...E ASSIM NASCEU OURO PRETO



Ouro Preto

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Igreja do Carmo e Museu da Inconfidência
Município de Ouro Preto


Bandeira de Ouro Preto

Brasão de Ouro Preto

Hino

Aniversário: 8 de Julho
Fundação: 1711
Gentílico: ouro-pretano
Prefeito(a): Angelo O. de Araújo Santos (PMDB)(2009–2012)

Localização no Brasil
20° 23' 08" S 43° 30' 29" O20° 23' 08" S 43° 30' 29" O
Unidade federativa: Minas Gerais
Mesorregião: Metropolitana de Belo Horizonte IBGE/2008
Microrregião: Ouro Preto IBGE/2008
Municípios limítrofes: Belo Vale, Moeda, Itabirito, Santa Bárbara, Mariana, Piranga, Catas Altas da Noruega, Ouro Branco e Congonhas
Distância até a capital: 96 km
Características geográficas
Área 1 245,114 km²
População 70 227 hab. Censo IBGE/2010
Densidade: 56,4 hab./km²
Altitude: 1179 m
Clima: Tropical de Altitude Cwa
Fuso horário: UTC−3

Indicadores
IDH 0,787
médio PNUD/2000
PIB R$ 2 556 887,537 mil IBGE/2008
PIB per capita R$ 36 922,03 IBGE/2008

Ouro Preto é um município brasileiro do estado de Minas Gerais, famoso por sua magnífica arquitetura colonial. Localiza-se na latitude 20º23'08" sul, longitude 43º30'29" oeste e altitude média de 1179 metros. Sua população de 70.227 habitantes, conforme o censo de 2010 (IBGE), está distribuída em 34.272 homens e 35.955 mulheres.

Foi a primeira cidade brasileira a ser declarada pela UNESCO, Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade, no ano de 1980.

No município há 13 distritos: Amarantina, Antônio Pereira, Cachoeira do Campo, Engenheiro Correia, Glaura, Lavras Novas, Miguel Burnier, Santa Rita, Santo Antônio do Leite, Santo Antônio do Salto, São Bartolomeu e Rodrigo Silva, além da sede.

História

Vista parcial de Ouro Preto.

O ouro mineiro começou a chegar a Portugal ainda no final do século XVII. Em 1697 o embaixador francês Rouillé menciona chegada de ouro "peruano", cita 115,2 kg. Godinho, sem citar a fonte, menciona 725 quilos para 1699 e, em 1701, a chegada de 1.785 quilos.

A origem de Vila Rica está no arraial do Padre Faria, fundado pelo bandeirante Antônio Dias de Oliveira, pelo padre João de Faria Fialho e pelo coronel Tomás Lopes de Camargo e um irmão deste, por volta de 1698.

A vila foi fundada em 1711 pela junção desses vários arraiais, tornando-se sede de concelho, com a designação de Vila Rica. Em 1720 foi escolhida para capital da nova capitania de Minas Gerais. Em 1823, após a Independência do Brasil, Vila Rica recebeu o título de Imperial Cidade, conferido por D. Pedro I do Brasil, tornando-se oficialmente capital da então província das Minas Gerais e passando a ser designada como Imperial Cidade de Ouro Preto. Em 1839 foi criada a Escola de Farmácia e em 1876 a Escola de Minas. Foi a capital da província e mais tarde do estado até 1897.

Possui uma área de 1.245,114 km².

A cidade inspirou a criação de várias outras cidades, se não com o mesmo nome como Ouro Preto no Maranhão, no Mato Grosso, no Rio Grande do Norte e Ouro Preto do Oeste em Rondônia, os bairros Ouro Preto em Belo Horizonte/MG, em Maceió/AL, Olinda/PE e outras em locais de menor expressão, curiosamente, foi criado no Estado de Indiana, nos Estados Unidos, uma cidade que surgiu após o fundador ler uma reportagem que falava justamente sobre a cidade de Ouro Preto, criando lá a City of Brazil, no ano de 1844.

