Sergei Lavrov, |
“Hoje gostaria de
anunciar: nesta sessão da Assembleia Geral estamos apresentando o
projeto de resolução ‘Fortalecimento e desenvolvimento do sistema de
acordos sobre controle de armas, desarmamento e não-proliferação’.
Convido a todos a participar nas negociações construtivas”, anunciou o
chanceler russo, que representou o país na ausência de Vladimir Putin.
Lavrov
disse ainda que este projeto tem como objetivo preparar as negociações
da Conferência de Exame do TNP [Tratado de Não-Proliferação de Armas
Nucleares], após desentendimentos dos EUA e da Rússia em matéria de
armas nucleares. Os EUA saíram do tratado INF, que regulava as armas de
médio alcance de Rússia e EUA, e, em resposta, os russos deixaram um
tratado com a OTAN.
Doutrina Monroe
Lavrov
ainda condenou a reemergência da Doutrina Monroe na América Latina. “A
Rússia rechaça a tentativa de promover o retorno das regras da Doutrina
Monroe na América Latina, utilizado pelos Estados Unidos para derrubar
regimes em estados soberanos realizando uma coerção ilícita, como
bloqueios que acontecem em Cuba – desafiando resoluções das Nações
Unidas”, declarou.
Nesse
sentido repreendeu os ataques contra a Venezuela. “Estamos vendo
tentativas de acrescentar a Venezuela na lista de países cujo Estado foi
destruído, ante nossos olhos, mediante agressões ou golpes promovidos
no exterior”, declarou.
Em
coletiva proferida logo depois do discurso, Lavrov condenou a tentativa
de acionamento do tratado militar TIAR contra a Venezuela, que se
retirou do pacto em 2012, e criticou o líder opositor Juan Guaidó. “Os
caprichos de Guaidó durante as negociações com o governo
venezuelano demonstram que ele uma figura independente”, declarou.
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