A PÁSCOA DE MINHA INFÂNCIA


A PÁSCOA CRISTÃ

Já lá vão mais de vinte séculos e o homem ainda não reconheceu o sacrifício de Jesus, que ao morrer pregado numa cruz ainda teve que ouvir os gritos deste, apoiando sua morte. Este homem a quem tanto amou durante sua curta passagem pela Terra, continua rebelde ao seu principal ensinamento! "Amai-vos uns aos outros tanto quanto vos amei"!
Para sentirmos melhor o sacrifício de Jesus vejam abaixo a descrição bíblica de Mateus 27.


Mateus 26Mateus 28

Mateus 27 Portuguese New Testament: Easy-to-Read Version (VFL)

Jesus é entregue a Pilatos

27 Quando rompeu o dia, todos os líderes dos sacerdotes e anciãos do povo se reuniram para planejar como iriam condenar Jesus à morte. Eles o amarraram e o levaram até a presença do governador Pôncio Pilatos.

Judas se enforca

Quando Judas, que o traiu, viu que Jesus tinha sido condenado, ficou cheio de remorso. Ele foi até os líderes dos sacerdotes e anciãos, devolveu as trinta moedas de prata que tinha recebido para trair a Jesus e disse:
—Eu pequei, pois traí um homem inocente.
Eles, porém, lhe disseram:
—Nós não temos nada com isso. Isso é problema seu.
Judas, então, atirou as moedas de prata para dentro do templo, saiu de lá e se enforcou. Os líderes dos sacerdotes pegaram o dinheiro e disseram:
—Nós não podemos colocar este dinheiro na caixa das ofertas do templo, pois é preço de sangue.
E, depois de entrarem em acordo, eles decidiram usar aquele dinheiro para comprar o Campo do Oleiro, para que servisse de cemitério para os forasteiros. E aquele campo, por causa disso, até hoje é conhecido como “Campo de Sangue”. Dessa forma se cumpriu o que Deus disse por intermédio do profeta [a] Jeremias:
“Eles pegaram as trinta moedas de prata, preço que o povo de Israel tinha concordado em pagar por ele, 10 e compraram o Campo do Oleiro, assim como o Senhor tinha mandado que eu fizesse” [b].

Jesus diante de Pilatos

11 Jesus estava de pé, diante do governador, e este lhe interrogou, dizendo:
—Você é o rei dos judeus?
Ao que Jesus lhe respondeu:
—É verdade.
12 E, mesmo sendo acusado pelos líderes dos sacerdotes e pelos anciãos, Jesus não respondia nada. 13 Pilatos, então, lhe perguntou:
—Não está ouvindo todas as acusações que estão sendo feitas contra você?
14 Jesus, porém, não respondeu nada e isso impressionou muito o governador.

Jesus é condenado

15 Era época da Páscoa e, nessa época, o governador costumava soltar um dos prisioneiros, conforme a vontade do povo. 16 Nessa ocasião, havia um prisioneiro muito conhecido, chamado Barrabás. 17 Como o povo estava reunido, Pilatos perguntou a todos:
—Quem vocês querem que eu solte: Barrabás ou Jesus, chamado Cristo [c]?
18 (Pilatos tinha perguntado isso porque ele sabia que Jesus tinha sido entregue por pura inveja 19 e porque, quando estava sentado no tribunal, tinha recebido um recado de sua mulher, dizendo: Não se envolva no caso desse homem inocente, pois esta noite eu tive um sonho horrível por causa dele.)
20 Os líderes dos sacerdotes e os anciãos, porém, convenceram o povo a pedir a Pilatos que soltasse a Barrabás e condenasse a Jesus. 21 Sendo assim, quando o governador Pilatos perguntou ao povo pela segunda vez: “Qual dos dois prisioneiros vocês querem que eu solte?”, eles responderam:
—Queremos que o senhor liberte Barrabás.
22 Pilatos, porém, lhes perguntou:
—E o que querem que eu faça com Jesus, chamado Cristo [d]?
E todos responderam:
—Crucifique-o!
23 —Que crime ele cometeu?—perguntou Pilatos. Mas o povo, gritando cada vez mais alto, pedia:
—Crucifique-o! 24 Quando Pilatos percebeu que seu esforço para salvar Jesus não estava adiantando nada mas, ao contrário, estava fazendo com que as coisas ficassem cada vez piores, pediu que lhe trouxessem água. E, diante de todo o povo, lavou as mãos e disse:
—Sou inocente pela morte deste homem. Fiquem vocês com essa responsabilidade.
25 E o povo todo respondeu:
—Que o castigo referente à morte dele caia sobre nós e sobre nossos filhos!
26 Pilatos, então, soltou a Barrabás e, depois de ter mandado chicotear a Jesus, entregou-o para que Ele fosse crucificado.

Jesus é entregue aos soldados

27 Logo depois os soldados de Pilatos levaram Jesus para o palácio do governador e reuniram toda a tropa ao redor dele. 28 Tiraram a roupa dele e o vestiram com um manto vermelho [e]. 29 Fizeram uma coroa de espinhos e a colocaram na cabeça de Jesus e depois lhe deram uma vara para que ele segurasse na mão direita. Ajoelharam-se diante dele e fizeram zombarias, dizendo:
—Viva o rei dos judeus!
30 Eles cuspiram nele, pegaram a vara que lhe haviam dado e bateram com ela na cabeça dele. 31 Depois de se divertirem bastante às custas dele, tiraram-lhe o manto vermelho [f] e o vestiram com suas próprias roupas. Em seguida, o levaram para ser crucificado.