Período colonial

Origem

Enquanto as descobertas de ouro nos córregos continuavam no sertão, elevando nomes como o de Antônio Dias de Oliveira, Bartolomeu Bueno de Siqueira, Carlos Pedroso da Silveira e entre outros, apareciam bandeiras e gente vinda já da Bahia e Pernambuco, «acendendo ambições de além-mar, seguindo na trilha das outras e outras, porém com rumo certo, procurando ora o rio das Velhas (cuja tradição ficou entre os Paulistas, que haviam acompanhado a bandeira de Fernão Dias Pais e de D. Rodrigo de Castelo-Branco), ora o Tripuí, onde já se havia encontrado o afamado Ouro Preto, balizado pelo cabeço enevoado do pico do Itacolomi, que começavam a avistar logo transposto o Itatiaia. Orientados pelos picos que eriçam as serras de Ouro Branco, Itatiaia, Ouro Preto, Itacolomi, Cachoeira, os habitantes seguiam juntos ou separados, Casa Branca, Ribeirão do Carmo, etc.

Diz Antonil que da mina da serra do Itatiaia, a saber do ouro branco, que assim chamavam ao ouro ainda não bem formado, distante do ribeiro do Ouro Preto oito dias de caminho moderado até o jantar, não faziam caso os Paulistas caso por terem as outras de ouro formado e muito melhor rendimento».

Segundo José Rebelo Perdigão, secretário do Governador Artur de Sá e Menezes, em 1695 e 1696 teria sido descoberto nesta montanha um ribeiro aurifero ao qual se deu mais tarde o nome de Gualacho do Sul, mas que os Paulistas desta bandeira de Miguel Garcia se recusaram a dividir a jazida com seus companheiros de Taubaté, os quais, se tendo então separado, tomaram marcha para o interior e descobriram o ribeiro de Ouro Preto. «Dos córregos e morros de Ouro Preto, ainda hoje chamados o Passadez, Bom Sucesso, Ouro Fino, Ouro Bueno, foram descobridores Antônio Dias, de Taubaté, o Padre João de Faria Fialho, Tomás Lopes de Camargo, primo do descobridor do Itaverava Bartolomeu Bueno de Siqueira. As terras ali eram de «tal modo requestadas que por acudir muita gente, só pode tocar três braças em quadra a cada minerador», segundo o historiador Varnhagen. Nomes como Brumado, Sumidouro, Rio Pardo, Guarapiranga, Rio das Mortes E Aiuruoca apareceram na geografia mineira, trazidos por Camargos e Pires, Pedrosos, Alvarengas, Godois, Cabrais, Cardosos, Lemes, Pais, Guerras, Toledos, Furtados, como no canto VI de «Vila Rica», o poema.

A atividade mineradora

aRuas de hoje em Ouro Preto,
foto por Silvio Tanaka.
(Rua dos Paulistas, beco para
a Praça Tiradentes.)

«A Coroa concedia aos responsáveis de descobertas uma mina de 80 varas sobre 40 e mais uma data de 60 x 30 sobre a mesma beta, ambas à escolha, entremeando entre uma e outra 120 varas para serem ocupadas por duas datas menores. O cálculo atual é igual a (80x40= 3.200 varas quadradas ou seja 3.872m2); ,60x30 = 1.800 braças quadradas ou seja 2.178m2 atuais.

Em águas correntes e nas quebradas dos montes, o quinhão do descobridor era de 60 varas de comprido por 12 de largo, metidas no meio da corrente ou da quebrada, sendo o de cada um dos aventureiros 1/3 menor; se o rio era grande, tocavam ao descobridor 80 varas e aos demais 60. Nas minas menores, em outeiros, campos ou às bordas de rios, era de 30 varas quadradas a data do descobridor e de 20 as outras; se a area não chegasse para todos os pretendentes, o Provedor devia dividir as datas proporcionalmente».

