Bolsonaro defende Damares e diz que pessoa com HIV é uma 'despesa para todos aqui no Brasil' (VÍDEO)

Presidente Jair Bolsonaro fala à imprensa na saída do Palácio do Planalto, em Brasília, em 20 de novembro de 2019

© Foto / Agência Brasil
Brasil

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira que uma pessoa com o vírus HIV é um problema não apenas para si, mas para o Brasil por conta das despesas ao sistema público de saúde, em uma manifestação semelhante ao tempo em que era deputado.

Durante entrevista coletiva na saída do Palácio da Alvorada, Bolsonaro foi questionado sobre o trabalho da ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, e a recente política pública do governo voltada à gravidez na adolescência no país.
Além de defender a ministra, atacando quem a critica pela sua defesa pela abstinência, o presidente fez um comentário sobre o HIV e ainda colocou nos governos do PT a culpa pela atual situação que a sua administração está querendo enfrentar.
"Uma pessoa com HIV, além de ser um problema sério para ela, é uma despesa para todos aqui no Brasil", afirmou Bolsonaro ao falar de um caso de uma jovem que supostamente teve o segundo filho aos 15 anos e que contraiu HIV na terceira gravidez.
"Essa liberdade que pegaram ao longo do [governo do] PT, [em] que vale tudo, chega a esse ponto, uma depravação total", acrescentou.

Conforme lembrou o site Poder 360, o Sistema Único de Saúde (SUS) distribui gratuitamente todos os medicamentos antirretrovirais desde 1996, e o governo concede tratamento para todas as pessoas vivendo com HIV (PVHIV), independentemente da carga viral, nos últimos sete anos.
Contudo, no ano passado entidades que atuam na prevenção e tratamento da Aids no Brasil denunciaram ao portal UOL o que seriam desmontes por parte do governo Bolsonaro no setor.

Desde os seus tempos como deputado federal, Bolsonaro sempre demonstrou aversão ao tratamento de portadores do HIV. Em uma entrevista em 2010, o atual presidente do Brasil criticou quem, na sua opinião, não se cuidou e exige um tratamento caro.
"Uma pessoa que vive na vida mundana depois vai querer cobrar do poder público um tratamento que é caro. Se não se cuidou, o problema é deles", opinou o então deputado federal.

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