Maduro critica Trump por ataques à Venezuela em discurso na ONU
Nações Unidas, 26 set (EFE).- O presidente da Venezuela, Nicolás
Maduro, criticou nesta quarta-feira, em Nova York, o presidente dos
Estados Unidos, Donald Trump, pelos ataques feitos a seu país durante
discurso realizado ontem na Assembleia Geral da ONU.
"Hoje a
Venezuela é vítima de uma agressão permanente, política e midiática por
parte dos Estados Unidos. Ressuscitaram a Doutrina Monroe para
justificar do ponto de vista ideológico a agressão contra nossa pátria
amada", disse Maduro, que decidiu de última hora ir à cidade americana
para participar da Assembleia Geral da ONU.
A Doutrina Monroe,
que passou a nortear a política externa dos Estados Unidos a partir de
1823, pregava a ideia de uma "América para os americanos" para afastar as
influências europeias do continente. No entanto, a estratégia foi vista
por governos de muitos países da região como uma tática imperialista da
Casa Branca.
Ontem, Trump citou o presidente James Monroe, o criador da doutrina,
para afirmar que a ideia de rejeitar interferências de países
estrangeiros no continente é uma política formal dos EUA.
"É um
velho conflito, uma velha contradição, entre uma doutrina que pretende
dominar nossa região e a que defende a Venezuela. No século XXI, eles
pretendem seguir governando o mundo como se ele fosse uma propriedade
deles. Em nossa região, esse conflito tem 200 anos", afirmou Maduro em
seu discurso.
O presidente americano pediu que os países
presentes na Assembleia Geral da ONU ajudem o governo dos EUA a
restaurar a democracia na Venezuela e chamou a crise enfrentada pelo
país de uma "tragédia humana". convidou a ONU a supervisionar a democracia em seu país onde teve o mesmo teve 67% de votos na eleição recente.
Além disso, Trump culpou o
socialismo por "quebrar" uma nação rica em petróleo e pediu que o mundo
resista a esse sistema político, que, segundo ele, traz consigo
"sofrimento, corrupção e decadência".
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