Não era distribuição fácil nem equitativa, pois às vezes eram explorados aluviões riquíssimos ao longo de um curso d'água estreito, e assim a riqueza mineral não era bem distribuída.

Pelo Direito da época, o senhor do solo e do subsolo era o rei, mas não podia trabalhar a terra e a dava em quinhões a particulares para explorar mediante parte nos resultados, o que constituía a pensão enfitêutica devida ao senhorio. A porção era de 20% = o célebre quinto do ouro cuja história é a própria história de Minas, segundo seu historiador Diogo de Vasconcelos.

Para a arrecadação, em cada distrito havia um Guarda-mor com escrivão, tesoureiro e oficiais. «Consideravam-se novas só as lavras distantes meia légua de alguma lavra já conhecida, de modo que os ambiciosos afastavam-se delas para se enquadrarem nas regalias, multiplicando-se os manifestos e seus exploradores, sem garantia de vida ou propriedade, tendo que se entrincheirar no próprio local de trabalho, levantando abrigos ou aproveitando as bocas das minas, concorrendo para a disseminação de povoados». Vieram artífices de profissões diversas, no arraial de Ouro Preto e no arraial de Antônio Dias, no Caquende, Bom Sucesso, Passa-Dez, na Serra e Taquaral, construindo capelas, casas de morada e fabricando ferramentas.
Em toda parte foi revirada e pesquisada a areia dos ribeiros e a terra das montanhas, levantando-se barracas perto de terrenos auríferos, arraiais de paulistas começando a povoar o interior da terra que hoje é Minas Gerais. Organizaram-se depois os povoados em torno de capelas provisórias, até a «grande fome».

A fome de 1700 a 1703

Falava-se de fome desde meados de 1700, quando a escassez alarmante de víveres começou a se estender aos povoados do Ribeirão do Carmo. O ouro enchia as bruacas e como ninguém admitia a ideia de ali permanecer depois de rico, nada se plantava; e do Rio das Velhas vinham tropas de negociantes para vender carne e víveres. No Ouro Preto e no Carmo a paisagem era rude, solo pedregoso, aspecto ameaçador, selvagem, abrindo-se em vales estreitos e profundos, nada alentador para a agricultura.

Circulava ouro em pó como moeda e havia pouco a comprar. E, além do mais, uma epidemia de bexigas correu pelos arraiais, «onde se defendia uma quarta de milho ou saco de mandioca às armas». Dois forasteiros se mataram a faca por uma cuia de farinha. Cheias dos rios em duas terriveis estações de chuvas, 1699 e 1701, agravaram a situação. Começou o êxodo de populações para os arraiais do Tejuco (Amarantina), Cachoeira do Campo, Itaverava e Ouro Branco, caindo de inanição nos caminhos do Rodeio. Existiria até hoje o Campo das Caveiras: centenas, sucumbidos no esforço de subir a serra fugindo de Ouro Preto. Salteavam os vivos e saqueavam os mortos negros escravos e ciganos armados, os Pauistas reuniram seus burros e retornaram a São Paulo ou partiram para o Rio das Velhas, o Guarda-Mor Domingos da Silva Bueno, que começava a dar ordem às Minas) defendendo-se a tiro e espada. Os poucos no arraial de Ouro Preto se salvaram pela ambição de mercadores sertanejos, correndo ao famoso vale com cargas, conseguindo fabulosos lucros.

