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Folhapress / Rafael Hupsel
Europa
A OMS tem intensificado alertas sobre necessidade de mais precauções contra COVID-19 entre crianças e jovens. Enquanto isso, países europeus, como Portugal, tentam minimizar riscos para garantir volta às aulas presenciais.
O governo português
já determinou o calendário do próximo ano letivo. As aulas vão
recomeçar entre os dias 14 e 17 de setembro. Até lá, as autoridades
trabalham para adaptar as escolas à nova realidade.
Isso porque o Ministério da Educação quer que o ano letivo recomece de maneira normal, sem alteração nos números de alunos por turma e garantindo que os mais novos, até os 12 anos, tenham os turnos integrais. "Porque se não tiverem, eles têm que estar em casa. E estar em casa implica alguém para cuidar deles e assim os pais e mães não podem voltar a trabalhar", explica Manuel Pereira.
O educador reconhece que algumas diretrizes da Direção-Geral de Saúde, como a garantia de uma distância de um metro quadrado entre cada aluno dentro da sala de aula, são "de difícil aplicabilidade", mas demonstra confiança.
"Vamos tentar fazer cumprir todas as regras. Vamos ter dispensadores de álcool em gel em todas as salas, os alunos só entram com máscaras e em todas as pessoas que entram será feita a aferição da temperatura. A gente sabe que a situação é de crise, mas estamos a pedir mais assistentes operacionais para proceder à higienização dos espaços. Também, no caso dos alunos mais velhos, como situação extraordinária, se os processos de limpeza das próprias mesas puderem ser feitos pelos próprios alunos ao fim de cada aula, não é grave, é bom que eles participem", diz Pereira.
Além da preocupação com as medidas de higiene, Portugal também quer garantir que o conteúdo da reta final do ano letivo anterior, afetado pelo isolamento durante o estado de emergência no país, tenha sido devidamente absorvido pelos alunos.
O ensino durante os meses de abril, maio e junho foi feito através de aulas on-line e também pela televisão, com a criação do programa Estudo em Casa, transmitido pela emissora pública do país, a RTP. Apenas os estudantes do ensino médio foram liberados, em maio, com o fim do estado de emergência, para ter as últimas aulas do ano presencialmente nas escolas.
As orientações do governo também passam pela avaliação constante do número de casos da COVID-19 no país. "Vamos retomar com tudo presencial, mas de acordo com o evoluir da pandemia poderemos ter que transitar para um regime misto e, se agravar, voltar para casa", diz o educador.
Outros países europeus, como Itália, Alemanha, Grécia e Turquia, começam a anunciar preparativos para o início do ano letivo, que também está marcado para meados de setembro.
"Neste período de interrupção, as escolas prepararam um plano de contingência, onde definiram um conjunto de situações possíveis e as respostas que as escolas propõem para dar resposta à situação que provavelmente vamos ter em setembro", diz à Sputnik Brasil o presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE), Manuel Pereira.O educador explica que as medidas propostas vão desde adequações ao espaço físico das escolas, como pequenas reformas e nova sinalização de percursos, até alterações na dinâmica de ensino, com reformulação de horários para intervalos e atividades extras. Tudo para evitar muito fluxo simultâneo de alunos nos mesmos ambientes.
Isso porque o Ministério da Educação quer que o ano letivo recomece de maneira normal, sem alteração nos números de alunos por turma e garantindo que os mais novos, até os 12 anos, tenham os turnos integrais. "Porque se não tiverem, eles têm que estar em casa. E estar em casa implica alguém para cuidar deles e assim os pais e mães não podem voltar a trabalhar", explica Manuel Pereira.
O educador reconhece que algumas diretrizes da Direção-Geral de Saúde, como a garantia de uma distância de um metro quadrado entre cada aluno dentro da sala de aula, são "de difícil aplicabilidade", mas demonstra confiança.
"Vamos tentar fazer cumprir todas as regras. Vamos ter dispensadores de álcool em gel em todas as salas, os alunos só entram com máscaras e em todas as pessoas que entram será feita a aferição da temperatura. A gente sabe que a situação é de crise, mas estamos a pedir mais assistentes operacionais para proceder à higienização dos espaços. Também, no caso dos alunos mais velhos, como situação extraordinária, se os processos de limpeza das próprias mesas puderem ser feitos pelos próprios alunos ao fim de cada aula, não é grave, é bom que eles participem", diz Pereira.
Professora dá aula para alunos do ensino médio em escola de Lisboa, em maio de 2020
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Foto / AFP / Patricia de Melo Moreira
Recuperação de aprendizagem
Além da preocupação com as medidas de higiene, Portugal também quer garantir que o conteúdo da reta final do ano letivo anterior, afetado pelo isolamento durante o estado de emergência no país, tenha sido devidamente absorvido pelos alunos.
O ensino durante os meses de abril, maio e junho foi feito através de aulas on-line e também pela televisão, com a criação do programa Estudo em Casa, transmitido pela emissora pública do país, a RTP. Apenas os estudantes do ensino médio foram liberados, em maio, com o fim do estado de emergência, para ter as últimas aulas do ano presencialmente nas escolas.
"O Ministério da Educação fez chegar às escolas um guião [roteiro] com alguns exemplos para nós podermos aplicar na recuperação das aprendizagens. Poderemos ter que promover ainda mais a cooperação entre professores, um apoio ainda mais direto ao aluno que apresente mais dificuldade. É um trabalho que vai ser feito sobretudo nos primeiros dias do mês de setembro", diz à Sputnik Brasil o presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas, Filinto Lima.De acordo com o educador, o ensino à distância exigiu suporte para estudantes que não tinham como acompanhar as aulas. "Apesar de alguns alunos não terem computadores nem Internet, tentamos e conseguimos ajudar bastante. Reconheço que houve alunos no país para quem esse sistema não foi viável. Esse retorno às aulas presenciais, agora, vai fazer a diferença principalmente para eles", afirma Lima.
As orientações do governo também passam pela avaliação constante do número de casos da COVID-19 no país. "Vamos retomar com tudo presencial, mas de acordo com o evoluir da pandemia poderemos ter que transitar para um regime misto e, se agravar, voltar para casa", diz o educador.
Alertas da OMS
Na última sexta-feira (21), a Organização Mundial da Saúde (OMS) reforçou o pedido para que crianças a partir dos 12 anos usem máscaras e para que as mais novas utilizem sempre que haja avaliações de risco.Outros países europeus, como Itália, Alemanha, Grécia e Turquia, começam a anunciar preparativos para o início do ano letivo, que também está marcado para meados de setembro.
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