Uma
investigação interna identificou que "mísseis foram disparados por
falha humana", afirmou o presidente iraniano, Hassan Rouhani. Ele
descreveu a tragédia como um "erro imperdoável".
Militares
disseram que o avião voava muito perto de um lugar sensível que pertence
à Guarda Revolucionária do Irã e foi considerado, por engano, uma
aeronave hostil.
O voo, que seguia em direção à capital ucraniana
Kyiv, caiu perto do aeroporto Imã Khomeini logo após a decolagem. Entre
os mortos havia cidadãos de sete nacionalidades, entre eles 82
iranianos, 57 canadenses e 11 ucranianos.
O Irã vinha negando acusações de que teria sido responsável pela
queda do avião, mas passou a ser alvo de intensa pressão internacional
por causa de evidências divulgadas por autoridades de inteligência
ocidentais.
O
desastre com o Boeing 737-800 da Ukraine International Airlines ocorreu
horas depois de o Irã lançar mísseis contra duas bases aéreas que
abrigam tropas americanas no Iraque.
Esses ataques
ocorreram em resposta ao assassinato do comandante militar iraniano
Qasem Soleimani em uma operação com drone americano em Bagdá, em 3 de
janeiro.
O que disse o Irã?
Na
manhã deste sábado, um comunicado militar foi lido na TV estatal
iraniana anunciando que o voo PS752 havia sido atingido por um míssil
por engano.
Por causa das tensões entre EUA e Irã, segundo o
documento, os militares estavam no "mais alto nível de prontidão".
"Neste contexto, por causa de falha humana e sem intenção, o avião foi
atingido."
Os militares pediram desculpas, afirmaram que
modificariam o sistema de segurança a fim de evitar novos "erros" no
futuro e anunciaram que os responsáveis serão julgados e punidos.
O presidente Rouhani prestou condolências. "(O Irã) se arrepende profundamente desse erro desastroso", escreveu no Twitter.
O
chanceler do país, Javad Zarif, pediu desculpas às famílias das
vítimas, mas responsabilizou também os Estados Unidos. "Uma falha humana
em tempo de crise causada pela ação aventureira dos EUA levou ao
desastre", afirmou.
"O Irã decidiu que deveria assumir
o desastre para evitar uma nova guerra verbal com o Ocidente
A grande questão agora é:
"Quem tomou a decisão de permitir que um avião civil decolasse enquanto o
espaço aéreo do Irã passava por tamanha tensão?"
Quais foram as reações até agora?
O
primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, afirmou que a queda do
avião foi uma "tragédia nacional" — o país tem quase 210 mil
descendentes de iranianos.
Em comunicado, ele cobrou "transparência e justiça para as famílias das vítimas". Ao todo, 57 canadenses morreram na tragédia.
O
presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu ao Irã que puna os
responsáveis. "Nós esperamos que o Irã os leve a responder na Justiça",
disse.
Nesta quinta-feira, a Ucrânia decretou um dia de luto nacional por conta do acidente.
A
Boeing disse que está "pronta para ajudar de maneira que for
necessária", enquanto o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau,
afirmou que seu país espera participar da investigação e ofereceu
assistência técnica.
Javad Zarif, falou toda a verdade; enquanto 0 imperialismo norte americano em mãos se poucas famílias, não retirar seus mais de 300 mil soldados espalhados pelos quatro cantos do mundo, vamos assistir sempre a tragédias como a da última quarta feira. Cresce em todo mundo essa consciência! Até Sunitas e Xitas começam a concordar que a única saída para encontrar a paz entre eles é a expulsão definitiva dos norte americanos da região.
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