Nos dois anos seguintes à ocupação em 1698, do rico ribeiro do Carmo, abateu-se sobre os pequenos povoados fome. Havia total falta de mantimentos, cobrava-se por um alqueire de milho vinte oitavas de ouro, 32 oitavas por um alqueire de farinha ou de feijão, uma galinha custava 12 oitavas, 1 cachorrinho ou gatinho 32, uma vara de fumo valia cinco oitavas e um prato pequeno de estanho, cheio de sal, oito. Diz o cronista: «por cuja causa e fome morreu muito gentio, tapanhunhos e carijós, por comerem bichos de taquara, que, para os comer, é necessário estar um tacho no fogo quente e os vão botando; os vivos boiam com a quentura, que são os bons, e se come algum morto é veneno refinado…»

A corrida do ouro

Diz Antonil em 1710: « A sede insaciável do ouro estimulou a tantos a deixarem suas terras e a meterem-se por caminhos tão ásperos como os das Minas, que dificultosamente se poderá dar conta do número das pessoas que atualmente lá estão. Cada ano vem nas frotas quantidades de portugueses e estrangeiros para passarem às Minas. Das cidades, vilas, recôncavos e sertões do Brasil vão brancos, pardos e pretos e muitos índios de que os Paulistas se servem.» E, adiante: «As constantes invasões de portugueses do litoral vencerão os Paulistas que haviam descoberto as lavagens de ouro - florestas batidas, montanhas revolvidas, rios desviados de cursos pois a sede de ouro enlouquecia. Desciam das serras,que isolavam Minas, homens levando famílias, escravos, instrumentos de mineração, atravessando florestas e vadeando rios caudalosos depois de lutar às vezes contra índios expulsos do litoral. Frades fugiam dos conventos, proprietários abandonavam plantações, procurando como loucos as terras do centro - visão fugitiva de riquezas acumuladas sem luta nem trabalho…

A cidade tem o nome de Ouro Preto devido a uma característica do mineral aqui encontrado na época: o ouro era escurecido por uma camada de paládio, dando-lhe tonalidade diferente da normal.

Período imperial

Ouro Preto em 1870.

Em 1823, após a Independência do Brasil, Vila Rica recebeu o título de Imperial Cidade, conferido por D. Pedro I do Brasil, tornando-se oficialmente capital da então província das Minas Gerais e passando a ser designada como Imperial Cidade de Ouro Preto.

Em 1839 foi fundada a Escola de Farmácia, tida como a primeira escola de farmácia da América do Sul.

Em 12 de outubro de 1876, a pedido de D. Pedro II do Brasil, Claude Henri Gorceix fundou a Escola de Minas em Ouro Preto. Esta foi a primeira escola de estudos mineralógicos, geológicos e metalúrgicos do Brasil, que hoje é uma das principais instituições de engenharia do País.

Assim era descrita a cidade de Ouro Preto pelo ilustre fundador da Escola de Minas, em relatório enviado ao Imperador Dom Pedro II: "Em muito pequena extensão de terreno pode-se acompanhar a série quase completa das rochas metamórficas, que constituem grande parte do território brasileiro e todos os arredores da cidade se prestam a excursões mineralógicas proveitosas e interessantes."(Claude Henri Gorceix)

Economia

Apesar de atualmente a economia de Ouro Preto depender muito do turismo, há também importantes indústrias metalúrgicas e de mineração no município, tais como a Alcan - Alumínio do Brasil (a mais importante fábrica de alumínio do país), a Vale, e outras. As principais atividades econômicas são o turismo, a indústria de transformação e as reservas minerais do seu subsolo, tais como ferro, bauxita, manganês, talco e mármore.

Os minerais de importância são o ouro, a hematita, a dolomita, turmalina, pirita, muscovita, topázio e topázio imperial, esta última apenas encontrada em Ouro Preto.

Uma outra importante fonte de recursos para o município são os estudantes da UFOP, oriundos principalmente da região sudeste do Brasil.

Turismo

Panorâmica de Ouro Preto.