Jesus é crucificado

32 Quando estavam saindo, eles encontraram um homem chamado Simão, da cidade de Cirene, e o obrigaram a levar a cruz de Jesus. 33 E, ao chegarem a um lugar chamado Gólgota (que significa “Lugar da Caveira”), 34 deram vinho misturado com fel para Jesus beber. Ele, porém, depois de experimentar, não quis beber.
35 Depois de o crucificarem, os soldados dividiram suas roupas entre si, tirando a sorte com dados, para ver qual seria a parte de cada um. 36 E, sentados ali, aguardavam a morte de Jesus.
37 Acima da cabeça de Jesus haviam colocado uma placa, onde estava escrita a sua acusação: “ Este é Jesus, o rei dos judeus”.
38 Dois ladrões também foram crucificados com Jesus, estando um à sua direita e outro à sua esquerda. 39 As pessoas que passavam por ali caçoavam e, balançando a cabeça, diziam:
40 —Não foi você que disse que podia destruir o templo de Deus e construí-lo de novo em três dias? Então, se você é mesmo o Filho de Deus, desça da cruz e salve a si mesmo!
41 E tanto os líderes dos sacerdotes como os professores da lei e os anciãos também faziam pouco dele, e diziam:
42 —Ele salvou a outros, mas não consegue salvar a si mesmo. Se Ele é o rei de Israel, então que desça da cruz! Se ele fizer isso, nós acreditaremos nele! 43 Ele confiou em Deus, e disse: “Sou Filho de Deus!” Pois então, que Deus venha livrá-lo agora, se de fato lhe quer bem!
44 E até mesmo os ladrões, que tinham sido crucificados com Ele, o insultavam.

A morte de Jesus

45 Ao meio-dia, toda a região ficou escura, e a escuridão continuou por três horas. Às três horas da tarde, Jesus gritou bem alto: 46  “Eli, Eli, lemá sabactâni?”, que quer dizer: “Meu Deus, Meu Deus, por que o senhor me abandonou?” 47 Algumas pessoas que estavam ali por perto, ao ouvirem aquilo, diziam:
—Ele está chamando por Elias
48 Então alguém correu e molhou uma esponja em vinagre, pôs na ponta de uma vara e deu para Jesus beber. 49 Algumas pessoas, porém, disseram:
—Espere. Vamos ver se Elias vem salvá-lo.
50 Mas nesse momento, Jesus deu outro grito e morreu. 51 No mesmo instante a cortina do templo se rasgou em duas partes, de alto a baixo, houve um terremoto e as rochas se partiram. 52 Os túmulos se abriram e muitos mortos que pertenciam ao povo de Deus ressuscitaram e 53 saíram dos túmulos. E, depois da ressurreição de Jesus, eles entraram na cidade santa de Jerusalém e apareceram a muita gente.
54 O comandante do exército romano e os soldados que estavam com ele guardando Jesus, ao verem o terremoto e tudo o mais que estava acontecendo, ficaram com muito medo, e disseram:
—De fato, este homem era o Filho de Deus.
55 Algumas mulheres também estavam por ali, observando de longe. Elas tinham seguido a Jesus desde a Galiléia para servi-lo. 56 Entre elas se achavam: Maria Madalena, Maria (a mãe de Tiago e de José), e a esposa de Zebedeu.

O enterro de Jesus

57 Quando era quase noite, um homem rico da cidade de Arimatéia chegou. Seu nome era José, também discípulo de Jesus. 58 Este homem foi conversar com Pilatos para lhe pedir o corpo de Jesus e Pilatos permitiu que ele o levasse. 59 José, então, pegou o corpo de Jesus, enrolou-o num lençol de linho limpo 60 e o colocou em seu próprio túmulo. (O túmulo era novo e tinha sido cavado numa rocha há pouco tempo). Depois rolou uma grande pedra para fechar a entrada do túmulo e retirou-se. 61 Maria Madalena e a outra Maria estavam sentadas ali, na frente do túmulo.

A guarda do túmulo

62 No dia seguinte, isto é, no sábado, os líderes dos sacerdotes e os fariseus [i] se reuniram e foram falar com Pilatos. 63 Eles disseram:
—Senhor governador, nós nos lembramos de que, enquanto aquele mentiroso estava vivo, ele tinha dito: “Depois de três dias que eu tiver morrido, eu ressuscitarei”. 64 Dê ordens, portanto, para que o túmulo dele seja guardado até o terceiro dia. Dessa forma nós evitaremos que os discípulos dele venham, roubem o corpo e depois digam ao povo que ele ressuscitou dos mortos. Se isso acontecer, esta segunda mentira será ainda pior do que a primeira.
65 Pilatos, então, lhes disse:
—Vocês podem levar alguns soldados; vão e guardem o túmulo da melhor maneira possível.
66 Com aquela autorização, eles foram, selaram a pedra que fechava o túmulo e deixaram ali os soldados para o vigiarem.

 A Páscoa judaica
Os judeus também têm uma festa chamada Páscoa, que é bem mais antiga. Como podemos ler em Êxodo 12, quando Deus tirou o povo hebreu do Egito, enviou primeiro um anjo para matar o filho mais velho de todas as famílias egípcias. Para evitar a praga, Deus mandou os judeus matar um cordeiro por família, em lugar do filho mais velho, e pôr o sangue à volta da porta de casa. Assim, o anjo passou mas não matou os filhos dos hebreus. Nessa noite saíram do Egito. Então, na festa judaica da Páscoa, a “passagem” significa a passagem do anjo da morte.

Depois que saíram do Egito, os judeus passaram a celebrar esse dia de libertação todos os anos, comendo cordeiro e pães sem fermento (Números 9:2-3). Foi na altura da Páscoa judaica que Jesus foi crucificado. Para o crente, Jesus é o nosso cordeiro que morreu em nosso lugar para que possamos ter vida eterna com Deus (João 3:16).


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