casa de Juscelino

Centro Histórico de Diamantina

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Pix.gif Centro Histórico de Diamantina *
Welterbe.svg
Património Mundial da UNESCO

6010156 Diamantina.jpg
País  Brasil
Critérios ii, iv
Referência 890
Região** Brasil
Coordenadas 18º14'S 43º36'W
Histórico de inscrição
Inscrição 1997  (21ª sessão)
* Nome como inscrito na lista do Património Mundial.
** Região, segundo a classificação pela UNESCO.

O Centro Histórico de Diamantina é a área urbana histórica desta cidade, tombada em nível federal em 1938 (um dos primeiros tombamentos no país, feito pelo então SPHAN, atual IPHAN), e inscrita na Lista de Patrimônio Mundial pela Unesco. A área inscrita como Patrimônio Mundial é de 28,5 hectares, circundados por uma área tampão que coincide com o tombamento federal.

História

A formação do município está intrinsecamente ligada à exploração do ouro e do diamante. A ocupação inicial do território se deu com Jerônimo Gouveia, que, seguindo o curso do rio Jequitinhonha, encontrou, nas confluências do rio Piruruca e rio Grande, uma grande quantidade de ouro.
Por volta de 1722, começou o surgimento do povoado, sempre seguindo as margens dos rios que eram garimpados. A partir de 1730, ainda com uma população flutuante, o Arraial do Tejuco foi se adensando. Por meio da expansão de pequenos arraiais ao longo dos cursos d’água em direção ao núcleo administrativo do Tejuco, foi se formando o conjunto urbano de Diamantina, tendo como primeiras vias a rua do Burgalhau, rua Espírito Santo e beco das Beatas.
Em 1938, o conjunto arquitetônico do centro histórico da cidade foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, e, em 1999, foi reconhecido pela Unesco como Patrimônio Mundial.

Características

Mercado Velho
Construída em um sítio íngreme, possui traçado urbano sinuoso, formado por ruas estreitas com calçamento em pedra. O casario, definidor das ruas, não possui recuo frontal e se destaca pelo colorido vivo das esquadrias que contrasta com o branco das paredes. Há várias igrejas no centro, mas em geral não se destacam do entorno no qual estão inseridas. Nota-se o uso de elementos que remetem à arquitetura portuguesa influenciada pela árabe, como muxarabis e treliças nas janelas e varandas.
A morfologia urbana de Diamantina foi inspirada nas cidades medievais portuguesas.Na área central da cidade encontramos uma parte plana, de pedras acinzentadas.
A tipologia comum é a colonial, havendo poucos exemplos de construções neoclássicas, ecléticas ou neocoloniais. A arquitetura moderna está representada por três obras de Oscar Niemeyer, da década de 1950.
Encravada na inóspita Serra do Espinhaço, Diamantina é um exemplo vivo de arquitetura colonial de linhas e formas suaves, adaptadas àos trópicos.

Matéria em construção...


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