Apesar de ter a a maior parte do intenso fluxo turístico focado na arquitetura e importância histórica, o município possui um rico e variado ecossistema em seu entorno, com cachoeiras, trilhas seculares e uma enorme área de mata nativa, que teve a felicidade de ser protegida com a criação de Parques Estaduais. O mais recente destes situa-se próximo ao distrito de São Bartolomeu (Ouro Preto)

Atividade cultural

Ouro Preto também se destaca pela atividade cultural. Todos os anos, sedia o Festival de Inverno de Ouro Preto e Mariana - Fórum das Artes. No ano de 2010, o Festival homenageou Mestre Ataíde, pintor de grande influência no barroco de Minas Gerais. Ouro Preto e Mariana receberam atrações como Roberta Sá, 14 Bis, Sá e Guarabira, Gabriel, o Pensador e Chico César. Atividades culturais como teatro, música, artesanato, literatura, discussões em mesas redondas e palestras sobre meio ambiente e incentivo à leitura para crianças também entraram no calendário do Festival.





Palácio dos Governadores

Recentemente, Ouro Preto foi eleita uma das Sete Maravilhas Brasileiras, numa eleição da Revista Caras e do banco HSBC.

Museus

Além de ser um "museu a céu aberto", a cidade tem instituições que guardam acervos variados como Museu das Reduções, Museu do Chá, Museu de Ciência e Técnica da Escola de Minas, Museu da Inconfidência, Museu da Música, Museu Casa dos Contos, Ludo Museu, Museu do Oratório, Museu Casa Guignard, Museu de Pharmacia, Museu de Arte Sacra do Pilar, Museu Aberto Cidade Viva e Museu Aleijadinho além do Museu do Ouro, onde são encontradas diversas pedras preciosas.

Geografia

Altitude média: 1.116m. O ponto mais alto é o Pico do Itacolomi, com 1.722m

Rios: nascentes do Rio das Velhas, Piracicaba, Gualaxo do Norte, Gualaxo do Sul, Mainart e Ribeirão Funil.

Clima

Clima: Tropical de altitude úmido, característico das regiões montanhosas com chuvas durante os meses de dezembro a março, geadas ocasionais em junho e julho.


Temperatura:

* Média anual: 17,4 °C
* Média Máxima: 22,6 °C
* Média Mínima: 13,1 °C
* Mínima 4 °C em junho/julho (ás vezes menos)
* Máxima 28 °C em janeiro


Vegetação

Ouro Preto abriga campos rupestres, matas de Araucaria (Pinhais), florestas de candeias e possui grandes áreas remanescentes da Mata Atlântica.

A vegetação predominante de Ouro Preto é o Cerrado.

Relevo

O relevo varia muito: de Amarantina(700m) aos mais de 1700 m do Pico do Itacolomi. O relevo acidentado não favorece as atividades agropastoris. Caracterizam-se as indústrias extrativas de minério e pedras.

Topografia
do Terreno

Plano: 5% Ondulado: 40% Montanhoso: 55%

Bairros

A Casa dos Contos.

A Prefeitura Ouro Preto nunca delimitou oficialmente os bairros da cidade, reconhecendo como subdivisões oficiais apenas os 13 distritos. Entretanto, só no distrito sede, existem locais que por questões culturais são chamados de bairros cujos nomes populares se seguem: Alto da Cruz, Água Limpa, Antonio Dias, Barra, Bauxita, Centro, Cabeças, Jardim Alvorada, Lajes, Morro Santana, Morro São Sebastião, Morro do Cruzeiro, Morro da Queimada, Nossa Senhora de Lourdes, Padre Faria, Piedade, Pilar, Rosário, São Cristóvão, Saramenha, Taquaral, Vila Aparecida, Vila dos Engenheiros, Vila São José, entre alguns outros existentes.

