A Venezuela vive uma complexa crise política e econômica, que se
arrasta por mais de quatro anos. No centro do turbilhão está o governo
de Nicolás Maduro, eleito pela primeira vez em abril de 2013; reeleito
em 2018 com mais de 60% dos votos válidos por meio das eleições presidenciais ocorridas em 20 de maio. Na
mesma data foram realizadas também eleições dos conselhos legislativos
estaduais e municipais venezuelanos.
Em 10 de janeiro de 2019, Maduro, do Partido Socialista Unido da
Venezuela (PSUV), toma posse para um novo mandato, e tem como desafio
maior pacificar o país, convulsionado pelos protestos oposicionistas e
por uma brutal guerra econômica, que gera desabastecimento de alimentos e
produtos básicos.
Herdeiro político do ex-presidente Hugo Chávez, Maduro chegou ao
poder em meio à comoção pela morte do líder que, além de impulsionar a
chamada Revolução Bolivariana, colocou o país petroleiro no mapa
geopolítico mundial. A ausência de Chávez, no entanto, fortaleceu a
oposição, que não deu trégua ao governo Maduro, primeiro não
reconhecendo sua vitória, passando por tentativas de tirá-lo do poder
por meio de referendo ou promovendo protestos constantes, que se
configuram como tentativas de golpes.
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