Fernão de Magalhães nasceu em Sabrosa, na
região norte de Portugal em Trás-os-Montes, no dia 3 de Fevereiro de
1480. Quando ainda criança foi para Lisboa e pertenceu à quarta ordem da
nobreza portuguesa. Foi também pajem da corte da rainha D. Leonor,
esposa de D. João II.
Ficou conhecido como o navegante e capitão da armada que foi a pioneira em navegar os oceanos Atlântico, Pacifico e Indico com o intuito de uma rota alternativa para chegar às Índias e obter as tão almejadas especiarias.
Quando tinha 25 anos, acompanhado do vice- rei, participou nas
viagens para as Índias Orientais que envolvia as regiões da China,
Japão, Índia, Arábia e Pérsia. Em 1513 lutou na região de Azamor na
conquista de Marrocos, onde ficou gravemente ferido de uma perna.
Foi acusado de traição pelos portugueses que disseram que ele havia feito negociações com os mouros.
O rei D. Manuel acatou os rumores e o impediu de continuar prestando
serviços à pátria.
Fernão decepcionado sai do país e se oferece para
trabalhar ao rei da Espanha Carlos V.
Como seu amigo Rui Faleiro também havia sido exilado, juntos uniram
seus conhecimentos e elaboraram vários planos de viagens, mapearam
lugares através dos astros e os apresentaram à coroa espanhola. Com o
auxilio de Cristóvão de Haro que era inimigo do rei de Portugal, juraram
lealdade ao rei da Espanha e assinaram um contrato afirmando que todas
as terras encontradas seriam espanholas.
Assim, partiram cinco embarcações em Naus carregadas de itens de
subsistência, armamentos e munições. Composta por aproximadamente 265
homens de várias nacionalidades, se assegurando de que não teriam
problemas de comunicação com os povos que pudessem encontrar pelo
caminho.
No dia 20 de Setembro de 1519 partiram em direção ao Brasil chegando ao Cabo de Santo Agostinho em Pernambuco onde ficaram até 13 de dezembro. Depois seguiram para o Rio de Janeiro,
onde passaram o fim de ano para após seguirem viagem. No dia 10 de
Janeiro de 1520 avistaram um rio, que posteriormente seria o Rio da Prata.
As expedições comandadas por Fernão Magalhães continuaram até chegar
ao Golfo de São Matias, onde encontraram pessoas altas que receberam por
eles o nome de “ patagones” e a região foi batizada de Patagônia.
Infelizmente em Maio do mesmo ano uma nau afundou com vários
marinheiros a bordo e por sorte, alguns conseguiram se salvar. A frota
seguiu viagem em 24 de Agosto, mas tiveram que parar por dois meses por
causa do mau tempo. Em Outubro encontraram o “Cabo das Onze Mil Virgens”
que os permitiu passar para o outro lado do oceano. Relatos afirmam que
o caminho era estreito e assustador.
O itinerário durou 27 dias e hoje é conhecido como “ Estreito de Magalhães”.
Ao chegarem ao novo oceano batizaram o mesmo de “Pacifico” devido às suas
águas calmas. Após muitos dias navegando, quando já estavam quase sem
mantimentos, avistaram as Filipinas no dia 16 de Março de 1521, uma ilha que os proporcionou muitas frutas e água potável.
Após descansarem e abastecerem seus barcos, seguiram em direção a
Mactán. Ao desembarcarem no dia 27 de Abril Fernão de Magalhães foi
recebido com uma flecha no peito. Ele não resistiu e morreu na praia.
Abalados, os marinheiros continuaram a viagem ao comando de Juan
Sebastián Elcano. No dia 21 de Dezembro chegaram ao destino tão almejado
por Fernão: Ilhas Molucas.
No regresso, voltaram apenas 18 homens. Essas viagens entraram para a
história de Fernão de Magalhães que, apesar de não ter concluído seus
objetivos, conseguiu provas de que seu mapeamento estava correto através
da teoria de que a Terra era redonda. Vários lugares por onde passou em
meio às suas embarcações, hoje leva seu nome como homenagem.
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