Templos

Uma das características mais marcantes de Ouro Preto são suas igrejas construídas durante o período colonial brasileiro. As igrejas que mais se destacam são:

* Igreja de São Francisco de Assis
* Igreja Matriz de Nossa Senhora do Pilar
* Igreja de Nossa Senhora do Rosário
* Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição
* Igreja Nossa Senhora do Carmo
* Igreja São Francisco de Paula
* Igreja Nossa Senhora das Mercês e Perdões
* Igreja Nossa Senhora das Mercês e Misericórdia

Outras igrejas:

* Capela de Padre Faria ou Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Brancos
* Igreja de Santa Efigênia ou Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos
* Igreja de São Miguel e Almas
* Igreja de São José
* Igreja do Senhor Bom Jesus de Matosinhos
* Capela de São Sebastião
* Capela de Senhora Santana
* Capela de São João
* Capela de Senhora da Piedade
* Capela de Bom Jesus das Flores
* Capela Senhor do Bonfim
* Capela de Nossa Senhora das Dores

Universidade

Escola de Minas - Centro, UFOP.

* Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP): A universidade foi instituída como Fundação de Direito Público em 21 de agosto de 1969, incorporando duas instituições de ensino superior centenárias: a Escola de Farmácia (fundada em 1839) e a Escola de Minas (fundada em 1876). Conciliando tradição e modernidade, a Universidade Federal de Ouro Preto expandiu-se com a criação de unidades acadêmicas e com a implantação de cursos. A UFOP oferece 28 cursos de graduação, contando com 22 departamentos e 7 unidades acadêmicas, entre as quais o Centro de Educação Aberta e a Distância, que atualmente ministra o curso de Licenciatura em Educação Básica – Anos Iniciais e o curso de Especialização – Formação de Orientadores Acadêmicos para EAD, atuando em 13 pólos, em convênios com prefeituras municipais. Atualmente, a instituição é referência no país nas áreas de engenharia e farmácia.

Repúblicas estudantis

Os Estudantes da UFOP procedem principalmente do interior dos estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Goiás. Com isso, morar em repúblicas é praticamente uma marca dos estudantes de Ouro Preto. E, muitas vezes, uma necessidade.

As repúblicas fazem parte da tradição da cidade. Muitas delas instaladas em prédios pertecentes à UFOP, absorvem parcela significativa dos estudantes, em Ouro Preto e Mariana. São administradas pelos próprios estudantes, que definem as regras de admissão nelas. Ao longo de mais de um século, as repúblicas desenvolveram uma cultura própria, e mantêm laços estreitos com ex-alunos e ex-residentes. Os calouros, conhecidos como "bixos",passam por um periodo de testes,conhecido como batalha, antes de ingressar em definitivo na república. Esse periodo de batalha, dura em média seis meses e os vetreanos aplicam diversos trotes, tais como: raspar o cabelo,espalhar as roupas por outras repúblicas. Os interessados poderão também acessar algumas home pages das próprias repúblicas, para saber um pouco mais sobre elas, sentindo seu espírito, conhecendo seus moradores e suas programações.

Casa da Ópera

Ouro Preto abriga o mais antigo teatro em funcionamento da América Latina, o Teatro Municipal de Ouro Preto. Após passar por restauração, no ano de 2007 a Casa da Ópera (nome original) foi reaberta ao público.

A Casa da Ópera foi construída pelo contratador português João de Souza Lisboa, com apoio do conde de Valadares, governador da Capitania, e de seu secretário, o poeta Cláudio Manuel da Costa. Situada próximo à Igreja do Carmo, em terreno íngreme, foi inaugurada no dia 6 de junho de 1770, na comemoração do aniversário do Rei Dom José I.

Sementes Negras

Não se sabe ao certo quem descobriu a primeira pedrinha de ouro. Corria algum dia entre 1693 e 1698. Provavelmente a expedição era comandada por Duarte Lopes. Naqueles idos bandeirantes serpenteavam as montanhas de Minas em busca da lendária Serra de Sabarabuçu, relatada pelos índios. Eram homens rudes, pois as adversidades assim exigiam, mas não perdiam a sensibilidade para reconhecer o fausto. Tanto é assim que nosso anônimo descobridor decerto ficou curioso com as pedrinhas escuras encontradas, enquanto escarafunchava o rio Tripuí (água veloz, em tupi). Ouro negro, eclipse de um sol de mais puro quilate, encoberto por uma camada fina de óxido de ferro.



