Na ONU, Rússia propõe tratado de desarmamento e critica volta da Doutrina Monroe na América Latina


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Sergei Lavrov,
 Em discurso na Assembleia Geral da ONU, o ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, apresentou um projeto de resolução que busca garantir o desarmamento e o controle de armas no mundo. A medida vai na contramão dos planos do presidente Jair Bolsonaro, que quer aumentar a circulação de armamentos no Brasil. Além disso, Lavrov também criticou o que ele chamou de um retorno da Doutrina Monroe na América Latina, citando diretamente o caso da Venezuela.
“Hoje gostaria de anunciar: nesta sessão da Assembleia Geral estamos apresentando o projeto de resolução ‘Fortalecimento e desenvolvimento do sistema de acordos sobre controle de armas, desarmamento e não-proliferação’. Convido a todos a participar nas negociações construtivas”, anunciou o chanceler russo, que representou o país na ausência de Vladimir Putin.
Lavrov disse ainda que este projeto tem como objetivo preparar as negociações da Conferência de Exame do TNP [Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares], após desentendimentos dos EUA e da Rússia em matéria de armas nucleares. Os EUA saíram do tratado INF, que regulava as armas de médio alcance de Rússia e EUA, e, em resposta, os russos deixaram um tratado com a OTAN.
Doutrina Monroe
Lavrov ainda condenou a reemergência da Doutrina Monroe na América Latina. “A Rússia rechaça a tentativa de promover o retorno das regras da Doutrina Monroe na América Latina, utilizado pelos Estados Unidos para derrubar regimes em estados soberanos realizando uma coerção ilícita, como bloqueios que acontecem em Cuba – desafiando resoluções das Nações Unidas”, declarou.
Nesse sentido repreendeu os ataques contra a Venezuela. “Estamos vendo tentativas de acrescentar a Venezuela na lista de países cujo Estado foi destruído, ante nossos olhos, mediante agressões ou golpes promovidos no exterior”, declarou.
Em coletiva proferida logo depois do discurso, Lavrov condenou a tentativa de acionamento do tratado militar TIAR contra a Venezuela, que se retirou do pacto em 2012, e criticou o líder opositor Juan Guaidó. “Os caprichos de Guaidó durante as negociações com o governo venezuelano demonstram que ele uma figura independente”, declarou.




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