Telescópio desenvolvido com ajuda portuguesa divulga 1ª FOTO


O satélite de observação de planetas localizados fora do Sistema Solar enviou as primeiras fotos e a sua qualidade é melhor do que os cientistas esperavam.
"As primeiras imagens eram cruciais para poder determinar se o sistema ótico do telescópio havia sobrevivido durante o lançamento do foguete", afirmou Willy Benz, professor de astrofísica na Universidade de Berna e pesquisador principal da missão CHEOPS.
"Assim que as primeiras fotos de um campo de estrelas surgiram na tela, ficou imediatamente claro para todos que realmente tínhamos um telescópio em funcionamento", adicionou.
Primeira imagem captada pelo telescópio espacial CHEOPS
© Foto / ESA/Airbus/CHEOPS Mission Consortium
Primeira imagem captada pelo telescópio espacial CHEOPS
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As fotos estavam pouco nítidas, mas isso era de esperar, pois o telescópio tinha sido intencionalmente desfocado para alcançar melhor precisão fotométrica mais tarde.
A imagem capturou um campo estelar centrado na estrela branco-amarelada HD 70843, a 150 anos-luz de distância da Terra. Esta estrela foi escolhida por ter um brilho e uma localização ideal para os testes.
Ainda que a imagem não seja muito clara, ela é precisa, o que é necessário para que a sonda detecte pequenas mudanças no brilho das estrelas fora do nosso Sistema Solar.

Objetivo da missão

A missão, que pretende estudar os exoplanetas durante três anos e meio, conta com a participação de 11 países europeus, sendo que em Portugal a participação científica é liderada pelo Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA), além da contribuição das empresas portuguesas Deimos e FreziteHP.
O CHEOPS foi lançado no dia 18 de dezembro de 2019 e é utilizado para detectar e descrever exoplanetas em trânsito, ou seja, planetas fora do Sistema Solar que passam em frente de sua estrela.


O Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) é uma estrutura de investigação com uma dimensão nacional, concretizando uma visão ousada para o desenvolvimento da Astronomia, 

Astrofísica e Ciências do Espaço em Portugal. Resulta da fusão, em 2015, das duas unidades de investigação mais proeminentes no campo em Portugal: o Centro de Astrofísica da Universidade do Porto (CAUP) e o Centro de Astronomia e Astrofísica da Universidade de Lisboa (CAAUL).

Atualmente o instituto é a maior unidade de investigação na área em Portugal, sendo responsável pela maioria da produtividade nacional em revistas internacionais ISI na área de Ciências do Espaço. Esta é uma das áreas científicas com maior fator de impacto relativo e com maior número médio de citações por artigo para Portugal.

O IA possui uma capacidade já demonstrada para desenvolver projetos de referência em Astronomia, em todas as suas fases: definição científica e técnica, concepção e desenho de instrumentos, construção e instalação, e exploração científica.
A atividade do IA é financiada por fundos nacionais e internacionais.

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