A traição chocante que levou Ronaldo a abandonar o Real Madrid




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Tudo terá começado em maio de 2017, quando o craque português solicitou uma reunião na casa do seu empresário Jorge Mendes, quando se viu confrontado com um caso de evasão fiscal junto à Receita espanhola.

"Quem é o responsável por isto", terá questionado o jogador.

Ronaldo dirigiu-se posteriormente a Carlos Osório, advogado responsável pelas questões fiscais dos jogadores agenciados por Jorge Mendes e a quem o goleador luso pagava os honorários.

"Doutor, eu tinha dito que não queria riscos. Não tenho estudos. A única coisa que fiz na vida foi jogar futebol, mas não sou tonto e não confio em ninguém. Por isso, quando contrato um assessor pago sempre 30 por cento a mais do que me pede porque não quero problemas", terá dito.

O advogado retorquiu, assumindo a responsabilidade.

"Cris, eu sou o responsável. Está descansado, vamos lutar até à morte".

Chegar a um acordo com as autoridades fiscais espanholas, era algo que custava a Ronaldo aceitar, uma vez que considerava que sempre havia cumprido com as suas obrigações. Irritado e incomodado com a situação, o internacional português terá exclamado:

"Eu nunca disse que não pagaria impostos! Quero saber o que se passou! Não entendo nada, os impostos pagam os patrocinadores. Por que razão estou a ser acusado?"

O El Mundo acrescenta ainda que Ronaldo achava que a lógica dos patrocinadores dos clubes se aplicava igualmente aos futebolistas. Contudo em Espanha são estes que tem de fazer as contas com o fisco e só depois recebem as verbas das marcas que os patrocinam. Em Inglaterra, por exemplo, é possível os desportistas desviarem 50 por cento dos direitos de imagem para sociedades fora do país.

É aqui que se dá o momento em que Ronaldo se sentiu traído pelo Real Madrid e Florentino Pérez. O avançado luso esperava que o clube merengue o compensasse com uma subida no salário pelo dinheiro que teria de pagar ao fisco (desembolsou 18,8 milhões de euros). De resto o Barcelona adotou esta estratégia para ajudar Lionel Messi, Javier Mascherano e muitos outros dos seus jogadores que também tiveram problemas com o fisco espanhol.

Carlos Osório descobriu que no contrato de Ronaldo estava prevista uma cláusula em que o Real Madrid assumia as contingências fiscais. Contudo, o emblema merengue que essas contingências se deviam apenas ao salário de CR7, pelo que o clube preferiu não saiu em seu auxílio.

Assim Ronaldo viu nesta falta de solidariedade como uma traição.

De acordo com o El Mundo, em 2017 o AC Milan ofereceu ao português 150 milhões de euros líquidos em cinco anos, mas Ronaldo estava determinado em permanecer em Madrid e continuar a fazer história contra tudo e contra todos.

Entretanto começou a ficar cada vez mais distante na lista dos jogadores mais bem pagos do mundo. Messi e Neymar renovaram com os respetivos clubes e Ronaldo passou a ser o terceiro jogador mais bem pago do mundo, algo que não coincidia com o estatuto de melhor do mundo e detentor da Bola de Ouro.

Pérez prometeu a Ronaldo que lhe aumentaria o salário caso o Real Madrid conquistasse a Liga dos Campeões.

"Não é uma questão de dinheiro, é status, respeito", disse aos que lhe eram mais próximos.

O jogador recebeu uma proposta de aumento salarial de 21 para 25 milhões de euros por ano, que se poderiam estender para os 30 milhões mediante o cumprimento de determinados objetivos. A proposta foi imediatamente rejeitada e Ronaldo até chegou a transmitir a Jorge Mendes o seu arrependimento por não ter saído do clube no início da temporada.

O Real Madrid acreditava que era Jorge Mendes quem o incitava a deixar o clube, mas o empresário garantia a Florentino Pérez que não pensava na saída do português.

Chegaram mais propostas pelo avançado. O Manchester United chegou-se à frente, mas os valores apresentados pelos red devils não convenceram Florentino Pérez.

"Traz-me uma proposta de 100 milhões de euros", terá dito o líder merengue a Mendes.

O PSG falou com Jorge Mendes e deixou uma condição: "Se o contratarmos tem de ser no último dia do mercado, para o Real Madrid não nos levar o Neymar ou o Mbappé."

Mas Ronaldo não queria esperar tanto tempo, correndo o risco de algo correr mal e o negócio não se realizar.

Em dezembro, o português terá pedido a Mendes que sondasse a Juventus.

"Gosto porque é um clube organizado e não esqueço que tentaram contratar-me quando eu estava no Sporting. Chegaram a duas finais da Liga dos Campeões nos últimos anos e comigo podem ganhar".

E foi no jogo em que Ronaldo apontou aquele golaço de bicicleta e que escandalosamente não levou o prémio Puskàs, que surgiu uma primeira aproximação de Mendes a Andrea Agnelli, presidente dos bianconeri.

O Nápoles também se juntou à corrida e foi o próprio Carlo Ancelotti a contactar Jorge Mendes.

"Jorge, eu quero o Cristiano, fala com o meu presidente".

Contudo Aurelio De Laurentiis considerou que o negócio não seria viável para o Nápoles.

Agnelli começou a considerar seriamente a contratação de Ronaldo, sobretudo pelos efeitos desportivos e económicos que o jogador traria.

Jorge Mendes tentou até ao último segundo manter a porta aberta para o Real Madrid, mas a certa altura o português já estava decidido.

"Dei a minha palavra a quem me valorizou. Se agora Florentino me oferecer o dobro, não quero saber. Vou para a Juventus

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