A amostra chegou ao Rio de Janeiro, aos olhos do governador, que já havia recebido outras anteriores das minas de Itaverava. Constatado seu valor deu-se início à corrida. A fábula povoou a imaginação de aventureiros, que se introduziram nas matas num sobe e desce em busca de uma referência para a glória, um pico chamado Ita-corumi (pedra-menino), hoje Itacolomi. Aos seus pés estavam as tão sonhadas minas.

Bandeira de Antônio Dias em 1698: a primeira a chegar. A fundação de um primitivo arraial se deu no morro de São João, onde também foi celebrada a primeira missa pelo padre João de Faria Fialho. Um grupo relativamente pequeno, que depois se multiplicaria aos milhares. Trinta anos depois a cidade contaria perto de 40 mil pessoas, a maior aglomeração de toda a América Latina. Quarenta mil interesses diferentes... E o ouro, apesar de muito, não era suficiente para alimentar a ambição. Começam os confrontos.

Entre 1707 e 1709 ocorreu o primeiro grande conflito, envolvendo essencialmente paulistas e portugueses: a Guerra dos Emboabas. Ambos defendiam terem direitos legítimos sobre o eldorado, reivindicavam a concessão de terras e minas. Ainda em 1709 seria criada a Capitania de São Paulo e Minas de Ouro, tendo Mariana como capital. Dois anos mais tarde os núcleos de Ouro Preto, Antônio Dias, Ouro Podre e Padre Faria foram elevados à categoria de vila. Nascia a Vila Rica de Albuquerque.

Enquanto no litoral a sociedade colonial permanecia engessada em sua estrutura fechada, em Minas nascia um caos social que se movimentava efervescentemente. Ambição era a locomotiva, o ouro o combustível. Ascensão social, embora difícil, era possível: bastava uma bateada feliz e muita astúcia. Mercadores, artesãos, engenheiros, advogados, clero, nobres, médicos, poetas, serviçais... O ecletismo se firmava, gerando uma nova consciência, um espírito libertino, capaz de caminhar com os próprios pés. Não foi uma tarefa fácil. Que o digam Felipe dos Santos e os Inconfidentes (ler "Sonho de Liberdade").

Minas crescia e em 1720 tornou-se uma capitania autônoma, sendo a capital transferida para Vila Rica. Encontrava-se ouro como em nenhum outro lugar, fazendo as lendas do Rei Salomão parecerem ingênuos contos infantis. A festa para celebrar o translado do Santíssimo Sacramento (1733), da igreja do Rosário para a matriz do Pilar, marcou esta época. Cronistas relatam a pompa das vestimentas e artefatos, repletos de ouro e pedras preciosas.
Ponte Antônio Dias (ou Marília de Dirceu) Ponte dos Contos - 1755
Oratório Bom Despacho Casario e as ruas enfeitadas na Semana Santa
Chafariz Marília de Dirceu

Uma riqueza que durou até 1750. A partir daí o metal amarelo começou a escassear. A Coroa intensifica a fiscalização, combatendo o contrabando (muito grande), e força os mineradores a garantirem as cotas estabelecidas de impostos. A opressão culminou com a Inconfidência Mineira, movimento contestado duramente por Portugal. A partir daí, Minas e o Brasil não seriam mais os mesmos, até porque a dependência de Portugal, devido à "Revolução Industrial" que se avizinhava. era um fato consumado.

Vila Rica (início do séc.XIX) -
Aquarela sobre lápis de Thomas Ender
Vila Rica virou Imperial Cidade de Ouro Preto em 1823 e permaneceu como capital da Província de Minas Gerais até 1897, ano da inauguração de Belo Horizonte. Os anos setecentos se foram, mas legaram um futuro que hoje nos presenteia com uma das histórias mais interessantes da saga humana.

0 comentários:

Postar um comentário