Chefe da diplomacia venezuelana insiste, ao UOL, que Caracas não quer um conflito. Mas que, se atacada, terá de se defender
GENEBRA – Respondendo a uma pergunta da reportagem do UOL, o chanceler da Venezuela, Jorge Arreaza, garantiu que Caracas não quer uma guerra na região. Mas que, se atacada, terá de se defender e garante que os 30 milhões de venezuelanos vão atuar pelo país . "Uma guerra seria longa. Mas a Venezuela venceria", disse o ministro, em uma reunião em Genebra.
Visitando a ONU para encontros sobre a crise no país
sul-americano, o chefe da diplomacia de Nicolas Maduro explicou que
exercícios militares foram convocados pelo governo desde ontem. Mas
repetiu pelo menos três vezes que seu país não quer um conflito.
Arreaza
estima que a iniciativa não tem legitimidade, já que a reunião foi
chamada por uma delegação de Juan Guaidó, o presidente interino
venezuelano reconhecido pelo Brasil, EUA e outros governos. Mas admite
que o gesto "é perigoso, pois o espírito implica que ativaram mecanismos
para atacar militarmente".
"A Venezuela não quer uma confrontação com ninguém. Vamos nos defender e sabemos nos defender. Temos uma Força Armada bem equipada, profissional e temos 3 milhões de homens. Em caso de agressão, seria uma catástrofe. Seria uma guerra muito longa, e que venceríamos. Espero que esse erro nunca ocorra", disse.
O chanceler lembrou que, dos 34 países da OEA, apenas doze aprovaram a proposta, já que alguns se recusaram a aceitar a convocação da reuniões e outros já tinham abandonado o mecanismo nos últimos anos.
30 milhões de venezuelanos
Horas depois de conversar com o UOL, o chefe da diplomacia venezuelana declarou à imprensa internacional na ONU que o governo está "preparado para defender o território com nossas armas, milícias e com os 30 milhões de venezuelanos". "Não vamos ficar com os braços cruzados enquanto estão se preparando para nos atacar", disse. "Temos a obrigação de defender nosso território e estamos preparado para responder", garantiu.
Segundo o chanceler, Caracas passou para a inteligência do presidente Ivan Duque dados e endereços de locais no território colombiano onde paramilitares e ex-soldados venezuelanos estariam treinando para atacar a Venezuela. Mas nada foi feito.
Apesar dos ataques e ameaças, o ministro insiste que continua disposto a negociar e dialogar, inclusive com Duque, para evitar um conflito.
Maduro inicia manobra militares em fronteira com a Colômbia
O que significa isso tudo é que a ameaça militar contra a Venezuela não é apenas de Washington. Mas também da Colômbia e Brasil."Jamais agrediríamos um país-irmão. Isso está descartado. Mas iremos nos defender", garantiu. "O presidente Maduro anunciou exercícios militares, que estão ocorrendo neste momento", disse.
"A Venezuela não quer uma confrontação com ninguém. Vamos nos defender e sabemos nos defender. Temos uma Força Armada bem equipada, profissional e temos 3 milhões de homens. Em caso de agressão, seria uma catástrofe. Seria uma guerra muito longa, e que venceríamos. Espero que esse erro nunca ocorra", disse.
O chanceler lembrou que, dos 34 países da OEA, apenas doze aprovaram a proposta, já que alguns se recusaram a aceitar a convocação da reuniões e outros já tinham abandonado o mecanismo nos últimos anos.
30 milhões de venezuelanos
Horas depois de conversar com o UOL, o chefe da diplomacia venezuelana declarou à imprensa internacional na ONU que o governo está "preparado para defender o território com nossas armas, milícias e com os 30 milhões de venezuelanos". "Não vamos ficar com os braços cruzados enquanto estão se preparando para nos atacar", disse. "Temos a obrigação de defender nosso território e estamos preparado para responder", garantiu.
[Os americanos] não entendem o patriotismo dos venezuelanos. Os reis da Espanha tampouco nos entenderam.Arreaza também rejeitou a tese de que, ao colocar 150 mil soldados nas regiões mais próximas da fronteira da Colômbia, Caracas estaria "provocando" Bogotá. "Quem é que está de provocação? Quem é que acionou o TIAR?", atacou.
Segundo o chanceler, Caracas passou para a inteligência do presidente Ivan Duque dados e endereços de locais no território colombiano onde paramilitares e ex-soldados venezuelanos estariam treinando para atacar a Venezuela. Mas nada foi feito.
Apesar dos ataques e ameaças, o ministro insiste que continua disposto a negociar e dialogar, inclusive com Duque, para evitar um conflito.
Maduro inicia manobra militares em fronteira com a Colômbia
Em Washington, o ministro de Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, tentou descartar a hipótese de um conflito.
"Não
significa ação militar, de forma nenhuma, não é isso que nós queremos, o
Tiar não é simplesmente um acordo de ação militar, é um acordo para
ação coletiva diante de ameaças à segurança, como claramente é. O
chanceler da Colômbia, se não me engano, fez uma apresentação muito
clara nesse sentido, com o fato de o regime Maduro estar abrigando
terroristas", afirmou Araújo.
Arreaza, em Genebra, alertou que o
tratado jamais representou "uma proteção ao povo latino-americano".
"Esse é um instrumento para controlar todo o continente americano e para
que os EUA possam invadi-lo", declarou.
O venezuelano lembrou que
a Argentina foi o único país sul-americano a recorrer do tratado, em
1982 na Guerra das Malvinas. Mas apontou como Washington optou por
apoiar o Reino Unido.
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